terça-feira, 13 de setembro de 2011

Destinos Capítulo 3

Destinos









Capítulo 3


Ela parecia uma miragem! Como eu estava contra o vento, seu cheiro suave e floral, me atingia com tudo, fazendo com que minha pele se arrepiasse e minha boca se enchesse d’água. Tudo me puxava para ela e naquele momento eu precisava, desesperadamente, tocá–la. Dei dois passos em sua direção, quase saindo da proteção das sombras das árvores, mas um movimento me fez parar.


!- a voz de Embry veio um pouco depois que reconheci seu cheiro.- Ainda bem que eu te achei!


Eu tinha dito para o Embry que o apoiaria. Tinha dado minha palavra que o ajudaria, como agora eu poderia dizer que mudei de idéia e que eu tinha criado um tipo louco de atração inexplicável pela mesma garota que ele amava?


– E como você me achou?- a voz dela soou como musica nos meus ouvidos, fazendo com que meu coração acelerasse absurdamente.


Olhei para eles mais uma vez. Pareciam tão certos juntos! Algo dentro de mim se quebrou, como se ainda houvesse algo inteiro!






E lá estava eu criando algum tipo de sentimento doentio. Algo devia ser muito errado na minha cabeça idiota! Porque eu sempre me sentia atraído por garotas comprometidas?


Puta que pariu! Devia ter realmente algo muito errado comigo. Eu falava de Bella, que não tinha senso de auto–preservação, mas e eu? Não, eu tinha que pensar direito! Sair dali! era linda, devia ser isso! Eu estava somente atraído pela beleza dela! Não podia ser ainda apaixonado por ela, como eu era quando criança, podia?


Me virei, disposto a deixá-los em paz. Nós seriamos somente amigos! Só isso!


A risada dela fez uma corrente elétrica passar pela minha pele. Engoli em seco, respirando fundo, para controlar a imensa vontade de correr e pega–la nos meus braços. Me virei mais uma vez para vê–los conversando. Eles pareciam felizes e isso que importava!


Eu precisava pensar! Precisava colocar minha cabeça em ordem, tirei a camiseta pensando na transformação no mesmo instante que tive um deslumbre de um corpo cinza por meio as árvores mais adiante. Leah, isso era certo! E tudo que eu menos queria era ter Leah remexendo meus pensamentos! Não, eu era masoquista, mas não a esse ponto.


Corri para casa entrando pela janela do meu quarto. Não que tivesse um real motivo para isso, Billy não estava em casa mesmo, mas eu precisava urgente de algo familiar, algo que eu tinha certeza.


A foto de Bella me parecia um refugio seguro. Algo que eu pudesse me segurar, que me prendesse no lugar, evitando que meu mundo desabasse mais ainda. era o grande amor de Embry, ele tinha deixado isso bem claro.


Olhei novamente para a foto de Bella em minhas mãos e me sentei em minha cama. Mas eu não conseguia vê–la mais. Era como se meus olhos não focalizassem mais seu rosto. Deixei a foto cair em qualquer lugar.Minhas mãos foram para meus cabelos, puxando, quase arrancando os fios.


Eu tinha que parar com isso, não era certo! Ela é só uma amiga, uma irmã de bando! Me levantei, andando de um lado para o outro, eu iria enlouquecer se não a visse de novo!


Eu precisava vê–la, tocá-la! Só para provar que aquilo era uma enorme loucura!


Ok, era linda! Talvez a mais linda que eu tivesse visto na vida, mas que isso Jake, parece que nunca tinha visto uma garota bonita antes?


Tudo bem, linda que nem ela nunca! Mas ela era só isso uma garota bonita! Se controle! Se controle!


O barulho de uma caminhonete se aproximando me fez parar e encarar a porta do meu quarto. Era a chevy de John, isso era certo. Será que estaria junto? Eu nem sabia se ela dirigia!


Eu podia ensiná-la! Podia passar algumas tardes a ensinando a dirigir o habbit! Podia ensinar a pilotar a minha moto também! Será que ela se interessa por motores? Provavelmente não! Mas eu podia convidá-la para conhecer a garagem, podia...


Não, Jacob! Para com isso seu idiota!


A porta de casa se abriu e a voz de Billy e John ecoaram pela casa. Não havia nenhum rastro do cheiro dela. Me atirei na cama bufando! Teria que dar outro jeito de vê–la e teria que ser essa noite!


Ouvi Billy e o John se despedindo e a porta de fechando. Sai do quarto, Billy ainda estava virado par a porta da sala, de costas para mim.


– Sue mandou comida, coloquei em cima da bancada! – ele me disse mal humorado. Se virou na cadeira e me encarou com os olhos estreitos e as sobrancelhas juntas.


– Huh, ok?- ele me analisou por alguns segundos a mais e depois empurrou sua cadeira em direção ao seu quarto. – E a como está? – aquela pergunta pareceu saltar para fora, como se tivesse vontade própria.


Billy parou, girou e me encarou novamente apoiando os cotovelos nos descansos laterais.


– Ela está bem! Um pouco decepcionada, mas bem!


– Decepcionada?– perguntei, realmente eu me importava. Não queria que nada a deixasse triste ou magoada.


– Sim Jacob, te esperou a noite toda!- Billy falou ainda me analisando.


Aquilo não podia ser verdade! Ela estava me esperando? Senti meu coração acelerar e um sorriso idiota apareceu no meu rosto, sem nem me dar conta.


– Ela perguntou por mim? – indaguei.


Billy juntou as sobrancelhas e depois sorriu de lado vendo minha reação.


– Você a viu!- ele afirmou com convicção.


– Eu?- perguntei desconcertado. Depois decidi por falar a verdade. – Sim, a vi!- confessei. Billy sorriu mais. – Mas você não me respondeu, pai! Ela perguntou por mim?


– Não! – ele respondeu ainda sorrindo, mas eu não sorria mais.


–Huh! Ok!- disse sem disfarçar meu desanimo. – Então eu... – falei olhando em volta. Claro que ela não tinha perguntado por mim, porque perguntaria. Isso provavelmente era uma tremenda viagem de Billy, querendo desencalhar o filho rabugento. A garota nem deveria mais se lembrar de mim, por isso ela estava toda derretida par o Embry. Cravei as unhas nas palmas nas mãos.


–Você...? – Billy perguntou ainda sorrindo.


– Huh? Eu o que?- perguntei confuso.


Billy gargalhou mais me dando nos nervos.


– Filho, ela estava perguntando por você, eu te garanto! – ele disse ainda sorrindo.


– Aham, ok! – respondi descrente e desanimado. – Vou comer alguma coisa e vou... – apontei para a porta da rua.


– Você tem ronda hoje, filho?- Billy me perguntou, mas ele já sabia a resposta. Billy conhecia todos os dias que eu fazia ronda, e hoje não era um deles.


– Não! – respondi me sentando em frente a travessa lotada de comida que Sue havia mandado. – Mas vou dar uma volta! – disse.


– Claro, claro!- Billy disse sorrindo. Virou sua cadeira em direção ao seu quarto. – Bom passeio, Jake!- disse antes de sumir pela porta.


oOo


Eu estava parado em meio às árvores, ouvindo toda a movimentação que vinha de dentro da casa. O barulho da televisão que vinha da sala, os passos do John indo até a cozinha, mas o que me interessava era o movimento do andar de cima. Ouvi os passos da indo do quarto ao banheiro. Meu coração acelerava toda a vez que seu vulto passava pela janela, mas ele praticamente explodiu quando ela apareceu, empurrando a cortina um pouco para o lado e olhando a noite.


É, realmente eu estava encrencado!


oOo


Mal dormi a noite, me virando na cama, pensando que tudo nunca está tão ruim que não possa ficar pior! Agora não saia da minha cabeça.


Joguei minhas pernas para fora da cama, disposto a falar com ela pessoalmente e acabar com toda a loucura, quando o barulho da caminhonete de John soou descendo o caminho da estrada.


Sai correndo do quarto, saltando por cima de Billy que ia abrir a porta.


– Oi John! – cumprimentei assim que ela saiu da cabine.


John arregalou os olhos assustado. – E ai garoto?- disse.


– Desculpe por não te aparecido ontem! – falei. – Mas eu queria me redimir!


–Oh! Ok!- ele falou. – Porque não telefona para , então? Combina alguma coisa com ela!


– Isso!- falei empolgado demais. Respirei fundo tentando me acalmar. John desviou os olhos de mim, encarando Billy com as sobrancelhas erguidas, como se perguntasse o que significava meu comportamento bizarro. Billy só gargalhou em resposta e John assentiu sorrindo.


– Vou fazer o seguinte!- ele disse pegando o celular do bolso de trás. – Vou te dar o numero do celular dela, e vocês se falam! – falou afastando o aparelho e estreitando os olhos para poder ler os números.


Eu ajudei Billy a colocar toda a parafernália de pesca dele, na caçamba da caminhonete velha de John e praticamente o empurrei para dentro da cabine. Quanto mais rápido eles saíssem, mais rápido eu ligaria para .


– Pronto Jacob! Estamos indo! – Billy disse sorrindo mais que de costume. Realmente meu ai estava bem mais alegre que antes. Pelo menos alguém parecia ter motivo para ficar feliz, o porque eu não tinha idéia.


Foi só a caminhonete amarela fazer a curva que eu corri para dentro de casa pegando meu celular e discando o numero que John havia me passado.


– Hello? – só ouvir a voz dela, me fez sorrir que nem um besta.


– Quem fala?- Perguntei tentando recuperar o juízo.


– Quem é? – ela perguntou de volta, um pouco irritada. Segurei o riso, tentando provocá-la mais um pouco.


? – perguntei, mesmo já sabendo a resposta.


– Pode ser. Quem é?- ela perguntou bem mais irritada, pelo jeito continuava geniosa. Não consegui segurar o riso, o que deve ter a irritado mais.


– Você está em casa?- perguntei, ignorando totalmente suas perguntas.


– Olha cara, se você não se identificar eu vou desligar. – agora sim, ela estava puta da cara. Não, mas eu não queria que ela desligasse.


–Não faça isso.- pedi.


– Então se identifique.


–Vai dizer que não reconhece minha voz? – provoquei mais um pouco, mas eu estava nervoso esperando a resposta. Ela tinha que me reconhecer.


– Embry?- perguntou receosa.


Embry!?! É realmente, nós seriamos só amigos, mesmo.


– Não, não é o Embry. – respondi não conseguindo disfarçar a minha frustração. - Quer dizer que o Embry já andou colocando as garras pra fora.


-Quem te deu esse número?- ela perguntou audivelmente curiosa.


– Alguém que te ama muito. – respondi ainda brincando, mas a dor que eu sentia era grande.


– Não tem mais nada pra fazer, não? Vai te fu.. disse totalmente irritada, é ela continuava geniosa.


– Hey, A Lilian não te deu educação não?


– Olha, é a última chance que te dou. Vai dizer quem é ou não?– ela intimou.


– Poxa, depois de tanto tempo é assim que eu sou tratado. – me queixei. Ela ficou em silêncio por algum tempo, me fazendo olhar para o visor e confirmar se a ligação tinha caído. Logo um barulhão soou na linha.- ? Que barulho foi esse?


– Na–nada.- ela gaguejou.- Jacob? ela perguntou receosa.


– Rá finalmente! Achei que não se lembrava mais de mim!– falei.


– Você continua um bobo, Jacob! – ela disse me fazendo sorrir.


– E você se tornou uma boca–suja, . A onde se viu tratar assim uma pessoa por telefone?- brinquei.


–Eu não sabia que era você, se não tinha tratado pior. - ela brincou de volta. Falar com a me fazia bem.


– É, acho que mereço isso – fingi estar chateado.


– Não Jacob, eu estava brincando.


–Então porque não para de me chamar de Jacob? Daqui a pouco tá me chamando de Black. – brinquei novamente.


– Ok Jake! – ela respondeu.


–Mas você não me respondeu. Você está em casa, ?
– Sim estou em casa.– ela respondeu.


– Então estou indo ai. Quero me desculpar pessoalmente por ontem.


– Aqui?- ela disse surpresa.


– Por quê? Vai dizer que já tá acompanhada? –perguntei irritado – Não porque eu sei que teu pai foi pescar, ele passou aqui em casa pra pegar o velho.
– Não Jake, eu estou sozinha, mas não acho que seja uma boa.


–Por quê?-Ah ela não iria me dispensar agora, iria?


–Porque eu acabei de acordar e não me arrumei ainda e...


Eu não iria dar chance para ela me dispensar.


– Ah , para de frescura, estou passando ai em dois minutos e tchau!- respondi batendo o telefone antes que ela desse outra desculpa e saindo correndo pela porta.


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Destinos Capítulo 4

Destinos







Capítulo 4


Derrapei na grama molhada, só então me dando conta de como eu estava vestido. Eu estava com as mesmas roupas do dia anterior, sem nem ao menos tomar um banho. Bem, um banho banho, não de chuva como estava tomando no momento. Merda! Não poderia ver daquele jeito.


Corri novamente para dentro de casa, indo direto para o banheiro, deixando minhas roupas pelo caminho. Tomei o banho mais rápido da história, entrando no meu quarto e revirando minhas roupas. Onde estava a merda da minha camiseta preta nova? Olhei em volta, pulando em um é só pé enquanto calçava o tênis. Claro eu tinha explodido ela, na vez em que salvei Bella de Paul!


Que inferno! Não tinha mais nenhuma roupa que prestasse. Ah merda! Iria mesmo só de bermuda. Só esperava não dar uma má impressão. Corri o mais rápido que pude, tentando me manter fora da trilha para não ser visto.


A chuva estava mais forte fora da proteção das árvores. Aumentei a velocidade, cuidando para que a não estivesse na janela. Como eu poderia explicar para ela o jeito que eu estava correndo. Não, ainda não era hora. Se bem que por mim, não seria hora nunca. Não sei se conseguiria vê–la lutando contra um parasita. Isso eu teria que falar com Sam. Dar um jeito para que ela ficasse sempre na retaguarda, protegida. Pelo menos até ela estar bem treinada, pronta. Até lá eu iria tentar atrasar a sua transformação ao máximo.


Aproveitei o impulso e saltei usando a cobertura da varanda como apoio e subindo até a janela do quarto dela.


não estava no quarto.


Eu não podia entrar no quarto dela sem ser convidado, então deixei a persiana bater para alertar minha presença. Vai que ela aparecesse nua no quarto. Então a minha imaginação correu solta, e só de imaginar a entrando no quarto somente de toalha, fez meu coração acelerar absurdamente.


Eu estava tão entretido delirando com meus pensamentos, que nem percebi que se aproximou do quarto. Quando ela abriu a porta, quase cai da janela. Tive que me segurar mais forte no peitoril.


Ela estava mais bonita do que a noite passada, se isso era possível. A roupa curta deixava as pernas bem torneadas à mostra. Enquanto a camiseta mal cobria a barriga perfeita. Os cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo frouxo, deixava alguns fios caídos emoldurando seu rosto lindo! E aqueles olhos! Olhos que mostravam a alma! Parecia um Anjo!


Eu estava sem fôlego!


Ela xingou, o que me fez rir. Mas então fiquei em duvida, será que ela me reconheceria?


– Jake?- ela perguntou me fazendo sorrir mais. Ouvi seu coração acelerar, mas tratei de me convencer que deveria ser pelo susto. Ela me analisava com a boca maio aberta, por um tempo além do que o esperado. Realmente eu tinha minhas duvidas que ela me reconhecia.


– Vai me convidar pra entrar ou eu vou ficar aqui pendurado?- perguntei ainda rindo.


– Entra! – ela disse ainda meio chocada. Eu fiquei meio inseguro com a reação dela, mas então ela sorriu iluminando meu dia - Mas você praticamente já entrou não foi? – falou divertida.


Sem suportar manter a distância entre nós, por mais nenhum segundo, saltei parando em sua frente. Passei minhas mãos pela sua cintura, sentindo toda a minha pele se arrepiar no momento em que encostava na dela. A quentura que irradiava dela, reconfortava meu corpo, enquanto se espalhava pela minha pele, curando, fechando, selando as feridas. E esse mesmo calor mostrava que Sam tinha razão, ela seria uma das nossas logo, logo.


– Que saudade baixinha!- puxei mais para mim, até levantá-la no chão. Eu queria poder mantê–la junto a mim, mas tive medo de ela me achar um louco abusado então me afastei, mas só o suficiente para olhar seu rosto. – Como você está grande, !- Linda! Pensei sorrindo.


– Olha quem fala!- respondeu se afastando mais de mim visivelmente magoada. Eu já estava entrando em desespero, sem saber o que poderia ter feito de errado. Será que ela não gostou que eu ficasse tocando nela? Engoli em seco. – Ótimo Jacob, depois de tanto tempo, a primeira coisa que você me diz é que estou gorda! – ela disse me fazendo suspirar aliviado e gargalhar ao mesmo tempo, pelo absurdo que ela tinha dito.


– Você continua a mesma boba de sempre. – eu disse puxando ela pra mim novamente, sem resistir ficar com as mãos longe dela por muito tempo. Mesmo assim ela ainda continuava de braços cruzados. - Eu não disse que você estava gorda, eu disse que você cresceu. Afinal você era uma garotinha magricela.- ri novamente.- E agora... – eu não consegui evitar de passar meus olhos por todo corpo dela. Falar o quanto ela estava gostosa seria demais?


– E agora o que Jacob? – ela perguntou totalmente envergonhada, sem nem conseguir me olhar nos olhos. A timidez dela, a deixava mais encantadora ainda.


– Você não tem espelho em casa não?- eu disse levantando seu rosto, totalmente fascinado. Seu hálito doce bateu em mim, me dando água na boca. Tive que piscar várias vezes, para colocar os pensamentos no lugar. – Mas e ai me conta do Brasil. Como é o cara que você me trocou?- me afastei um passo dela, para recobrar o juízo. E acabei sentando em sua cama, sem soltar sua mão.


Ela não era minha! Esse pensamento me doeu a alma. Me aproximar de era pior que de Bella, porque tinha Embry!


Os olhos azuis e preocupados dela passearam pelo meu rosto.


– O Brasil era legal. – ela disse distraída, ainda me olhando preocupada, o que me fez torcer o lábio em desaprovação. - Você está bem, Jake?- ela me perguntou com as sobrancelhas juntas.


Suspirei fechando os olhos. A puxei mais pra perto encostando minha cabeça no meu peito. Suas mãos foram para os meus cabelos. Como eu poderia dizer que eu não estava nada bem? Que eu estava pior que antes?


– Estou.- respondi desanimado. Eu estava era fudido!


– Você sabe que pode me contar tudo, não é Jake? – Claro que ela era só minha amiga, e eu viajando como sempre! Assenti.- Fala! Quem é a garota? – perguntou.


– Deixa pra lá!- respondi. Era definitivo, só me via como amigo, e mesmo que ela não me visse assim. Embry a amava e eu havia feito uma promessa a ele.


Eu e a minha maldita boca grande!


Como falar pra dessa atração louca que eu estava sentindo por ela ?


– Jake!- ela reclamou buscando meus olhos com o olhar. – Eu voltei e vou sempre estar ao seu lado.- disse.


– Que bom! Senti falta da minha melhor amiga! – falei


– Você a ama muito não é? – me perguntou.


Eu nem sabia mais de quem eu estava falando!


Você está falando de Bella, Jacob, DE BELLA! E a única que você pode ter alguma coisa!


Mas eu não conseguia nem pensar mais em Bella!


– Sim, muito!- Respondi. Mas na verdade eu não sabia o que sentia direito, só que era enorme. E eu nem conseguia mais relacionar esse sentimento a Bella. - Mas não quero te chatear com meus problemas agora, . – eu não queria mais pensar! Estava tão cansado de tudo. Me ajeitei na cama dela, sentindo o seu cheio no travesseiro e me deitando de lado. - Vem! – a convidei, abrindo os braços. Só que ela ficou relutante, parecia com medo de mim. - Que foi?- perguntei, então tentei relaxar a tensão que ela demonstrava - Não é a primeira vez que nós deitamos juntos.- disse malicioso, brincando.


Ela girou os olhos. - Nós éramos crianças, Jake! E você não era tão... – corou, como se tivesse pensado em algo impróprio. Isso me deixou curioso.


– Tão o que? – perguntei. Queria tanto saber o que ela pensava de mim.


Ela corou um pouco mais. –Tão grande! Você ocupa quase toda a minha cama!- disse, me frustrando.


Claro! Você queria que ela dissesse o que, idiota?


– Para de besteira e vem logo. – falei a puxando pela mão. se sentou na cama, as costas encostadas na cabeceira. Sem nem pensar mais em nada, só querendo ficar junto a ela, deitei minha cabeça em seu colo. Totalmente entregue.


– Carente Jake?- ela me perguntou.


– Aham!- me acomodei mais, sentindo seus dedos deslizarem de leve em meus cabelos, enquanto seu cheiro me embalava. Eu precisava desse contato, mesmo que isso fosse passageiro.


Adormeci sonhando com ela.


oOo


– Jake!- a voz da começou a me puxar para a realidade, mas tudo que eu queria era continuar com ela nos meus braços, sentindo sua boca na minha.


Só que não era real, não estava ali. Nem mais no meu lado! Levantei a cabeça, confuso. – Merda, acho que dormi. – falei sonolento vendo parada na janela.


– Acha? Pelo ronco você capotou. – ela disse rindo da minha cara. Peguei o travesseiro jogando nela, mas o pegou e o atirou de volta, tão rápido, que eu mal vi o movimento.


É, ela já era uma do bando!


– É o Embry?- perguntei colocando o travesseiro de volta no lugar.


– E o Paul. – ela falou fazendo uma careta.


Paul? Ele não iria entrar com ela vestida desse jeito. Ainda mais sendo ele como era! – Vai trocar essa roupa indecente enquanto eu falo com eles. – falei.


– Você não manda em mim não! – ela disse levantando o queixo.


– Vai logo!- disse impaciente. Ela não entendia que eu estava protegendo dos comentários maldosos e sem noção do Paul? - Eles não vão entrar enquanto você tiver com essa roupa.- falei.


– Ah! Que eu saiba, eu queria trocar de roupa muito antes de você chegar e foi VOCÊ que não deixou.- cruzou os braços, teimosa.


– Eu sei, mas eu ver as tuas pernas não tem problema. – disse.


– Vai te fuder Jacob!- ela disse me fazendo arregalar os olhos. era bem temperamental, além de teimosa!


– Eita, boca–suja!- respondi.


– Vai dizer que a sua namorada não fala palavrão nem usa roupas curtas? – me perguntou com as mãos na cintura.


Namorada! Que namorada?


– Ela não é minha namorada!- respondi. Eu podia muito bem dizer que não havia namorada nenhuma, mas a petulância dela aflorava o meu mau gênio. - E realmente ela não faz esse tipo de coisa.- blefei, vendo a murchar na minha frente. Senti meu coração apertar. Eu havia a magoado! Ela se sentou na cama, ainda olhando para o chão, então começou a tremer. Não! Eu não podia deixar que a transformação acontecesse, ainda mais por minha culpa. Ela olhava para as mãos assustada. Sem nem pensar mais, sentei ao seu lado a puxando para mim. –Shhhh, . Calma! Você tem que se acalmar!- falei acariciando suas costas. – Shhhhh!- sussurrei em seu ouvido.


Eu sentia sua respiração ofegante batendo no meu rosto. Seu corpo todo em contato com o meu, me deixando elétrico. se virou vagarosamente, seus olhos se fixando na minha boca. Deus, como eu queria aquela boca! Ouvi seu coração acelerado, e naquele momento eu queria acreditar que ela também me queria.


Quantas horas eu passei sonhando com seus lábios? Imaginando como seriam seu beijo? Fantasiei com seu gosto? A noite toda sem dormir, e mesmo quando eu fechei os olhos eu ocupei em somente pensar como seria... como seria eu e , juntos! E agora eu vejo que nada, nada mesmo que eu havia sequer imaginado pode se comparar. Tudo bem, eu não reclamaria afinal, eu poderia conviver com isso facilmente.


entrelaçou os dedos na minha nuca, me apertando mais fortemente contra ela. Eu queria, eu precisava dela. Eu intensifiquei o beijo forçando sua boca para que aceitasse minha língua dentro dela, o que ela fez de imediato. Minha mão deslizou pela perna dela, sentindo sua pele macia e quente, parando em sua bunda. Me debrucei a deitando de costas na cama, me debruçando por cima dela. subiu a perna, enlaçando meu quadril. Eu senti seu copo totalmente encaixado no meu. Eu deslizei minha boca pelo seu queixo, lambendo e mordiscando seu pescoço. Ela arranhava as minhas costas, me fazendo estremecer. Meu pau latejava, totalmente ereto e apertado dentro da minha bermuda. Era meu primeiro beijo! Mas parecia que meu corpo funcionava no automático querendo ir até o fim.


Espera um pouco! Como assim?


Eu queria arrancar suas roupas e possuí-la ali mesmo, sem pensar nas conseqüências. Sem pensar em Embry esperando lá fora?


Eu não conseguia me mexer. Ainda estava paralisado com a encaixada nos meus braços. Ela ainda estava de olhos fechados e a respiração ofegante. Então ela se desvencilhou de mim se sentando na cama abraçando as pernas.


Meu Deus eu era um imbecil! Tinha me aproveitado da garota, quando ela estava abalada!

Eu tinha que me desculpar! Tinha que consertar o que havia feito!



!- disse quase implorando. - Eu sinto muito! Não devia ter feito isso.


– Jacob. Sai.- ela disse raivosa.


– Me perdoa?- supliquei.


– Sai.- ela disse furiosa.


Que merda que eu fiz?


– Eu sou um idiota. Só queria que você se acalmasse!- tentei me justificar, mas o que eu queria era me chutar!


Ela olhou e volta, então me olhou. Seus olhos azuis, escurecendo de raiva.


– Sai. Agora. SAI. – ela gritou começando a tremer de novo.


– Estou indo. – falei rendido, saltando pela janela.


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Destinos Capítulo 2

Destinos







Capítulo 2


Eu podia dizer como me sentia. Podia chegar e falar o quanto eu gostava dela. Deixar claro meus sentimentos e ai sim ela podia escolher certo. Poderia telefonar pra ela! Ou atender a próxima vez que Bella me ligasse! Podia também...


Ok Jake Sam pensou. Será que podíamos nos focar aqui? Ele sacudiu a enorme cabeça negra, impaciente.


Claro Sam! respondi envergonhado. Eu realmente detestava esse fato de ter que dividir até meus pensamentos. Na verdade eu não era muito fã dessa minha nova vida, onde nada era realmente meu, nem minhas escolhas nem o que eu pensava.


Como se a gente gostasse de ouvir essa choradeira pela Bella Leah girou os enormes olhos castanhos, me olhando com desdém. Ela mantinha aquele ar de superioridade que me davam nos nervos. Como se todos ali fossem garotos adolescentes e ela a única adulta.


Não me lembro de ter te perguntado algo, Leah! pensei, virando meus olhos estreitos para ela. Minha cauda chicoteando o corpo, me coloquei em pé para mostrar que a falsa superioridade dela não me abalava.


Olha aqui seu idiota... ela se levantou ficando com as patas erguidas, talvez tentando ficar do meu tamanho e falhando terrivelmente.


Hey Leah, Jacob, dêem um tempo! Sam pensou impaciente. O assunto aqui é importante, ok? Ele suspirou e se sentou por sobre as patas de trás. Nós nos calamos, ainda nos olhando de cantos de olhos. Estar na cabeça dela não era nenhum pouco agradável para mim, assim como ela estar na minha não era agradável para ela.


Estávamos todos reunidos em circulo, na clareira costumeira, esperando que Sam passasse as ultimas coordenadas e dividisse as próximas rondas e rotas.


Sim, mas temos mais um assunto Sam continuou. , filha do John Raindrop, está voltando para La Push.

Quem?
Paul perguntou.



! Embry suspirou e a imagem da garota de olhos azuis passou pelos nossos “olhos”.


UAU! Que gata! Paul pensou fazendo que eu e Embry rosnássemos.


SERÁ QUE EU POSSO TERMINAR? Sam pensou alto, nos fazendo estremecer. Então, a está voltando e tudo indica que ela se tornara uma do bando.

Ótimo!
Quil pensou sacudindo a cabeça.



Só uma coisa ok? Eu. Vi. Primeiro. Embry pensou tentando delimitar a aproximação dos outros quando chegasse.


Como é?


Olhei para ele.


Quem disse? Paul pensou com desdém. Em sua cabeça passando varias cantadas que ele falaria para ela assim que chegasse.


Mais um idiota babando por uma garota impossível! Leah pensou sarcástica, destilando veneno como sempre.


Leah! Sam chamou a atenção se levantando e latindo ao mesmo tempo.


Verdade! Afinal quem garante que Embry não seja irmão dessa tal de ! ela continuou sem se importar em ser inconveniente. Na verdade Leah fazia questão de se comportar assim.


LEAH! Sam latiu novamente agora em um timbre mais alto.


Ela deu de ombros.


não é minha irmã! Embry resmungou baixando os olhos para o chão.


O assunto aqui é a transformação de uma nova irmã! Sam pensou tentando retomar o controle. Ela chega amanhã e eu preciso que vocês fiquem de olho nela até a transformação!

Eu não vou servir de babá para nenhuma patricinha de cidade grande
Leah pensou, chata.



Pode deixar que eu cuido dela, Sam! Paul pensou empolgado demais para o meu gosto.


Nem pensar! rosnei.


TODOS vão! Sam pensou. Ela é NOSSA irmã! Vamos tratá-la bem e fazê-la se sentir bem vinda!


Certo Sam! Seth pensou.


Muito bem! chega amanhã e eu preciso de alguém para...

Eu vou junto, Sam
Embry pensou antes de mim.



Ok. Embry vai junto buscá-la no aeroporto. Agora vamos repassar as rotas. Ainda temos a vampira ruiva para achar!


Ainda bem que a ronda era só com Embry e Quil. Não estava afim de ter mais gente xeretando meus pensamentos. Correr só com eles deixava tudo mais calmo.


Estranhamente calmo!


Verdade! pensou Quil. Porque você está tão quieto, Embry?


É por causa do que a Leah disse? perguntei. Embry baixou a enorme cabeça, olhando para as folhas pisadas, passando pelas suas patas.


não é minha irmã de sangue! ele pensou tristemente. Senão...

Senão, que?
perguntei.



Senão eu não gostaria dela desse jeito Embry respondeu cabisbaixo.


Você gosta mesmo dela, não é? Quil perguntou.


Gosto muito! Acho até que...


Eu sabia como Embry se sentia! Eu consegui sentir compaixão por ele! E ver tudo claramente em sua cabeça. Ver o quanto realmente ele gostava de , me mostrou que ele realmente deveria lutar por ela.


Vou te ajudar, Embry pensei.


Sério, Jake? Você faria isso? ele perguntou.


Claro! Pode contar comigo! respondi.


oOo






Eu olhava a foto de Bella, deitado e minha cama com um braço embaixo da cabeça. Eu sentia meu coração acelerar só de lembrar do seu sorriso, do jeito que mordia os lábios quando ficava insegura. O perfume de seus cabelos balançando ao vento, nas tardes que passávamos juntos na minha garagem.


Olhei novamente para a foto, só que no lugar de seus olhos castanhos, outros olhos me vieram na mente, olhos azuis que, ao contrario dos de Bella, não tinham segredos escondidos, eram olhos brilhantes e alegres, que pareciam que mostravam a alma.


– Jake! – Billy chamou me fazendo bufar e colocar a foto novamente em baixo do travesseiro.


– Que é?- será que eu não podia ter um minuto de sossego?


Ele abriu a porta do quarto. – Estou indo! – informou.


– Ok! – respondi desinteressado.


Billy me analisou por alguns instantes. – Você vai, não é? – me perguntou desconfiado.


–Eu disse que iria, não disse?- resmunguei.


– Jake, ficaria muito chateada se vc não aparecesse! Ela sempre gostou muito de você!


– Eu já disse que eu vou! – falei me levantando e catando alguma roupa limpa.


– Ok! Te espero lá, então! – ele disse, girando com sua cadeira e a empurrando para fora de casa, enquanto eu ia para o banheiro tomar um banho.


oOo


Parecia que toda La Push estava na casa de John. Eu tentava me manter incógnito. Não que todo mundo não me conhecesse, mas preferia que os garotos não me vissem, porque meu plano era cumprimentar a e escapar dali.


Não estava com animo para festas. Não estava com animo par conversa. A única coisa que eu queria, que eu precisava, era ver Bella.


Eu sabia que Charlie tinha imposto um toque de recolher a ela. E também sabia que ele não se importaria com uma visita minha, mesmo a noite. Então aproveitaria que o bando estava distraído e iria a Forks hoje.


Mas primeiro eu precisava achar !


Olhei em volta, por alguns segundos, tentando achar alguém que me lembrasse a garota da foto. Então eu a vi passar rapidamente em direção a praia. Desviei da multidão, indo por dentro da floresta a observando de longe.


se sentou em um tronco, seus pés tocando a areia.


Quando seus olhos varreram a praia passando pelas arvores onde eu estava escondido e eu pude ver o profundo azul deles, meu coração acelerou absurdamente.


Ela era linda! Nunca havia sentido nada parecido antes! E eu estava fascinado! Nada mais tinha importância a não ser ela.


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Destinos Capítulo 1

Destinos









Capítulo 1




As coisas não poderiam estar piores!


Eu já nem podia mais fechar os olhos que ela aparecia na minha frente. Aqueles olhos cor de chocolate que eu tanto desejava. Olhos que me perseguiam nos meus sonhos, e nos meus pesadelos


Puxei o travesseiro de baixo a minha cabeça e coloquei no rosto, tentando abafar o urro de frustração. Inferno! Merda de vida!


Eu estava exausto por causa das rondas, mas a raiva eu estava sentindo não me deixava dormir. Raiva de mim! Dela! E principalmente, do parasita fedorento do namorado dela!


Porque ele não havia ficado no inferno onde ele tinha se metido?


Por que ele tinha que ter voltado?


Estava tão perto dela ser minha!


Minha!


Por que ele tinha que existir? Ele não estava nem vivo!


Merda!


O telefone tocou fazendo com que eu tirasse o travesseiro do rosto e prestasse atenção. Seria ela? Bem se fosse, eu não a atenderia. De novo! Bella fez as escolhas dela!


Mas só o fato dela continuar me procurando, me dava esperanças novamente.


Ouvi as rodas da cadeira do velho pelo piso de madeira.


– Alô! – ele disse com sua voz monótona


Agucei mais os ouvidos.


– Ah! Como vai John?- ele disse mais animado. Coloquei novamente o travesseiro no rosto e bufei. Não era ela!


–Mais que ótima noticia! – Billy exclamou animado. Novamente tirei o travesseiro da cara, intrigado com o que poderia ter deixado Billy tão contente. – Claro que iremos à festa! – Billy disse. Iremos? Bem se Billy estava me incluindo nessa, ele que tirasse o cavalo da chuva. – Já não era sem tempo! – ele falou e depois se despediu.


Ainda ficou parado um instante, antes de movimentar a cadeira em direção ao meu quarto.


Coloquei novamente o travesseiro em baixo da cabeça e me virei para parede. Praguejando pelo barulho que minha cama velha fez com meu movimento.


Billy abriu a porta.


– Jake? – ele chamou. Fiquei imóvel esperando que ele se tocasse e fosse embora. – Jake, eu sei que você não está dormindo! – ele disse.


Bufei.


– Não estava dormindo, mas pretendia!- resmunguei.


– John ligou! – Billy disse entrando no meu quarto.


– Percebi! – resmunguei novamente me sentando na cama. Billy me observou por alguns segundos, me fazendo levantar as sobrancelhas. – E o que ele queria afinal?- não que eu me interessasse, mas sabia que Billy não iria me deixar em paz até despejar a ultima fofoca de La Push. Levantei pegando uma camiseta qualquer e enfiando pela cabeça.


esta voltando! – ele disse animado.


Agora Billy tinha minha atenção. Ele sorriu.


– Voltando? Mas por quê? – perguntei já com medo da resposta que receberia.


Billy assentiu sorrindo. – Ela vai ser uma do bando! – falou orgulhoso.


Não acreditava nisso! Porque logo com ela?


A lembrança da garotinha de enormes olhos azuis veio na minha cabeça. Eu não tinha nenhuma lembrança da minha infância que não estivesse.


– Jake! Isso é uma coisa boa! – Billy disse.


Me levantei num pulo, sacudindo a cabeça incrédulo.


– Boa, pai? Para quem? – perguntei exasperado. Desde quando ter toda as suas escolhas roubadas de você, se tornar uma aberração e ser atirando dentro de uma realidade onde seres místicos e mortais existiam, era boa coisa?


Billy levantou o queixo me encarando com os olhos estreitos. – Boa para a ela. Para a tribo. E principalmente, para você! – ele disse se virando e saindo, empurrando sua cadeira até a sala.


– Para mim? Que conversa é essa? – perguntei o seguindo até a sala.


– Meu filho! – ele parou girando na cadeira para me olhar. – Quando você vai entender que tudo tem um motivo? – ele perguntou.


Enruguei a testa. Uma coisa que eu odiava no meu pai, era quando ele ficava enigmático. Desisti de tentar entender.


– Olha velho, eu tenho mais o que fazer! – falei.


– Ok! – ele disse. – Mas vai ter uma festa de boas vindas para a, e eu disse que nós iríamos.


– Eu até posso dar uma passada por lá. – falei. Afinal sempre foi minha amiga. – Mas não vou ficar! – avisei.


– Tudo bem! – ele respondeu me fazendo olhá-lo desconfiado. Billy ainda sorria e eu podia quase ver que sua cabeça trabalhava em um plano maquiavélico. Abria a geladeira pegando a jarra de suco, quando o telefone tocou novamente. Billy me olhou por alguns instantes, e como viu que eu não me mexia, suspirou e empurrou a sua cadeira até o aparelho.


– Alô? – ele perguntou com sua voz monótona novamente. – Ah, oi Bella!- Billy me olhou e meu coração acelerou absurdamente. Eu fiz uma negativa com a cabeça. – Ele não está! – mentiu. – Ok eu dou o recado!- ele disse antes de desligar.- Mais cedo ou mais tarde você vai ter que falar com ela! – joguei meu corpo na cadeira. – Se bem que, talvez assim ela desista!


– Desistir?- perguntei alarmado. Não, eu não queria que ela parasse de me ligar.


Billy deu de ombros.


Talvez eu passasse na casa dela. Talvez eu somente ligasse.


– Você que sabe! – Billy disse. – Mas antes, queria que você fizesse uma coisa!


– O que?- perguntei.


– Limpe aquele seu quarto que está fedendo!- ele falou fazendo uma careta.


oOo


Eu descontava toda minha frustração no piso de madeira do meu quarto. Já havia recolhido as meias sujas de baixo da cama, trocado os lençóis e arrumado as roupas que já saiam para fora das gavetas.


Pronto, meu quarto estava limpo novamente.


Peguei o saco de lixo e a cesta de roupas limpas e levei até o fundo da casa. Despejei as roupas dentro da maquina, colocando sabão de qualquer jeito e virei o botão, antes de voltar para o meu quarto e dar de cara com Embry deitado na minha cama a recém arrumada!


– Mas que merda Embry! Eu acabei de trocar a roupa de cama! – esbravejei. Embry suspirou, revirando os olhos. – Que foi?- perguntei estranhando seu jeito.


– Estou apaixonado!- ele disse se sentando.


– Grande novidade! – falei sarcástico. – Quem a felizarda da semana? – perguntei pegando a vassoura e o balde.


! – ele respondeu me fazendo deixar o balde cair, e respingar água pelo chão limpo.


– Como é?- perguntei entredentes.


– Ah cara você sabe que eu sempre fui gamadão nela! E agora com ela voltando!- ele disse com um sorriso idiota na cara.


Aquilo não me agradou nenhum pouco.


– Embry, ela vai ser nossa irmã! – disse cauteloso. – Você vai acabar arrumando encrenca!


– Cara, você não entende! É ela! Eu sei que é! Sempre foi! Quer ver uma coisa? – ele perguntou sorrindo, tirou uma foto do bolso de trás da bermuda e me entregou.


– Quem é? – perguntei com os olhos fixos na foto de uma garota de olhos azuis. Mas é claro que eu já sabia a resposta. Eu estava de queixo caído.


– Quem é! – ele repetiu contrariado, tirando a foto das minhas mãos. – É a , oras! – ele disse e sorriu olhando para foto e depois guardando no bolso novamente.


Levei um tempo para voltar pra terra. – E como você tem essa foto?- perguntei desconfiado.


– Peguei da casa do John. – ele respondeu desviando os olhos.


– Você roubou? – perguntei.


– Ué, Jake! E isso aqui!- ele meteu a mão embaixo do meu travesseiro puxando a foto de Bella. – Vai dizer que ela te deu?


Tirei a foto da mão dele. – Isso não vem ao caso! – resmunguei olhando ara foto, já meio amassada.


– Você “usa” essa foto Jake? – ele me perguntou fazendo careta e limpando as mãos na camiseta.


– Claro que não! Olha o respeito! – respondi. Como ele podia pensar que... – Péra ai? Você não...? – perguntei com os olhos arregalados - Embry! – exclamei.


– O que? – ele disse com uma cara estranha. – Claro que não! – respondeu, mas eu não acreditei nada nele. Aquilo me revoltou! Embry percebeu que eu não havia gostado. – É melhor a gente ir, Jake! Tá quase na hora da ronda! – falou mudando de assunto e saindo pela porta. O segui.


Ainda fiquei um tempo digerindo aquele assunto. Ele tinha que respeitá-la. Não tinha o direito! Ela não era ma qualquer, era a ! Eu ao ia admitir que ele fizesse mal a ela! Pela primeira vez, senti raiva de Embry!


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