terça-feira, 30 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 24

Consequências









Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen










Capítulo 24



Larguei minha bolsa em cima do sofá, cruzando os braços e parando em frente a ele. Eu sentia todo meu corpo vibrando acumulando energia, enquanto as luzes da casa piscavam. Alec olhou para o lustre acima das nossas cabeças e sorriu.

– Para de palhaçada e me diz o que você quer! Foi Aro que te mandou? – perguntei indignada.

Ele gargalhou voltando os olhos para mim. Ele conhecia todo o meu poder, já tinha visto varias vezes ele em uso, mas não demonstrava medo, só arrogância.

– Aro?- perguntou se aproximando mais. – Não minha bella ragazza! Vim só para te ver, mesmo!

Ele levantou a mão deslizando pelo meu rosto. Virei a cara com asco daquele toque.

– Pare com isso!- exigi me afastando.

– Fiquei tão feliz vendo que você está aqui! E bem! – disse. – Continua com o treinamento?

Eu olhei para ele incrédula. – Diga logo o que quer! Exigi indignada. Por que essa criatura tinha que aparecer na minha vida logo agora?

– Você não sentiu minha falta? – ele me perguntou.

Eu ri, porque aquilo só podia ser brincadeira!

– Cadê sua irmã, ela sabe que você está aqui?- ataquei. Alec só fazia o que a irmã mandava e se ele estava ali com consentimento dela era porque era uma jogada dos Volturis.

– Não, ela não sabe!- ele respondeu sério. – Ela enlouqueceria só de pensar que estou com você!

Aquela história estava muito mal contada, logo as lembranças dos ataques em Seattle me vieram a mente.

– O que você está fazendo em Forks? – perguntei desconfiada.

– Eu estava por perto e resolvi fazer uma visita!- falou com a maior naturalidade. – Como já disse, eu estava com saudades! – sorriu

– Perto onde? Seattle?- perguntei desconfiada.

– Entre outros lugares! – ele afirmou. – Você não vai me convidar para sentar?

– Não! Fora! – falei apontando a porta.

– Assim você magoa meu coração! – ele disse fazendo beiço. – Onde está sua educação. Não foi assim que seu pai te ensinou!

– Meu pai? Não meta Stefan nessa história! – rosnei. Minhas mãos fechadas em punhos, acumulando uma incrível quantidade de energia.

– Stefan?- ele gargalhou. – Estava falando de Aro!- disse divertido. – Você sempre vai ser uma Volturi, . Está renegando sua verdadeira família!

– Não! Não é mais minha família! – neguei. – Saia daqui, ou eu te coloco pra fora a força! – ameacei entre dentes, sentindo minhas mãos formigarem.

– Ok! Mas qual é sua família agora? Os Cullens? – Alec gargalhou me fazendo rosnar. Ele levantou as mãos rendido. – Ok, ok! Mas eu realmente vim aqui te ver! E... também tenho uma proposta!

Estreitei os olhos desconfiada. – Não quero nenhum tipo de negocio com você! – falei indignada.

– Quanto ressentimento! – ele se aproximou de repente, segurando meus pulsos. – Acho que isso é amor!

– Me larga! – rosnei.

Ele pareceu perder a paciência, pelo menos o sorriso cínico morreu em seu rosto.

– Eu estou tentando salvar a vida de sua nova amada família. – ele disse entre dentes.

Paralisei.

– Do que você está falando?- perguntei assustada. Era uma ameaça? Ele realmente estava envolvido com os recém criados?

– Estou falando de uma chance de salvar a vida dos Cullens! – ele disse me olhando intensamente.

– Conte direito essa história!- exigi.

– Pelo jeito consegui sua atenção. – ele sorriu pegando uma mecha do meu cabelo e levando até o nariz. –Mas primeiramente, gostaria de lhe passar minhas condições.- ele disse. Levantei minhas sobrancelhas, como indicando que ele continuasse. – Você me dá que eu sempre quis, e eu vou contra a minha família e de dou essas preciosas informações.

– O que eu tenho que você tanto quer?- perguntei desconfiada.

Alec baixou os olhos, olhando para todo o meu corpo, até fixar na minha boca.

– Verdade que você nem desconfia? – ele perguntou se aproximando novamente. Seu cheiro doce que um dia tanto eu desejei, me dando náusea.

– Não, não desconfio, afinal não sou bem o que você gosta, não é? – respondi.

Alec estreitou os olhos, me olhando com raiva.

– Você não sabe o que diz! – falou entre dentes.

– Ok Alec, vamos fingir que eu não vi você e Félix juntos! – falei. Ele segurou meu cotovelo fortemente. – Mas isso não é mais da minha conta!

– A questão é o seguinte: eu sempre te desejei e você vai ser minha agora, e então te ajudo a salvar os Cullens, ou – ele abriu um meio sorriso. – eles são aniquilados! – sentenciou.

– O exercito de recém criados... – sussurrei.

Alec sorriu mais. – Vocês estão informados então?

– Não somos idiotas!- grunhi me afastando dele.

– Então o que vai ser?- ele perguntou.

– Isso nunca vi acontecer, Alec. Nós temos meios de nos defender sem sua ajuda!- falei cruzando os braços.

– E sem a sua ajuda? Os Cullens se defendem?- ele sorriu maquiavelicamente tirando um aparelho do bolso, e apertou um botão.

– O que é isso? – perguntei descruzando os braços e deixando a energia das mãos aumentarem. Se ele estava me ameaçando se daria muito mal.

Ouvi vários vampiros se aproximando rapidamente e cercando a casa.

– São só alguns guardas! – Alec disse calmamente, erguendo os ombros. - Quantos você consegue atingir de uma vez mesmo? – ele perguntou. Engoli em seco. Alec conhecia todas as minhas fraquezas, ele me treinava quando eu estava na guarda. – Eles são muitos para você! Você nunca vai conseguir sair daqui a tempo de salvar os Cullens!- ele fechou a cara, seus olhos vermelhos como chamas. Eu conseguia ver toda a insanidade deles. Alec era cruel, disso eu não tinha duvidas.- Com uma ordem minha, eles estão mortos!- ameaçou.



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 23





Consequências











Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen







Capítulo 23







De pé, com os braços abertos por horas. Eu estava entediada. Só mais um pouquinho! ela me disse pela milésima vez. A questão era: um pouquinho para Alice, não era a mesma coisa que significava para mim.


– Eu acho que precisa aumentar esse decote nas costas!- ela disse para a costureira, me fazendo revirar os olhos.


– Alice, mas um pouco e aparece minha bunda! – resmunguei. – Eu não quero pagar cofrinho no dia do meu casamento!


– Pare com isso!- ela ralhou. – Vai ficar perfeito! Confie em mim!


– Certo!- resmunguei. Eu estava ouvindo muito isso, e já estava começando a desconfiar.


- Você está linda!- Samantha, a costureira, falou emocionada.


– Perfeito! Perfeito! Perfeito!- Alice falava batendo palmas e pulando no mesmo lugar.


– Sério?- perguntei. – Então deixe–me ver! – disse indo em direção ao espelho.


– Nem pensar Sra ! – ela me barrou parando em minha frente com as mãos na cintura. Alice deveria ter uns 15 cm a menos que eu de altura, mas mesmo assim eu parei. Não devemos discutir com loucos, não é mesmo?


– Eu não vou poder ver o meu vestido de noiva?- perguntei incrédula.


– Claro que não! – ela respondeu. – Quer que Edward veja o vestido antes do tempo?


– Francamente Alice...


– Sem reclamar! Falta somente uma semana para o casamento. Você consegue segurar por tanto tempo? E o jeito que ele anda ligado em você, logo ele veria tudo!


– Ok! – respondi rendida. – Mas então vamos para casa? – pedi. – Já estou com saudades!- falei sorrindo.


– Affff! O que é uns minutinhos para quem tem a eternidade! – ela me disse me empurrando até o suporte. – Vamos, suba ali para que Samantha arrume o comprimento.


Eu já estava indo resignada quando meu celular tocou em minha bolsa, me fazendo correr sem chamar a atenção, até ela.


Edward Call


Sorri.


– Oi!- falei derretida.


– Oi Amor! Que horas você volta?- ele perguntou.


– Espero que logo! Assim que Alice cansar de me torturar!- falei olhando para ela que estirou a língua para mim. – Você já está em casa?


Edward havia saído para caçar com Jasper e Emmet, tipo uma despedida de solteiro. Pelo menos era o que ele tinha me dito que iria fazer.


– Ainda não, devo chegar a noite!


– Ah!- falei desanimada.


– Estou morrendo de saudades!– ele disse me fazendo suspirar.


– Eu também!- respondi. Alice girou os olhos. – Daqui vou pra casa, então! Stefan deve chegar hoje de New York. Nós vemos a noite?


– Nos vemos a noite! Te amo! – ele disse.


– Também te amo! – respondi desligando o celular e sorrindo que nem besta. Respirei fundo voltando para o Planeta Terra, e caminhando até o suporte, penar mais um pouco.


oOo


Olhava a paisagem excessivamente verde, passando pela janela da Ferrari de Alice. Como minha vida tinha mudado, desde o dia em que coloquei os pés em Forks. Eu eu pensava que nunca me apaixonaria de novo, estava quase surtando por passar três dias longe de Edward. E o fato da viagem de negócios de Stefan coincidir exatamente nos dias que Edward iria ficar fora, me fazia sentir mais sozinha ainda.


Quando eu fiquei tão dependente? Realmente eu não me reconhecia!


–A florista já está acertada – Alice tagarelava ao meu lado. – O Buffet também!


Virei para ela.


– Alice oi? Buffet? – perguntei surpresa. – De que, sangue? Nós não tínhamos combinado que não haveria humanos no casamento?


– Só queria ver se você estava prestando atenção! – ela disse calmamente. Então Alice pisou no freio subitamente, fazendo com que o carro derrapasse até parar por completo, seus olhos perderam o foco e ela pareceu trancar a respiração.


– O que houve Alice?- perguntei assustada.


Ela piscou e voltou os olhos assustados para mim.


– Você tem visita! – me disse me olhando assustada.


– Quem?-perguntei.


– Alec!- ela respondeu. – Ele está na sua casa! – Fiquei ainda algum tempo olhando para ela pensando que aquilo não podia ser real, não agora! – O que você vai fazer? – ela me perguntou.


– E ele está sozinho?- perguntei.


–Sim!- ela respondeu.


– Então me deixe em casa, que eu lido com ele! – falei. – E deixe Edward fora disso, por favor! – pedi.


eu não acho que…! – ela começou a protestar.


– Alice, Alec é parte do meu passado! Deixe que eu lide com ele! – Ela me olhou seria por alguns instantes. – Por favor! – pedi novamente.

– Não acho que seja uma boa! – ela disse.

– Só deixe seu irmão de fora! Se bem que resolvo isso antes dele voltar! Mas mesmo assim me prometa!

Ela bufou. – Ok! – respondeu.

Alice ainda choramingou quando parou em frente a minha casa.

– Muito obrigada, Alice! – falei.

– Edward vai me matar! – ela sussurrou.

– Eu lido com ele! – falei saindo da carro. – Se eu precisar te chamo! – disse e me dirigi a porta de casa. Esperei a ferrari se afastar antes de forçar a fechadura que estava trancada, virando a chave e ouvindo um clique. Não havia nenhum barulho dentro de casa, mas o cheiro de Alec era inconfundivel.

– O que você quer aqui?- perguntei.

Alec saiu da cozinha, se encostando na parede, sorrindo como ele sempre fazia. Parecia um anjo! As ele não me enganava mais.

– Que saudade, meu amor!- ele disse.







domingo, 28 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 16

Consequências









Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen









Capítulo 16




Dei as ultimas escovadas no cabelo e coloquei meus brincos longos de prata com pequenos cristais. Olhei novamente no espelho. Até que a loucura de Alice tinha dado um certo resultado.


Mas o que eu estava fazendo afinal? As palavras de Rosalie não saiam de minha cabeça:
Ela vai adorar conhecer os Denali, principalmente Tânia. ... Ninguém importante? Tânia é a namorada de Edward. Namorada de Edward! NAMORADA! E se fosse verdade? Seria tudo o que ele me disse uma grande mentira?

Atirei a escova no chão, fazendo com que ela se partisse e deixasse um sulco na madeira do assoalho.

Sabe de uma coisa? Eu não iria a essa festa. Stefan daria uma desculpa qualquer!

Me sentei na cama tirando um dos sapato caros de salto que Alice havia escolhido. Olhe para ele por um instante. Eu não me reconhecia mais! Tinha caído na conversa mole de Edward! Aceito ser a nova boneca Barbie de Alice!

O meu celular tocou insistentemente.

– O que foi Alice?

– Nem pense! – ela gritou do outro lado da linha.

– Não pense no que? – perguntei me fazendo de desentendida enquanto tirava o outro sapato.

– Edward! Edward! – ela chamava do outro lado. Ouvi o barulho de uma porta de carro batendo.

– Ok! Diga a ele que já estou indo! – falei vencida soltando um bufo. – Não precisa vir!- gritei e desliguei o telefone.

– Você está linda, minha filha!- Stefan repetia pela trigésima vez.

– Obrigada, pai! Você também está muito elegante!- respondi sorrindo e desviei os olhos para fora, vendo as árvores passarem como um borrão. Stefan dobrou na entrada que levava até a mansão dos Cullens, que estava toda iluminada com pequenas luzes que em meio à vegetação e parou em meio a carros luxuosos que estavam estacionados no jardim.

– É, Alice se puxou. – Stefan disse olhando para a casa iluminada, cheia de convidados vestidos de gala. Todos vampiros, era claro.

Rolei os olhos. Em que Alice não exagerava.

Abri a porta ainda rindo saindo da Porche. Edward estava parado na varanda e sorriu quando nossos olhos se encontraram. Me virei para pegar minha bolsa e fechar a porta e ele já estava ao meu lado. Edward pegou minha mão, levando até os lábios e delicadamente.

– Você está estonteante! – ele disse com um meio sorriso nos lábios.

– Obrigada!- respondi lisonjeada.

– Como vai Stefan?- Edward perguntou.

– Bem Edward! Vamos ?- meu pai meu pai me deu o braço para que eu segurasse.

– Claro!- respondi. Notei a decepção de Edward por Stefan ser mais rápido, mas eu havia vindo com meu pai, nada mais justo. Você vai ter muito mais que meu braço, mais tarde! Pensei.

Edward tossiu, disfarçando uma risada enquanto nos seguia de perto.

– Muito bonito, Dona
Salvatore Cullen! – disse Alice, com as mãos na cintura assim que atravessamos a porta branca da mansão. Os outros vampiros presentes se viraram para nos olhar.

– O que foi Alice?- perguntei tentando não rir.

– Que história é essa de quase desistir de vir à festa?- ela me fuzilou com o olhar.

– Não sei do que a Sra está falando, Alice! Mas por falar em festa, a decoração está linda! Parabéns! – falei rindo, tentando acalmar a festa.

– Você achou mesmo? – ela disse totalmente entregue.

– Claro! Está tudo perfeito!

Os móveis tinham sumido e no centro da sala havia uma pista de dança delimitada por um piso de vinil, uma musica de época tocava e alguns casais rodopiavam pela pista.

tem razão, Alice! A festa está fantástica!- Stefan falou. – O presente que mandamos para Esme foi entregue?

– Sim, Stefan! De extremo bom gosto o bracelete! – Alice respondeu.

– Você é fantástica! – Edward sussurrou no meu ouvido, assim que Alice se virou saindo conversando com Stefan. Pisquei um olho para ele.

- Onde está, Esme?- perguntei olhando ao redor.

– Ela já desce! – Edward respondeu.

Olhei em volta pelos convidados, alguns eram vegetarianos como nós, mas a grande maioria era vampiro com a dieta normal.

– Nós pedimos que eles não se alimentassem pela redondeza. – Edward disse ao meu ouvido, respondendo as minhas constatações. Assenti. – Tenho uma surpresa para você! – disse rindo.

– Para mim?- perguntei espantada.

– Sim, está lá no meu quarto! – ele disse sorrindo maliciosamente.

Mordi o lábio inferior o provocando. – Pra mim? No seu quarto é?

– Mas é para depois da festa. – Ele respondeu.

– Ed! – uma vampira loira usando um vestido vermelho muito justo e muito curto, chegou ao nosso lado, colocando a mão com unhas longas, também vermelhas, no ombro de Edward. – Você não vai me apresentar sua amiguinha? – ela perguntou sorrindo.

Ele se desvencilhou sutilmente da mão dela, indo para o meu lado segurando fortemente a minha cintura. – Tânia, essa é minha namorada .

– Namorada, é? – ela me olhou de cima abaixo. – Bem que Rose, me disse! Prazer!

– Prazer! – respondi incomodada com o jeito que ela me olhava. Edward apertou mais minha cintura, encostando meu corpo no dele.

– Com licença, Tânia, mas Esme já está descendo e quer cumprimentá-la.

– Claro! Mas eu também vou! Quero cumprimentar Esme também ! – ela disse sorrindo arrogante e entrelaçando o braço no dele, o que me fez frear e o olhar zangada.

Edward fez uma careta, mas não fez menção e afastá–la, o eu me deixou tremendamente zangada.

– Que bom que você veio, ! E você também Tânia! Fico muito feliz com a presença de vocês! – Esme disse docemente. Ela estava linda e extremamente elegante em um vestido azul Royal.

– Parabéns Esme! – Respondi sorrindo.

– Você sabe, Esme que eu não perderia uma oportunidade de rever vocês. – Tânia disse e olhou intensamente para Edward que suspirou. Eu sabia que ela estava querendo me provocar e eu não cairia nessa fácil.

– Vamos dançar, Edward?- perguntei segurando sua mão.

Ele sorriu assentindo.

– Edward!- Rosalie chamou assim que pusemos os pés na pista de dança.

– O que Rose?- ele perguntou impaciente.

– Eu preciso de sua ajuda, Emmet sumiu! Ele disse que faria uma surpresa para Esme, mas eu estou até com medo de pensar o que é!

Edward girou os olhos. – Já volto!- ele me disse me dando um selinho de leve e saindo sendo seguido por Rose.

Comecei a caçar Stefan com s olhos, por meio as pessoas, mas ele deveria estar em algum canto conversando com Carlisle.

– Sabe! Edward tem um senso de dever e tanto! – Tânia disse as minhas costas, me fazendo trincar os dentes. Me virei para encará-la.

– Porque você me diz isso?- perguntei tentando não demonstrar minha incomodação.

– Rose me contou sobre o passado de vocês dois!

Ahhh! Rose!

- Pois é, que sorte a minha, não é?- falei apertando as mãos para controlar o acumulo de energia nelas, não queria estragar com a iluminação da festa.

– Muita!- ela disse sinicamente, se virando e saindo na mesma direção que Edward.

É! Essa noite seria longa! Muito longa!

Recomecei minha procura por Stefan, caminhando habilmente entre os casais dançantes, até o outro lado da sala. Nada! Então decidi subir até a biblioteca. Era promissor já que Carlisle costumava ficar muito tempo lá e Stefan certamente estava conversando com ele.

Quando cheguei até o corredor, ouvi claramente as vozes que vinham da biblioteca. Não eram Carlisle e Stefan, eram Tânia e Edward.

– Edward você me deve! – ela sussurrava para ele. Eu não pensei duas vezes. Abri a porta com um empurrão forte, dando de cara com Tânia pendurada no pescoço de Edward. Ele tirou os braços dela se afastando.

Tarde demais! Pensei.

– O que está acontecendo aqui? – perguntei com os braços cruzados sobre o peito.

não é nada disso que vc está pensando!- ele começou se defendendo vindo para o meu lado.

Típico!

– Não é?- rosnei.

– Acontece que eu e o Ed temos uma história longa, queridinha! – Tânia disse.

– Tânia, cala a boca!- Edward sibilou.

Eu nunca tinha visto Edward ser rude com alguém. Até Tânia parecia se surpreender com o tom dele.

– Sabe de uma coisa? Fiquem os dois juntos! Eu não vou atrapalhar! – falei me virando e saindo correndo. Abri a primeira porta do primeiro quarto que se seguiu e saltei pela varanda, caindo por sobre os saltos e correndo logo em seguida.

Não vale a pena! Não vale a pena! Eu repetia mentalmente. Não foi à primeira vez que alguém te passou a perna! Mas certamente ai ser a última!

Senti as mãos de Edward segurando fortemente a minha cintura, tentando arar minha corrida.

– Me larga! – gritei.

– Calma ! Só quero que você me escute!

– Me. Larga. – uma forte corrente de eletricidade passou pelo meu corpo fazendo com que Edward fosse jogado contra uma árvore. Ela acabou sendo caindo deixando as raízes expostas.

– Eu não quero ouvir nada, Edward. Eu já entendi tudo! – gritei.

– Entendeu o que? – ele se levantou e sacudiu os cabelos, fazendo lascas de madeira e folhas caíram no chão. – Não aconteceu nada, lá. E nem vai acontecer.

– E porque você não barra as investidas ela? – perguntei indignada, tentando controlar a eletricidade que se concentrava em minhas mãos.
– Tânia é insistente! Eu já deixei claro várias vezes que nada vai acontecer entre nós.

– Ahhh! Eu vi bem! – falei sarcástica.

Mas então eu parei. Mas o que eu estava fazendo? Eu estava com ciúmes?

– Quando você vai admitir que me ama, ? – ele perguntou se aproximando devagar.

– Você está se achando, não é? – eu ri sem humor.- Era isso que você queria o tempo todo? – perguntei me odiando por me deixar seduzir por ele.

– Que você retribuísse o que eu sinto por você? Sim!

– Pois fique sabendo que eu... não estou apaixonada por você! – falei sem convicção nenhuma.

– Repita isso para você mesma, para ver se você se convence. – ele disse frustrado. – Sabe de uma coisa ? Cansei!

– O que? – perguntei alarmada.


Consequências Capítulo 15

<span class="goog-spellcheck-word" style="background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; ">Consequências</span>








Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen








Capítulo 15



Eu havia conseguido me desvencilhar dos braços de Edward e tomado banho, por mais que ele entrado atrás de mim com segundas e terceiras intenções, fugi dele o deixando se acalmar com um banho. Agora eu observava a floresta escura pela noite já avançada e a chuva que caia forte lá fora pela varanda do meu quarto. Eu podia ouvir Edward cantando em baixo do chuveiro, o que me fez rir.

Mas em uma mudança de vento trouxe o cheiro característico de vampiro até mim. Todos os meus sentidos ficaram alerta e o deslumbre de um raio vermelho se fez entre as árvores. Victoria!

Saltei da varanda e comecei a correr atrás dela. Mas a vampira era rápida. Logo Edward estava ao meu lado. Ele havia apenas colocado as calças e corria descalço, logo ele me ultrapassou. Victoria saltou em uma árvore, sendo seguida de perto por Edward. Logo o barulho de mais vampiros se aproximando rápido. Os outros seis Cullens aparecerem na perseguição.

As árvores passavam rapidamente por nós. Edward era muito mais rápido e seguia a frente. Emmet explodiu a minha esquerda. Jasper e Carlisle se juntaram a ele e tentavam cortar Victoria. Rosalie corria paralelamente a mim. Com Esme e Alice logo atrás.

Victória saltou em direção a uma árvore e foi atingida por Emmett, a fazendo cair ao lado do desfiladeiro. Logo ela estava cercada! Nós estávamos a beira do território Quileute.

– O que você quer? – Edward perguntou dando um passo a minha frente. Victoria rosnou.

Eu coloquei a mão no ombro de Edward. Deixa que eu falo com ela! – Você perdeu alguma coisa Victória? O que você pretende bisbilhotando a minha casa?

Ela riu. – Se eu perdi alguma coisa? Sim, perdi. E é por isso que estou aqui.

Edward rosnou. Os outros se posicionaram mais.

– Ela está comigo, não com Damon!

– Isso eu percebi! – Victória respondeu. – Eu só não sei se Damon sabe!

– Damon não tem nada a ver com a minha vida! – falei. – Se ele sabe ou não sabe, não me importa!

Ela estreitou os olhos para mim. Edward deu um passo a frente, se pondo entre mim e ela.

– Ele estão chegando!- Edward disse sem desviar os olhos de Victória.

O cheiro nos atingiu logo depois. Um cheiro forte de pêlo de cachorro molhado. Victória arregalou os olhos.

São os Quileutes? perguntei mentalmente. Edward assentiu.

– Nós não queremos lhe fazer mal! – Carlisle falou. – Mas se você aparecer por aqui de novo, iremos considerar como invasão hostil ao nosso território. Victória empinou o nariz. Depois assentiu. –Vá em paz!

Ela ainda andou um pouco nos olhando, com medo de virar as costas, depois partiu.

– Ah Carlisle! Achei que teríamos diversão. – Emmett resmungou como uma criança de 7 anos.

– Fica para a próxima! – Carlisle respondeu sorrindo, colocando a mão no ombro do enorme vampiro.

Edward ainda estava tenso. – Vamos que estamos os deixando nervosos.

Olhei para a linha da floresta, mas apesar da minha visão, não consegui distinguir os lobos. O que me deixou um pouco decepcionada.

Corremos em direção a casa dos Cullens. A mansão iluminada, apareceu em meio as árvores.

– Afinal o que ela queria?- Emmett perguntou assim que entramos na sala.

Edward passou as mãos em volta da minha cintura.

– Ela culpa a por Damon ter a largado. Agora ela quer vingança.

Revirei os olhos.

– Se vingar da ?- Esme perguntou.

– E de todos que tiverem ao lado dela. – Edward completou apertando as mãos em volta da minha cintura.

Respirei fundo. Tudo que eu não queria era colocá-los em risco.

– Deixa que ela venha! – Emmett urrou batendo uma mão na outra.

– Não se preocupe, nada de ruim vai acontecer. – Edward sussurrou no meu ouvido.

– Gostaríamos que você ficasse aqui em casa, ! Pelo menos até Stefan voltar. – Carlisle pediu.

– Eu não sei! Não gosto da idéia e colocar vocês em risco!

– Agora é um pouco tarde para isso! Não acha?- Rose falou.

– Rose, a faz parte da família agora. – Esme disse docemente. Rose bufou.

– Não ligue para a Rose, . – Alice falou. – Eu fico muito feliz que você tenha se juntado a nós.

– Yep! Todos nós ficamos. – Emmett disse sorrindo, fazendo Rose se virar e subir as escadas batendo os pés. Ele sorriu e foi atrás da esposa.

– Obrigada! – agradeci. Mas o bolo no meu estômago ainda era enorme.



Seu quarto tinha uma imensa parede envidraçada na parte sul. De lá tinha toda a visão do rio, da floresta e as montanhas. O restante das paredes era coberta por estantes lotadas de CDs. Em um canto tinha um sofisticado microsystem. Não havia cama somente um sofá de couro preto. O chão era coberto por um grande tapete dourado, as paredes eram escuras.

– Nunca pensei que precisaria de uma cama. – ele sussurrou em meu ouvido, respondendo minha observação e passado suas mãos ao redor de minha cintura.

– Percebe–se! – respondi. – Você fala da minha obsessão por livros, mas olha só quantos CDs você tem! – apontei. Edward sorriu. Seu rosto de anjo iluminado, seus olhos faiscando. Desviei os olhos dele e olhei para a paisagem pela vidraça. Uma claridade cinza já se formava na linha do horizonte. O que eu estava fazendo? O que eu tinha na cabeça? Colocar todos eles em perigo desse jeito!

! – Edward interrompeu minha linha de pensamento. – Não pense assim, por favor! – disse agoniado.

– Rose tem razão! – sussurrei ainda olhando para fora.

– Rose é egoísta!- ele disse entredentes.

Rose é egoísta? E eu sou o que?

– Você é minha vida! – ele respondeu me virando para que eu encarasse.

– Eu preciso ir para casa trocar de roupa. – falei o empurrando.

– Deixe só eu e contar uma coisa, . – ele disse segurando meus braços fortemente. – Carlisle também já viveu com os Volturis.

Eu arregalei meus olhos surpresa. – Carlisle!

– Venha comigo! – disse segurando minha mão e me conduzindo até o andar de baixo. Ele abriu as portas duplas de uma enorme biblioteca. Não pude deixar de ficar admirada com a quantidade de livros que ali haviam. Era maravilhoso!

Ele me girou de frente a única parede livre de livros onde havia vários quadros pendurados. O que estava em nossa frente era o maior de todos. Nele quatro homens com roupas vitorianas estavam em um balcão mais elevado, olhando para baixo. Reconheci Carlisle e...

– Aro, Marcus, Caius! – disse friamente deslizando os dedos pelas figuras tão conhecidas.

– Mas Carlisle não aceitava a forma como eles se alimentavam, assim como você! – desviei os olhos da pintura e encarei seus olhos dourados. – Ele não ficou com eles por muito tempo. Então ele se dedicou a medicina e a salvar vidas. – Edward suspirou e desviou os olhos para o quadro, mas eu percebi que ele buscava memórias antigas. –Quando a epidemia se alastrou, ele estava trabalhando a noite num hospital em Chicago, ele tinha uma idéia girando em sua mente por diversos anos, e tinha se decidido quase agir, desde que não poderia encontrar um companheiro, criaria um. Ele não estava absolutamente certo de como a transformação ocorreria então ele hesitou, ele estava sentindo-se receoso por tirar a vida de alguém, pois a sua tinha sido roubada, Ele tinha esse pensamento quando me encontrou. Ele me ajudou, eu estava no meu leito de morte, ele cuidou dos meus pais e sabia que eu estava sozinho, ele decidiu tentar...- Sua voz estava um murmúrio agora. Passei a mão pelo seu rosto e ele sorriu me puxando mais para perto. Então seu sorriso morreu. – Desde o tempo do meu renascimento – Ele murmurou – Eu tinha vantagem sabia o que cada um ao redor de mim estava pensado, ambos humanos e não humanos, foi por isso que eu levei dez anos para desafiar Carlisle. Eu podia ler sua perfeita sinceridade, eu entendia por a vida tinha colocado ele no meu caminho. Eu usava o meu poder para ler os pensamentos das minhas presas, poderia me fazer de inocente e atacar só os maus e usar isso como desculpa. Se eu seguisse um assassino que se aproveita uma menina. Se eu a salvasse não seria tão terrível.

– Edward... – pedi, tentando demonstrar que aquele assunto não me agradava.

– Eu só quero que você entenda que todos tem passado. Eu sei que você luta para confiar em mim. E eu sinto como você fosse mudar de idéia e desaparecer a qualquer momento. Me diga se eu estou sendo paranóico?

Eu não respondi, mas ele sabia a resposta.

– Entre Alice! – Edward disse sem desviar os olhos dos meus.

– Com licença! Mas , não se esqueça que você tem prova do seu vestido do baile hoje a tarde! – ela disse sorrindo.

– Vestido? – desviei os olhos de Edward e encarei Alice .- Que vestido?

– Não se preocupe, você vai amá-lo! – ela disse sorrindo mais, saindo e fechando a porta.

–Bem vinda à família! – Edward sussurrou no meu ouvido.

– Ela é sempre assim? – Perguntei.

– Normalmente é pior. – ele respondeu me fazendo gemer. Edward segurou meu rosto com as duas mãos me obrigando a olhar para ele. – Vamos pensar somente no hoje, ok? – assenti, sentindo seu hálito batendo em meu rosto e me dando água na boca. Ele encostou a sua boca na minha devagar a principio. Sua língua roçando nos meus lábios, fazendo com que eles se abrissem instintivamente. Quando ela encostou na minha, borboletas revoaram no meu estômago, parecendo que iriam sair pela boca. Nunca havia sentido nada como isso antes. Minhas mãos foram direto para seus cabelos os bagunçando mais e o puxando mais para mim. Eu já estava nas nuvens quando ele se afastou. – Vamos para o meu quarto? – disse com os olhos fechados e um sorriso lindo no rosto.

Eu olhei para fora, vendo a claridade cinza do dia. – Não posso! Tenho que ir para casa me arrumar para a aula.

– Só se você me prometer! – ele sorriu torto. – Nada de pensamentos de deixar o Edward.

Eu ri. – Prometo! – falei lhe dando mais um selinho.

– Eu te levo!

– Não precisa Edward. – reclamei.

– Eu faço questão! – ele respondeu me fazendo revirar os olhos.

Eu havia ido em casa trocado de roupa e colocado algumas mudas em uma mochila. Stefan só voltaria no outro dia, eu havia prometido ficar com os Cullens até sua volta. Então fui direto para la depois da aula.

Edward me puxou para que eu sentasse ao seu lado no sofá. Uma de suas mãos envolveu minha cintura, enquanto a outra alisava meu rosto. Coloquei as mãos no seu peito restringindo a aproximação.

- Edward... – sussurrei, já pronta para começar o discurso de que em um casa com seis vampiros, eu não me sentia bem em dar uns amassos, ainda mais no sofá da sala, quando meus olhos se arregalaram ao ver Emmet passando só de sunga azul com uma toalha no ombro.

- Onde você vai Emmet? – perguntei, aproveitando a chance de me livrar das mãos de Edward, antes que eu caisse em tentação.

- Vou aproveitar o sol e ver se pego uma cor. – Emmet respondeu me fazendo dar uma gargalhada.

- Emmet pela milésima vez, vampiros não se bronzeiam. – Edward disse sério, mas seus lábios se contorciam em uma risada que ele tentava segurar.

- É, mas agora eu consegui um bronzeador ultra potente. O Jasper disse que o farmacêutico garantiu que funcionava.

Ouvimos a risada de Jasper que vinha do andar superior. Emmet rosnou se tornando só um borrão, enquanto subia as escadas correndo, para acertar as contas com Jasper. Enquanto eu me contorcia de tanto rir.

Alice voou escada abaixo parando a nossa frente com as duas mãos na cintura e começou o pé, fazendo barulho com o bico fino do stilleto que usava.

– Sim? – perguntei, me segurando para não rir de sua cara feia. Ela estreitos os olhos.

– Estamos atrasadas, dona Salvatore Cullen! – eu ri do acréscimo em meu nome.

– Eu gostei!- Edward sussurrou.

– Atrasadas para que, Alice?- me fiz de desentendida.

– Você acha que é fácil, tudo que eu tenho que resolver para a festa que é daqui a dois dias. DOIS DIAS! E ainda ter que achar os sapatos perfeitos para você? Porque eu já vi os sapatos, mas onde eles estão é outra história.

– Não sei se você percebeu, mas tem sol! – falei apontando a janela com o queixo.

– Não importa, vamos ter que ir a Seattle!- sentenciou. – Quando chegarmos lá vai estar nublado novamente.

– Seattle?!?

– Sim! Então mexa–se!

– Boa sorte!- Edward falou caindo na risada. Bufei, me levantando e seguindo Alice até a garagem.

*********************************************************************

Eu estava em frente ao espelho enquanto a costureira dava os últimos ajustes no modelo criado pela própria Alice.

– Francamente, Alice, agora é oficial. Você está louca! LOU– CA! Esse vestido mal tapa a minha...- puxei a parte de trás da saia do vestido, levando uma cara feia da costureira.

Alice revirou os olhos! – Você não confia em mim?

Fingi pensar por um instante. – Não! – respondi.

Ela inspirou uma grande quantidade de ar, depois expeliu em um jato.

– O vestido é perfeito! A festa vai ser perfeita! Tudo vai correr exatamente como eu imaginei. Então... – ela me lançou um olhar que fez eu e a costureira nos encolher. Depois voltou a sua postura doce. – Além disso, Edward vai amar ver suas pernas nesse vestido.

– Edward já viu muito mais que minhas pernas. – falei por sob a respiração.

- Está perfeito! Agora tire que já sei onde estão os sapatos perfeitos! – ela cantou saindo dançando do provador.

Eu olhei para onde ela havia saído. Às vezes Alice me dava medo!


Consequências Capítulo 14

<span class="goog-spellcheck-word" style="background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; ">Consequências</span>











Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen





Capítulo 14



Damon usava óculos escuros, sua jaqueta de couro, calças e camiseta preta.

– Damon! – falei surpresa.

- Saudades gata? – ele sorriu maliciosamente.

– O que você quer Damon?- cruzei os braços. A chuva que havia parado começou fraca.

– Conversar! Vamos dar uma volta? – disse subindo a capota do carro.

Mordi o lábio. Edward vai odiar se eu for.

– Como você sabia que eu estava aqui? – perguntei desconfiada. – Anda me seguindo?

Ele sorriu de lado, daquele jeito que fazia minha respiração acelerar. Se de receio ou atração eu não sabia.

– Eu só estava passando, gata! Você está se achando não é?- sorriu. – Vai vir ou não?

– Se você quer falar comigo, pode ser lá dentro. – fiz um sinal com o queixo para dentro da lanchonete.

Ele gargalhou mais. – Não obrigado! Entra logo que eu já estou sem paciência. Vai ficar ai na chuva.

Dei de ombros. – Obrigada, mais não obrigada!

– É por causa do garoto? – ele perguntou ainda sorrindo. Quando Damon sorria me causava mais calafrios ainda.

– Garoto?- tentei disfarçar. Ele gargalhou.

– Ok! Você não quer vir.- ele deu de ombros. – Mas posso te fazer uma pergunta?

– Que pergunta?- estreitei os olhos.

– Eu só estou um pouco curioso. – ele disse olhando para o nada. Depois desviou os olhos para mim e sorriu. – Quantas pessoas você consegue proteger com seu poder?- perguntou como se perguntasse sobre o tempo.

Eu fiquei muda. Eu só conseguia proteger a mim mesmo. Um frio desceu pela minha espinha com a ameaça por trás das palavras dele. Instintivamente minhas mãos começaram a formigar, eu era capaz de reduzir Damon a pó, se ele encostasse um dedo em Stefan, Edward ou qualquer outro Cullen.

– O que você quer?- sibilei, dando um passo para frente para encara–lo.

– Vamos, não fique assim! Não precisa ficar bravinha! – ele sussurrou, deslizando um dedo pelo meu rosto. Virei o rosto. – Eu não falei por mal, é que eu... – Damon não sorria mais. Ele levantou os óculos me encarando intensamente com os olhos violetas.

– Você o que?- perguntei. Ele não respondeu. – Deixe Stefan e Edward em paz! Por favor! – pedi.

– Venha comigo! – sua mão segurou a minha. – Por favor! – Pediu.

– TIRE AS MÃOS DELA! – Edward gritou. Eu não fazia ideia de estar tão envolvida com a conversa com Damon, que nem percebi a aproximação do Volvo, que freou ruidosamente atrás do BMW. Logo atrás parou o jipe de Emmett com o restante dos Cullens.

– Edward!- falei. Ele me puxou para trás dele. Jasper, Emmet, Alice e Rosalie se colocaram em nossa volta.

– Não encoste mais suas mãos nela!- Edward sibilou.

Damon sorriu encarando Edward por um instante, depois desviou os olhos por cima do ombro dele me encarando. –Nós vemos outra hora, ! – disse antes de se virar e entrar no carro. Acelerou saindo rapidamente das nossas vistas.

Só depois de alguns minutos todos relaxaram.

– Obrigada pessoal! – falei me virando para os outros.

– Só fiz isso pelo Edward! – Rosalie resmungou.

– Mesmo assim, obrigada! – falei sincera. Eu realmente não queria essa rixa com Rosalie, só que não dependia só de mim. – Deixa eu adivinhar. Alice!

Alice piscou. – Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo. Sabe, . As minhas visões estavam confusas. Primeiro não via você de jeito nenhum, depois você apareceu de repente!

- Você não me viu com Jacob?- perguntei.

– Não! – ela parecia confusa.

– Estranho! – resmunguei.

Me virei para Edwrad que ainda estava tenso. – Obrigada Edward! Mas realmente não precisava de tudo isso.

Edward respirou fundo, ficando mais tenso. Coloquei a mão em seu ombro. Não quero que você se arrisque por minha causa. Ele rosnou zangado.

– Vocês vão ficar fazendo a brincadeira do sério?- Emmett perguntou. – Não sabem como isso é frustrante!

– Não! Nós vamos embora!- Edward disse segurando meu cotovelo e me levando até o Volvo.

– Hei! – reclamei puxando o braço.- E o meu carro?

– Jasper leva! – ele respondeu.

– Não! Eu levo! – falei indo em direção ao Camaro. Edward bufou.

– Ok! Você quem sabe! – Edward disse.-Jasper!- ele atirou a chave do Volvo para Jasper e entrou pela porta do carona ao meu lado.

Foi minha vez de bufar.

– Realmente não precisa disso tudo! Não precisa colocar sua familia em risco!

, você faz parte da minha vida!- ele disse colocando a mão na minha coxa. – E da nossa família. Então se acostume com isso! – Rolei os olhos, mas sentia uma felicidade invadindo o peito, porque eu realmente gostava dos Cullens. Edward sorriu. – Onde você vai? – ele perguntou quando viu que eu não tomava o caminho de casa.

– Eu vou deixar você em casa e depois vou pra minha trocar de roupa. – indiquei com os olhos minhas roupas molhadas.

– Eu vou com você para a sua casa!

– Edward não...

– Sem discussões sobre isso!- ele disse.

Virei o carro bruscamente na estrada, fazendo os pneus protestarem enquanto derrapavam no asfalto molhado.

– Satisfeito?- perguntei.

– Bastante!- ele respondeu com um sorriso torto nos lábios.

Freei em frente a casa. Nem me importei em esperar Edward sair para abrir a porta para mim. Sai junto com ele.

Ele colocou as mãos na minha cintura e me puxou para junto dele.

– Não fique chateada comigo!- falou.

– Então não me trate como se eu fosse de vidro.

– Eu sei que você sabe se proteger, mas quando a Alice teve a visão dele com as mãos em você eu...

– Então tudo isso foi por ciúmes? – perguntei.

– Uma grande parte! Não vou mentir.- ele disse encostando a boca em meu rosto. Sua boca subiu pelo meu queixo me fazendo arrepiar. – Você ainda não entendeu o que eu sinto por você?

Meus olhos estavam fechados e minha respiração ruidosa.

– É melhor entrar!- falei em um sussurro.

Edward grudou os lábios nos meus, sua língua deslizando para dentro da minha boca. Nós nos beijamos todo o caminho através das escadas, e só seu aperto no corrimão e em volta da minha cintura nos mantínhamos avançando, em vez de cair no piso de madeira.

Paramos encostados a porta ainda ao lado de fora, onde Edward pressionou meus quadris com seu corpo enquanto tirava minha camiseta, jogando–a no chão. A madeira estalou fazendo a porta se quebrar. Edward passou a mão em minhas costas me apoiando quando a estrutura cedeu caindo com um estrondo, mas eu não desgrudei minha boca da dele para parar para ver o estrago.

Em velocidade sobre-humana chegamos ao meu quarto. Mesmo assim Edward parecia impaciente. Levantou–me e envolvi minhas pernas em torno de sua cintura, curvando minhas costas para poder alcançar sua orelha com minha língua. Ele gemeu quando entrava no quarto só parando para chutar a porta fechada, que também se soltou das dobradiças. Ele me posicionou suavemente no chão.



Fechei os olhos, me concentrando na sensação de suas mãos correndo por todo o meu corpo, livrando–se do impedimento de minha calça e a restrição do meu sutiã. Edward caiu de joelhos em minha frente, envolveu seus braços em minha cintura, descansando a cabeça no meu estomago enquanto se agarrava em mim, tremendo em silêncio.

– Edward?- chamei baixinho.

– Só um segundo, ! – Passei minhas mãos em seus cabelos devagar, enquanto o sentia tentando recuperar o controle.

Algum problema? Eu estava preocupada com a reação dele.

– Nada! – ele respondeu e depois sorriu.

Ofeguei quando ele se levantou e senti abocanhando meu seio, sua língua empurrando meu mamilo. Fechei os olhos e joguei a cabeça para trás, afundando mais minhas mãos em seus cabelos.

Suas mãos deslizaram para baixo da minha cintura, levando minha calcinha com elas, deslizando pelo meu quadril. Edward se livrou de sua camisa. O tecido fino tocou o chão segundos antes de ele me levantar e me jogar na cama, a fazendo ceder com o impacto.

– A cama era nova, Edward! – reclamei rindo, mas não tive muito tempo para pensar, enquanto ouvia seu zíper baixar e o suave som de tecido contra a pele enquanto seus jeans faziam o mesmo caminho que o resto de nossas roupas.

Então seu rosto apareceu sobre o meu, e seu peso caiu sobre mim, pesado e tão real. Apoiou–se nos cotovelos e me olhou diretamente nos olhos. Manchas douradas misturadas ao negro do desejo.

Envolvi minhas pernas entorno dele e Edward se moveu contra mim, e logo estava dentro. Exalei liberando mais desejo do que eu tinha imaginado ter. Fechei meus olhos, achando que aquilo poderia ser um erro. Eu estava tão vulnerável, mas então ele disse meu nome, e de repente não havia lugar para duvidas para o que eu sentia. Edward tomou todo o espaço que havia em minha cabeça.

Meus dedos roçaram as linhas de seus braços por cima de seus ombros, em seguida, pelas costas. Quando cheguei a seus quadris, acrescentei pressão, incitando–o enquanto me levantava para ir ao seu encontro.

Quando finalmente me lembrei de respirar novamente, nossos aromas combinados me aturdiram. Não estava preparada. Ainda não. Precisava de muito, muito mais.

Ele sorriu com um traço de satisfação brilhando em seus olhos. Alterou nosso ritmo, observando meu rosto enquanto desacelerava. Movendo–se mais profundo com cada golpe. Edward sabia pela minha mente, o que eu queria.

Cada vez que nossos corpos se encontravam, faíscas formigavam através de mim, correndo por minhas terminações nervosas em choques violentos de prazer quase à dor. Meus dedos dobraram–se em seus quadris. Minhas unhas forçando sua pele.

Ele sabia exatamente o que eu precisava. Edward enroscou um mão em meu cabelo e puxou minha cabeça para trás, abrindo minha boca. Empurrou dentro de mim, forte. Seus lábios cobriram os meus engolindo meu grito de prazer o reivindicando para si mesmo.

Ele golpeou contra mim, de novo e de novo, lutando por controle. Então estremeceu contra mim, gemendo dentro da minha boca. E finalmente, chegou ao êxtase dentro de mim com sua bochecha contra a minha, seus lábios roçando meu ouvido.

– Eu te amo, !- sussurrou ainda dentro de mim. Então tão baixinho, até para minha super audição, que quase não tive certeza de ouvir. – Nunca me deixe!

Edward era ingênuo, mas esse poder de ler os pensamentos, não deixava nada a desejar. Ele se afastou me puxando levemente para deitar em seu braço.

Me virei lentamente para encará-lo, e meus olhos estavam a poucos centímetros dos seus. Uns poucos e insignificantes centímetros. Sua respiração batia em meu rosto, na minha boca. Depois ele apoiou seu queixo em meu ombro. Respirando pesadamente em meu ouvido.

– Você é tão bonita! – falou baixinho me fazendo arrepiar.

– Edward, todos nós somos! Isso não é um elogio. – brinquei.

Ele falava lentamente, como que para ter certeza de que eu o entendesse, e cada palavra enviava um ar tentador contra a minha orelha.

– Você sabe que não é isso! Você é muito mais. É enérgica, teimosa e às vezes exasperante, mas quase bonita de mais para se olhar. – Ouvi o que ele estava dizendo, mas o que me fez estremecer não era o significado das palavras, mas o som da sua voz, causando um profundo retumbar através de mim, provocando reações em todos os lugares certos do meu corpo. – E você é minha! – disse por fim.

– Sou! – sussurrei em resposta, sem raciocinar direito, porque minha boca parecia não ter comando, decidindo só em falar a verdade. Mas o que importava se eu dizia ou não, se Edward lia a verdade que berrava em meus pensamentos, em meu corpo. Se com se eu não tivesse mais forças para lutar contra esse sentimento louco que se tornava forte cada dia. Mas algo estava errado com essa entrega. Porra, algo estava muito errado com essa declaração. Mas por minha vida que eu não conseguia lembrar naquela hora, o que era. E nesse momento eu simplesmente não me importava.

– Eu te amo, ! – disse ele novamente, seus lábios roçando minha bochecha enquanto suas mãos prendendo minha cintura, me puxando mais para ele. Ouvi a dor de sua voz. A crua necessidade de uma resposta, mais isso era mais que eu podia dar, e meu peito se apertou.

Nunca tinha sido amada desse jeito por ninguém. Desejada! Protegida! Ele estava esperando algum tipo de resposta. Eu queria poder dá–la. Queria fazer tudo certo, e deixá–lo fazer o mesmo por mim. Não só queria. Eu precisava. Precisava de algo familiar, algo quente e forte para me fazer esquecer meu passado. Mas eu ainda não estava pronta.

– Tudo bem! – ele sussurrou contra meus lábios. – Eu esperei tanto tempo por isso! Não me importo em esperar mais.

Minhas mãos foram para sua nuca, entrelaçando os dedos em seus cabelos, então eu o puxei para mim grudando nossas bocas. Nossos lábios se devoravam com uma urgência nascida da fome, do desespero. Nunca teria o suficiente dele. Era como querer apagar as chamas de um vulcão!