terça-feira, 22 de novembro de 2011

Consequências Capítulo 30

Capítulo 30




Sacudi as folhas dos meus cabelos e vi o enorme lobo vermelho vindo em minha direção. Suas orelhas achatadas no crânio e seus dentes a mostra. Levantei os pés o empurrando com força, fazendo com que ele voasse alguns metros.

Me levantei em um salto, me pondo em posição de defesa.

- Que merda, Jacob! Pare com isso! – gritei.

Ele se levantou sacudindo o imenso dorso e me olhou cheio de raiva.

- É sério Jake, eu não fiz por mal. Não queria quebrar o tratado! – falei, mas mantendo a postura de defesa por precaução.

Ele investiu novamente, me fazendo rolar os olhos. Saltei subindo na árvore mais próxima e me sentei no galho, assistindo Jacob rosnar e bufar lá embaixo.

- Sério, Jake! Se você não parar com isso, eu terei que te bater de verdade!

Foi a vez de Jake rolar os olhos.

- Eu não queria invadir seu território! – me defendi. - Mas na verdade o tratado é com os Cullens, eu não quebrei porra nenhuma!

Jake se acalmou ainda me olhando raivoso.

- E por falar nisso, quem é que está invadindo o território de quem agora? – perguntei apontando para a margem que ele estava. Território dos Cullens.

Jacob suspirou.

- Posso descer ou você vai surtar mais um pouco? – perguntei sem paciência. Eu sabia que todo o embate estava sendo observado por mais lobos do outro lado. – O que eu tenho para falar é sério! É da conta de todos vocês!- olhei em volta.

Jacob se sentou, indicando com a cabeça que eu descesse.

- Rá!- ri. – Com você desse jeito eu não vou descer!- falei cruzando os braços. Jacob girou os olhos se retirando do meu alcance de vista.

Ele voltou vestindo somente uma bermuda, os pés descalços pisando no chão duro da floresta.

Nossa! Como Jacob tinha se desenvolvido!

Saltei do galho ainda receosa.

- Fale! – ele disse serio.

- Nossa Jake! O que eu te fiz? – perguntei.

- Não é o que você fez, é o que você é!- ele disse raivoso.

Eu não sabia se era por tudo que eu estava passando, se toda aquela rejeição de Edward havia me abalado, mas o que Jacob disse e o modo com que ele falou, me feriu de maneiras que eu nunca havia imaginado. Foi a gota dágua.

- Deixa para lá! – falei dando alguns passos para trás. Eu estava a ponto de desmoronar.

Ele fechou os olhos respirando fundo. – Ok, desculpa! – disse mais relaxado.

- Tudo bem!- falei me sentindo um lixo.

- Fale! Por que você veio aqui?- ele me perguntou.

- Está vindo um exercito de vampiros para Forks!- falei. Jacob arregalou os olhos. – Precisamos da ajuda de vocês!

oOo

Subi os degraus que levavam até a mansão dos Cullens.

A porta se abriu e eu levantei os olhos para ver quem vinha me receber.

- Filha! – Stefan me recebeu de braços abertos. Me afundei nos seus braços, tentando o máximo me manter inteira, por mais que por dentro eu estivesse aos pedaços. – Como você está? – ele perguntou.

- Bem pai!- respondi, ainda sem soltar o abraço.

- Você está bem, minha querida?- Esme perguntou.

- Sim! – respondi. – Deu tudo certo!

Todos estavam em minha volta, menos Edward. O procurei por meio aos outros e o encontrei escorado ao final da escada, encarando o chão.

- Olha quem sobreviveu ao canil. – Emmet disse, me fazendo desviar os olhos de Edward. - Você precisa de alguma coisa para as picadas de pulga? – ele perguntou.

Sorri. – Não Emmet! Eu estou bem! – respondi. - Os Quileutes vão se reunir e marcaram uma reunião conosco, as 3 horas da manhã, na grande clareira ao leste das montanhas, para comunicar a decisão que tomaram. – informei.

- Ok!- Carlisle respondeu. – Temos um tempo até lá!

- É! – concordei. – Podemos ir para casa, Stefan?- pedi.

- Claro! – ele respondeu passando o braço pelos meus ombros. – Nós voltamos depois, ok Carlisle?

- Ok, ficaremos aguardando vocês! – ele respondeu.

oOo

Cheguei em eu quarto, vendo os lençóis amarrotados. O cheiro nauseante de Alec impregnado neles. Puxei os lençóis e travesseiros com raiva, rasgando em pedaços em poucos segundos. O quarto ficou cheio de tiras de cetim e penas voando.



Me atirei na cama onde eu e Edward ficamos juntos tantas vezes.

Eu queria poder chorar, mas o único som que saia de meu peito era um soluço seco, que queimava minha garganta e olhos.

Fiquei deitada, de olhos fechados. Daria qualquer coisa para poder dormir novamente. A dor dilacerante, me corroendo por dentro. Eu não conseguia acreditar que estava tudo acabado. Que eu nunca mais teria Edward novamente comigo. Tinha conseguido perder o que eu mais tinha amado na minha vida.

Deslizei a mão pelo colchão, buscando em vão encontrar a mão de Edward, tocar sua pele novamente, sentir seu toque em mim. Eu nunca precisei tanto dele quanto eu precisava agora. E ele não estava lá!

Saber que tudo estava acabado, que não haveria mais casamento, era duro de mais. Um casamento que eu nem fazia idéia de quanto eu queria. Eu queria Edward! Eu precisava dele! Não tinha me dado conta que eu o havia procurado vida toda! E o que eu pensava ser ódio, era amor! Desde a primeira vez que eu vira seu rosto de anjo!, eu o amava!

Ouvi a aproximação de Stefan.

- Filha! – ele disse do lado de fora do meu quarto. – Está na hora!

- Eu não vou! – falei.

Stefan abriu a porta.

- Não vai? Por quê?

- Já fiz minha parte!- respondi. – Não precisam mais de mim!

Ele entrou, fechando a porta atrás de si.

– Sinto muito por você e Edward! – ele começou.

Tapei o rosto com as mãos. – Por favor pai, não quero falar sobre isso!

– Tudo bem! – Stefan concordou. – mas quando você quiser falar eu estou aqui! – ele se aproximou da cama. – Mas realmente filha, é importante você ir!

Olhei para ele alguns instantes antes de responder. Eu não podia evitar ver Edward. Pelo menos até essa luta ter fim, já que tudo era por minha culpa.  – Ok! – disse me levantando.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Consequências Capítulo 29


Capítulo 29




E olhava a enorme estrutura blindada que agora cobria a parede de vidro do quarto de Edward. Se não fosse pelo seu perfume, nada denunciaria sua presença as minhas costas.


Muito bem! Era a hora de começar!


Fechei os olhos me lembrando desde o inicio.


Eu e Alice dentro do carro – Você tem visita! – ela me disse me olhando assustada. ...– Alec!- respondeu... – Ele está na sua casa!...
– Então me deixe em casa, que eu lido com ele!...
– O que você quer aqui?- perguntei furiosa ... – Eu estou tentando salvar a vida de sua nova amada familia. – ele disse entredentes... – Isso nunca vai acontecer, Alec. Nós temos meios de nos defender sem sua ajuda!- falei cruzando os braços...
– São só alguns guardas! – Alec disse calmamente, eguendo os ombros. - Quantos você consegue atingir de uma vez mesmo?...



Eu não agüentava mais pensar nisso. Coloquei as mãos no rosto, como se pudesse impedir que as imagens viessem a minha abeca.


– Me perdoa?- pedi. Minha voz saindo abafada por causa das minhas mãos. Edward não respondeu, então me virei para olhá-lo. Ele também estava de costas para mim, sua cabeça baixa. Coloquei minha mão no seu ombro, eu precisava sentir sua pele, mas Edward ficou mais tenso com o meu toque, então retirei a mão, cruzando os braços. – Edward, me perdoa?- repeti.





Ele se virou vagarosamente, seus olhos estavam claros, mas frios como gelo. – Onde Damon entra nessa história?- ele me perguntou. A voz baixa e cortante como uma navalha.


– Damon? Eu precisava da ajuda dele para achar Victória. – respondi.


– Você sabe que Alice preveria isso! – ele acusou. – Tem certeza que isso era o único motivo?


– Eu não tinha como saber que os Volturis obrigariam Victória a tomar uma decisão! – me defendi.


– Não importa! Ela teria que tomar uma decisão mais cedo ou mais tarde, e Alice saberia.


– Do que você está me acusando, Edward? – perguntei desconfiada. Diferente de você, eu não consigo ler mentes. Pensei.


– Você foi procurar consolo nos braços dele!- Edward acusou, a magoa escorrendo pelas palavras.


– Não! Você sabe que isso não é verdade! – me defendi.


– Você foi direto pedir ajuda à ele , não pensou nem um momento em vir à mim.


Desviei os olhos dos dele, incapaz de suportar toda aquela dor.


– Não! Eu só não podia... não podia suportar a idéia de ter que te contar o que eu tinha feito.


– Que você tinha me traído com seu ex? – ele me perguntou.


– Eu não te traí!- sussurrei.


–Ah não?- ele riu sem humor. – Claro! Pra você isso não é nada, dada a sua natureza! – eu não acreditava no que ele tinha dito, aquelas palavras me doeram mais que uma bofetada. – Mas isso até é perdoável, mas você ter procurado Damon... isso não tem perdão, .


– Foi a única maneira de defender a mi... sua família. Se você não entende isso, não tem mais razão de continuar! E eu não fiz nada querendo te magoar. – Mas você está certo! É da minhanatureza, e nada vai mudar o meu passado. Se você não pode conviver com isso, eu sinto muito. - puxei a aliança do meu dedo, parecendo q eu estava arrancando junto o meu coração. – Isso é seu!- disse a colocando em cima da cômoda.


Edward fixou os olhos na aliança, mas não fez menção nenhuma de me parar. Passei por ele, saindo do quarto. A dor me rasgando por dentro. Todos me olhavam enquanto eu descia as escadas, eu sabia que eles tinham escutado toda a nossa conversa.


– Oh, minha querida! – Esme veio até meu lado. – Eu sinto muito!


– Eu estou bem! – respondi, mais para mim do que para ela. Olhei par aos outros, eu não agüentava as caras de pena deles para mim. Até Rosalie me olhava com dó.– Então o que vocês decidiram sobre o exercito de recém–criados?- perguntei tentando mudar de assunto.


– Não está certo! – Alice disse sacudindo os cabelos curtos. – Edward! – falou passando por mim e se dirigindo até o topo da escada onde ele estava. Eles se encaravam em uma discussão muda. Edward parecia destruído, mas só a encarava sem dizer uma palavra.


– Então?- perguntei aos outros.


– Diego nos contou que devem ser cerca de vinte vampiros!- Carlisle disse.


– Vai ficar apertado!- Jasper falou.


– Que nada! Vai ser moleza! – Emmet se manifestou.


– Bree não vai lutar!- Diego falou.


– É sua responsabilidade a tirar disso, Diego! – falei. – Mais precisávamos de mais gente do nosso lado!


Foi só eu terminar de falar e um enorme corvo entrou sobrevoando pela sala, ele abriu as asas e então, não era mais um corvo, era Damon!


Edward disparou pela sala. – O que você faz aqui?- ele cuspiu.


Damon levantou as mãos em defensiva. Todos os vampiros estavam em posição de defesa, até eu.


– Owww! Calma ai garoto! Eu vim oferecer minha ajuda! – ele disse. Um sorriso frio, brincando em seus lábios.


– Não precisamos de sua ajuda! – Edward rosnou.


Damon sorriu. – Sério? Bem, não é o que parece!


– Vai embora, Damon! – falei. – Eu vi o tipo de ajuda que você tem para oferecer! – falei.


Damon riu. – Eu realmente estava te ajudando! – ele disse.


– Ajudando a torturar Diego!- falei.


– Ah isso!- ele coçou a nuca, mesmo com nove vampiros em posição de ataque, Damon não parecia se importar. – Bem, eu precisava ser convincente!- ele deu de ombros. – mas afinal, quem você acha que passou um trabalhão apagando o rastro que você deixou pra trás! –ele estalou a língua balançando a cabeça em negativa. – Muito amador!- recriminou.


– Diego estava ferido!- me defendi, mas então enruguei a testa. Porque eu estava me justificando? – Cai fora! – falei entre dentes.


– Ok! Eu sei quando não sou querido!- ele sorriu. – Mas se precisar, é só me chamar! Talvez eu atenda! Talvez não! – ele fechou a cara, então Damon virou um enorme corvo novamente saindo voando pela sala.


– Ai, se eu tivesse um estilingue!- Emmet disse, assim que Damon saiu pela mesma janela que entrou. Todos relaxaram.


– Mas continuamos a precisar de ajuda!- falei. Bem os vampiros tinham outros inimigos. Eles também não ficariam contentes com uma invasão de vampiros em Forks.


– Isso é impossível!- Edward respondeu aos meus pensamentos.


– Não custa tentar!- falei sem me virar para olhá-lo.


– Eles nunca vão aceitar! – ele falou novamente.


– O que? Quem?- Emmet perguntou. Todos me olhavam curiosos.


– Vou falar com os Quileutes! – informei.


– Sozinha?- Carlisle perguntou.


– Mais de um eles podem achar que é um ataque!- falei.


– É perigoso! – Esme falou.


– É a única chance!- falei.


– Edward! – Alice interveio. Mas ele continuava impassível parado encostado na parede com os braços cruzados olhando o chão.


- Eu volto logo! – falei – Conte tudo para Stefan quando ele chegar, ok?


– Edward!- Alice disse novamente, enquanto eu saia pela porta. – Se ela não tivesse feito o que fez, nós não teríamos tido chance...


Eu não ouvi o restante da conversa. Já corria em direção a La Push.


oOo


Eu estava sentada em uma pedra enorme na beirada do rio que separava os dois territórios. Eu já havia chamado por Jake! Já havia berrado! E ninguém havia aparecido!


Bem, já que ninguém atende! Eu terei que entrar!


Dei uns passos para trás, dando impulso para a corrida e saltei os bons cinqüenta metros de extensão do rio. No meio do salto, antes que meus pés tocassem a beirada do outro lado do rio, algo enorme e escuro me atingiu com força fazendo com que meu corpo voasse em direção oposta, batendo contra uma árvore e caindo no chão.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sol e Chuva 3









O sono me pegou, por mais que a dor fosse tão insuportável e dominasse minha mente, eu não tinha forças pra lutar contra ela e contra o cansaço. Não era apenas meu corpo que doia, meu coração estava em pedaços também. Eu ainda não sabia como iria sobreviver sem as coisas mais importantes da minha vida! Tudo que me era mais valioso, havia sido arrancado de mim sem maiores explicações.


Tentei me levantar e sair do quarto. Foi em vão. Estava exausta! Exausta do tratamento! Exausta das pessoas em minha volta! Exausta de me sentir fraca! Queria poder sair, voltar pra casa.... Mas pra quem eu voltaria?



Me entreguei ao cansaço e deixei que as lembranças de uma vida distante me embalassem. O sonho veio em ondas! Um sonho conhecido, de um lugar conhecido. Eu estava novamente em casa!



Sentia a areia grossa, de pequenas pedras fruta cor embaixo dos meus pés descalços. Eu sentia o vento em meus cabelos e o gosto salgado de maresia em minha boca! Eu ouvia o mar! Fiquei entorpecida por alguns momentos, me permitindo sentir todas as sensações que me eram tão familiar.


Abri os olhos sentindo meu peito inflar e meu coração acelerar batendo contra minhas costelas, quando me vi de pé em La Push! Eu tinha voltado!


Por mais que eu soubesse que era um sonho, parecia tão real que podia ser tocado, assim como o vento que tocava a minha pele, moldando a minha camisola em meu corpo.


Tudo estava tão perfeito que cheguei a duvidar. Será que voltei para La Push? Voltei pra casa? Tive a certeza de que era realmente sonho quando percebi uma porta de madeira branca de pé, bem no meio da praia! Enruguei o cenho, juntando as sobrancelhas! Que coisa esquisita!


Caminhei até ela, certa de que uma porta no meio do meu sonho, só servia para ser aberta! E foi o que fiz! Abri vagarosamente colocando a cabeça para dentro e espiando. Era um quarto!


E não era qualquer quarto, era o quarto de Jake na casa de Billy! Eu conhecia muito bem aquele quarto. Nessa hora meus joelhos falharam e eu quase cai. Quantas lembranças passaram por minha mente. O cheiro tão conhecido fez meu coração falhar uma batida! Jake.... como você pode....


Apesar de tudo que ele havia me feito, apesar de toda a dor, eu ainda o amava! Jake podia ter dado um jeito de conseguir se livrar do Imprinting, mas eu não! Eu ainda o sentia, mais vivo que antes! Mais forte! Me corroendo por dentro, me rasgando! Mesmo com toda a distância, com toda a magoa, ele ainda era minha alma gêmea e seria assim pra sempre!


Dei um passo para dentro do quarto, vendo a pequena cama de solteiro. Senti meu corpo inteiro arrepiar quando percebi que havia alguem dormindo nela. Jake estava ali! Seria possivel? Jake? O meu Jake?


As coisas já não faziam sentido mesmo, então me deixei levar pela emoção de quando éramos jovens. Minhas maiores lembranças daquele quarto me remetiam à época em que eu e Jake tivemos nossos momentos mais íntimos, quando ele ainda me amava...


Como era um sonho, acreditei que aquele Jake era o Jake menino. Um Jake do passado, que eu queria acreditar que um dia podia ter me amado! Quem sabe esse Jake, deitado meio torto na pequena cama, com um braço e parte da perna para fora, era esse Jacob que me amou?



Me aproximei da cama mas não tive coragem de tocá-lo. Tive medo de que ele sumisse ou acordasse e fosse embora. Analisei com cuidado cada parte de seu corpo. Ele tinha as costas nuas e usava uma boxe preta, do jeitinho que eu amava. "O mesmo Jake espaçoso de sempre...", fui obrigada a pensar lembrando-me de que ele ainda dormia do mesmo jeito. Dei um suspiro longo, lembrando-me de tudo que fizemos naquele quarto e naquela cama. Paralizei quando o vi se mexer.


Jake virou-se, abriu os olhos e piscou, me olhando surpreso.


-?- ele me perguntou confuso, sentando-se num pulo e olhando ao redor, para depois me olhar novamente.


Eu não sabia o que fazer! Estava sem reação! Não queria me mexer com medo que o sonho se fragmentasse ao meu redor, como um castelo de cartas!


O surpreendente foi perceber que não era o Jake novo, do passado! Era o Jake homem! Jake do presente! O mesmo que me usara tão cruelmente e me descartara tão rápido, sem me dar chance de defesa. O mesmo homem que dizia que me amava e depois me expulsou da sua vida, me tirando meus filhos!


Nos olhamos por um breve momento. Foi o suficiente. As atitudes dele podiam me mandar embora, mas seus olhos não negavam.


-, Amor, é você mesmo? – ele perguntou com a voz embargada. – Você voltou para mim?


Eu sorri, também sentindo as lágrimas se formarem nos meus olhos!


No meu sonho, Jake me amava novamente!


Ele saltou da cama, seu peito nu, subindo e descendo por causa da respiração ofegante, praguejou baixinho quando teve dificuldades de se livrar dos lençóis enrolados nas pernas e depois parou em minha frente. O seu sorriso de sol, iluminando o quarto escuro.


Eu não queria falar, tinha medo que o sonho acabasse, então só levantei a mão, deslizando pelo seu tórax, passei meus dedos suavemente pelos seus ombros e braços, sentindo a textura de sua pele quente!


Então subi mais a mão, tocando seu rosto sofrido, meus dedos deslizaram pela sua bochecha sentindo a umidade de suas lágrimas no meu toque.

Sim, no meu sonho, Jake me amava novamente!


- Eu senti tanto sua falta! – ele falou, suas mãos seguraram minha cintura, queimando minha pele, agora um pouco mais fria. – Não me deixe nunca mais! – disse me puxando para seus braços, seus lábios caçaram os meus, urgentemente, com tanta fúria que ele parecia sedento, como se bebesse água depois de muito tempo.


Era incrível! Eu sentia seu gosto novamente! E era tão bom!


Minhas mãos foram para seus cabelos, mais longos do que eu me lembrava, e sua barba por fazer, arranhava meu rosto. Jake me apertava junto a seu corpo como se quisesse me levar com ele, como se fosse nos transformar em um só. Ele gemia baixinho a cada movimento. Era uma mistura de beijos, lagrimas e carinhos.... carinhos que pareciam guardados há muito tempo.


Então tudo ruiu! O sonho escapou de mim, como areia por meio dos dedos.


Eu acordei!


POV JACOB BLACK


Eu conseguia senti-la! Era ela! Estava novamente em meus braços! Eu não sabia como e nem me importava! A única coisa que eu sabia era que não conseguiria viver sem ela mais um dia que fosse!


Então ela se foi! Como vapor, seu corpo se desmanchou sem deixar vestígio! Só o perfume dela permaneceu no ambiente! E eu estava só, parado no meio do meu quarto! As lágrimas correndo pelo meu rosto!


Eu não sabia como, mas ela havia conseguido se comunicar! Era tudo que eu precisava. Se não poderia tê-la durante o dia, a veria em meus sonhos. Quem sabe até conseguisse explicar à ela tudo que aconteceu. E, talvez, ela entendesse e me perdoasse....... Talvez......


E eu iria busca-la a qualquer custo!


FIM POV JACOB BLACK

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Consequencias Capítulo 28



Consequências






Capítulo 28




Damon olhou para mim, onde eu estava no meu esconderijo, e piscou rapidamente. Eu não sabia o que aquilo queria dizer, a única coisa que tinha certeza era que Damon sabia onde eu estava. Mas o porquê ele não tomava uma atitude e acabava com a barbárie que estavam fazendo com o garoto? E o mais importante: de que lado ele estava?

Bem, tendo Damon do meu lado ou não, eu não podia deixar que eles terminassem o que estavam fazendo.

Mais gritos de Diego ecoaram pela floresta quando seu outro braço foi arrancado.

- Vamos lhe arrancar pedaço por pedaço, até que você conte toda a verdade.

- Eu juro! - Diego gemeu. – Não tem mais ninguém comigo!

- Eu sei que você está mentindo! – Victória grunhiu.

Eu não podia permitir que eles continuassem com a tortura, mas eu também sabia que não era páreo para atacar todos eles ao mesmo tempo. Não sem uma fonte de energia por perto. E sem saber com certeza se Damon não estava do lado deles.

Tentei juntar a maior quantidade de energia que podia sem que isso me prejudicasse. Eu ainda tinha que ter forças para tentar salvar Diego. Juntei as mãos até que o acumulo de energia havia ficado do tamanho de uma bola de basquete. Teria que ser o suficiente.

Me concentrei em um grupo de árvores distantes, do outro lado da clareira e deixei que toda a energia se expandisse até elas. Ouvi as árvores estalando enquanto seus troncos começavam a queimar. Logo elas estavam em chamas.

- O que foi isso?- Victória gritou.

Damon olhou rapidamente para onde eu estava dando um sorriso de lado.

- Acho melhor irmos averiguar!- ele disse. Victória parecia indecisa. – Podem ser os Cullens!- Damon falou.

- Riley, fique de olho nesse ai! Já voltamos! – Riley pareceu não gostar muito da idéia, mas mesmo assim acatou a ordem.

Bufei!

Merda! E agora? Eu contava que os três fossem!

Bem, eu teria que agir!

Saltei da árvore, correndo em direção a Rilley. Eu não tinha tempo para acumular muita energia, mas tinha o suficiente para deixa-lo atordoado por alguns instantes. Rilley voou em direção a uma árvore, partindo o tronco ao meio com o impacto.

Juntei os dois braços de Diego que se contorciam aos seus pés.

- Você consegue correr?- perguntei a ele. Diego ainda me olhava com os olhos arregalados. – Consegue?- perguntei impaciente.

- Sim! – ele respondeu.

- Então vamos! – disse exasperada. Eu sabia que deveria ser difícil para Diego confiar em alguém, mas que alternativa ele tinha? Começamos a correr por entre as árvores, mas isso não iria dar certo. – Consegue saltar?- perguntei apontando para o topo das árvores.

– Acredito que sim! – ele respondeu. Sem os braços, realmente seria difícil. Diego deu alguns passos para trás, tomando impulso antes de saltar. Saltei logo atrás dele, o apoiando pelas costas. O ajudei a recoloca-los. Não era o trabalho dos mais agradáveis, mas do jeito que ele estava não iria muito longe. – Muito obrigado! – ele agradeceu esfregando os próprios braços com força.

– Não me agradeça ainda! Estamos longe de estar a salvo! – falei já me movimentando. Diego me seguiu. Eu não sabia quanto tempo levaria para eles virem atrás de nós. Mas eu não iria sentar e esperar.

Comecei a me movimentar, saltando de árvore em árvore o mais rápido possível, sentindo Diego bem atrás de mim. Nós estávamos tão rápido que mal tocávamos nos galhos. Eu não sabia o que os estava retardando, mas tinha certeza que eles deveriam estar atrás de nós.

Senti um grande alivio e soltei a respiração em um sopro, quando vi o Porsche de Stefan estacionado ao lado da estrada. Agora faltava pouco.

– Entre!- ordenei assim que desliguei o alarme que destravou as portas do veiculo.

– Onde nós vamos?- Diego me perguntou . – Ou melhor, quem é você?

Olhei para ele e suspirei.

– Você não me conhece, mas confia em mim? – perguntei.

– Acho... acho que sim! – ele respondeu ainda meio inseguro.

– Então entre nesse carro agora!- ordenei. – Ou fique ai, você que sabe! – Entrei no carro já dando a partida, já tinha acelerado antes mesmo de Diego fechar a porta.

– Eu sei quem você é!- ele disse, enquanto eu acelerava para 160 km/h. Estava quase amanhecendo e eu não queria que uma perseguição policial nesse exato momento. Continuei olhando para a estrada que passava correndo pelo pára-brisa. Como eu não disse nada, Diego continuou. – Você é um dos inimigos de Riley! – ele afirmou.

– Sim e não! – respondi séria. – Na verdade nem conheço esse tal de Riley! O problema todo é com a ruiva, Victória!

– Minha criadora! – ele sussurrou olhando pela janela.

– Vocês foram criados para destruir minha família! – olhei para ele de soslaio. – Você sabe disso, não sabe Diego? – perguntei. Eu estava ciente que estava correndo risco. Afinal Diego era parte do exercito inimigo, mas eu precisava dele para saber onde os outros estavam.

– Você me salvou! – ele disse simplesmente. – Só que eu preciso salvar Bree!- ele sussurrou.

Naquela hora me surgiu uma idéia. – Diego, se você me ajudar, eu prometo ajudar a salvar sua namorada!

- Tudo bem! – ele respondeu depois de ponderar por algum tempo. – Mas antes preciso saber de uma coisa!

- Ok! O que você precisa saber? – perguntei.

- Qual é o seu nome?- ele perguntou.

Sorri. - ! Salvatore!

oOo


Edward me aguardava em frente a mansão, o vi assim que virei o carro na estrada que dava acesso a casa. Ela estava totalmente diferente da ultima vez que tinha estado lá. A grande parede de vidro estava selada por uma barricada de ferro blindado, assim como todas as janelas da área sul.

Edward estava olhava o carro com a expressão séria e preocupada. Freei e ele já estava ao lado da porta.

- O que aconteceu, ?- ele me perguntou preocupado. Eu não queria responder, mas sabia que ele lia a confusão em minha mente. Me agarrei a ele, travando meus braços em torno de seu pescoço. Precisava urgentemente desse contato, mesmo sabendo que eu estava correndo o risco de perdê-lo para sempre. Edward enrijeceu. – O que é isso tudo?- ele perguntou lendo meus pensamentos caóticos.

- Eu vou explicar direitinho! – respondi. – Só me dá um tempo!- pedi aspirando seu cheiro mais uma vez.

Ele olhou por cima da minha cabeça.

- Quem é ele?- perguntou. – Ele é...

- Um recém criado de Victória! – respondi. Diego estava paralisado de pé ao lado da porta do carro. – Ele vai nos ajudar!

- O que está acontecendo?- Carlisle saiu pela porta seguido dos outros Cullens.

- Esse é Diego!- respondi. – Ele é um dos recém criados de Victória, mas está do nosso lado!

- Ele é um recém criado, !- Jasper parou em frente a Diego. – Não é confiável!

Diego me olhou preocupado.

- Ele está do nosso lado, Jasper! – falei colocando a mão em seu ombro. Senti uma onda de calma tomando conta do meu corpo. Jasper olhou para Edward confirmando. – Mesmo assim...

Apelei para Carlisle.

- Carlisle, - pedi. – Eu garanti que o protegeria, dei minha palavra!

Carlisle me olhou sério por alguns instantes, depois olhou para Diego.

- Seja bem-vindo à minha casa!- ele disse indicando a porta com a mão.

Diego hesitou mais alguns instantes, mas depois baixou a cabeça e entrou, sendo seguido pelos outros.

Edward me puxou pelo braço antes que eu entrasse na casa. - Você vai me explicar o que está acontecendo?- ele me perguntou me olhando intensamente. – Alice viu...

- O que Alice viu?- perguntei alarmada.

Edward estreitou os olhos. – Vocês estão escondendo coisas de mim!- ele afirmou.

Sim! pensei. Nós precisamos conversar!