Olhei pela janela, vendo a chuva fria cair lá fora. Eu precisava sair, estava me sentindo vazia dentro daquele quarto. Pulei a varanda e corri pela floresta. Os pingos eram mais espessados por causa das copas das árvores. Muitas coisas se passavam pela minha cabeça, mas a que mais me surpreendeu era a falta que Edward me fazia. Era uma dor física!
OMG! Eu amava mesmo Edward!
Parei de correr, deixando aquele pensamento se apossar do meu corpo. Sim eu o amava! E só percebi agora, quando o estava perdendo! Senti o cheiro forte de lobo, me dando conta que eu estava no limite da reserva.
Um chacoalhar de folhas atrás de mim, me fez me virar de pressa. Rosnei quando senti o cheiro de outros vampiros.
– Ora, ora, ora! – Victória disse pulando de um galho e parando em minha frente. – Mas quanta a sorte eu tenho! – mais um vampiro apareceu atrás dela. Um negro de cabelos compridos..
– Que você quer Victória? – perguntei entre dentes, já deixando a eletricidade correr pelo meu corpo e se concentrando em minhas mãos.
Ela gargalhou. – Quero você fora do meu caminho! – disse com sua voz infantil.
– Desde quando estou no seu caminho, Victoria?- perguntei.
– Você sabe muito bem! E eu vou acabar com você por causa disso! – ela gritou, suas mãos fechadas em punhos.
No mesmo instante um barulho me chamou a atenção. Me virei no instante em que um terceiro vampiro saltava em minhas costas. Ele iria me pegar desprevenida. Quando eu ia me tentar me desviar, um imenso lobo avermelhado saltou no ar, derrubando o vampiro no chão.
Victória e o outro vampiro arregalaram os olhos e fugiram. O terceiro vampiro, loiro, empurrou o lobo com as pernas fazendo com que ele voasse longe e correu também em direção a onde os outros dois tinham ido. Eu fiquei ali parada, encarando o lobo que já havia se recuperado.
O lobo desviou o olhar de onde os vampiros tinham sumido e depois me olhou nos olhos.
– Jacob? – perguntei. Porque era ele eu tinha certeza. Jake havia me salvado. Dei um passo em sua direção e ele recuou rosnando. Parei. – Jake. – sussurrei.
Ele virou as orelhas para trás um segundo antes de um uivo forte retumbar entre as árvores. Me olhou mais uma vez, antes de se virar e desaparecer.
oOo
Já era o meio da madrugada, mais umas horas e mais um dia nublado chegaria. Eu ainda repassava todos os acontecimentos da noite. Não havia contado para Stefan, mas esse era mais um motivo para partir. O vento mudou de direção me trazendo o cheiro dele.
– O que você quer aqui? –perguntei baixo, mas sabendo que ele me ouviria.
– Precisamos conversar! – Edward disse entrando pela janela.
Edward parou em minha frente. Seus olhos mais claros do que nunca. Ele estava caçando! Mais havia algo a mais naqueles olhos cor de âmbar. Tristeza, dor, desespero.
– O que você quer? – repeti.
– Não vá! – ele pediu. Uma dor atravessou meu peito. – Por favor, ! – eu não agüentava vê–lo sofrer, mas se continuasse com ele o faria sofrer mais.
– É melhor assim, Edward! Por favor, sem drama! – falei juntando meus livros e empilhando em cima da cômoda.
– Esqueceu que eu posso ler seus pensamentos?- ele perguntou próximo demais. Sua respiração batendo no meu pescoço, me causando arrepios.
– Não! Eu sempre soube que você era enxerido! – disse recobrando a sanidade e dando um passo para frente, mas eu não podia me afastar muito já que estava presa contra a cômoda.
Edward se aproximou pressionando minha barriga na cômoda. Eu tinha toda a consciência do corpo dele grudado as minhas costas. Ele afastou os cabelos do meu ombro.– por favor! – ele sussurrou no meu ouvido.
– Não Edward! – sussurrei me contorcendo, enquanto sua mão deslizava pelo meu corpo, entrando por baixo da minha camiseta, tocando a pele do meu estomago minha barriga.
- Eu não vivo mais sem você! – ele disse mordendo o lóbulo da minha orelha, me fazendo ofegar. – Se vc for eu vou com você! – suas mãos deslizavam pelo meu corpo me deixando zonza.
- Não! – repeti, me virando em seus braços e encarando seus olhos. Me lembrei das palavras de Damon, e assisti a Edward ficar tenso, suas mãos se apertando em meu redor.
- Ele só quer nos separar!- falou trincando o maxilar.
- Ele está certo! – falei. – Me deixe Edward!
- Nunca! – ele me apertou mais, enterrando o rosto na curvatura do meu pescoço. – Você já pertence a minha vida e a da minha família também! – sua voz saiu abafada.
- Como você é teimoso! – disse, minhas mãos indo para o seus cabelos, bagunçando mais. Puxei ele pra mim, até que nossas bocas se encontrassem. Como poderia ser racional, se eu perdia o controle cada vez que Edward me tocava?
Senti a eletricidade correr pelo meu corpo quando nossas línguas se encontraram. Ele sugou minha língua, enquanto minhas unhas arranhavam suas costas, rasgando sua camisa. Ele se afastou tirando a camiseta e a camisa rasgada a atirado no canto do quarto. O empurrei fazendo com que ele cambaleasse para trás.
Edward sorriu torto, se sentando na cama, enquanto eu tirava minha camiseta e atirava junto com as roupas dele. Me aproximei dele, e um joelho de cada lado do seu quadril, sentei em seu colo.
- … - ele começou a falar, mas coloquei um dedo selando seus lábios.
- Shhhhhhhhhhhh! – sussurrei. Stefan está em casa!
-Então vamos para minha casa! – ele sussurrou.
Edward deitou me puxando para que eu deitasse com ele. Passei a língua em seu pescoço, fazendo soltar um gemido rouco. – Temos aula, não podemos!
Ele sorriu brilhantemente. – Tem sol! – virei o rosto e vi a claridade que passava pelas cortinas brancas. – E a minha família aproveitou pra ir caçar! – olhei para ele novamente e sorri. – Além do mais... – ele continuou. – Não te mostrei a surpresa que tem no meu quarto.
- Hmmmm! - Ronronei remexendo o quadril em cima dele. – Sabe que estou muito curiosa!
-É? – ele perguntou.
- Uhum!- dei um beijo rápido nele, que gemeu frustrado quando me separei, saltando de seu colo e pegando minha blusa. – Stefan!- falei. – Estou indo nos Cullens! – disse do quarto mesmo.
- Ok! – ele respondeu do escritório.
Sorri e atirei a camiseta rasgada em Edward.
- Vamos?- perguntei. Ele se vestiu rapidamente, dando uma olhada divertida no estrago que eu tinha feito em suas roupas.
- Vamos! – respondeu, pegando minha mão e saltamos pela janela juntos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário