domingo, 8 de abril de 2012

Consequências EPILOGO

“É como se você estivesse gritando, mas ninguém pudesse ouvir. Você quase sente vergonha de que alguém possa ser tão importante, que sem ele você não sente vontade de mais nada. Ninguém nunca vai entender o quanto dói. Você se sente inútil, como se nada pudesse salvá-lo. E quando acaba e ele vai embora, você deseja poder trazer todas as coisas ruins de volta, para junto ter as boas de novo.”


Epílogo




Eu observava as montanhas ao longe. As árvores cobertas por uma fina camada de neve. A paisagem branca estava por todo o lado, atrás das vidraças da janela do meu quarto.

Dois anos haviam se passado.

O barulho da aproximação dele soou pelo corredor. Rápido, somente alguns milésimos de segundos antes dele abrir a porta. Me virei para encarar seus olhos dourados. Ele sorriu parando em minha frente.

– Não está pronta ainda? – disse passando as mãos pelos meus ombros nus. – Estão todos te esperando! – os olhos cintilando enquanto passeavam pelo meu corpo sem roupa.

– Eles que esperem, ainda nem tomei banho! – respondi pegando minha roupa que estava separada em cima da cama. O tom escuro do tecido contrastando com a brancura da minha pele.

– Hmm. – ele gemeu perto do meu ouvido. – Posso te acompanhar? – perguntou sorrindo torto.

Eu sorri.

– Claro! Mas desse jeito eles vão ter que esperar bastante! – falei.

– Não acredito que eles vão envelhecer por esperar algumas horas! – ele falou com seu riso irônico.

Eu ri. – Vá indo, eu já vou! – falei vendo ele se despir deixando as roupas pelo caminho. A visão de seu corpo perfeitamente esculpido lançou uma carga de energia pelo meu corpo.

Me virei novamente para a janela sentindo o vazio do meu peito pulsando. Esse vazio que me acompanhava nesses últimos anos era a única coisa viva dentro de mim. Peguei a ultima carta de Stefan que eu havia recebido no dia anterior. Stefan, tão avesso ao mundo moderno, continuava mandando cartas para responder meus e–mails. Mesmo que elas demorassem algumas semanas para chegar.

Com sua caligrafia elegante e antiga, ele contava dos progressos de Diego e Bree e ainda falava dos preparativos para o casamento dos dois. Casamento esse que eu teria que ir, como ele havia frisado várias vezes.

O barulho da água caindo do chuveiro, me trouxe novamente para a realidade. Larguei a carta em cima da cômoda antiga, ao lado do meu broche de ouro com o V cravejado em rubis e caminhei até o banheiro. A porta entreaberta deixava o vapor escapar para o quarto.

Empurrei a porta suavemente e entrei na neblina. A porta do chuveiro estava aberta me dando uma visão perfeita do espetáculo. Ele era realmente de tirar o fôlego.

Ele estava de pé, de costas para a porta. A água caia em cascata embaixo do chuveiro como uma tempestade tropical, forte e rápida. O vapor levantava de sua pele de mármore. Ele estava correndo seus dedos longos e ágeis através de seu cabelo negro, retirando xampu. Primeiro sua mão direita, depois à esquerda. A espuma do xampu rolava gradualmente pelo seu corpo perfeitamente liso e branco, até que chegou a curva de suas nádegas de marfim, onde escorria por suas pernas. Era uma estátua grega, sólido como pedra.

Ele parou quando percebeu minha presença e virou-se lentamente, em câmera lenta. Ele tinha o rosto de um anjo. Gentilmente sacudiu seus cabelos desgrenhados os fazendo cair em sua testa, a água escorrendo como lágrimas de seu cabelo para a ponta do seu nariz, rolando sua pele impecável até sua boca. Ele lambeu os deliciosos lábios vermelhos, a língua de sangue vermelho passando sedutoramente pela sua pele pálida.

Damon sorriu.

– Achei que não vinha mais!- ele disse sorrindo se afastando para que eu entrasse com ele no box.

– Desculpe, estava apreciando a paisagem! – falei.

Os olhos cor de topázio dele, pareciam me devorar. Era sempre assim, desde a primeira vez em que fizemos amor, quando Damon decidiu se juntar aos Volturis junto comigo, nós éramos como pólvora, como um vulcão.

Força e intensidade.

Damon agarrou meu pulso esquerdo e me puxou para dentro, sem poder mais esperar. Sua boca caçou a minha ferozmente. Suas mãos passeavam pelas minhas costas, pernas e quadril, uma hora alisando, outra apertando. Eu sentia sua excitação contra a parte exterior da minha coxa.

Meu corpo todo pulsava, enquanto sua boca deslizava pelo meu corpo. A água quente escorrendo entre a gente, fazendo o choque entre o quente e o frio. A imagem de Edward veio a minha mente e eu trinquei o maxilar, tentando limpar qualquer pensamento antes que Damon percebesse algo, mas ele se alimentava de sangue animal já há algum tempo e seus poderes tinham diminuído bastante.

Damon não pareceu perceber, me virando de costas para ele. Minhas mãos passeavam pelos seus cabelos e minha boca caçava a dele, quando eu senti se posicionando atrás de mim. Ele entrou forte e decidido, fazendo com que minhas pernas amolecessem. Ele rosnou profundamente quando eu comecei a rebolar ao encontro dele. Damon passou a mão pelo meu ventre, me dando apoio. Minhas mãos foram para a parede, me inclinando mais. Ele entrava e saia com força, sacudindo nossos corpos.

Eu podia ouvir o barulho da pele roçando na pele, como ele bombeando para dentro de mim, seu membro deslizando dentro e para fora. A sensação de Damon dentro de mim era insuportavelmente enlouquecedor.

Então novamente a lembrança de Edward veio a minha cabeça.

Damon percebeu minha mudança, mas acredito que não percebeu o por que. Sua mão deslizou pela minha barriga, atingindo o meio das minhas pernas, ele massageava meu clitóris, enquanto me penetrava por trás. Logo todo o meu corpo estremecia em êxtase.

Ele beijou suavemente para baixo da minha linha da mandíbula e todo o caminho até o meu pescoço para o ombro tornando cada terminação nervosa em meu corpo formigar inteiro. As pontas dos seus dedos varreram os meus mamilos. Empurrei mais os meus quadris para ele.

– Você me enlouquece! – ele rosnou no meu ouvido aumentando o ritmo.

– Oh Deus! – gemi. Era tão bom que era quase doloroso. Ele realmente era perfeito!

– É tão apertado! –. Ele rosnou outra vez. – Eu estou perto! – disse ele. – Diga meu nome! – Damon ordenou.

Tive que me concentrar no que estava pensando.

– Diga meu nome! – Damon ordenou novamente.

– Damon! – sussurrei sentindo o êxtase chegar novamente.

–Grite! – ele disse.

Edward! Edward!

– DAMON! – gritei sentindo uma forte corrente de prazer se espalhar pelo meu corpo. Meus dedos dobrados. Minhas unhas involuntariamente cavaram nos azulejos, fazendo sulcos nas paredes, como todos os músculos do seu corpo contraído em êxtase.

Damon explodiu violentamente dentro de mim. Ainda me segurando com sua mão direita com sua mão esquerda ele apoiou na parede. Imediatamente se ouviu um estalo e depois uma quebra como os azulejos aos cacos batendo no chão.

Damon envolveu seus braços em minha volta e me abraçou forte, deixando-se acalmar. Ele saiu de dentro de mim. O único som era a sua respiração profunda e o silêncio ensurdecedor. Damon me virou de frente a ele. Ainda de pé, cara a cara nos olhando.

Ele sorriu. Um sorriso tão encantador que era até desconcertante.

– Eu te amo!- ele disse pela primeira vez, com todas as letras. – Te amo mais do que achava ser possível!

– Damon! – me abracei a ele, sentindo o vazio do meu peito aumentar. Eu merecia isso? Eu nunca iria conseguir retribuir esse sentimento?

As lágrimas queimavam meus olhos secos.

– Tudo bem! – ele sussurrou no meu ouvido me abraçando de volta. – Eu sei esperar!



FIM