terça-feira, 13 de setembro de 2011

Destinos Capítulo 3

Destinos









Capítulo 3


Ela parecia uma miragem! Como eu estava contra o vento, seu cheiro suave e floral, me atingia com tudo, fazendo com que minha pele se arrepiasse e minha boca se enchesse d’água. Tudo me puxava para ela e naquele momento eu precisava, desesperadamente, tocá–la. Dei dois passos em sua direção, quase saindo da proteção das sombras das árvores, mas um movimento me fez parar.


!- a voz de Embry veio um pouco depois que reconheci seu cheiro.- Ainda bem que eu te achei!


Eu tinha dito para o Embry que o apoiaria. Tinha dado minha palavra que o ajudaria, como agora eu poderia dizer que mudei de idéia e que eu tinha criado um tipo louco de atração inexplicável pela mesma garota que ele amava?


– E como você me achou?- a voz dela soou como musica nos meus ouvidos, fazendo com que meu coração acelerasse absurdamente.


Olhei para eles mais uma vez. Pareciam tão certos juntos! Algo dentro de mim se quebrou, como se ainda houvesse algo inteiro!






E lá estava eu criando algum tipo de sentimento doentio. Algo devia ser muito errado na minha cabeça idiota! Porque eu sempre me sentia atraído por garotas comprometidas?


Puta que pariu! Devia ter realmente algo muito errado comigo. Eu falava de Bella, que não tinha senso de auto–preservação, mas e eu? Não, eu tinha que pensar direito! Sair dali! era linda, devia ser isso! Eu estava somente atraído pela beleza dela! Não podia ser ainda apaixonado por ela, como eu era quando criança, podia?


Me virei, disposto a deixá-los em paz. Nós seriamos somente amigos! Só isso!


A risada dela fez uma corrente elétrica passar pela minha pele. Engoli em seco, respirando fundo, para controlar a imensa vontade de correr e pega–la nos meus braços. Me virei mais uma vez para vê–los conversando. Eles pareciam felizes e isso que importava!


Eu precisava pensar! Precisava colocar minha cabeça em ordem, tirei a camiseta pensando na transformação no mesmo instante que tive um deslumbre de um corpo cinza por meio as árvores mais adiante. Leah, isso era certo! E tudo que eu menos queria era ter Leah remexendo meus pensamentos! Não, eu era masoquista, mas não a esse ponto.


Corri para casa entrando pela janela do meu quarto. Não que tivesse um real motivo para isso, Billy não estava em casa mesmo, mas eu precisava urgente de algo familiar, algo que eu tinha certeza.


A foto de Bella me parecia um refugio seguro. Algo que eu pudesse me segurar, que me prendesse no lugar, evitando que meu mundo desabasse mais ainda. era o grande amor de Embry, ele tinha deixado isso bem claro.


Olhei novamente para a foto de Bella em minhas mãos e me sentei em minha cama. Mas eu não conseguia vê–la mais. Era como se meus olhos não focalizassem mais seu rosto. Deixei a foto cair em qualquer lugar.Minhas mãos foram para meus cabelos, puxando, quase arrancando os fios.


Eu tinha que parar com isso, não era certo! Ela é só uma amiga, uma irmã de bando! Me levantei, andando de um lado para o outro, eu iria enlouquecer se não a visse de novo!


Eu precisava vê–la, tocá-la! Só para provar que aquilo era uma enorme loucura!


Ok, era linda! Talvez a mais linda que eu tivesse visto na vida, mas que isso Jake, parece que nunca tinha visto uma garota bonita antes?


Tudo bem, linda que nem ela nunca! Mas ela era só isso uma garota bonita! Se controle! Se controle!


O barulho de uma caminhonete se aproximando me fez parar e encarar a porta do meu quarto. Era a chevy de John, isso era certo. Será que estaria junto? Eu nem sabia se ela dirigia!


Eu podia ensiná-la! Podia passar algumas tardes a ensinando a dirigir o habbit! Podia ensinar a pilotar a minha moto também! Será que ela se interessa por motores? Provavelmente não! Mas eu podia convidá-la para conhecer a garagem, podia...


Não, Jacob! Para com isso seu idiota!


A porta de casa se abriu e a voz de Billy e John ecoaram pela casa. Não havia nenhum rastro do cheiro dela. Me atirei na cama bufando! Teria que dar outro jeito de vê–la e teria que ser essa noite!


Ouvi Billy e o John se despedindo e a porta de fechando. Sai do quarto, Billy ainda estava virado par a porta da sala, de costas para mim.


– Sue mandou comida, coloquei em cima da bancada! – ele me disse mal humorado. Se virou na cadeira e me encarou com os olhos estreitos e as sobrancelhas juntas.


– Huh, ok?- ele me analisou por alguns segundos a mais e depois empurrou sua cadeira em direção ao seu quarto. – E a como está? – aquela pergunta pareceu saltar para fora, como se tivesse vontade própria.


Billy parou, girou e me encarou novamente apoiando os cotovelos nos descansos laterais.


– Ela está bem! Um pouco decepcionada, mas bem!


– Decepcionada?– perguntei, realmente eu me importava. Não queria que nada a deixasse triste ou magoada.


– Sim Jacob, te esperou a noite toda!- Billy falou ainda me analisando.


Aquilo não podia ser verdade! Ela estava me esperando? Senti meu coração acelerar e um sorriso idiota apareceu no meu rosto, sem nem me dar conta.


– Ela perguntou por mim? – indaguei.


Billy juntou as sobrancelhas e depois sorriu de lado vendo minha reação.


– Você a viu!- ele afirmou com convicção.


– Eu?- perguntei desconcertado. Depois decidi por falar a verdade. – Sim, a vi!- confessei. Billy sorriu mais. – Mas você não me respondeu, pai! Ela perguntou por mim?


– Não! – ele respondeu ainda sorrindo, mas eu não sorria mais.


–Huh! Ok!- disse sem disfarçar meu desanimo. – Então eu... – falei olhando em volta. Claro que ela não tinha perguntado por mim, porque perguntaria. Isso provavelmente era uma tremenda viagem de Billy, querendo desencalhar o filho rabugento. A garota nem deveria mais se lembrar de mim, por isso ela estava toda derretida par o Embry. Cravei as unhas nas palmas nas mãos.


–Você...? – Billy perguntou ainda sorrindo.


– Huh? Eu o que?- perguntei confuso.


Billy gargalhou mais me dando nos nervos.


– Filho, ela estava perguntando por você, eu te garanto! – ele disse ainda sorrindo.


– Aham, ok! – respondi descrente e desanimado. – Vou comer alguma coisa e vou... – apontei para a porta da rua.


– Você tem ronda hoje, filho?- Billy me perguntou, mas ele já sabia a resposta. Billy conhecia todos os dias que eu fazia ronda, e hoje não era um deles.


– Não! – respondi me sentando em frente a travessa lotada de comida que Sue havia mandado. – Mas vou dar uma volta! – disse.


– Claro, claro!- Billy disse sorrindo. Virou sua cadeira em direção ao seu quarto. – Bom passeio, Jake!- disse antes de sumir pela porta.


oOo


Eu estava parado em meio às árvores, ouvindo toda a movimentação que vinha de dentro da casa. O barulho da televisão que vinha da sala, os passos do John indo até a cozinha, mas o que me interessava era o movimento do andar de cima. Ouvi os passos da indo do quarto ao banheiro. Meu coração acelerava toda a vez que seu vulto passava pela janela, mas ele praticamente explodiu quando ela apareceu, empurrando a cortina um pouco para o lado e olhando a noite.


É, realmente eu estava encrencado!


oOo


Mal dormi a noite, me virando na cama, pensando que tudo nunca está tão ruim que não possa ficar pior! Agora não saia da minha cabeça.


Joguei minhas pernas para fora da cama, disposto a falar com ela pessoalmente e acabar com toda a loucura, quando o barulho da caminhonete de John soou descendo o caminho da estrada.


Sai correndo do quarto, saltando por cima de Billy que ia abrir a porta.


– Oi John! – cumprimentei assim que ela saiu da cabine.


John arregalou os olhos assustado. – E ai garoto?- disse.


– Desculpe por não te aparecido ontem! – falei. – Mas eu queria me redimir!


–Oh! Ok!- ele falou. – Porque não telefona para , então? Combina alguma coisa com ela!


– Isso!- falei empolgado demais. Respirei fundo tentando me acalmar. John desviou os olhos de mim, encarando Billy com as sobrancelhas erguidas, como se perguntasse o que significava meu comportamento bizarro. Billy só gargalhou em resposta e John assentiu sorrindo.


– Vou fazer o seguinte!- ele disse pegando o celular do bolso de trás. – Vou te dar o numero do celular dela, e vocês se falam! – falou afastando o aparelho e estreitando os olhos para poder ler os números.


Eu ajudei Billy a colocar toda a parafernália de pesca dele, na caçamba da caminhonete velha de John e praticamente o empurrei para dentro da cabine. Quanto mais rápido eles saíssem, mais rápido eu ligaria para .


– Pronto Jacob! Estamos indo! – Billy disse sorrindo mais que de costume. Realmente meu ai estava bem mais alegre que antes. Pelo menos alguém parecia ter motivo para ficar feliz, o porque eu não tinha idéia.


Foi só a caminhonete amarela fazer a curva que eu corri para dentro de casa pegando meu celular e discando o numero que John havia me passado.


– Hello? – só ouvir a voz dela, me fez sorrir que nem um besta.


– Quem fala?- Perguntei tentando recuperar o juízo.


– Quem é? – ela perguntou de volta, um pouco irritada. Segurei o riso, tentando provocá-la mais um pouco.


? – perguntei, mesmo já sabendo a resposta.


– Pode ser. Quem é?- ela perguntou bem mais irritada, pelo jeito continuava geniosa. Não consegui segurar o riso, o que deve ter a irritado mais.


– Você está em casa?- perguntei, ignorando totalmente suas perguntas.


– Olha cara, se você não se identificar eu vou desligar. – agora sim, ela estava puta da cara. Não, mas eu não queria que ela desligasse.


–Não faça isso.- pedi.


– Então se identifique.


–Vai dizer que não reconhece minha voz? – provoquei mais um pouco, mas eu estava nervoso esperando a resposta. Ela tinha que me reconhecer.


– Embry?- perguntou receosa.


Embry!?! É realmente, nós seriamos só amigos, mesmo.


– Não, não é o Embry. – respondi não conseguindo disfarçar a minha frustração. - Quer dizer que o Embry já andou colocando as garras pra fora.


-Quem te deu esse número?- ela perguntou audivelmente curiosa.


– Alguém que te ama muito. – respondi ainda brincando, mas a dor que eu sentia era grande.


– Não tem mais nada pra fazer, não? Vai te fu.. disse totalmente irritada, é ela continuava geniosa.


– Hey, A Lilian não te deu educação não?


– Olha, é a última chance que te dou. Vai dizer quem é ou não?– ela intimou.


– Poxa, depois de tanto tempo é assim que eu sou tratado. – me queixei. Ela ficou em silêncio por algum tempo, me fazendo olhar para o visor e confirmar se a ligação tinha caído. Logo um barulhão soou na linha.- ? Que barulho foi esse?


– Na–nada.- ela gaguejou.- Jacob? ela perguntou receosa.


– Rá finalmente! Achei que não se lembrava mais de mim!– falei.


– Você continua um bobo, Jacob! – ela disse me fazendo sorrir.


– E você se tornou uma boca–suja, . A onde se viu tratar assim uma pessoa por telefone?- brinquei.


–Eu não sabia que era você, se não tinha tratado pior. - ela brincou de volta. Falar com a me fazia bem.


– É, acho que mereço isso – fingi estar chateado.


– Não Jacob, eu estava brincando.


–Então porque não para de me chamar de Jacob? Daqui a pouco tá me chamando de Black. – brinquei novamente.


– Ok Jake! – ela respondeu.


–Mas você não me respondeu. Você está em casa, ?
– Sim estou em casa.– ela respondeu.


– Então estou indo ai. Quero me desculpar pessoalmente por ontem.


– Aqui?- ela disse surpresa.


– Por quê? Vai dizer que já tá acompanhada? –perguntei irritado – Não porque eu sei que teu pai foi pescar, ele passou aqui em casa pra pegar o velho.
– Não Jake, eu estou sozinha, mas não acho que seja uma boa.


–Por quê?-Ah ela não iria me dispensar agora, iria?


–Porque eu acabei de acordar e não me arrumei ainda e...


Eu não iria dar chance para ela me dispensar.


– Ah , para de frescura, estou passando ai em dois minutos e tchau!- respondi batendo o telefone antes que ela desse outra desculpa e saindo correndo pela porta.


<=ANTERIOR  PRÓXIMO =>

Nenhum comentário: