domingo, 28 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 13

<span class="goog-spellcheck-word" style="background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; ">Consequências</span>







Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen









Capítulo 13




Consegui empurrar Edward para fora de casa logo depois do amanhecer. Eu gostava muito da companhia dele, mas eu também prezava minha privacidade. E um namoro superbonder era tudo que eu menos queria.

A chuva ainda caia forte lá fora, o que dizia que eu tinha aula. Vesti minha camiseta branca e calça jeans básica, prendi os cabelos em um rabo de cavalo alto, calcei os tênis e sai do quarto. Sabia que teria que aguentar a cara feia de Alice por causa da minha roupa. Mas a intenção não era não chamar a atenção? Então qual era o motivo de se vestir tão extravagantemente, já não bastava a atenção que chamávamos naturalmente?

–Stefan?- chamei antes de sair do quarto.

– No escritório!- ele respondeu. Rolei os olhos. e eu ainda perco tempo perguntando. Stefan não sai de lá. Como eu queria que ele achasse um companheira. Não uma como Elena que não enxergava o homem maravilhoso que tinha, nem como Katherine, tão fraca e infantil que acabou com uma família por causa de seu egoísmo.

Abri a porta do escritório devagar. – Já estou indo!- falei colocando a cabeça para dentro. – Me empresta o carro?

Stefan sorriu. – Claro querida! A chave está...

Mas na mesma hora ouvimos o barulho do Volvo entrando na estrada de acesso a casa. Logo os pneus pararam, fazendo barulho no cascalho.

– Esquece. Acho que não vou mais precisar.

Stefan sorriu mais ainda.

– Fico feliz por vocês!- ele disse.

– Obrigada! – sussurrei.

! – Stefan chamou antes de e sair.

– Sim?

– Tenho que ir a New York! Estou protelando essa viajem há algum tempo, mas não posso adiar mais.

– Volta quando?- perguntei.

– No máximo em dois dias estou de volta. – Stefan deve ter visto pela minha cara que eu não gostei. – Você pode ficar com os Cullens. – disse como se o problema todo fosse eu ficar sozinha.

– Sim! Eu posso! – falei em um sussurro. Como explicar que a minha preocupação era com ele? – Se cuide por favor!- disse me aproximando rápido e passando os braços pela sua cintura, encostando a lateral do meu rosto em seu peito.

– Até parece que é a primeira vez que eu faço essa viagem!

– Só prometa que vai me telefonar de lá. Ok?

– Sim. – ele respondeu me olhando confuso. Suas sobrancelhas juntas.

Me soltei dele. – Até a volta, então! – falei antes de sair. Mas meu peito estava apertado.

Sai devagar dando de cara com Edward encostado na lateral do Volvo.

– Não sabia que tínhamos combinado de você me levar para aula hoje!

– Você ainda está sem carro! – Edward disse me analisando. Eu sabia que ele tinha ouvido tudo e ainda lia o motivo da minha preocupação nos meus pensamentos.

– Isso me lembra que tenho que fazer uma coisa!

– Nós vamos nos atrasar! – Edward disse impaciente.

– É só um segundo. – falei pegando meu celular e discando.

– Alô!

Suspirei aliviada quando Jacob atendeu o telefone.

– Jake é !

– Oi , já está de volta?- ele perguntou animado.

– Sim!

– Er ...você quer que eu te leve ele agora?

– Claro que não, Jake! Você não tem aula agora?- repreendi.

– È, tenho!- disse sem jeito. – Pode ser depois da aula?

– Claro! Você sabe onde eu estudo?

– Não mas eu imagino! – ele riu. – É que não tem muitas opções. Forks High School certo?

Eu ri. – Certo!

– Então até depois da aula!

– Até! – disse antes de desligar.

!- Edward repreendeu. – Não é seguro criar laços com um Quileute.

Girei os olhos! Os Quileutes não eram minha principal preocupação.

–Damon não vai fazer nenhum mal a Stefan. – ele me puxou para um abraço.

Suspirei alto. – Como você sabe? – perguntei com o rosto afundado em seu peito, meus braços abraçando sua cintura.

– Porque não é assim que ele age. – Edward respondeu, abrindo a porta do carro para que eu entrasse. Ele deu a volta e se sentou ao meu lado, no banco do motorista. – Damon persegue Stefan desde sempre, . – Edward acelerou o Volvo, entrando na rodovia. – Ele nunca fez nada contra ele fisicamente. Acreditemos que Damon queira atingir Stefan no que ele acha que o machucara mais, atingindo as pessoas que ele ama. – Edward apertou as mãos entorno do volante. Os nós dos dedos marcando a pele. Seus olhos estavam fixos na estrada. – A única que corre perigo aqui é você. – ele sibilou.

Aquela constatação me fez relaxar, deixei meu corpo afundar no banco. Virei a cabeça para olhar as árvores que passavam por nós em um borrão. Bem! Se a intenção de Damon era ME atingir, Stefan estava a salvo. Suspirei.

Edward riu sem humor, manobrando para entrar no estacionamento.

– Você não faz idéia, não é? – ele disse amargo.

–Idéia do que?

– De quanto isso faria mal a Stefan. Se algo acontecesse a você. Como faria mal a ... mim. – disse puxando o freio de mão, quando parou na vaga. Edward me olhou intensamente.

Vocês superariam! Stefan superou Elena! Abri a porta do carro e sai. Edward suspirou e saiu também.

– Você acha mesmo que Stefan superou Elena?

A imagem de Stefan sozinho dia após dia, se enterrando no trabalho, veio a minha cabeça. Edward ergueu as sobrancelhas.

– Mas não é como se ele fosse me machucar! – afirmei, tentando ainda manter meu argumento.

Edward riu novamente sem humor algum.

– Não fisicamente! Você realmente acha que foi idéia sua se envolver com ele? Damon manipula os pensamentos!

– Claro que foi idéia minha! Não foi?

– Eu espero que não! – ele sussurrou.

Edward riu novamente, passando o braço pelo meu ombro. Enquanto caminhávamos em direção a escola. Virei a cabeça para ver o jipe de Emmett estacionar em uma vaga do lado oposto. Rosalie me encarava com os olhos cheios de raiva.

Sorri para ela.

Notei também que praticamente todos os alunos paralisaram quando nos viram entrar. Alguns até abriam espaço para nos deixar passar.

Estamos chamando muita atenção! pensei. Pelo canto dos olhos vi o sorriso rasgar o rosto de Edward. Ele estava se divertindo com a comoção que estávamos fazendo, ou com o meu constrangimento.

Paramos em frente à porta da minha aula de Literatura. Te vejo no almoço! Edward enganchou os dedos nos passadores da minha calça me puxando para ele. Jessica e Bella passaram por nós com os olhos arregalados. Edward, aqui não! Pensei, me esquivando do beijo. Olhei em volta. O sinal soou. Edward me deu um beijo na testa antes de eu me virar para entrar.

– Te vejo no almoço! – Ele disse as minhas costas.

Agradeci que o professor entrou logo em seguida, assim evitaria as perguntas que saltavam pelos olhos de Jéssica.

Fixei os olhos no Sr. Mason rezando para que pudesse fugir do interrogatorio quando a aula acabasse. Não dei sorte.

! – Jéssica me chamou. Gemi baixinho.

– Oi Jessica!

Ela sorriu. Bella também!

– Você está namorando com Edward Cullen? – perguntou admirada.

– Sim! – Falei sem tem outra alternativa.

Bella cutucou Jéssica com o cotovelo.

– Eu disse! Só ela mesmo para conseguir fisgar Edward.

– Como assim? – perguntei desconfiada.

– Não sei! É que vocês parecem do mesmo mundo!

Ofeguei. Bella não estava longe da verdade.

– Como se fossem do mundo dos super–modelos, ou algo assim. – completou Jessica.

Sacudi a cabeça como se aquilo fosse uma grande bobagem, mas no fundo eu queria era me mandar daí. –Com licença meninas, mas eu vou acabar me atrasando. – falei antes de sair, deixando elas com suas fofocas. Eu disse que estávamos chamando muita atenção! – pensei alto para que ele ouvisse.

Na hora do almoço entrei no refeitório com a respiração trancada. Lugares fechados com tantas crianças, faziam minha garganta arder. Aos poucos fui aspirando o ar para me acostumar com a dor. Peguei uma bandeja enchendo de comida aleatória. Edward já estava ao meu lado.

– Oi! – sussurrou no meu ouvido.

– Oi! Você viu o que o senhor fez? – perguntei e depois fiz cara feia quando ele pagou o meu almoço.

– Não! Não vi nada demais! – ele respondeu com um sorriso torto brincando em seus lábios.

Apertei os olhos.

Edward me levou até a mesa habitual deles, onde agora tinha uma cadeira a mais, além das cinco de antes.

– Olá! – cumprimentei os outros quatro vampiros.

Edward puxou a cadeira para mim, se sentando ao meu lado.

– Garota–chocante!- Emmett me cumprimentou, enquanto Rosalie revirava os olhos.

– Emmett! Jasper! Rosalie! Tudo bem Alice!

– Pronta para ir comigo a Port Angels, ? – Alice perguntou.

– Ir a Port Angels? – perguntei confusa.

– Sim. Comprar o seu vestido para festa de Esme.

– Alice! Eu tenho tanta roupa naquele closet, acredito que tenha algo que sirva.

Alice estalou a língua em sinal de desaprovação. – Nada que seja apropriado. Garanto que consigo achar algo muito melhor. – se gabou.

– Hoje ela não pode, Alice! – Edward disse. – Nós temos outro compromisso. – falou fingindo que comia.

O olhar de Alice perdeu o foco por um instante. Depois um sorriso se abriu em seu rosto de fada. – Ah! – Disse ela. Ela piscou os olhos. – Eu disse que aquela cama ia servir para algo!

– Alice! – gritei.

Todos eles caíram na gargalhada menos eu e Edward que estávamos muito embaraçados.

– Então maninho! Finalmente!- Emmett bateu nas costas de Edward que rosnou baixo.

Alice deu de ombros. – Vamos amanhã! – disse sem se importar com a minha opinião.

– Vá por mim, não adianta dizer não. Edward sussurrou o meu ouvido.

Suspirei e virei o rosto para olhar pela janela. Pelo visto privacidade e opinião própria era algo que teria que abrir mão para fazer parte da família.

Edward riu concordando.

Nós dois saímos de mãos dadas, atraindo mais olhares. Até a sala de aula onde teríamos aula de biologia. Acabamos sentando a mesma mesa de antes.

Edward, sobre hoje à noite... pensei, sem desviar o olhar do meu caderno e copiando o que professor colocava no quarto.

– Sim? – ele falou por sob a respiração. Só eu poderia ouvir.

Você tem certeza? Afinal você sempre... deixei a frase morrer no meio, sabendo que ele entenderia.

Edward riu baixinho. – Não deveria ser eu a te fazer essa pergunta?

Ri também. Bom, se você tem certeza!

Comecei a pensar nele deitado na minha cama, eu me deitando sobre ele, minhas mãos deslizando por baixo de sua camisa, arranhando de leve.

Senti Edward ficar tenso ao um lado e não consegui segurar o riso.

Continuei imaginando minha boca beijando seu queixo, indo para sua orelha. Minha língua deslizando pelo caminho de volta. Edward largou a caneta e agarrou o tampo da mesa com força.

O restante fica para mais tarde! pensei tentando segurar o riso. Edward rosnou baixinho.

Na saída da aula Jacob estava lá, parado ao lado do Camaro. Eu já havia dito para Edward ir na frente, mas ele continuava parado ao lado do Volvo com a expressão fechada.

– Oi Jake!

Jake sorriu.

– Oi ! Aqui está seu carro, novinho em folha! – ele apontou para o carro preto e lustroso.

– Ai Jake! Não sei como agradecer! Espero que dinheiro tenha dado para tudo.

Jake rolou os olhos. – O dinheiro que você me deu dava para reconstruir o carro. – exagerou. Foi a minha vez de rolar os olhos. – Você quer testar? A gente pode dar uma volta?

Olhei de canto e olho para Edward que continuava parado no mesmo lugar. Vai para casa Edward! Logo eu estarei lá! Pensei.

– Vamos!

– Um sorvete?- Jake disse atirando a chave para mim. Não consegui evitar a careta a tempo. – Me deixa adivinhar. Sorvete engorda?

Mostrei a língua para ele. – Você come um sorvete, eu fico olhando. – disse entrando no carro e jogando minha mochila no banco trazeiro. Jake entrou do lado do carona.

– Ah não! Assim não tem graça!- reclamou.

– Então eu tomo um refrigerante! –Ou finjo que tomo! acrescentei em pensamento.

– Não toma um sorvete, mas toma um refrigerante! – Jake zombou.

– Para de ser chato! – falei rindo.

– Ok, ok! Um sorvete e um refrigerante. – ele concordou também rindo.

Fiz a volta no retorno indo em direção ao centro de Forks.

Jake e eu nos sentamos na mesa mais ao fundo da lancheria que mantinha a decoração dos colorida da década de cinqüenta. Discos estavam pendurados nas paredes, enquanto rock da época tocava pelos alto–falantes ruidosos dos cantos.

– Então o que você está achando de Forks?- ele perguntou depois que a garçonete na faixa dos cinquenta anos pegou os pedidos.

– Estou gostando!- respondi.

– Sei! – ele disse desacreditando.

– Verdade!- afirmei.

– E de onde você é? – perguntou.

– Nasci em Chicago! Mas os Salvatores são da Espanha. O restante da família, quero dizer.

– Seus pais?

– Agora só tenho meu irmão! Meus pais morreram a muito tempo atrás.

Jacob me olhou como se me analisasse. Será que ele desconfiava de algo?

– E você Jacob?

– Os Black são daqui! Os Quileutes sabe. – disse enquanto a garçonete colocava os nossos pedidos em nossa frente. Sorvete de chocolate com calda de chocolate para Jacob e uma coca para mim.

– Deve ser interessante! Vocês devem ter varias lendas! – Tive vontade de me chutar, depois que disse isso. Pra que chamar a atenção para esse assunto? Mas eu precisava saber até onde ele sabia.

–É algumas! Estórias, sabe como é?- ele deu de ombros como se não acreditasse em nada. Suspirei aliviada.

Decidi ir por um caminho mais fácil.

– E as namoradas, Jacob?

Jake riu sem jeito. – Não. – ele fez um sinal negativo com a cabeça.

– Na verdade tem uma garota na escola, mas ela nem sabe que eu existo. – disse ainda sorrindo.

– Eu não acredito! Ela é cega?

Jacob riu alto. – Acredito que não!

– Acho que sim!

– E você tem namorado? – Ops! Caminho perigoso novamente. – Não precisa nem responder.

– Porque não preciso responder?- perguntei confusa.

– Tá na cara! Uma garota que nem você, deve ter um monte de caras atrás! – Eu ri alto. – Deixa eu adivinhar. Capitão do time de futebol?

– Errou.

– De basquete?

– Não ele não é capitão de nada!- falei rindo.- E por acaso eu pareço essas lideres de torcida sem nada na cabeça e que ser popular no colegial vai ser o auge da vida delas? – perguntei estreitando os olhos para ele. Conversar com Jake era fácil. Pena que Edward tinha razão, não poderia levar essa amizade muito adiante.

– Claro que não! Mas é que você parece uma dessas modelos.

É a segunda vez que me diziam isso, ainda bem que ele não fazia ideia de o porque.

–Se isso e um elogio, obrigada!- falei rindo.

Mas de repente ele ficou sério.

posso te fazer uma pergunta?

– Claro!

– Você é parente dos Cullens?- perguntou direto.

Encostei minhas costas na cadeira e cruzei meus braços. Uma atitude instintiva de defesa. Eu estava errada. Ele sabia!

– Parente distante! – falei séria.

Assisti Jacob engolir algumas vezes, ainda me encarando. Então ele suspirou.

– Tenho que ir!- ele informou tirando a carteira do bolso.

– Eu pago, Jake!

– Não! Eu convidei eu pago!- ele sorriu largando o dinheiro na mesa. A gente se fala, então!

Mas eu sabia que ele dizia isso por educação. Encarei minha coca entocada e assenti. Ele saiu, me deixando com um enorme bolo no estômago.

Eu era um monstro e nunca poderia fugir disso!

Me levantei alguns minutos depois, saindo cabisbaixa pela porta dupla. Foi eu colocar o pé para fora e uma BMW conversível preta parou em minha frente.

– Vamos conversar?- perguntou Damon.



Nenhum comentário: