sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Consequencias Capítulo 27



Consequências




Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen



Capítulo 27




Uma coisa eu tinha que ter em mente, eu tinha que estar preparada pra tudo. Em estado de alerta.

- Mas antes, - falei fazendo com que Damon parasse o movimento de descer do veiculo. – Vamos caçar! – falei.

Ele abriu um sorriso debochado.

- Por acaso você tem uma virgem, esperando para o sacrifício, dentro do seu porta-malas?- perguntou irônico.

Girei os olhos. – Não! Você vai se alimentar do meu jeito hoje!- falei saindo do carro.

- Mas nem pensar! – ele disse saindo também.

– Você precisa caçar, e eu não vou permitir que você ataque ninguém! – coloquei minhas mãos na cintura. – É assim, ou senão não é!

Damon se aproximou sério, depois um sorriso debochado brincou em seus lábios.

– Você é mandona, hein? Mas eu gosto disso!- ele falou sorrindo. – Ok! Sempre estou aberto a novas experiências! –disse irônico, sinalizando com a mão que eu fosse à frente.


Eu espreitava de cima de uma árvore, um grupo grande de veados que pastavam tranquilamente perto do rio. Damon estava em outro tronco, encostado displicentemente em um galho. Os braços cruzados na altura do peito. Me observando.

Tentei me focalizar totalmente na minha presa, esquecendo de Damon na árvore ao lado. Saltei em cima do maior macho, em segundos ele estava desmaiado. O sangue quente deslizou pela minha garganta, assim que minhas presas furaram sua pele.

Damon saltou logo em seguida, atacando uma das fêmeas. Eu tive que me segurar para não rir das suas caretas, enquanto ele drenava o animal.

- Credo! – ele disse, depois de largar o corpo inerte de sua vitima no chão. – Que gosto horrível! E o pior de tudo, o cheiro!

- Você se acostuma! – falei.

Ele gargalhou. – Acho difícil acreditar! – Damon se aproximou. – Você acha que eu trocaria o doce sangue de uma linda donzela, por o gosto horrível do sangue de um animal fedorento?

Aquilo me enojou.

- Você que sabe Damon. – respondi seca.

Ele virou a cabeça me analisando. Seus olhos se estreitaram. – Você considera aquele garoto melhor do que eu por causa disso! – não era uma pergunta, mas eu tinha a resposta.

Isso é só uma das qualidades dele!- respondi.

Damon segurou meu braço, me fazendo estreitar os olhos para ele. Senti minhas mãos formigarem.

- Quando você vai perceber que eu sou certo para você?- seus olhos prendiam os meus intensamente.

- Damon... – disse me afastando dele. - Eu preciso encontrar Victória!


oOo

Damon me levou até um campo aberto de vários hectares. Perto do centro, mais próximo das árvores do lado leste, havia o que parecia ser uma gigantesca casa de doces. Pintada de rosa, verde e branco, era elaborada a ponto de parecer ridícula, com acabamento meticuloso e adornos exuberantes em todos os espaços disponíveis.

Paramos alguns bons metros de distância, em cima de uma árvore. Nós observávamos a casa, até que Damon indicou algumas árvores mais longe um casal de vampiros, também observando.

Movimentei a cabeça em uma pergunta muda “ Quem será?” Damon encolheu os ombros indicando que também não fazia idéia. Os vampiros pareciam bem jovens, um garoto e uma garota que não passavam de dezessete anos, estavam de mãos dadas, olhando a estranha construção. Damon fechou os olhos se concentrando. Movimentei novamente a cabeça perguntando o que ele estava fazendo. “Estamos seguros!” – ele sussurrou tão baixo que mesmo eu mal escutei. Com seus truques mentais, Damon havia nos disfarçado.

Me concentrei tentando ouvir a conversa que vinha de dentro da pequena casa.

- Quantos? – Victória disse.

- Vinte e dois – a voz de um garoto respondeu. - Pensei ter perdido mais dois para o sol, mas um dos meus garotos mais velhos é... obediente – ele prosseguiu. - Ele tem um lugar, um esconderijo subterrâneo, e se escondeu com a mais nova.

Eu olhei para Damon. Vinte e dói, o que? Damon também não parecia ter a resposta. Seriam os recém criados? Eu não sabia quanto Damon estava por dentro desse assunto.

- Tem certeza?- Victória perguntou, me chamando a atenção novamente para a casa.

- Sim, ele é um bom garoto. Tenho certeza. – respondeu o garoto, ele parecia mais tenso, com medo até.

- Vinte e dois é um bom número – ela murmurou, e a tensão pareceu se dissolver. – Como o comportamento deles está evoluindo? Ainda seguem os padrões normais?

- Sim – respondeu o garoto. Eu tinha a certeza que era do exército de recém criados que ela falava. – Tudo o que me disse para fazer funcionou impecavelmente. Eles não pensam, simplesmente agem como já estão acostumados. Sempre consigo distraí-los com a sede. Isso os mantém sob controle.

- Você trabalhou muito bem – Victória elogiou, e depois ouvimos o barulho de um beijo. – Vinte e dois!

- Chegou a hora? – o garoto perguntou ansioso.

A resposta foi rápida e contundente como uma bofetada. - Não! Ainda não decidi quando.

- Não entendo. – ele respondeu.

- Não precisa entender. É suficiente que saiba que nossos inimigos têm grandes poderes. Todo o cuidado é pouco.

Dei um passo em direção a casa. Eu iria acabar com aquilo naquela hora, mas Damon me segurou pelo braço.

- Temos que descobrir onde os recém criados estão! – ele disse.

Então Damon sabia!

- Decisões, decisões – Victória murmurou. – Ainda não. Talvez alguns mais, só para ter certeza.

- Alguns mais pode, no final, reduzir nosso número – o garoto disse hesitante. Ele notoriamente tinha medo de Victória. – Há sempre uma instabilidade quando um novo grupo é introduzido.

- É verdade – Victória concordou.

Um vento trouxe um cheiro muito conhecido, que fez minha pele formigar. Do outro lado da campina, Felix, Demitri, Jane e Alec, se aproximaram da casa. Damon sorriu debochado. “Seus amiguinhos chegaram!” ele sussurrou. Mas eu não achei graça. Eu queria acabar com toda aquela palhaçada logo.

Eu tinha certeza que Alec não havia falado nada sobre seu encontro comigo. Jane teria torturado o próprio irmão se sequer desconfiasse, e Alec morria de medo da irmã.


- Não se incomodem – Jane disse assim que entrou na casa. Notei que tanto Victória quanto o garoto se calaram.

– Creio que sabem quem somos, por isso deve saber também que é inútil tentar nos surpreender. Ou se esconder. Ou lutar. Ou fugir. – a voz ameaçadora de Felix ecoou pela casa.

- Relaxem – instruiu Jane. – Não viemos para destruir vocês. Ainda.
Claro que não! Eles precisam deles para o serviço sujo! pensei. Pelo menos por enquanto!

Eu gostaria de saber até onde Aro estava consciente dessa história. Ele sabia que eu pertencia ao grupo que eles queriam tanto destruir? Aro foi muito tempo como um pai para mim. Pelo menos eu acreditei nisso, e pensar que ele me quisesse a minha morte, apesar de saber de sua real natureza cruel e gananciosa, me magoava bastante.

- Se não está aqui para matar, então... o que quer? – perguntou Victória.

- Queremos se você já se decidiu – Jane explicou. – A situação já se estendeu por demais.

- Ainda não podemos agir. Você sabe que é complicado. – disse Victória. - Eu ainda não decidi – ela revelou. Depois acrescentou mais lentamente, relutante. – Atacar. Não decidi fazer algo com eles.

– Infelizmente, seu período de deliberação chegou ao fim. Você precisa decidir, agora o que vai fazer com seu pequeno exército. – Jane disse seca. – Caso contrário, será nosso dever puni-la como exige a lei. Esse adiantamento, mesmo breve, é um problema para mim. Não é assim que atuamos. Sugiro que nos dê todas as garantias que puder... e depressa.

- Vamos agir assim que for possível – Victória disse. – Há muito por fazer. Imagino que queira nosso sucesso. Então, preciso de algum tempo para treiná-lo... orientá-los... alimentá-los! - Houve uma pausa breve.

- Cinco dias. Voltaremos em cinco dias. E não há pedra sob a qual poderá se esconder ou velocidade na qual poderá fugir para se salvar. Se não tiver atacado quando voltarmos, você vai queimar. – esse era Alec. Só a voz dele me enojava.

- E se eu já tiver atacado? – Victória perguntou abalada.

- Veremos – respondeu Jane. – Suponho que tudo dependa de seu grau de sucesso. Trabalhe e se esforce para nos agradar.

- Sim – Victória grunhiu.

Um segundo depois os quatro Volturis saíram silenciosamente. Damon me olhou e sorriu de lado.

“Chega!” – sussurrei.

Damon levantou o dedo, indicando que eu esperasse. Girei os olhos impaciente.

- Bem – Victória sussurrou dentro da casa – , agora eles sabem.

Alice! eu sabia que era dela que Victória estava falando.

- Isso não importa. Estamos em maior número... – o garoto disse.

- Qualquer aviso importa! – Victória gritou impaciente.– Há muito por fazer. Só cinco dias! – Ela gemeu. – Chega de confusão. Você começa esta noite.

Um frio desceu pela minha espinha.

- Não vou desapontá-la! – o garoto prometeu.

No mesmo instante, o casal de vampiros que observavam do outro lado começou a fugir.

- Eles são recém- criados! – sussurrei. Essa era a melhor oportunidade para descobrir onde eles se escondiam.

- Você os segue! Eu vou tentar arrancar alguma coisa de Victória. – Damon disse.

E agora? Eu podia confiar em Damon?

Eu não tinha muito tempo para pensar, subi na árvore mais próxima seguindo os dois garotos há uma certa distância. Eles voam entre as árvores até que pararam em um certo ponto. O cheiro de um deles estava bem marcado.

Também parei.

- Siga o plano, Bree. Direi a ele o que planejei. Ainda não estamos perto do amanhecer, mas vai ter que ser assim. Se ele não acreditar em mim... – o garoto vampiro de cabelos negros e crespos disse para a vampira. – Ele agora tem outras coisas com que se preocupar, coisas mais importantes que a minha imaginação fértil. Talvez esteja mais propenso a ouvir agora. Parece que precisaremos de toda ajuda que conseguirmos, e poder andar por aí à luz do dia não será nada mal.

- Diego... – ela disse amedrontada. Seus olhos carmin olhavam para ele intensamente.

Então seus nomes eram Diego e Bree!

Então os dois se beijaram e se separaram.

Bem, o que eu faria a esse respeito? Mordi o lábio decidindo a quem seguir. Mas se Diego chegasse em Victória, seriam três vampiros contra Damon. Se bem que eu tinha certeza que Damon se viraria sozinho.

Mesmo assim decidi seguir o garoto! Ele já estava a uma boa distância indo correndo pelo solo, enquanto eu o seguia pelas árvores, somente seu cheiro como rastro.

Quando me aproximei Victória, seu comparsa e Damon, não pareciam contentes em ver o garoto ali. Eles haviam o cercado. Tentei me camuflar o melhor possível em meio os galhos, alguns bons metros de distancia da casa onde eles estavam.

- Quem mais sabe?- Victória perguntou a Diego.

- Ninguém!- Diego respondeu.

Damon sussurrou algo no ouvido de Victória e ela sorriu.

- Ninguém, é? – eu não podia acreditar que Damon entregaria o garoto. – Faça o falar!- Victória ordenou ao seu comparsa.

Engoli em seco, quando o braço de Diego foi arrancado e seus gritos se espalharam pela floresta.

sábado, 22 de outubro de 2011

Bizarre Love Triangle capitulo 34


Bizare Love Triangle

Capítulo 34

POV Taylor

Robert chegou no estúdio com a cara mais descarada do mundo. Fui obrigado a pegar um vôo diferente do dele, vindo antes, porque não queria fazer uma cena para os paparazzis. Eu estava indignado! Como ele podia fazer isso com ela????? não merecia isso.

À noite, chegando no set de filmagens para nossa primeira reunião da semana, vi Robert se aproximando de Kristen e fiquei observando sua reação. ELES ESTAVAM JUNTOS!! Descaradamente juntos. E como ele faria com ?

Meu corpo inteiro tremeu de raiva quando eu o vi beijá-la. E ela ainda me deu uma olhadinha petulante como quem diz "eu te disse".




Na primeira brecha que ela deu se afastando dele, eu me aproximei. -Você ficou louco?! Por que está fazendo isso com ela? - eu perguntei alterado. Robert me olhava sorrindo, ainda sem entender muita coisa.

-Do que você ta falando? Ela quem? - ele perguntou fazendo piada e acendendo um cigarro. Olhei para ele com muita raiva. Robert percebeu em meu olhar o que estava dizendo e tirou o sorriso dos lábios.

-Você não pode dar um anel pra , fazer uma cena daquelas e não contar nada pra ela. VOCÊS NÃO PODEM FICAR JUNTOS CARA! - eu disse muito irritado. Robert colocou a mão no bolso e abaixou a cabeça, se rendendo.

-Eu sei, Taylor, mas eu não queria perdê-la. Se eu contar a verdade, que eu e Kristen estamos morando juntos, noivos, eu irei perdê-la.... Me ajude nessa, cara. Vou levar até onde der. - ele disse e se virou, indo ao encontro de Kristen, que já o chamava impaciente.

-Espera! - gritei segurando-o pelo braço. - Cara, você sabe que sou seu amigo, e que te ajudo no que você precisar, mas isso é impossível. - eu abaixei a cabeça e depois o encarei. - Se você não contar para , eu vou. Eu te dou uma semana pra resolver isso. - e me virei, deixando-o parado me olhando com a cara mais assustada que eu já havia visto.

oOo

Pov

Incrível como o tempo passa e a gente, às vezes, nem percebe. Parece que foi ontem que nós chegamos em NY e nossas vidas passaram do 0 ao 10 em um só pulo. E agora, Luana e Tomaz irão se casar. Muita coisa mesmo.

Trabalhar na Broadway é o sonho de qualquer artista de cena e palco. Fama, promoção, dinheiro e talento são fatos que não se podem ignorar. E eu, Luana e Tomaz éramos parte disso, permanentes.

Quando substitui minha colega de curso, nunca imaginei chegar a tanto. E veja aonde vim parar: sou a Bella Swan da Broadway. Claro que o fato de Amanda Beins ter quebrado o pé, e logo em seguida surtado, ajudou muito esse feito. Mas como Tomaz sempre diz, Broadway se alimenta de sucesso, beleza e talento. E, segundo eles, eu tinha isso de sobra.

Até mesmo minha vida pessoal andava bem menos tumultuada. Desde que havia viajado para as gravações Amanhecer I no Canadá, Taylor não me ligara mais, nem mesmo uma mensagem de texto. Fez o que prometeu, ficou distante. E meu coração sentia essa distância a cada dia...

Não era fácil mesmo, do jeito que estava; eu e ele sentíamos algo muito grande um pelo outro que não poderia jamais ser revelado, porque eu estava namorando seu amigo, pessoal e de elenco, Robert Pattinson. Quer dizer, eu achava que ainda namorava, porque Robert estava cada vez mais estranho desde que viajara pra o Canadá.

Mas tudo aconteceu sem querer, eu realmente me envolvi com Robert. E quem não se envolveria? Robert é gentil, carinhoso, apaixonado... estar com ele é como ser uma rainha. Só estava estranhando sua distancia. Fazia tempo que ele não me ligava também, nem vinha para ficar comigo como fazia antes.

Eu estava descendo pelo elevador enquanto pensava tudo isso e me deparei com Gill na portaria, conversando com John. Estava de jeans e camiseta, apoiado no balcão de entrada, e pelo jeito deveria estar chegando de algum lugar àquela hora. Os dois conversavam e pararam ao me ver saindo do elevador.

-Bom dia Srta. . Acordou cedo... - John disse puxando assunto, tentando romper o clima estranho. Aliás, estar com Gill em um mesmo cômodo sempre causava um clima estranho. Mesmo tendo certeza de que eu e ele nunca mais seriamos um casal novamente, ele ainda me olhava como se a qualquer momento eu fosse dizer que o perdoava.

-Compromissos John. Vou buscar minha mãe no aeroporto. - falei para ele e sorri para Gill, que me encarava mesmo eu ainda não tendo olhado para ele.

-Sério? - Gill disse me chamando atenção para ele. - D. está chegando para o casamento? Que legal linda, er...hã...quer dizer, . - ele falou entusiasmado. Vi o quanto foi difícil ter que concertar a maneira como ele me chamava. Gill sempre me chamara de Linda, desde o primeiro dia que ficamos juntos. Ouvi-lo me chamar de foi muito estranho.

-É...- tentei fazer como se não tivesse notado. - Ela se mataria se não viesse para o casamento. Bom, tenho que ir. Até mais John. Tchau Gill. - me despedi e já sai andando, colocando os óculos escuros no caminho e indo em direção a meu carro.



-Espera . - ouvi Gill gritar e vir em minha direção. Meu carro estava estacionado na rua, em frente ao prédio. Aliás, ele ficava bastante vezes parado, já que tanto Gill, como Rob sempre faziam questão de me levar aonde quer que eu estivesse indo.

Me virei para Gill, parada junto a calçada, assustada e sem entender muito bem o que ele queria. - Sim?

-Posso ir com você? - ele perguntou e eu não acreditei. Como assim ele queria ir comigo buscar minha mãe? - Não vejo nem falo com sua mãe desde a última vez que ela esteve aqui te visitando. Ainda estávamos juntos naquela época...

O olhar dele se entristeceu. Gill Continuou me olhando, esperando uma resposta. Eu fiquei com cara de boba por alguns instantes. E agora? Seria muito estranho.

-Gill, eu não acho que sej... - ele nem me deixou terminar e se aproximou ainda mais de mim. Olhei mais atentamente para Gill. Ele tinha os cabelos molhados, cheirava a colônia, aquela que sempre usava quando tomava banho. Continuava lindo, mas meu olhar para ele era diferente hoje.



-Só quero vê-la ... e estar com você, é claro. Prometo me comportar. Vem, eu te levo até o aeroporto. - e me fez sinal para que entrássemos no seu carro. Eu fiquei um pouco hesitante, mas cedi no final. Não teria nada de mais ele me dar uma carona.... ou teria? Fazia tempo que eu queria conversar com ele. Entramos no carro e seguimos para o aeroporto.

-Então- ele disse, puxando assunto. - Como vão as coisas no teatro? - Gill mexeu no rádio e colocou uma música suave. Me olhava pelo canto do olho e disfarçava, como se não estivesse nervoso.

-Bem, eu acho. - respondi a ele, hesitante. - Na verdade agora está tudo mais calmo, sem a Amanda por perto... - ele ficou sério e apertou o volante do carro com as mãos. Percebi que falar sobre a Amanda o deixava sem graça.

-Desculpe...não falei por mal. Mas é que ela incomodava muita gente, inclusive a mim... Mas agora acho que ela já tem o que queria... - eu disse abaixando o olhar. Percebi um sorriso leve em Gill, como se agradecesse minha consideração.

-Não se desculpe, sei o que você quer dizer. - ele disse relaxando um pouco as mãos. - Amanda não é ruim, só não se encontrou ainda. - tive que revirar os olhos com um comentário desses.

Resolvi ficar muda depois dessa. Falar sobre Amanda não era minha ideia de descontração dentro do carro. Ficamos um tempo ouvindo o rádio, mudos. O trânsito de NY até o aeroporto era sempre congestionado, então a viagem iria levar mais tempo que o esperado.

Meu celular tocou e vibrou dentro da bolsa e eu fui atender achando que era minha mãe. Olhei no visor e vi que era Robert me ligando. Por um segundo pensei em não atender, pra não ficar um clima mais estranho que antes, mas desisti. Estava com saudades de Robert.

-Oi querido. Que surpresa! Como estão as coisas ai? - percebi o corpo de Gill enrijecer no momento em que disse querido. Ele continuou olhando sério a estrada em frente. Robert me ligava com menos frequência que no inicio e eu não queria perder a chance de falar com ele.

-Está tudo bem, minha . Olha, eu tenho que conversar com você. Volto em breve... - percebi que sua voz estava um pouco estranha.

-Que bom, amor. E quando você volta? Estou indo buscar minha mãe no aeroporto e estou louca para que vocês se conheçam. - eu disse me virando para a janela. Não foi mesmo uma boa ideia ter vindo com Gill.

-Er... mãe? Bom, eh...não sei,acho que... vou levar mais um tempinho... acredito que em dois dias, talvez... - ele falou. Senti sua voz tensa, cheguei a imaginar que ele me escondia alguma coisa, mas depois passou.

-Ok então. Te vejo daqui há dois dias. Estou com saudades. Um beijo. - ele mandou um beijo e eu desliguei. Gill não reagiu a nada, ficou mais mudo do que antes. No rádio começou a tocar uma música.

Pela primeira vez Gill virou-se para mim e me encarou. Ele estacionou o carro e ficamos nos olhando, ouvindo a música. Gill olhava-me nos olhos e eu não sabia o que dizer ou fazer nessa hora.

-Eu realmente sinto sua falta, Linda. - ele disse com a voz embargada. Me ajeitei na cadeira para sair do carro. Ainda era difícil falar sobre isso com ele. Desci do carro e fui em direção ao aeroporto. Gill segurou minha mão, me parando. Eu olhei para a mão dele e subi meu olhar.

-Eu.... sinto muito . Realmente sinto, por tudo. Era isso que eu queria falar. - Gill ficou me olhando com o olhar mais arrependido do mundo. Senti que ele estava sofrendo e me pedir desculpas era a única coisa que aliviaria sua dor.

-Eu sei Gill. Eu também sinto. - dei um leve sorriso e o vi sorrir também. Era como se estivéssemos terminando finalmente nosso relacionamento. -Mas você é meu amigo. Meu amigos me chamam de , lembra? - Gill deu um suspiro forte, sorriu e largou minha mão. Fomos andando lado a lado até o guichê de chegadas. De longe avistei D. com um sorriso de orelha a orelha.

-Ai filha, que saudade!!!! - ela disse largando o carrinho das malas e me apertando num abraço. Retribui com a mesma intensidade. - E que surpresa maravilhosa vocês dois juntos aqui, me buscando.

Um arrepio subiu minha espinha. Ai não!!!! É claro que ela iria pensar errado. Onde eu estava com a cabeça??? Me afastei de minha mãe e olhei para Gill como quem grita “socorro”.

-Calma D. - ele disse se aproximando dela. - Eu só vim dar uma carona para . - ele a abraçou e me olhou em seguida. Suspirei aliviada.

-É mãe. Só uma carona. - eu disse ainda nervosa. Vi o rosto de minha mãe murchar nessa hora, mas eu não ia dar chance pra nada. Peguei o carrinho e comecei a empurrá-lo em direção a saída. Gill pegou-a pelo braço e veio logo atrás.

Eu só conseguia ouvi-los atrás de mim, mas sabia pela voz que minha mãe estava radiante. Droga! Será que ela nunca ia aceitar? Gill manteve-se imparcial, não incentivou em nada as colocações de minha mãe sobre a possibilidade de ficarmos juntos de novo e eu agradeci mentalmente por isso.

A volta pra casa foi mais calma. Minha mãe ficou contando as coisas novas do Brasil e eu estava louca para saber sobre meus amigos que havia deixado lá. Gill continuou calado, porém sempre sorridente e simpático quando minha mãe falava com ele. Era nítido o carinho que eles tinham um pelo outro.

Quando chegamos no edifício, John veio até o carro ajudar com a bagagem enquanto Gill se despediu de nós duas com um até logo distante. Não aguentei e fui até ele.

-Obrigada. - eu disse abraçando-o. - Por tudo... - ele me apertou ainda mais contra seu peito. Respirou fundo meu perfume e se afastou, dando-me um beijo demorado no rosto. Fiquei parada vendo Gill desaparecer entre as pessoas que caminhavam no Central Park.





oOo

Já fazia mais ou menos umas 6 horas que minha mãe e conversavam sobre o casamento e as coisas do Brasil. Ter minha mãe por perto era como se ela voltasse a ter sua avó aqui também.

Ouvi meu celular tocar e corri para atendê-lo. Era Robert de novo. - E ai meu anjo?- ele disse. -Como foi com sua mãe? Já contou à ela sobre nós? Quero muito conhecê-la. - ele disse animado do outro lado da linha. Estava muito diferente da primeira vez que falamos naquele dia. Tentei reconhecer os ruídos ao fundo, mas foi difícil.

-Oi querido. Está sendo. São muitas coisas novas para D. contar e saber. - eu falava com ele animada e percebia minha mãe me olhando, sentada no sofá ao lado de . - Ainda não contei sobre você, mas farei isso agora. Não se preocupe. Ela vai adorar! Saudades. - desliguei depois de ele me mandar um beijo e sentei-me ao lado de .

Minha mãe arregalou os olhos e olhou para e depois para mim. Estava curiosa, dava pra ver. A gente ria só de imaginar a cara de D. quando soubesse que sua filha estava namorando o vampiro mais cobiçado do cinema.

-Mãe... eu quero te mostrar uma coisa. - eu a coloquei sentada de frente para a grande TV LCD da sala e coloquei o DVD do filme Crepúsculo, seu preferido dos três. Minha mãe era encantada com Edward e eu ia aproveitar isso para apresentá-la a meu namorado.

-. - ela disse me olhando e revirando os olhos. - Já vi esse filme umas 30 vezes. Por sua causa sei essa história de trás pra frente. Você sabe que eu acho esse vampirinho um charme. - riu ainda mais alto. Eu a cutuquei, mas não pude deixar de rir também.

-O que vocês estão aprontando? - minha mãe me perguntou com cara de desconfiada.

-Mãe. - eu disse. - Quero que você conheça meu namorado.... Robert Pattinson. - vi seu rosto ficar branco. Eu e nos olhamos e começamos a rir. Minha mãe gritou e levou as mãos até a boca. Depois começou a rir e veio me abraçar.

-Por que você não me disse antes??? Você sabe que eu adoro ele. Aiiiii minha filha, não acredito. - estava feito. Eu sabia que minha mãe iria aceitar Rob, afinal ela era parte de um grupo de mães que suspiravam pelo príncipe Edward no filme.

Depois de muitas taças de vinho, acomodei minha mãe no quarto e fui me preparar para dormir. No dia seguinte eu e ela iríamos fazer compras para o casamento, que seria daqui há uma semana.

-. Nem acredito que ela ta aqui com a gente. - disse me abraçando. - Agora sei que meu casamento está perto. Dá um medo...

-Você, medo? Fala sério . Você e Tomaz já estão casados faz tempo. É só por formalidade. - eu disse levando os copos até a cozinha. veio comigo e ficou parada encostada no balcão. Tinha um olhar temeroso.

-O que foi? - eu perguntei me virando, assustada com sua postura.

-E se depois que eu casar não der mais certo, amiga? Olha você e o Gill.... Achei que vocês ficariam juntos para sempre. - era a primeira vez que eu via ela insegura com relação a seu relacionamento com Tomaz. Tive que revirar os olhos.

-Meu deus , quanta bobagem. - eu disse a ela levando-a para a sala e sentando-a no sofá. - Em primeiro lugar, eu não amava Gill como você ama Tomaz. Não podia dar certo nunca. - ela sorriu e abaixou a cabeça.

-E em segundo lugar, tudo que você faz dá certo. Olha pra mim, você me fez vir até Nova Iorque e virar uma estrela da Broadway. É um dom, você tem o dom de fazer as coisas acontecerem. E eu sei que dará tudo certo.

Ela me abraçou forte e me deu um beijo na testa sussurrando “eu te amo” antes de sair e ir ao encontro de Tomaz em seu apartamento. Eu estava muito feliz por eles.

Me demorei mais um pouco pensando em como eu gostaria de ter um relacionamento assim, mas a única pessoa que me veio a memória me deixou ainda mais saudosa e assustada. Taylor... eu sentia falta de sua presença em minha vida.

Naquela noite eu fui dormi um pouco mais aliviada. Ter contado para minha mãe sobre Rob me deixou mais confiante, logo logo ela o conheceria oficialmente. E minha “conversa” com Gill também me fez tirar um grande peso das costas.

Deitada em minha cama, eu tentava dormir quando senti meu celular vibrando com a chegada de uma mensagem de texto. As lágrimas invadiram meus olhos... -“Ficar longe de você é uma tortura sem fim. Sinto sua falta. Te amo muito! Taylor” - adormeci abraçada ao telefone, sonhando com ele.


Cenas dos Próximos Capítulos

.....

-Posso saber que piada é essa aqui? - eu e Gill nos viramos e olhamos, incrédulos, Amanda com as mãos na cintura e cara de louca de raiva, ao lado de Robert. Ele tinha o olhar confuso, mas não demonstrava raiva....


Hey Girls! Faz tempo que não nos falamos, não é? O que acharam das próximas cenas??? kkkkk Mas fiquem calmas,sei que vcs vão gostar dos capítulos que seguem. E este de hj? O que acharam? Senti uma baixa nos coments nos últimos capítulos. Sei que nem sempre temos vontade de escrever, mas vou dizer que isso deixa as autoras muito frustradas sabe? Mas entendo vcs.... Para minhaS leitoras mais fiéis: AMOOOOOOO SEUS COMENTS DE PAIXÃO!!!!! É por vcs e pra vcs que escrevo.



sábado, 8 de outubro de 2011

Bizarre Love Triangle capitulo 33

Bizzare Love Triangle

Capítulo 33

Eu sai do banho enrolada na toalha e olhei para Robert parado na frente da porta do banheiro com um olhar estranho. Ele estava com meu celular nas mãos.

-O que foi? Era ? - eu perguntei já pegando o celular e olhando para ver que me ligara. Minhas pernas tremeram e eu quase cai sentada na cama.

- ... - Robert disse, virando-se para mim, com voz suave, porém cheia de dúvidas. - Como você tem o telefone de Taylor? - putz! Eu ia matar aquele doido por estar me ligando. Será que ele não sabia que eu iria estar com Rob? Afinal, foi ele quem me incentivou a isso... Robert tinha as sobrancelhas juntas e me encarava sério.

-Tenho? - me fiz de doida. - Sei lá.... acho que.... você me deu. Não foi? Lembra?- continuei me secando e tentei não encará-lo. Senti meu rosto aquecer. - O que que tem de mais? - tentei agir com naturalidade, mas minhas mãos não paravam de se mexer, nervosamente.

-Não lembro... É... pode ser. - ele disse colocando a camisa branca e a box, sentando-se na cama. Seu olhar ainda era confuso, ele observava eu me secar e colocar uma blusa sua que estava no chão do quarto. Eu ainda evitava encará-lo, senti meu corpo todo tremer nessa hora.


-E por que ele estaria te ligando? - ai meu deuzinho! Pensa , pensa..., definitivamente eu ia tirar o nome de Taylor da agenda.

-Eh.... não sei, eh.... Pra falar com você, é claro! - sentei na cama a seu lado e comecei a zapear os canais de TV. Robert ainda estava confuso, ele tentava entender tudo e eu estava cada vez mais apavorada.

-Mas... por que ele não ligou para o meu telefone, então? - genteee.... até onde isso iria? Parece que eu ouvia na minha cabeça a voz de dizendo “isso é um jogo perigoso”. Ele me olhava esperando uma resposta convincente e eu fingia estar atenta em um canal de TV que eu nem sabia o que estava passando.

-Hã? Ah.... sei lá.. Vai ver ele não conseguiu ligar pra você... - eu falei ainda sem olhá-lo. Já estava indo longe demais... - Por que tantas perguntas sobre isso, Rob? Ligue para ele e pergunte. - eu ia colocá-lo no fogo também. Quem mandou me ligar em hora errada...




Nessa hora ouvimos a batida na porta. Era o serviço de quarto trazendo a comida e eu agradeci mentalmente por isso. Robert esqueceu-se por hora do assunto e começamos a comer. Mais que depressa peguei meu celular e desliguei, colocando no fundo da bolsa para que não acontecesse mais nenhum imprevisto.

O resto do dia passou tranquilo. Ficamos deitados na cama, ele zapeava a TV e eu aconcheguei-me em seu peito, ressonando tranquila. Há muito tempo não tinha uma paz e uma calma como essa.

Robert fazia seu habitual movimento de cheirar meus cabelos e me abraçava junto a seu peito, como se não quisesse mais me tirar de perto dele.

-Dorme hoje aqui comigo? - ele me perguntou beijando-me a testa e me abraçando mais junto a ele.

-Eu tenho que trabalhar. - respondi um pouco frustrada. É claro que eu queria ficar com ele. - Falando nisso... quando você viaja? Já terminaram as gravações no Canadá? - eu quis saber, já imaginando que logo nos separaríamos de novo.

-Hã... eh.... Gravações? Ainda não.... - ele tinha um olhar confuso. Estranhei... - Por isso quero que fique hoje. Amanhã viajo para lá, temos mais algumas cenas para filmar. - eu sentei-me na cama e o encarei. Abaixei o olhar, tristonha. - O que foi? - ele perguntou levantando meu rosto.

-Ela vai estar lá com você, não vai? - eu me referia a Kristen e ele sabia. Robert me puxou para perto dele e me beijou com carinho. Eu tinha todos os motivos para estar insegura, sai de seu abraço e o vi se afastar.

-Não fique assim. - ele falou. - Você sabe que faço par romântico com ela, mas agora é diferente. Eu estou com você, e é isso que importa. - ele disse se aproximando e me beijando de novo, seu olhar estava estranho... - Você é minha...

Eu dei um sorriso e fiquei abraçada a ele. - Então eu venho. Pode me esperar aqui. Depois do espetáculo eu venho e passamos a noite juntos. - ficamos ali abraçados até que deu a hora de me arrumar para ir ao teatro.

Robert me deixou na porta dos fundos dizendo “te espero mais tarde”, e foi embora. Eu entrei e segui em direção ao camarim. No caminho ainda tinha vestígios das rosas que ele havia mandado.

Entrei no camarim e dei de cara com , com as mãos na cintura, batendo os pés do chão e a maior cara de reprovação.

-Eu te deixo, um minuto, sozinha e toda a diversão acontece? - ela falou me cobrando. Rimos juntas, sentando no sofá. - Agora trata de me contar tuuuuuudo!! Tomaz até já me disse ontem, mas quero ouvir de você.

Essa era minha amiga... Ficamos um tempo ainda dentro do camarim conversando e ela estava radiante com tudo que eu contava. -Meu deus!!! Que liiiindo amiga! Me deixa ver esse anel!!! - ela pegou minha mão e abriu o sorriso quando viu o anel no meu dedo.

Recebi o aviso de que iríamos entrar em cena e logo já estava me posicionando.

-Ah, mais tarde vamos jantar juntas? - ainda perguntou antes de sair do camarim.

-Não vai dar . Rob está me esperando no apart. Vou dormir lá, já que ele viaja amanhã para o Canadá. - ela me olhou com aquela cara “com ela?” e eu revirei os olhos. Não queria pensar nisso agora.

-Ok. Só achei que quisesse comemorar. - ela falou me provocando a perguntar. Revirei os olhos de novo e fiz sinal com a mão para que falasse. Ela sorria maliciosamente.

-Amanda saiu definitivamente do elenco. Parece que recebeu uma proposta de um filme em Hollywood. Nos livramos da doida!!- ela comemorou erguendo os braços e pulando de alegria. Não pude negar que fiquei muito feliz com a notícia.

Entrei no palco sendo a única Isabella Swan da Broadway...

oOo

O espetáculo correu perfeitamente bem. Estava cada vez mais natural encenar a história de vampiros e lobos. As cenas com Paolo me faziam sempre sentir uma emoção diferente. Ele era Jacob Black e lembrar de Taylor era uma coisa inevitável.

Voltei para o camarim pensando em toda a saia justa que passei com Robert por causa do telefonema de Taylor. Que cara louco! Tínhamos que conversar sobre isso. Magoar Robert não estava nos meus planos.

Entrei no camarim e levei outro susto. Aliás, isso já estava se tornando um hábito....

-Hey linda! - Taylor disse. Devia estar voltando de alguma festa porque estava bem vestido, de terno e com a gravata solta no pescoço. Não podia negar, ele estava uma loucura de lindo.



-O que você esta fazendo aqui, seu doido? - eu disse fechando a porta do camarim para que mais ninguém o visse. Um dia Robert, no outro Taylor... isso já estava ficando fora de controle...

-Eu vim saber como você está. Falou com ele? Ele te contou a verdade? Ontem te liguei e você não me atendeu. Depois insisti e estava desligado. - ele dizia na maior naturalidade, como se não fosse algo extremamente perigoso para nós dois.

-Não passou pela sua cabeça que eu poderia estar com Robert? - eu perguntei a ele me sentando na cadeira a seu lado. Ele percebeu minha irritação e tentou me acalmar.

-Calma. Eu vi seu carro aqui no estacionamento. - ai! Foi por isso que ele se encorajou, achou que eu estivesse no teatro.

-Taylor.... eu estava com ele. O carro ficou aqui porque fomos juntos para o apart no carro dele. - ele abaixou a cabeça e deu um suspiro. - É oficial agora. Robert me pediu em namoro em cena, no meio da peça, na frente de toda a platéia e de todo o elenco. - mostrei o anel para ele. Taylor fechou a cara e me olhou dentro dos olhos. Estava sério e eu me senti muito mal.






-ELE FEZ O QUE?!?! - ele se alterou, estava descontrolado. Levantou-se e começou a andar de um lado para o outro no camarim. Eu o olhava assustada... - Aquele doido, mas.... mas.... - Taylor logo se rendeu. -É.... eu sou um babaca mesmo... - ele falou indo em direção a porta. Parou antes de sair e se virou, olhando pra mim com derrota. - O que mais dói é saber que você só ficou com ele porque eu intercedi. Só tome cuidado ...

Eu abaixei o olhar, não conseguia encará-lo. Ver Taylor tão triste e vulnerável estava me consumindo. Deus! Como é possível gostar de duas pessoas com tanta intensidade? O vi se movimentar para sair do camarim e não aguentei. Fui em direção a ele e o beijei.

Beijar Taylor era perfeito, sua boca se moldava a minha com perfeição. Ele me apertava contra seu peito como se quisesse me prender para sempre. Sua boca sugava minha língua com urgência. Era como se já soubéssemos tudo um do outro.

Taylor me pegou no colo, subindo meu vestido, e enlaçou minhas pernas em volta de sua cintura, me levando até o sofá do camarim. Suavemente me deitou, continuando a beijar-me. Meu coração acelerou com esse movimento, mas ao mesmo tempo eu não tinha forças para dizer não. Eu o queria!

Taylor deitou por cima de mim, entrelaçando nossas pernas. Beijou-me novamente, agora mais suavemente, aproveitando para sentir melhor meu gosto e meus contornos. Sua mão direita foi imediatamente parar em minha coxa esquerda, que se levantou ainda mais, involuntariamente. Senti-o intensificar o beijo e pressionar sua pélvis em minha cintura.

Minha mão, que antes estava levemente pousava em seu ombro, subiu até sua nuca, agarrando fortemente os cabelos. Taylor entendeu aquilo como um sinal verde, com certeza. Seus dedos continuaram a percorrer meu corpo, até esbarrar em minha calcinha. Taylor passou de leve seu dedo em minha entrada e a sentiu completamente molhada. Um gemido gutural saiu de sua boca e nessa hora minha mente parou de funcionar.

Meus olhos bateram nos dele, que me observava com um olhar intenso de desejo. Nossa respiração estava acelerada e descompassada. Taylor não resistiu e me penetrou com dois dedos, olhando-me nos olhos. Mordi meu lábio inferior mas não quebrei o olhar. Taylor movimentava os dedos encarando-me nos olhos. Eu e ele estávamos ofegantes, eu sentia cada movimento.

Taylor fechou os olhos e jogou de leve sua cabeça para trás, soltando um sussurro de prazer. - ... - Passei a mão por cima de sua calça e apertei seu pênis, que estava completamente duro e excitado. Taylor me beijou com mais urgência. Meu coração acelerou e eu fiquei tensa. Sabia que o que estávamos fazendo não era certo. Ele voltou a me olhar nos olhos e começou a se afastar.

-Isso não poderia ter acontecido... - falei a ele enquanto o via levantar e tentar recuperar a sanidade.

-Eu sei.... foi por isso que parei. Apesar de tudo, ele é meu amigo... - ele disse ofegante, sentando a meu lado. Taylor abaixou a cabeça e se mexeu de forma nervosa - Mas você me enlouquece . É uma química incrível que temos um com o outro.

Eu me ajeitei no sofá, ainda ofegante também e sussurrei um pedido de desculpas. Eu sabia que não estava fácil e não consegui me controlar.

-Estou viajando amanhã para continuar a gravação no Canadá. - ele me disse levantando-se e pronto para sair.

-Eu sei, Rob disse que também vai. Quando voltam? - eu disse, tentando mudar o assunto.

-Ele diss... - Taylor sacudiu a cabeça em negação. Estava irritado, dava pra ver. -Não sei ainda... Preciso ficar um pouco longe disso tudo. Está sendo difícil te ver tão perto e não poder te ter comigo. - ele falou e eu, mais uma vez não sabia o que dizer. Ninguém tinha culpa do que estava acontecendo. Estávamos atraídos um pelo outro, mas a situação nos impedia de ficar juntos.

-Eu entendo.... - foi o que consegui dizer. Meus olhos se encheram de água. Taylor levantou a mão e me acariciou o rosto suavemente.

-Não fique assim... - ele me puxou para um último beijo e nos despedimos. Taylor me deu um abraço apertado, beijou meu pescoço e minha testa e saiu. Eu fiquei olhando-o sair, arrasada por não saber o que fazer. Estava apaixonada pelos dois, isso era fato...

Meu celular tocou me fazendo voltar a realidade. Olhei no visor e vi Robert escrito. Ele estava me esperando e eu tinha que ir até lá ficar com ele. Mais uma vez tive vontade de sumir.