sábado, 27 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 3





Consequências












Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen



Capítulo 3



A casa era linda. Um chalé rústico elevado. A parte de baixo servia como uma enrome garagem, e em cima toda a parede frontal da casa era envidraçada, se abrindo para uma enorme varanda que se estendia para dentro das primeiras árvores da floresta.



Olhei de soslaio para Stefan. Sem ostentações? Ele entendeu o meu olhar e encolheu os ombros.



- Espero que vocês gostem! – disse Alice com um sorriso que parecia rasgar seu rosto de concreto. – Eu e Esme reconstruímos e redecoramos toda a casa! – falou orgulhosa.



- É linda! Muito Obrigada Alice! – agradeci.



- E agradeça à Esme também! – disse Stefan.



- Claro! – Alice disse saltitando. – Mas você tem que ver o seu quarto , eu caprichei nele. – Alice começou a me puxar para dentro da casa. Reprimi um gemido.



A casa por dentro era também impressionante, mantendo ar rústico junto com o moderno. Uma enorme TV de LCD ocupava uma das paredes em frente aos estofados claros com almofadas vermelhas. Do outro lado uma mesa grande com oito cadeiras, que me perguntei para que serviriam, a não ser para enfeite. Uma porta dupla deveria ser a entrada para a cozinha que também nunca seria usada.



Alice continuou me arrastando para o fundo do corredor até a última porta. – Pronta? – ela disse com a mão na maçaneta. Assenti e ela abriu a porta.



O quarto era enorme. As paredes tomadas pelas prateleiras cheias dos meu livros que eu havia colecionado nos meus quase oitenta anos. Entre elas uma enorme cama king size. Olhei para Alice com as sobrancelhas juntas numa expressão de desentendimento. Ela somente deu de ombros.



- Nunca se sabe quando precisaremos de uma cama!- ela disse piscando um olho com um sorriso malicioso nos lábios. O que me fez desviar os olhos envergonhada. Esse tipo de tinha ficado no meu passado de outra vida. Eu ainda relacionava isso a vida suja que levava antes da minha transformação.



Caminhei até a imensa janela que dava direto para a janela.



-Obrigada Alice! Eu adorei tudo!



-Espera até você ver seu closet! – Alice disse voltando a me puxar até a porta que ficava no canto direito do quarto.



- Alice eu acho que você exagerou! – falei entrando devagar no enorme cômodo que Alice chamava de closet. Era um espaço que poderia causar inveja em uma loja de roupas de pequeno porte. E estava lotado de roupas de varias cores e tecidos.



- Roupas nunca são demais, ! E eu podia ter uma idéia do seu estilo de acordo com as minhas visões.



- Você teve muitas visões minhas? – perguntei me virando para ela.



- Algumas. – ela respondeu colcando um vestido azul de cetim na minha frente. – Vai ficar perfeito!



- Alice, você não viu nada sobre o que aconteceu na sua casa mais cedo? – perguntei.



- Não! – ela disse sacudindo rapidamente a cabeça. – Mas tive uma visão logo depois.



- Sobre mim?



- Sim, você e o Edward! Mas ainda está muito embaçada!- ela torceu os lábios.



-Eu e o Edward? – Só se a visão fosse de nós dois lutando!



- eu tenho que te falar sobre o Edward.- ela respirou fundo e pousou a pequena mão em cima da enorme penteadeira. A brancura contratando com o mogno. - Eu sei que ele cometeu um enorme erro com você. – só pelo começo da conversa já me coloquei na defensiva dando um passo atrás instintivamente. – Mas ele tem um coração enorme, vocês só se encontraram em um momento da vida em que ele estava confuso.



- Mas isso não muda nada o que ele fez Alice.



- Eu concordo com você, mas só dê uma chance dele se redimir.



- Vou pensar! – falei para acabar com o assunto, não que realmente eu deva alguma coisa para Edward, muito menos dar uma outra chance. O que ele tina a dizer realmente não fazia diferença.



- Então! Posso passar aqui pela manhã para a gente ir a aula juntas? – Alice perguntou saltitando novamente.



- Alice, não quero que você fique chateada, mas... – mordi os lábios antes de continuar. - .. eu não queria que a minha chegada ficasse relacionada aos Cullens. Pelo menos não de inicio.



Alice pareceu murchar um pouco na minha frente. O que me fez ter remorso imediato. – Ok! Bom, vou deixar você curtir suas coisas. Jazz quer caçar. – assenti e a acompanhei até a porta. – Nos vemos amanhã, !



- Claro! – respondi.



- Mais uma vez, obrigada por tudo Alice! – disse Stefan se materializando ao meu lado.



Depois que Alice saiu e eu fechei a porta, stefan sussurrou um “Obrigada!” no meu ouvido.



- Porque? – perguntei a ele.



- Por tentar. – ele respondeu.





Eu havia saido para caçar com Stefan. Tudo para me preparar para o meu primeiro dia de aula. Aula! ARG! Como se eu já não soubesse de cor tudo o que os professores tinham para ensinar. Provavelmente até mais.



Remexi meu enorme armario atrás de uma roupa que não chamasse atenção. Decidi pelo básico, jeans, camiseta e tênis. Olhei para fora só para constatar que ainda chovia. Bufei. Acabei por prender meu cabelo em um rabo-de – cavalo. Ele estava muito comprido e se armasse por causa da umidade seria um desastre.



Stefan era fantastico com números. Isso fazia com que ele fosse consultor de várias empresas de grande porte. Não era um trabalho que exigisse que ele ficasse fora, já que ele precisava somente de um computador e um telefone. Então ele quase não precisava sair. Somente se enfiava no escritório de casa mesmo, por horas.



- Estou saindo!- falei para ele somente abrindo a porta do escritorio o suficiente para que minha cabeça passasse por ela.



- Wacht een minuut!- ele disse antes de retirar o telefone do ouvido. Provavelmente falando com alguma das empresas que ele dava consultoria na Holanda. – Quer levar o carro?



- Eu vou levar o carro. – respondi. Ele riu e eu soprei um beijo para ele. Teria que falar com ele sobre a possibilidade de comprar o meu próprio carro.






Carro Stefan



Parei o Porsche de Stefan e uma das vagas do estacionamento, ao lado de uma caminhonete chevy vermelha desbotada, em frente ao primeiro dos prédios de tijolos marrons do Forks High School, onde uma pequena placa dizia “Secretaria”.



Notei os olhares de vários alunos se virando para mim. Enquanto pegava minha mochila e trancava o Porsche, fiz uma nota mental de comprar um carro mais simples, pra não chamar mais tanta atenção.



A secretaria era pequena, com uma pequena sala de espera com cadeiras dobráveis, carpete laranja, avisos e prêmios abarrotados pelas paredes e um grande e ruidoso relógio. A sala era partida ao meio por um grande balcão, cheia de cestas de arame repletas de papéis e anúncios coloridos colados na parte da frente. Havia três mesas atrás do balcão, uma delas ocupada por uma mulher ruiva e grande, usando óculos. Ela vestia uma camiseta roxa, que imediatamente me fez sentir arrumad demais.



A ruiva olhou para mim. — Posso ajudá-la?



— Sou Salvatore — informei.



— Claro — ela disse. Ela percorreu uma pilha precária de documentos em sua mesa até achar os que procurava. — Seu horário está aqui, e um mapa da escola. — Ela trouxe várias folhas até o balcão para me mostrar.



Ela me ditou todas as minhas aulas, mostrando-me no mapa a melhor maneira de chegar até elas, e me deu um papel para que todos os professores assinassem, que deveria trazer de volta no fim do dia.



Quando sai do prédio vi o um Volvo prata entrar no estacionamento e logo o cheiro caracteristico me acertou. Eram os Cullens com certeza.



Dobrei o corredor seguindo o mapa que eu memorizara de imediato e ignorando os olhares dos outros garotos, fui em direção ao prédio 3 onde eu teria a minha primeira aula de literatura.



Levei o papel para o professor, um homem alto e calvo. Sua mesa tinha uma placa que o identificava como Sr. Mason. Ele arregalou os olhos quando me viu. Eu já estava acostumada com esse tipo de reação dos humanos quando se tratava da nossa aparência. Sorri para ele tentando o máximo não mostrar os dentes. Eu não queria assusta-lo no meu primeiro dia da aula. Ele sorriu de volta e indicou que eu sentasse em uma das classes vazias no fundo da sala.



Dei uma olhada na lista de leitura que o professor havia e alcançado. Brontë, Shakespeare, Chaucer, Faulkner. Já tinha lido todos. Nada demais, sem novidade. Suspirei.



- Uma chatice não é?



Virei o rosto para o lado para ver quem estava falando comigo e dei de cara com uma garota de cabelos escuros e cacheados que sorria.



Seja simpatica com os humanos! Pensei. – É, um pouco! – mostrei meu melhor sorriso sem dentes.



- Meu nome é Jessica Stanley e essa é Bella Swan! – ela apontou para a garota gordinha com oculos fundo de garrafa ao seu lado.



- Sou Salvatore, mas podem me chamar de .



- Nós já sabemos! – sorriu a garota gordinha.



- Cidade pequena, sabe como é? – justificou Jessica.



- Imagino. – respondi antes do professor chamar a atenção da turma para o que ele havia escrito no quadro.




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