quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sol e Chuva 2






























Por: Ane Halfen
























Não é como se fosse amor a primeira vista, na verdade.
É mais como ação da gravidade.
Quando você a vê, não é mais a terra que te segura aqui.
Ela te segura. E nada mais importa além dela.
Você faria qualquer coisa por ela, seria qualquer coisa por ela.
Você se torna qualquer coisa que ela precise que você seja.
Seja como seu protetor, ou como um amante, ou um amigo, ou um irmão.

Jacob Black.

























Capítulo 1




A viagem de avião do Brasil até Seattle tinha sido longa e estressante. Ainda mais sem saber o que estava acontecendo direito. A única coisa que sabíamos é que os Cullens estavam monitorando ataques suspeitos em Seattle e depois Port Angeles, o medo que se estendessem até Forks, fez com que eles pedissem nossa ajuda. Mas o que era mais estranho, é que apesar dos ataques serem parecidos com os de vampiros, não era feitos por um deles. Isso que nos intrigava e nos preocupava no momento.

Eu caminhava de mãos dadas com Jake, pelo corredor de desembarque até a esteira das bagagens. estava praticamente desmaiada no colo de Seth. Jacob soltou minha mão para pegar um dos carrinhos, e eu parei para observá-lo, enquanto ele escolhia algum que não estava com as rodas emperradas.

Jake usava calças jeans escuras e uma camisa cinza de mangas longas, de malha que demarcavam seus músculos bem desenvolvidos, fina para o inverno americano, mas pelo menos não chamava tanta atenção do que ele vestir somente uma camiseta regata.

Ri internamente da minha observação. Quando que Jake não chamava atenção? Ainda mais agora que ele havia se transformado em um homem. Seus ombros e costas largas, sua pele morena, seus cabelos e olhos negros, e seu sorriso... Sorriso que ainda me tirava o fôlego, mesmo depois de todo esse tempo.

Não havia lugar em que Jacob entrasse que não atraísse olhares e suspiros. Eu já estava acostumada e já não me importava nem um pouco. Porque ele parecia alheio a tudo isso, como se não percebesse ou não se importasse. E o que me deixava mais feliz, era só os olhos dele baterem em mim, que eles brilhavam e seu sorriso irradiava. Ele era meu. Meu sol particular.

A única pessoa que eu dividia essa adoração que ele sentia, e que eu não me importava nem um pouco, era , nossa princesa de 4 aninhos. E daqui a dois meses, também seria nosso outro bebê. Um menino, como havia mostrado a ecografia, que Jake carregava na carteira.

Seth agora também fazia parte da nossa família. Desde que foi visitar recém-nascida, não tinha mais conseguido ficar longe dela, devido ao Imprinting dos dois. Então quando decidimos ir para o Brasil, Seth foi junto.

Sem querer suspirei alto.

- Cansada? – Jake perguntou sussurrando em meu ouvido, me fazendo arrepiar. Uma de suas mãos enlaçou minha cintura me puxando para ele. Incrível como que depois de tanto tempo, ele ainda me causava as mesmas reações.

-Um pouco! – admiti.

Jake sorriu e puxou a última mala que faltava da nossa bagagem, e colocou em cima das outras que já estavam no carrinho. Somente o suficiente para termos o que vestir no inverno, o restante viria pela transportadora.

- Logo estaremos em casa!- ele falou me puxando para seus braços.

- De volta para casa! – confirmei, afastando o rosto do seu peito para encará-lo melhor. Jacob se aproximou devagar encostando os lábios de leve na minha boca. Senti suas mãos envolvendo minha cintura. Ele encostou o nariz no meu, antes de me beijar novamente. Logo minhas mãos envolveram sua nuca o puxando para mim.

- Hey! - Seth reclamou. E eu me afastei rindo. Ele sempre implicava com a nossa demonstração de carinho. Mas ele estava certo, porque às vezes esquecíamos do mundo em nossa volta. Na verdade isso acontecia quase sempre.

Jake bufou, deslizando sua mão para dentro da minha e nós fomos em direção ao portão de desembarque. Eu estava muito ansiosa em rever meu pai. Já faziam quase um ano que eu não o via, já que tínhamos passado o ultimo Natal em La Push, mas quando saímos pelas portas automáticas, John não estava em nenhum lugar do saguão.

- Que estranho! – falei. – John disse que estaria nos esperando quando chegássemos.

- Seth você passou o numero do vôo certo para o John? – Jake perguntou.

- O numero e o horário. – Seth respondeu embalando um pouco , que ainda dormia.

Me aproximei deles, verificando se ela estava bem agasalhada, já que estava bastante fria aquela noite. Se bem que já estava com as bochechas coradas, pelo contato com os braços quentes de Seth.

- Vou ligar para ele, ver se já está chegando. – Jacob disse pegando o celular do bolso e ligando o aparelho. Ele olhou por alguns instantes para o telefone com as sobrancelhas unidas.

- Que foi? – perguntei vendo sua expressão confusa.

- Tem um monte de ligações de Sam. – ele falou franzindo o cenho. Apertou algumas teclas e colocou o aparelho no ouvido. Coloquei minhas mãos sobre minha enorme barriga e me encostei no carrinho de bagagens. – Oi Sam. – Jake disse e logo sua expressão ficou séria enquanto ouvia o que Sam dizia. Ele fixou os olhos em mim, ainda mudo, prestando atenção. Sorri de leve, mas Jake não respondeu o meu sorriso. Então tive certeza que alguma coisa havia acontecido

Ficamos ali nos encarando por algum tempo. Tentei ouvir o que Sam dizia, mas o barulho do aeroporto abafava a sua voz.

- Estamos esperando. – Jake disse por fim, antes de desligar o aparelho.

- O que houve?

- Eles estão a caminho.

- Quem está a caminho? Meu pai? – perguntei desconfiada. Algo me dizia que alguma coisa muito séria estava acontecendo e que Jake protelava em me contar.

- Não! – ele disse sacudindo a cabeça em negativa. Depois me olhou sério. – Sam. – falou por fim.

- Sam?-engoli para tentar fazer minha voz sair mais segura.- Porque John não vem junto? – perguntei já sentindo um bolo no estômago. Jacob me segurou de leve pelo braço, fazendo com que eu me sentasse nas cadeiras mais adiante. – Jake? – o instiguei.

Jacob se agachou em minha frente, apertou os lábios, até que se tornassem um risco, enquanto me olhava angustiado. – Você tem que ficar calma, . Huh? – falou por fim.

Foi só ele dizer isso que minha respiração acelerou. – Onde está John? – perguntei já sentindo as lágrimas se formarem. Jake continuava me encarando preocupado. – Diz Jake, onde está o meu pai?

Ele respirou fundo antes de falar, como se tomasse coragem. – John está no hospital, ele foi atacado quando estava se dirigindo para cá.

- Atacado? Onde? – minha voz saindo estrangulada pelo choro contido.

- Na divisa de La Push com Forks. – ele disse e depois trincou o maxilar com força.

- Eu quero ver meu pai, Jake. – pedi.

Ele assentiu e me puxou para seus braços, me aconchegando contra o seu peito. – Ele vai ficar bom, . E eu prometo que vou pegar quem fez isso. – falou contra o meu cabelo. Jake esperou que eu me recuperasse do choque, antes de levantar me erguendo com ele. – Vem, vamos esperar Sam lá fora. – ele disse, com um braço apoiando minha cintura.

Passei a mão pelo rosto, esfregando de leve secando as lágrimas. Eu tinha que me controlar, tinha que manter a calma pelo bebê. Saímos pelas portas automáticas, sentindo a ar gelado da noite. Seth instantaneamente apertou mais nos braços, para protegê-la do frio.

Vimos os faróis do Impala iluminar os pingos de chuva, fazendo o retorno e parar a nossa frente. Foi só Sam saltar do carro que eu corri até ele, parando em sua frente.

- E meu pai, Sam? – perguntei angustiada, ignorando qualquer cumprimento.

Sam olhou sério para Jake antes de baixar os olhos para mim novamente. – Ele ainda estava em cirurgia, .

Dei um passo para trás procurando a proteção dos braços de Jake novamente. Ele passou os braços me envolvendo forte, contra seu corpo.

- Foi exatamente onde, Sam? – Jake perguntou esfregando minhas costas.

- Na divisa de La Push com Forks. Ele estava vindo buscar vocês. Kauã o socorreu, só não chegou a tempo de pegar o atacante. – ele informou. – Nós não sabemos direito o que aconteceu, mas ainda bem que Kauã estava por perto

- Kauã conseguiu farejar o invasor? – Seth perguntou.

- Não! Isso é o que é mais estranho, ele só conseguiu sentir o cheiro de san... – Sam desviou o olhar para mim. Me arrepiei me encolhendo mais nos braços de Jake – O cheiro de John.

Jake me acomodou no banco traseiro do carro, me passando ainda meio sonolenta, enquanto colocava as malas no bagageiro. Seth e ele enchiam Sam de perguntas, sobre os outros ataques também, e quais as informações que os Cullens tinham. Tentava prestar atenção na conversa, mas a preocupação com John não deixava. A única coisa que pude ouvir foi que Alice, não tinha nenhuma visão. O que confirmava que os ataques não eram feitos por vampiros. E que nenhuma vitima havia sobrevivido, além de John.

- Momy, onde está vovô? – baixei o olhar para os olhos extremamente azuis de minha filha. Ela era tão pequena. O que será que se passava em sua cabecinha? Mas ela havia pego fragmentos da conversa e sabia que alguma coisa de ruim tinha acontecido.

Engoli algumas vezes antes de falar. – Vovô está doente, meu amor. – ela arregalou os olhinhos angustiados. – Eu vou com seu pai ver como ele está, mas preciso que você fique boazinha com Seth em casa. Ok?

assentiu vagarosamente. – Também quero ver o vovô, momy. – pediu.

- Depois mamãe te leva amor, mas por agora preciso que você faça isso por mim. Ok?– ela assentiu novamente enquanto se aconchegava em meus braços, passando a mãozinha carinhosamente pela minha barriga. – Ele vai ficar bem?

Respirei fundo sentindo o nó na minha garganta aumentando. O que eu responderia para ela? Decidi pela verdade. – Eu não sei minha querida! Mas vamos rezar que sim, não é?

- Eu vou pedir para Seth rezar também!

- Isso! – a encorajei. Era o que nós poderíamos fazer no momento.

Seth levantou o banco do motorista e se sentou ao lado da . Ela sorriu e se jogou nos braços dele.

O caminho até La Push foi silencioso. acabou adormecendo novamente nos braços de Seth. O carro parou em frente a minha antiga casa, fazendo barulho contra os cascalhos molhados, as luzes estavam acessas, tinha certeza de que Sue ou Emily deveria estar lá dentro ajeitando as coisas para a nossa chegada. Dei um beijo na testa de minha filha antes de Seth sair correndo com ela no colo até o alpendre da varanda.

Jake e Sam descarregaram o porta-malas do carro, antes de entrar novamente com Jake ao volante e sairmos em direção ao hospital. Meu coração batia descompensado enquanto Jake estacionava o carro em uma vaga mais próxima a porta de entrada. Eu tentava inutilmente engolir o bolo que se formava em minha garganta.

Praticamente toda a La Push estavam naquele saguão. Todos os meninos do bando, mas os anciões do conselho e outros moradores amigos de John. Mas Billy foi o primeiro que eu vi e para quem eu corri assim que passei as portas duplas automáticas da emergência.

- Tio Billy! Como está meu pai? – perguntei me ajoelhando em sua frente. Todos se viraram e vieram em nossa direção, cercando eu e Jake.

- Nós ainda ao temos noticias, minha querida! Ele ainda está em cirurgia.- disse passando a mão em meu cabelo, carinhosamente.

Jake me ajudou a levantar me prendendo em seu abraço.

Os garotos me cumprimentavam tristemente com um carinho e um aceno de leve de cabeça.

- Desculpe prima, eu não consegui chegar a tempo de evitar. – Kauã disse totalmente ressentido.

Me soltei de Jake e abracei a cintura de meu primo. – Se não fosse por você ele não estaria vivo. Muito Obrigada! – agradeci.

As portas do outro lado da sala de espera se abriu e Carlisle saiu por elas.

- Carlisle... – disse me soltando de Kauã indo em direção ao vampiro.

- ! Seu pai saiu nesse momento da cirurgia.

- Como ele está? – perguntei já sentindo os braços de Jake envolverem minha cintura.

- Ele ainda está em estado critico, - tranquei a respiração. - mas pelo menos resistiu bem a cirurgia.

- Quando poderei vê-lo? – perguntei passando a mão pelos braços protetores de Jake.

- Ele ainda está sedado, . E depois vai ser levado para o CTI. Você deve ir para casa para descansar. – Fiz uma negativa com a cabeça. – Não ha nada que você possa fazer aqui. Que todos vocês possam fazer aqui. – Carlisle disse olhando para o restante do grupo e voltando a me olhar. Sua mão gelada pousou levemente em meu ombro. – Pense no bebê. – seus lábios sorriram de leve. – E eu ficarei aqui a noite toda e ligarei dando noticias.

- Amanhã de manhã nós voltamos. – Jake sussurrou em meu ouvido.

- Não. – eu disse sacudindo a cabeça levemente em uma negativa. – Caso ele acorde eu não quero que ele se sinta sozinho. Eu o deixei só por muito tempo.

Jake me virou fazendo com que eu ficasse de frente para ele. – Escuta? Embry e Collin ficaram aqui. Se ele acordar em menos de 10 minutos eu te trago de volta. - Olhei para ele com minhas vistas embaçadas pelas lágrimas. Jake encostou a testa a minha. – Eu prometo! Ele não vai estar sozinho!

Por fim acabei concordando. Eu realmente estava exausta e tinha mais uma vida que dependia de mim.























Capítulo 2




Jake praticamente me carregou até o carro, já que me dava apoio para eu caminhar. Billy também entrou no carro com a gente.

- Vai ficar tudo bem! – ele disse colocando a mão em meu ombro, enquanto Jake acomodava a cadeira no porta-malas. Quando chegamos em casa, Sue nos recebeu na porta.

- Minha querida como você está?- ela perguntou me puxando para um abraço. Eu não consegui responder, só me afundei em seu peito. Sue estava visivelmente mais velha, mas mantinha a mesma expressão de mãe séria de sempre. Como eu não respondi, ela se virou para Jacob. – Como está John? – perguntou ainda me segurando em um abraço reconfortante.

- Ele está se recuperando da cirurgia! – Jake respondeu.

- Vocês não devem ter comido nada! – Sue disse.

- Obrigada Sue , mas eu não estou com fome! – afirmei me sentando na cadeira da cozinha. – Onde está ?- perguntei a Seth que estava sentado a mesa na minha frente, com um enorme prato de carne assada com batatas e arroz.

– Está dormindo na sua cama, ela queria te esperar, mas estava com muito sono. – ele respondeu.

– Ela jantou antes de dormir, , agora é sua vez. – Sue disse colocando um prato transbordando de comida a minha frente.

Fiz novamente uma negativa, mas ela me interrompeu se virando para Jake.

– Jacob! – Sue lançou um olhar significativo para ele me fazendo suspirar.

! – Jake se agachou ao meu lado, falando carinhosamente. – Eu sei que você não tem apetite, mas ficar fraca não vai ajudar John, muito menos o bebê! – disse como se estivesse falando com a própria filha.

– Ele tem razão, !- Billy reforçou. Se ajeitando na mesa enquanto Sue também lhe colocava um prato abarrotado na frente.

Eu sabia que não adiantaria e não estava com vontade de discutir, então somente me virei para meu prato e comecei a mexer a comida de um lado para outro.

Jacob me deu um beijo na testa antes de levantar e servir seu prato e se sentar ao meu lado, no mesmo instante a minha pequena casa foi invadida pelos garotos do bando. Todos eles, menos Leah, Embry e Collin.

– Você fez falta! – Quil sussurrou no meu ouvido.

Eu sorri para ele. – Como está Claire? Deve estar uma mocinha! – perguntei.

– Vai fazer nove anos! É uma das melhores aluna da turma! – ele disse orgulhoso.

– Quando tiver um tempo, eu vou levar para visitá–la! – falei.

– Claro! – Quil respondeu, depois passou a mão pelo meu cabelo. – Vai ficar tudo bem, !- disse me olhando intensamente.

Mordi o lábio com força para segurar o choro e assenti.

Dei mais duas garfadas na comida já fria, e empurrei o prato, sob os olhares desaprovadores de Jacob e Sue. Me levantei pronta para retirar meu prato, mas antes que pudesse pega–lo, Jake já havia tirado de minha frente. Acabei me acomodando em uma poltrona vaga.

– Não quer deitar? – Jake perguntou com a preocupação evidente em seu rosto.

Antes de eu responder, Aiyana chegou me abraçando desajeitadamente, já que eu continuava sentada. Fiz menção de me levantar para poder retribuir o abraço.

– Nada disso, fique sentada prima! – ela me impediu. – Seth me alcance essa cadeira!

– Qual? – Seth olhou em volta.

– Essa que você está sentado, né? – Aiyana rolou os olhos. Seth se levantou e trouxe a cadeira, a colocando em minha frente. Ela se sentou e pegou uma das minhas mãos, a mantendo entre as suas. – Desculpe não ter vindo antes, prima, estava ajudando Leah com os meninos. Só pude sair de lá depois que eles dormiram.

Leah e Kauã tinham dois meninos, Rafael de 3 anos e Daniel de 1 ano e meio, e agora estava grávida novamente. Outros casais do bando também tiveram filhos, Sam e Emily tinham o pequeno Samuel de 2 anos. Rachel e Paul tinham as gêmeas de 8 meses Mariah e Helena. E Jared e Kim tinham uma menina de 1 aninho, a pequena Anna.

– Não tem problema! – sorri fraco para ela.

– Como você está?- ela perguntou.

– Cansada! – Jacob respondeu por mim, me fazendo olhar de soslaio para ele. ¬¬ Jacob estava parado de pé ao meu lado como se fosse um poste. Eu entendia Jacob. Era a natureza dele ser protetor

– Porque você não se deita um pouco? – Aiyana perguntou.

–Quero tomar um banho antes! – falei.

Aiyana se levantou antes de Jake. – Eu levo ela! – me estendeu a mão. – Assim a gente coloca os assuntos em dia. Jake ainda me olhou sério. – Afff Jake! É só um instante! – ela reclamou.

- Já volto! – deslizei os dedos pelos braços dele.

– Jacob está pior que o Embry!- minha prima falou assim que fechou a porta do banheiro.

– Embry também vai fica assim quando você ceder aos pedidos dele e aceitar ter um bebê. – falei tirando o vestido e o restante das minhas roupas e entrando no chuveiro. Ela sorriu quando viu minha barriga. Deixei a água quente cair nas minhas costas para relaxar os músculos.

– Futuro Alfa? – perguntou apontando para minha barriga.

– O enorme futuro alfa. – falei deslizando a mão pelo ventre. – O ultimo ultrason mostrou um bebê de 38 cm. Isso que só ainda falta dois meses!

Ela arregalou os olhos. – Bom, já falei pro Embry, que filhos só depois da eu me formar.- disse cruzando os baços e se sentando no vaso.

– E quanto tempo falta? – perguntei enquanto espalhava o shampoo pelos cabelos.

– Agora não sei! – Aiyana disse desanimada. – Já que tivemos que voltar por causa dos... –Paralisei. O rosto do meu pai vindo em meus pensamentos. – vai dar tudo certo, . O tio é forte!

– Eu sei!- disse desanimada. Tirei o creme dos cabelos e me enrolei em uma toalha. – Você pegaria uma roupa para mim na mala, prima? Não quero passar de toalha pelos garotos. Ainda mais que ela não cobre todo meu corpo. – Eu estava enorme, muito maior que da outra gestação. Não enxergava meus próprios pés.

– Claro!- ela respondeu. Mas antes de poder se levantar, Jacob abriu a porta alcançando minha camisola.

– Tudo certo ai?- ele perguntou pela fresta da porta.

– Sim Jacob, ela já está saindo!- Aiyana pegou a camisola e fechou a porta novamente.- Como você fez para ter ficado tanto tempo sem engravidar?- Aiyana me perguntou me fazendo arregalar os olhos com a pergunta direta.

– Acredito que do mesmo jeito que você fez para não ter engravidado ainda.

– Se trancando dentro do quarto?- ela perguntou me fazendo rir.- Porque eu tenho certeza que quando engravidar, Embry vai querer um filho atrás do outro. Assim como Leah.

– Bem! Acredito que você deva conhecer métodos anticonceptivos.

Ela fez uma careta de desdém. – É que as vezes o Embry é tão volupioso. Parece que não cansa!- foi a minha vez de fazer uma careta, mas pelo rumo da conversa. Saber as intimidades dos outros não me agradava muito. Coloquei minha camisola de algodão que mais parecia uma barraca.

– Ele é um lobo! – apontei depois de vestida.

– E você também! Deve ser por isso que não se incomoda! Não se cansa também. – ela riu.

– Onde vocês estão hospedados?- perguntei querendo mudar o rumo da conversa.

– Na casa e Sue. Quer dizer, de Leah e de Kauã agora, já que Sue mora com Charlie em Forks desde que se casou com ele. E Seth com vocês.

– Vou visitá–la depois que... – suspirei. – meu pai melhorar um pouco.

– Claro! Ela vai adorar te ver. Sabe que ela não veio por causa dos meninos.

– Eu sei! – disse terminando de pentear meus cabelos molhados e saindo do banheiro. Sorri quando dei de cara com Jacob parado do outro lado do corredor em frente à porta.

Ele me puxou para seus braços– Você está bem?- ele perguntou analisando meu rosto.

– Sim!- respondi encostando meu rosto em seu peito, enquanto minhas mãos apertavam sua cintura.

– Vem!- ele disse me conduzindo até o quarto. – Você tem que descansar um pouco.

Entramos no quarto em silêncio. estava dormindo profundamente. Me deitei devagar ao seu lado, a puxando delicadamente para os meus braços. Jacob deitou ao meu lado, passando o braço protetoramente por nós duas. Ele passou o nariz pela linha do meu pescoço, aspirando profundamente.

– Obrigada!- sussurrei.

– Pelo que?- ele perguntou no mesmo tom, ainda deslizando o nariz no meu pescoço. Virei o rosto de lado para poder olhá-lo melhor.

– Se você não estivesse ao meu lado, duvido que conseguisse agüentar.

– Claro que conseguiria. Você é forte!- disse encostando a boca de leve na minha. Deitei novamente a cabeça no travesseiro. – Obrigado! – ele sussurrou depois de alguns segundos de silêncio.

– Por? – perguntei.

–Por ser minha! Minha esposa, minha amiga, minha amante! Você sim que é minha força! Obrigada por me fazer tão feliz! – Sorri e me afundei mais em seus braços, apertando mais . Nossa pequena família junta. Só Jacob para me fazer esquecer a tristeza. – Quer que eu cante para você dormir?- ele sussurrou mais uma vez.

– Uhum! – respondi.

–I wanna love you and treat you right!... I wanna love you every day and every night!... We'll be together with a roof right over our heads! … We'll share the shelter of my single bed! … We'll share the same room, yeah, oh Jah provide the Bread!*
* Eu quero te amar e te tratar bem!... Eu quero te amar todos os dias e todas as noites!... Nós estaremos juntos com um telhado bem acima das nossas cabeças!... Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro!... Nós dividiremos o mesmo quarto, yeah, e que Jah garanta o pão!

– Is this love, is this love, is this Love, Is this love that I'm feeling? – continuei a música, minha voz só um sussurro, abafada pelo cansaço.

- Eu espero que sim! – Jake respondeu, depois deu um beijo em meu rosto. – Boa noite meu amor!- foi a ultima coisa que ouvi antes de adormecer.

Eu não sabia quanto tempo havia ficado dormindo, mas acordei sem mais sentir o calor de Jake junto a mim. ainda dormia, as bochechas vermelhas pelo calor com o contato com meu corpo. Ainda estava muito escuro lá fora e um murmúrio baixo vinha da sala. Ouvi o celular de Jake tocando e ele atendeu rápido no primeiro toque.

– Fala Carlisle!- ele disse. Meu coração disparou na mesma hora. Jacob aspirou forte. Não se ouvia mais nada, só a voz dele ao telefone, os outros também esperavam por noticias. – Sim, eu entendo. – Jake disse depois de algum tempo ouvindo, fazendo meu coração se apertar mais. – Claro, nós vamos tomar as providências. Obrigado por tudo, Carlisle. Pode deixar que eu te chamo se precisar. – Jacob desligou. O silêncio se intensificou por alguns segundos, depois pude ouvir os soluços abafados de choro de Aiyana e Sue. Apertei minha filha em meus braços, escondendo meu rosto nos cabelos dela e chorei baixinho. A dor vindo como uma avalanche.






















Capítulo 3

























Eu não conseguia me convencer de o que estava acontecendo era real. Meu pai morto! Meu pai que eu havia renunciado tanto tempo, e vivido com ele tão pouco. A pessoa que mais me entendeu na vida. Que sempre me apoiou e nunca questionou minhas atitudes. John foi o melhor pai que eu podia ter tido.

– Não é melhor deixá-la dormir, filho?- a voz de Billy soou perto da porta.

– Ela não está dormindo!- Jacob respondeu segundos antes de abrir a porta. Ele entrou em silêncio, se sentou na cama e me puxou para seus braços. – Sinto muito! – ele sussurrou contra os meus cabelos.

– Meu pai Jake!- falei aos sussurros e em meio às lágrimas.

– Eu sei !- ele deslizou os dedos pelo meu rosto, tentando secar as lágrimas, mas logo outras tomaram o lugar delas. – Eu prometo que vou acha o que fez isso! Eu juro! – Jake disse com a voz embargada.

Agora eu tinha idéia do que ele havia sentido quando perdeu a mãe. Tão novo. Somente uma criança. Eu tive muito mais do meu pai do Jake teve da mãe dele.

– Vamos para a sala!- falei me levantando. Eu tinha receio que meu choro baixo e nossos sussurros acordassem . Como eu contaria uma coisa dessas para ela? Como minha filha reagiria à perda do avô que ela tanto amava?

– Como você está minha querida?– Billy perguntou assim sai do quarto de mãos dadas com Jacob. Todos vieram até mim, mas eu não conseguia falar. Parecia que a dor tinha engolido minha voz. Falar parecia tornar tudo mais real. Deixava a dor mais forte.

– Senta aqui! – Jake me levou até o sofá me acomodando com algumas almofadas. – Eu tenho que ir. – E preciso ir até o hospital, cuidar dos papéis. – disse me olhando preocupado. – Você está bem ?

Eu sabia que tinha que tranqüilizá-lo, então assenti. Mas Jake não acreditou.

– Deixa que eu vejo isso, Jake. – Sam disse colocando a mão no ombro dele. – não se preocupe com nada, ok? Nós cuidaremos de tudo!

– Ele era um membro importante de nosso povo. Vai ter um enterro com todas as honras. – Billy disse colocando a mão suavemente na minha.

– Seu pai era um homem honrado. Eu tenho orgulho de ter sido seu amigo. – Charlie disse. Eu não tinha percebido que ele estava ali aquele momento. Ele mantinha as mãos nos ombros de Sue que estava com os olhos vermelhos.

Ninguém precisava me falar nada sobre meu pai. Ele era a pessoa mais fantástica que eu já havia conhecido. Como eu ainda não dizia nada, Jacob tratou de agradecer o pessoal, que foram se retirando aos poucos, mesmo ainda sendo no meio da madrugada eles já planejavam como seria o funeral no outro dia. Eu me sentia inútil, mas realmente não saberia como fazer algo assim.

– Preciso fazer alguma coisa pelo meu pai, Jake! – choraminguei. Ficar ali parada enquanto todos tomavam as providencias me faziam sentir pior.

Billy se aproximou se inclinando para pegar minha mão. – , todos se sentem orgulhosos em ajudar. É a última coisa que podemos fazer por um grande amigo.

– E você tem que descansar, . Não dormiu nada! – Jake falou ao meu ouvido. – E você está se sentindo bem?- Jacob perguntou se sentando a meu lado. Seth se sentou n braço do sofá no meu outro lado, passando a mão delicadamente pelo meu cabelo. – quer que eu chame Carlisle?

Fiz uma negativa com a cabeça. – Eu preciso é falar com minha mãe! – falei.

– Eu faço isso, prima. Eu aviso a Tia Lilian. – Aiyana me disse pegando celular da bolsa e se afastando para a cozinha. Mas voltou logo em seguida. – Sua mãe quer falar com você! – ela disse me alcançando o celular.

– Oh, minha filha! – Lilian disse assim que coloquei o celular no ouvido. Recomecei a chorar no mesmo instante. – Como você está, minha querida?– ela perguntou, mas eu novamente não conseguia responder. O choro parecia rançar minha garganta. Jake estendeu a mão e eu lhe passei o aparelho, me afundando no abraço que Seth me oferecia.

– Olá Lilian! – ele disse.

Eu podia ouvir perfeitamente a voz da minha mãe do outro lado da linha, devido a minha super audição. – Como aconteceu, Jake?

– John sofreu um acidente e não resistiu. – Jake resumiu para minha mãe.

– E como a está?

- Ela está... - Jake parou por um instante, provavelmente me analisando, mas eu não levantei os olhos para confirmar. – ... Está muito abalada, mas não quer demonstrar fraqueza, sabe como ela é.

– Cuide dela para mim, Jake. Ela precisa pensar no bebê.

– Você sabe que não precisa me pedir isso, Lilian.

– Eu sei sim, querido! Estou pegando o primeiro vôo, mas não vou conseguir chegar a tempo.

– Obrigada Lilian!

– Não precisa agradecer, Jake! John era... ! Meu Deus não consigo acreditar que ele se foi!

– Ninguém acredita, Lilian! Avise quando você súber o numero do vôo.

–Ok, filho! Até mais!

– Até! – ele respondeu antes de desligar.

Me levantei fazendo com que ele levantasse também. Foi então que e dei conta.

– Onde está Lobo? – perguntei.

– Ele está com Kauã. – Aiyana respondeu.

– Quero ele aqui, Jake!- pedi.

– Claro! Amanhã ele vai estar aqui. Mas sente–se amor, você está muito pálida. – ele falou preocupado.

Ignorei o que ele disse e fui em direção ao quarto. Fechei a porta na cara de Jake. Eu sabia que ele não merecia, mas eu estava frustrada e precisava ficar sozinha.

– Deixe ela um pouco sozinha filho. – Billy falou do outro lado da porta.

Me deitei na cama ao lado de .passando os dedos devagar pelos seus longos cabelos. Acabei adormecendo. Um sono sem sonhos.

Não sei por quanto tempo dormi, mas uma mãozinha leve, que eu reconheceria em qualquer lugar, me despertou, passando os dedinhos pelos meus cabelos.

estava com os olhos vermelhos, mas não estava mais chorando. Ela já estava vestida com um vestidinho preto, com uma fita branca na cintura, meias brancas e sapatinho preto.

– Vovô foi pro céu! – ela disse assim que abri meus olhos.

– Eu sei amor!- disse a puxando para os meus braços. – Agora ele vai cuidar de nós lá de cima.

Jacob abriu a porta se apoiando na batente. – Como você está?

Eu assenti sorrindo de leve. Estava longe de estar bem, mas pelo menos não iria desmoronar. Não com a minha família ao meu lado.

– Vou ver se Seth já acordou. – disse, descendo do meu colo e saindo correndo. Eu sabia que ela não queria chorar em minha frente, com medo de me deixar mais triste.

– Ela está sofrendo! – murmurei.

– Ela vai ficar bem! – Jake respondeu ainda parado à porta. Ele estava me dando espaço, esperando que eu desse o primeiro passo, tomasse a iniciativa. Então eu fiz o que meu coração pedia. Abri meus braços como uma criança precisando de acalento.

Jake sorriu cobrindo a pequena distância da porta ate a cama onde eu estava sentada, me pegou em seus braços me aninhando contra o seu peito.

– Desculpa?- choraminguei. Ele apoiou seu queixo em minha cabeça.

– Pelo que?

– Por ter fechado a porta ontem.

– Tudo bem! Eu sei que sou chato as vezes! – ele disse.

–Não Jake! – levantei a cabeça para encará-lo. Só dele achar que poderia pensar uma coisas dessas me angustiava.

Mas Jake sorria tranquilamente. – Estou brincando. Você só queria ficar sozinha é compreensível.

– Que horas é o ... – não conseguia dizer velório, não conseguia pensar em John deitado em um caixão.

– Ao meio dia. Já está quase tudo pronto. – ele disse. Um barulho de patas tocando o piso de madeira nos fez olhar para a porta aberta ao mesmo tempo. Lobo surgiu pelo quarto vindo direto a mim. Mas ele não fez a festa que sempre fazia. Estava estranhamente calmo, se sentou em nossa frente quase solene.

– Lobo! – o chamei, meus braços foram para ao redor do pescoço do cão, sentindo a textura densa e maia de seus pêlos. – Você foi o maior companheiro dele. Obrigada! – falei já sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto novamente.






















Capítulo 4


O dia cinza e frio, normal de Washington, parecia espelhar como eu sentia. Eu sabia que tudo o que se passava comigo acabava atingindo Jake. E era esse o motivo que não me permitia desabar naquele momento em que o caixão desceu pela cova aberta na terra. Toda a reserva estava lá. John sendo membro dos anciões, o tornavam de grande importância para a tribo.

Jacob me apertava em seus braços, enquanto Seth consolava . As pessoas presentes fizeram uma fila, nos dando os pêsames, um por um. Eu assentia somente, incapaz de responder em voz alta, quando alguém, chamando Jake, cortando caminho pelas pessoas.

Ela vestia um tubinho preto, colado ao corpo. Os longos cabelos ruivos caiam em cachos até a metade das costas. Sua pele era branca e os olhos grandes e expressivos da cor de chocolate. Aparentava ter no máximo 16 anos.

– Jake! – ela disse se atirando e se pendurando em seu pescoço. – Que saudades!

Eu olhei para ele, tentando obter alguma explicação, mas ele retorno o olhar como quem dizia. “Eu também não sei quem é essa louca!” Jake empurrou sutilmente a garota pelos ombros até que ela mantivesse uma distância normal dele. Ele sorriu amarelo para ela, mas a garota não pareceu notar. Ela tinha um cheiro diferente, meio enjoativo que logo foi substituído por um cheiro adocicado que denunciou a aproximação dos Cullens.

– Renesmee! – Edward disse em tom de reprovação. Renesmee? Olhei novamente para a adolescentes em nossa frente. Ela parecia encabulada pela demonstração exagerada.– Sinto por sua perda ! – Edward me disse interrompendo minha avaliação. Ele mantinha a mão possessivamente ao redor da cintura de Bella.

– Edward! Bella! – os cumprimentei.

– Sinto muito Tia !- Renesmee me deu um abraço rápido e depois se afastou me olhando de cima abaixo, e sorrindo amarelo. Não gostei muito do jeito que ela me olhou, mas decidi ignorar.

– Renesmee! – a cumprimentei solenemente.

– Pena que nos reencontramos nessa situação, ! – Alice disse me dando um abraço. Tremi involuntariamente quando suas mãos geladas me tocaram por cima do moletom de Jake, que usava.

– Alice! – falei emocionada. De todos os Cullens Alice era uma das minhas preferidas, junto com Carlisle e Esme.

– Quanto tempo Jake!- Bella falou olhando emocionada para Jacob. Ele passou minhas mãos pelos meus ombros e me puxou para perto.

– Bells! – respondeu sorrindo.

– Sua menina está linda, ! – Esme disse. se encolheu quando todos a olharam, ela nunca tinha visto um vampiro, mas por instinto ao parecia confortável com a presença deles, mesmo sendo muito pequena para entender o porque.

– Obrigada!- respondi. Me aproximei de Carlisle. – Obrigada por tudo! Sei que fez o que podia pelo meu pai!- Agradeci.

– Sinto por não ter sido o suficiente.- ele respondeu visivelmente chateado.

– Não sinta! – pedi. – Eu nunca vou me esquecer do que fez por ele. – Carlisle não era mais médico do Hospital, e mesmo assim passou o tempo todo da cirurgia e até depois ao lado de meu pai. Tentando de tudo para salva–lo.

Os Cullens se afastaram para que o restante dos presentes, que mantinham uma certa distância, pudessem voltar as condolências. Depois de algum tempo eu estava exausta. E estava adormecida no colo de Seth.

– Vamos?- Jake perguntou para mim. Assenti. Eu estava exausta, deprimida. Só queria chegar na minha casa e me atirar na minha cama.

– Anjo! – a voz de Chris me fez dar meia volta. Eu me permiti sorrir pela primeira vez no dia, vendo meu amigo lindo em um terno escuro e fino. Chris agora tinha o cabelo curto. Ele parecia bem másculo no terno e a única coisa que podia o denunciar era sua gravata Pink. Em Nova York, Chris tinha se tornado um decorador de renome e morava com seu companheiro em um belo apartamento em frente ao Central Park.

– Chris. – murmurei, antes de me afundar em seu abraço.

– Minha linda, me perdoa? Tive que fretar um vôo para chegar aqui.

– Sem problemas! O importante é que você veio!- respondi.

– Eu ainda não acredito no que aconteceu! John era como um pai para mim! – ele choramingou.

– Ele também gostava muito de você, Chris.

– Vocês estavam indo para casa?- Chris perguntou a Jake.

– Sim, precisa descansar!

– Nos vemos mais tarde?! – Chris me perguntou.

– Você não gostaria de nos acompanhar até lá? – Jake perguntou me fazendo sorrir para ele. Eu sabia que ele não gostava de Chris, mas mesmo assim ele estava sendo simpático. Cada vez mais eu tinha certeza que ele era perfeito. Às vezes chegava a ser irreal.

Chris sorriu. – Acho melhor amanhã! – ele respondeu. – Daniel também veio e eu preciso apresentá-lo para minha mãe. – ele justificou. Daniel era o companheiro de Chris, era um advogado famoso e eles estavam juntos há alguns anos. Praticamente desde que Chris se mudou para NY.

Nos despedimos dos outros e fomos para casa.

Por causa do fuso horário, foi dormir cedo e Seth aproveitou para ir visita Sue e Charlie. Acabei indo me deitar cedo também, me abraçando aos travesseiros, enquanto pensava em tudo que havia acontecido.

Jake entrou no quarto ainda molhado pelo banho que tinha tomado, com a toalha enrolada na cintura.

– Dei uma olhada na e ela está dormindo tranquila. – ele disse.

Assenti me arredando para que ele se deitasse ao meu lado. Jake vestiu uma bermuda de moletom cinza e se deitou ao meu lado. Funguei tentando parar o choro que ainda insistia em cair e me afundei em seu peito.

POV JACOB BLACK

Passei a mão suavemente pelo rosto de , secando novamente as lagrimas. Ela sorriu, mas mesmo assim nunca vi seus olhos tão tristes. Aquilo me doía à alma. Puxei ela mais para meus braços, se eu pudesse tirar toda a sua dor, passando para mim, não pensaria duas vezes.

Afundei meu rosto em seus cabelos soltos, o cheiro dela, a temperatura de sua pele, tudo nela me atraia. Me enlouquecia.

Sem perceber uma das minhas mãos subiu pela sua perna, por baixo de sua camisola. Parece que meu corpo não obedecia ao meu cérebro. Só de sentir ela deitada ao meu lado naquela cama, já me deixava excitado.

Respirei fundo e puxei minha mão. Eu não era um animal! Ela era minha vida, minha mulher, minha companheira e estava triste, eu iria respeitar sua dor.

me surpreendeu pegando minha mão e colocando–a de volta em sua coxa. – Me beije, Jake! – ela sussurrou. Como se precisasse me pedir. Como se eu não existisse somente para servi–la. Ela era minha dona, minha rainha. E eu não me importava nada com isso. Muito pelo contrario.

Minha boca caçou a dela, por meio aos seus cabelos revoltos. Eu a amava e a desejava como sempre e como nunca. Pressionei seu lábio inferior com a língua e ela respondeu de pronto. Na hora o gosto doce de sua boca me fez quase perder a razão. Suguei sua língua para dentro da minha boca, sentindo meus batimentos cardíacos aumentarem junto com os dela. Mas que dava as cartas e eu me rendia a ela sempre.

Ela empurrou meus ombros em direção a cama e subiu em cima de mim, me fazendo trancar a respiração quando nossas intimidades se tocaram. se endireitou para poder tirar a camisola que usava, me deixando ver seus seios, um pouco maiores que o normal, devido a gravidez.

Ela estava mais linda que o normal, se isso era possível! O que me deixava fascinado!

deslizou suas mãos pelos meus braços até minhas mãos e entrelaçou nossos dedos. Segurou firme me prendendo na cama.

– Jake!- ela me chamou. Sua voz anormalmente rouca.

– Hmm? – murmurei. Eu sentia toda a eletricidade que vinha dela me deixando zonzo. Sua respiração ofegante fazia seu hálito doce bater e meu rosto. Meu membro já estava em nível máximo de ereção, e a movimentação dela em cima de mim não me ajudava a manter o controle

– Promete? – me perguntou com os olhos cheios de lágrimas novamente.

– O que, meu amor?- perguntei, ficando agoniado de ver os olhos mais lindos que já vi com tamanha tristeza.

– Promete que não vou passar por isso com você? Promete que sempre teremos um ao outro? Que morreremos velhinhos e juntos? – Assenti, sentindo a dor daquele pensamento. Eu também não iria sobreviver se um dia ela me deixasse.
















Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, pela lateral do seu nariz e caiu na minha boca. Passei a língua sentindo o gosto salgado da dor dela, e naquela hora, prometi a mim mesmo que iria até o inferno atrás de quem tinha causado tanta tristeza a pessoa mais importante da minha vida.

soltou minhas mãos devagar e se aninhou em meu peito. Tão frágil! Como eu nunca tinha a visto. – Faça amor comigo, Jake! – pediu.

Eu não estava acostumado em vê–la desse jeito. Tão entregue, tão submissa.

Tirei minha bermuda desajeitadamente e atirei no canto do quarto. se levantou ficando de costas para mim. Passei uma das mãos pela sua cintura, acariciando sua barriga e com a outra segurei seu seio, acariciando seu mamilo. Ela colocou as duas mãos nas laterais do meu quadril, me puxando mais para ela. Meu membro rígido pressionando contra suas costas.

– Eu te amo! – sussurrei em seu ouvido. Depois passei a língua devagar em sua orelha, deslizando pelo seu pescoço. Desci os beijos pela suas costas. Minha mão desceu pelo seu corpo até sua intimidade, onde a penetrei com dois dedos, sentindo sua lubrificação, meus dedos iam e vinham de dentro dela, enquanto meu polegar estimulava seu clitóris. levantou s braços afundando as mãos em meus cabelos, gemendo e se contorcendo. Mordi de leve sua orelha a fazendo gemer mais.

– Eu também te amo, Jake! – ela gemeu. Seu tom sexy, quase me levando ao delírio. se contorcia e eu já não agüentava mais. Ela virou o rosto para me encarar. Sua boca entre aberta. Minha boca caçou a sua, sugando seus lábios doces. – Vem– ela sussurrou se inclinando um pouco para frente se remexendo mais. Posicionei meu membro e senti um frio no estômago quando a penetrei. Tão molhada, tão pequena e tão apertada que tive que me esforçar para conseguir entrar por inteiro. Suas mãos desceram e ela cravou as unhas nas minhas coxas, me fazendo gemer seu nome.

Aumentei os estímulos que fazia nela com meus dedos, até que senti todo seu corpo se contraindo em espasmos. A segurei contra mim quando seu corpo cedeu em estase. Continuei me movimentando até que a apertei contra mim quando senti o meu corpo explodir de prazer. Acabamos tombando de lado na cama que se não fosse resistente, não teria resistido. Eu ainda estava dentro dela, enquanto acariciava meus cabelos e falava palavras doces no meu ouvido, até que nossas respirações voltassem ao normal.

Eu sabia que não merecia tanto. era perfeita demais para mim. Por mais que ela me dissesse ao contrário.

















Capítulo 5


POV

Acordei cedo vendo que Jake ressonava ao meu lado. Eu estava deitada em seu braço contemplando seu corpo nu. Também estava sem roupas, mas mantinha um lençol enrolado ao corpo, já que não me achava na melhor forma.

Comecei a analisar seu rosto relaxado, seu cabelo negro e curto, suas sobrancelhas grossas, seu nariz um pouco arrebitado, seus lábios grossos entreabertos, enquanto respirava tranquilamente. Sorri vendo seu queixo se contrair de leve durante o sono, formando uma leve covinha.

Meus cabelos estavam esparramados pelos travesseiros, e pela movimentação toda da noite deveriam ter atingido o volume máximo, então acabei os enrolando atrás na nuca. Quando voltei a me deitar minha mão pousou na barriga de Jacob. Comecei a desenhar o contorno dos seus músculos abdominais com o indicador, bem levemente, enquanto observava seu corpo perfeito, bem trabalhado marcando a pele dourada.

Engoli em seco, descendo os olhos até o declive que os músculos faziam até onde começavam seus pêlos pubianos. Sentia meu coração batendo em meus ouvidos, minha pele se arrepiando. Eu merecia toda essa perfeição? Prendi o lábio inferior com os dentes. Parecia que ele sabia que estava sendo observado, pois seu corpo começou a dar sinais de, já tão conhecida para mim, sua ereção matutina. Meus olhos subiram novamente para o rosto sereno de Jake. Ele sorriu, ainda com os olhos fechados.

– O que você observa tanto? – perguntou matreiro, abrindo um olho para me fitar.

Senti meu rosto formigar e esquentar absurdamente, tinha ficado completamente envergonhada por ter sido pega em flagrante, “babando” em cima dele. Mas eu não ia deixar barato.

– Acho que você percebeu. – falei envolvendo seu membro já completamente ereto, com a mão e apertando um pouco. Os olhos e o maxilar de Jacob se apertaram e um breve gemido escapou de seus lábios. A sua mão que estava apoiada em minhas costas me puxou mais para ele e a outra deslizou ela lateral do meu corpo parando na minha bunda. Me ergui beijando seu rosto. – Bom dia meu amor! – sussurrei.

Jake tinha esse poder comigo, me fazer sentir bem, por mais que a situação seja adversa. Ele era meu porto seguro, sem ele minha vida parecia totalmente sem sentindo.

Mas por mais que meus hormônios, mais alterados ainda por causa da gestação, gritassem por ele, já estava amanhecendo e eu precisava urgentemente ir ao banheiro, já que minha bexiga começava a protestar.

– Onde você vai? – ele perguntou ofegante e um pouco frustrado quando parei os movimentos que fazia com a mão em seu membro e me levantei me enrolando no lençol.

Jake me encarava com uma ruga na testa e o lábio inferior projetado, fazendo bico.

– Preciso fazer xixi? – respondi catando a camisola e me enfiando dentro dela rapidamente.

Vi ele enrugar o cenho, aumentando sua cara de indagação. Eu sabia o que se passava em sua cabeça: Jake não entendia porque eu me cobria na frente dele. Depois de todo esse tempo era mesmo idiotice, mas eu não me sentia a vontade de ser observada por ele, estando em forma de botijão de gás.

Caminhei rapidamente, dando uma espiada pela porta entre aberta, para ver se Seth não estava acordado, mas não havia movimentação nenhuma na casa. Lobo estava deitado no corredor e levantou as orelhas e bateu a cauda quando me viu passar apressadamente para o banheiro.

Me olhei no espelho analisando minhas feições. Cabelos emaranhados, cara inchada. Eu estava um trapo! Atirei água no rosto, antes de escovar os dentes e me decidir que só um banho ajudaria a arrumar a bagunça que me sentia. Tirei a camisola e entrei embaixo da água quente do chuveiro, no mesmo momento em que as primeiras lágrimas começaram a cair novamente e que Jake abriu a porta do banheiro.

– Vim ver o porquê da demora! – Jake disse assim que fechou a porta atrás de si. Ouvi o barulho de pano deslizando sobre a pele ele abriu a porta do box entrando junto comigo no chuveiro.

– Eu precisava de um banho! Depois da noite de ontem! – falei ainda de costas para ele, com sorriso bobo brotando nos lábios, quando flashes da noite passada vinham em minha mente.

– Hmmm – ele murmurou. Suas mãos deslizando pelos meus braços. Senti a boca dele sugando a água que caia em meus ombros. – Um banho é sempre uma boa idéia. – Jake disse encostando seu corpo mais no meu, roçando sua ereção nas minhas costas. Sua língua, deixando um rastro de fogo do meu pescoço até minha orelha. Pegou o sabonete ensaboando nossos corpos em conjunto.

– Jake... – sussurrei, tentando colocar lógica nos meus pensamentos. Porque um: Seth e iriam acordar a qualquer momento. Dois: estávamos monopolizando o único banheiro da casa. E três...

Jake deslizou uma das mãos até o meio das minhas pernas, tocando minha intimidade habilmente me fazendo ofegar e perder minha linha de raciocínio. Seus dedos tocaram meu clitóris me causando um espasmo na mesma hora.

Sua outra mão caçou a minha a levando até sua ereção.

– Achei que você fosse me dar uma ajudinha com isso.- ele falou em meu ouvido, soltando um gemido quando minha mão apertou seu membro.

A água e a espuma, ajudavam a nossas caricias. Ele aumentou o ritmo do movimento, agora me penetrando com um dedo enquanto o polegar continuava a massagear meu clitóris, me enlouquecendo. Aumentei ritmo dos meus movimentos também, fazendo ele gemer meu nome. Nossas bocas se caçaram e se acharam quando chegamos ao orgasmo juntos. Senti um liquido quente nas minhas costas enquanto Jake segurava meu corpo com um braço envolvido acima da minha barriga, quando minhas pernas cederam com o êxtase. Ele sabia exatamente o que fazer e onde me tocar para me levar ao delírio imediato.

Estávamos nos acalmando quando ouvimos os barulhos de Seth caminhando pela casa.

– Err – ele disse. – Vocês vão demorar muito ai?- perguntou constrangido do lado de fora da porta.

– Estamos saindo. – Jake respondeu. Depois nós dois rimos abafado, nos lavando depressa e nos vestindo para poder liberar o banheiro.

Coloquei a mesa para o café, depois que me vesti. Seth e Jake se sentaram também.

– Então... – Seth começou visivelmente envergonhado, coçou a nuca antes de continuar. – Eu tive problemas para dormir essa noite. – ele falou. Por mais que sua pele fosse bronzeada, suas bochechas coraram.

– Por quê? – perguntei.

Jake largou a xícara no pires olhando para Seth com as sobrancelhas juntas.

– Er... Por causa do barulho. – ele falou levantando a xícara e colocando na boca.

Olhei para Jake que agora o encarava com os olhos semicerrados.

– Que barulho?- perguntei.

– Sabe...! Barulho... ! Vocês dois. – ele respondeu sem jeito.

Agora era minha vez de corar. Coloquei as duas mãos no rosto, escondendo minhas bochechas coradas.

– Eu tenho uma solução para isso. – Jake disse. – Você pode morar com sua mãe. – ele terminou a frase enchendo a boca de pão. Seth arregalou os olhos.

– Jake! – ralhei. – Não ligue para ele Seth. – disse colocando a mão em cima da sua. – Vamos dar outro jeito. Na verdade essa casa está pequena demais para nós.

– Só que não estamos em condições de comprar uma casa nova. Nem mesmo uma para o Lobo. – Jake se apoiou no encosto da cadeira. –Tenho que dar um jeito nisso. – Ele disse e expeliu o ar pelo nariz ruidosamente.

– Eu estou de olho em uma vaga de emprego. – Seth disse. – Vou ver isso ainda hoje.

– Você tem que tratar de sua transferência da faculdade. – disse apontando o dedo para Seth. – Nada de largar os estudos. E eu também vou atrás de algo. – falei. Os dois me olharam. – O que? Eu também quero trabalhar!

– Depois do bebê. Né ?- Jake disse como se eu estivesse esquecido de algo obvio.

– Jake, eu estou grávida, não invalida. – repeti, o que para mim parecia a milésima vez nessa semana.

Ele girou os olhos.

–Bom, temos que ir! Você vai ficar bem?- Jake perguntou.

Não!

– Sim! – Não podia demonstrar que só a idéia dele se afastar um pouco de mim que fosse me apavorava.

Jake me olhou por alguns segundos me analisando. – Vai ficar bem mesmo? – perguntou.

– Sim, Jake, não se preocupe. – falei desviando os olhos para a xícara.

– Vou precisar de Seth, mas mando algum dos garotos para fazer ronda aqui.

Assenti sem desviar os olhos da xícara.

Jake arrastou a cadeira para trás, no mesmo momento que pezinhos leves, se fizeram ouvir caminhando pelo piso de madeira. Nós três viramos o rosto para o corredor sorrindo.

apareceu na sala coçando os olhinhos sonolenta.

– Bom dia meu amor!- falei. Nós três abrimos os braços, mas foi para mim que ela veio. Gerando resmungos da partes dos dois.

– Bom dia! – ela falou com a vozinha rouca, me dando um beijo e depois indo em direção a Jake que a pegou no colo.

– Bom dia minha princesa!

– Bom dia, papai!- ela respondeu. Seth abriu os braços e ela se atirou para ele, fazendo Jake girar os olhos.

– Estou indo!- Jake disse olhando para mim, enquanto Seth fazia cosquinhas em a fazendo gargalhar.

Respirei fundo tentando engolir o bolo que se formava em minha garganta, e me levantei para acompanhá-lo até a porta.

Jacob parou na varanda se virando de frente para mim. Fiquei na ponta dos pés para lhe dar um beijo rápido na boca.

– Se cuida!- sussurrei, mas minha vontade era me dependurar em seu pescoço e implorar para que ele não fosse.

Jake se ajoelhou e passou a mão na cabeça de .

– Cuide de sua mãe, ok Princesa? – ele disse. Ela assentiu sorrindo. – E você, – Jake se virou para minha barriga, falando diretamente para ela. – Se comporte, não fique pulando muito ai dentro. – ele falou, sorri e passei minhas mãos pelos seus cabelos. Jake beijou minha barriga e depois se levantou, passando as mãos pela minha cintura me puxando mais para perto. Fechei os olhos para impedir que ele visse as lágrimas que se formavam. – Eu volto logo! E se precisar é só me telefonar que eu estou de volta em poucos minutos. – ele disse.

Mordi o lábio inferior e assenti.

– Eu te amo! – sussurrei.

– Você é minha vida! – ele respondeu se virando e correndo em direção a floresta, com Seth ao seu lado. Fiquei ali parada segurando pela mão. Com Lobo sentado ao nosso lado. Os três observando enquanto eles se afastavam. E eu sentindo minha força se esvair a medida que a distância entre nos aumentava.





















Capítulo 6


N/A Eu sei flores, que está tudo lindo, apesar da morte de John, que tem um porque na história, na verdade tudo tem um porque, até esse monte de crianças em La Push. Rsrsrs. Eu quis demonstrar o casamento lindo de vcs com nosso Lobão, só que as coisas vão começar a mudar, ok? A partir de.... AGORA!

N/A2: Flores apresento o Collin, que em S&C2 tem 20 aninhos. UI!




Puxei minhas pernas para cima do balanço duplo de madeira, que havia na varanda. Faltava duas semanas para o Natal e eu estava sem animo nenhum para festas. Na verdade eu me sentia um buraco negro nesse momento. O bebê se mexeu me fazendo afagar minha barriga. – Ta tudo bem! Tudo bem! – sussurrei para ele.

O vento soprou mais forte, fazendo as árvores entortarem os galhos secos. tinha pedido para ir visitar Billy e quando Collin chegou para assumir seu posto a mando de Jake, já tratei de designar a tarefa de levá-la até a casa do avô.

Não era muito saudável ficar sozinha do jeito que me sentia, mas não queria que as outras pessoas percebessem que eu não estava bem. Mas os meus planos de solidão foram por água baixo, assim que o barulho de pneus entrando na rua de acesso a nossa casa, se fez ouvir. Eu e Lobo, que estava deitado aos meus pés olhamos para o fim da rua ao mesmo tempo.

Um Toyota preto parou em frente a minha casa. Sorri quando vi o ocupante do veiculo.

– Bonito carro! – falei sorrindo.

– É alugado!- Chris respondeu.

– E não tinha nada menos chamativo?- falei com as sobrancelhas juntas. Um carro esporte desses em Forks chamava bastante atenção.

Ele deu de ombros. – Você sabe como sou, bee! – então levantou os óculos fazendo uma careta de desagrado.

– Que foi?- perguntei, não entendendo o motivo da careta para mim. Eu estava vestida com uma calça de moletom cinza, uma regata branca e um casaco de moletom. Para uma pessoa normal, não seria uma roupa própria para a temperatura que estava fazendo, mas pelo menos eu estava vestida.

– Você está um horror! – ele disse afetado.

– Obrigada! – falei irônica. – Na verdade eu me sinto um horror!- murmurei.

– Anjo! – ele disse se sentando ao meu lado e me puxando para os seus braços. – Vamos ter que dar um jeito nisso!

– Hoje não, Chris!- choraminguei, enfiando a cabeça em seu peito.

– Você tem todo direito de se sentir triste, mas existe uma diferença entre tristeza e depressão. E você está exalando depressão por todos os poros, Darling.- ele disse. E eu achando que estava disfarçando bem. – Onde está o Black?- perguntou.

– Está resolvendo um problema de trabalho!- respondi. Não achava que contar que Jake estava correndo por La Push em forma de lobo, seria bem aceito por Chris. Ele acharia que eu estava louca.

– E a minha princesinha? – ele perguntou olhando ao redor.

– Na casa do avô! – respondi.

– Jacob te deixou sozinha?- perguntou levantando uma das sobrancelhas bem desenhadas.

– Ele não sabia que eu iria ficar sozinha! Isso foi um plano meu! – respondi.

Chris deu um pulo ficando em pé.

– Então vamos ter um dia de meninas! – Chris falou de um jeito afeminado me puxando pela mão. Fiz uma careta de desgosto, mas sabia que não adiantaria reclamar.

Chris caminhou até o carro e apertou o botão fazendo o porta–malas abrir. Ele tirou de dentro uma caixa plástica cor–de–rosa, e abriu um sorriso que me deu medo.

– O que é isso? – perguntei desconfiada.

Ele levantou a caixa que parecia ter mais de cinco quilos. – Meu kit básico de sobrevivência.

Eu tive a impressão que não queria saber o que havia naquele kit.


Chris já havia terminado minha maquiagem e meu cabelo, e tirava uma bata azul Royal das minhas malas que ainda continuavam intactas.

– Ah não, Bee! Nós vamos ter que dar uma passadinha no shopping!- ele disse depois vasculhar minhas roupas.

Eu gargalhei. – De onde você acha que vou tirar dinheiro para roupas novas?- perguntei.

– Foi bom você ter tocado nesse assunto, Anjo! – ele falou se sentando em minha cama. – Eu estava sem jeito de começar.

Sem jeito? Desde quando Chris ficava sem jeito de falar alguma coisa comigo.

– Que foi?- perguntei me sentando ao lado dele.

– Sei que a morte de John é muito recente, mas você sabe que Daniel é um ótimo advogado e... – ele parou.

– E... ?- o instiguei a continuar.

– Você não quer aproveitar que ele está aqui na cidade para que ele mexa nos papéis do testamento? Não vai ser grande coisa, já que você é filha única.

– Ah não, Chris! Por favor! Não quero fazer isso agora. Minha mãe chega amanhã, talvez ela faça isso por mim.

– Você vai pedir para ela pagar um advogado para você? Porque Daniel não vai cobrar nada.

Eu não podia pedir uma coisa dessas para minha mãe, ela teria que usar dinheiro do meu padrasto. Não que ele se opusesse a emprestar, mas pedir dinheiro era atestar que eu e Jacob não tínhamos condições de nos virar sozinhos. E eu teria que ouvir toda aquela conversa de que tínhamos ido muito rápido, novamente.

– Ok Chris! Peça para ele ver isso para mim?

– Claro flor! Você sabe quais eram os bens de seu pai?

– Bem, em a casa, que eu ainda não tive coragem nem de passar perto, a loja a caminhonete e alguns barcos. O que eu vou fazer com isso não tenho a menor déia. Nem sei onde vou hospedar minha mãe. – falei soltando um suspiro no fim.

– A casa de John é maior, mas isso você pensa depois. Agora tire esses trapinhos e coloque a roupa que eu escolhi.


Acompanhei Chris até o carro com a promessa que logo iria retribuir a visita. Fiquei ali parada em frente a casa até o carro sumir em meio as árvores. Mas minhas atenções foram desviadas quando um barulho sutil vindo da floresta adiante chegou aos meus ouvidos. Apurei o faro, até reconhecer o cheiro de quem me observava.

– Não precisa ficar aqui fora Collin, você pode entrar. – falei em direção de onde captei o cheiro dele.

Pouco tempo depois, Collin saiu do meio das árvores vestindo a camiseta.

– Você está bonita! – ele disse sorrindo.

– Obrigada!- respondi sorrindo de volta. – Você realmente, não precisa ficar por aqui. Isso é neura do Jake.

– Estou cumprindo ordens! – ele fez uma reverência.

– Então me acompanha ate a casa de Billy?- perguntei.

– Estou aqui para servi–la madame.- ele respondeu.

Rolei os olhos divertida e comecei a caminhar pela trilha que cortava caminho até a casa de Billy.

– Você está bem , ?- ele perguntou cauteloso de repente.

– Sim! – respondi, sem levantar os olhos do chão congelado.

– Se quiser conversar...?-

Levantei os olhos para ele e sorri, levando a mão até seus cabelos e bagunçando. Collin usava os cabelos mais compridos que os dos outros garotos. Ele sorriu também.

– Pode deixar que te procuro! – respondi.





















Capítulo 7


POV BILY BLACK

Eu observava encantado a pequena brincando no chão da sala com as bebêzinhas de Rachel. Ela me lembrava muito sua mãe na mesma idade, quando saia sorrateira de casa antes de amanhecer, e vinha para cá atrás de Jacob. Ele já deixava a porta encostada esperando por ela. Aqueles dois já estavam predestinados desde o inicio. Claro que meu filho cabeça– dura tinha relutado em aceitar isso. Mas nada que uma ajudinha do destino para colocar a vida nos eixos. E uma empurradinha minha também. Aprendi que com Jacob, não se pode bater de frente, tudo tem que ser sugerido sutilmente.

Sorri involuntariamente chamando a atenção de Rachel, que desviou os lhos das crianças para mim.

– Parece mais feliz, pai?- ela me perguntou também sorrindo.

– Boas lembranças, minha filha! Boas lembranças!

Ouvi um latido ao longe e empurrei as rodas até o alpendre da varanda. O vento gelado me fez me encolher um pouco, fazendo meus velhos ossos tremerem com o frio. O primeiro a aparecer foi Lobo caminhando logo a frente de , logo atrás dela vinha Collin.

Fotinho do Lobo para vocês terem uma idéia de como ele está.



Na hora em que meus olhos pousaram nele, vi que algo estava errado. falava algo e ele sorria olhando para ela. E a maneira como os olhos dele estavam fixos nela, fez mais uma ruga nascer no meio da minha testa.

Lobo correu até o meu lado abanando a farta cauda.

– Olá garoto! – Falei afagando sua cabeça. O olhar de levantou da trilha para mim, e ela sorriu. Estava linda com sempre. Eu gostava tanto dessa menina, como se fosse uma das minhas próprias filhas.

– Oi Tio Billy!- ela disse sorrindo, apesar de seus olhos claros ainda carregarem uma tristeza profunda.

– Como vai minha querida?- perguntei enquanto ela se sentava ao meu lado com um pouco de dificuldade por causa da gestação avançada.

– Indo! – ela respondeu e depois sorriu fraco. Minha mão foi para sua cabeça, acariciando seus cabelos.

– Olá Billy! – Collin me cumprimentou.

– Olá garoto!- o analisei por alguns instantes. Seus olhos estavam mais brilhantes que o normal. – Onde está Jake?- perguntei para .

– Em reunião com o bando!- ela respondeu olhando para o chão.

– E você Collin, não faz mais parte do bando? – perguntei sorrindo, tentando levar na esportiva, mas minha pergunta tinha um motivo. Mas antes que Collin pudesse responder, falou por ele.

– Jake o deixou encarregado de ser meu babá!- ela respondeu brincando. – Normalmente essa é a função de Seth, mas ele também está ocupado hoje. E minha filha, deu trabalho?

– Nada! Está lá dentro brincando com as gêmeas. – informei.

fez menção de levantar, mas Collin prontamente a segurou colocando-a em pé.

– Obrigada!- ela disse, enquanto ele a segurava por um segundo a mais que o necessário.

– Não por isso! – ele respondeu, colocando as mãos rapidamente nos bolsos.

Algo não me cheirava nada bem!

– Vou lá dentro ver como estão as crianças e Rachel.

– Claro minha querida!- respondi sem desviar os olhos de Collin. Ele a seguiu com o olhar enquanto ela entrava em casa. Quando percebeu que eu o observava, desviou os olhos para as árvores rapidamente. – Muito bem Collin! Desembucha! – falei.

POV

Conversei um pouco com Rachel, enquanto brincava com as gêmeas. Depois peguei Mariah no colo, enquanto ela pegava Helena, para podermos nos despedir melhor. Quando chegamos a varanda Billy parecia aborrecido com algo, e Collin estava com os braços cruzados e uma expressão incomodada, mas antes que eu pudesse abrir a boca e perguntar o que estava acontecendo Billy sorriu pegando Mariah de meu colo.

– Quando Lilian chega, ?- ele perguntou.

– Amanhã! – respondi, me lembrando na mesma hora que ainda não tinha resolvido o problema de onde hospedá-la.

– Peça para que ela venha me fazer uma visita.

– Claro tio! – respondi, me despedindo com um beijo. tb se agarrou no pescoço do avô, arrancando uma gargalhada dele, quando lhe deu um beijo estalado na bochecha.


No caminho de volta corria a nossa frente, brincando com Lobo com um graveto. Eu tentava puxar assunto co Collin, mas ele parecia não querer conversar. Ele estava diferente, mantendo as sobrancelhas juntas em uma careta sisuda e as mãos enfiadas nos bolsos das bermudas.

Ele não parecia contente com a função de babá que lhe fora imposta.

– Você pode ir, Collin! Não precisa ficar aqui, eu explico para o Jake!- falei. – Eu posso me cuidar sozinha. – sorri.

– Porque você diz isso?- ele perguntou me olhando de lado.

– Porque você parece estar entediado. Sério, eu posso pedir ara Jake remanejar os postos. Você não é brigado a me aturar.

Ele sorriu.

– Tem coisas piores que passar o dia com você, !- ele disse brincando.

– Verdade? Como o que? – perguntei quando já chegávamos ao quintal de casa.

– Fazer ronda nos Cullens, por exemplo! – ele respondeu depois gargalhou quando viu minha cara de indignação.

– Quer dizer que você só está aqui para não ter que ser babá de vampiro? Poxa! – falei fingindo estar ofendida. Collin sorriu mais e passou um braço pelos meus ombros me puxando para perto.

– Você sabe que estou brincando,né? – perguntou.

– Claro que sei! – rolei os olhos. – Mas agora falando sério, Seth já está em casa!

Na mesma hora Seth abriu a porta pegando no colo e a rodando no ar.

– Princesa que saudade! – ele disse para ela.

– Também senti sua falta Seth! – ela respondeu. – Vamos brincá?

– Vamos!- ele respondeu a soltando no chão.

– Oi meu querido, como você está? – lhe dei um beijo no rosto. – E Jake?

– Ele pediu para avisar que ia passar nos Cullens, ! – Assenti. Seth se virou para Collin. – E ai cara?

– Beleza! – Collin respondeu.

Seth correu para dentro de casa quando o chamou da sala.

– Está liberado! – falei me virando para Collin.

– Estou começando a achar que você está querendo se livrar de mim, ! – ele disse sorrindo.

– Claro que não seu bobo! Só não quero que você se aborreça comigo, por ser obrigado a ficar me aturando!- falei.

– Eu nunca iria me aborrecer com você!- ele falou.

– Isso você diz agora! – brinquei. – Mas então entra, que eu vou fazer algo pra gente comer!- falei indicando a porta com um movimento de cabeça.

oOo

A claridade chegava a ferir meus olhos. Tive que piscar várias vezes ara conseguir acostumar com ela. Eu caminhava por um descampado, onde a neve extremamente branca fazia meus pés afundar. Tudo era branco, o que não ajudava a me localizar onde eu estava.

Aquele lugar esmo me dava agonia. Eu me sentia terrivelmente vulnerável e sozinha. Comecei a caminhar com bastante dificuldade, por causa da neve fofa. Então eu vi uma silueta que reconheceria em qualquer lugar. Jake se aproximava de mim rápido e eu apurei as passadas para poder encontrá-lo. Meu coração disparava a cada metro vencido, eu precisava sentir a segurança dos seus braços.

Então Jacob parou.

Eu forcei minhas pernas para poder chegar mais rápido, mas quando estava quase chegando, algo bloqueou meu caminho. Coloquei as mãos na superfície lisa e fria que me separava dele. Uma imensa parede de vidro que não parecia ter fim.

Jake falou algo, mas eu não conseguia ouvir. Ele repetiu novamente, mas nenhum som chegava até mim.

Eu chamei por ele várias vezes, mas parecia que ele também não me ouvia. Então ele começou a se afastar me deu as costas e partiu.






















Capítulo 8


Eu nunca tinha me sentido tão vazia. Como me senti depois daquele sonho, mas me lembrei que eu costumava ter pesadelos quando grávida de . Me mexi na cama e acabei sentindo uma mão subindo pela minha perna. Reprimi um grito.

– Shhhh! Sou eu!- Jake disse a centímetros do meu rosto. – Desculpa se te acordei.

– Jake!- me dependurei no seu pescoço, fazendo ele rir. Apertei forte os braços em torno dele, mas quando respirei fundo senti o cheiro forte de vampiro e acabei me afastando um pouco.

– Que foi? – ele perguntou confuso.

– Você está fedendo, amor!- falei franzindo o nariz.

– Arg! É verdade! Vou tomar um banho e já volto! – depois se debruçou sobre mim sussurrando no meu ouvido. – Não vale dormir, tá legal? – ele disse sério.

– Ok! – respondi rindo, mas me ajeitando melhor na cama. Ter Jake e casa, me deixava segura. Dei uma olhada no relógio que marcavam 11:02 PM.

– Hey! – ele sussurrou algum tempo depois. Sua mão apertando minha coxa. – Eu disse que não valia dormir!

– Não estou dormindo! – resmunguei me virando para ele. Jake ainda estava úmido com as gotas d’água escorrendo pelo seu peito, só enrolado em uma toalha.

– Acho bom, porque estou morrendo de saudades! – Jake me puxou mais para ele, deslizando a mão pela lateral do meu corpo, por baixo da camisola.

–Tentei te esperar acordada, mas não consegui. Você já jantou? – perguntei, me ajeitando em seus braços. Ele deslizou a boca pelo meu ombro.

– Esquentei o prato que você deixou no forno. Agora me conta. – Jake enrolou uma mecha lisa do meu cabelo no dedo indicador e soltou, mas a mecha continuou lisa como antes. Ele fez uma careta. - O que você andou aprontando enquanto tive fora?

– Chris veio aqui e tivemos uma tarde de meninas. – falei erguendo o tronco e me apoiando em uma das mãos, ficando a cima dele, meus cabelos formando uma cortina lisa ao redor do rosto dele. Eu sabia que Jake referia meu cabelo cacheado. E a cara contrariada que ele fazia mostrava isso – É só uma escova Jake. É só lavar que volta ao normal.

Jake sorriu. – E Collin, participou da tarde de meninas também?- ele zombou.

– Ele fez as unhas!- rolei os olhos e ri da cara que Jake fez. – Claro que não, Jake.

Jake sorriu me deslumbrando com seu sorriso de sol perfeito. Ele colocou uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha e segurou meu rosto com delicadeza, me puxando para um beijo. Sugou meus lábios com vontade, juntando a sua língua na minha, me causando um frio no estômago.

Separei nossas bocas descendo pelo seu queixo, enchendo de beijos pelo caminho até seu pescoço, me aninhei em seu braço novamente, colocando meu rosto na curvatura do seu pescoço.

– Isso tudo é saudades de mim? – ele perguntou me apertando contra o seu corpo.

– Você não imagina o quanto!- respondi. – Mas Jake, me conte, descobriu alguma coisa, alguma pista?- perguntei erguendo o rosto para fita–lo.

Jake suspirou, ficando sério. – Nada! – ele disse frustrado. – Nenhuma pista. Mas , eu vou conseguir ok?- me disse agoniado. – Não precisa se preocupar com isso!

– Claro! Eu sei que sim!- falei passando a mão de leve em seu rosto, tentando tranqüilizá-lo.

– Sua mãe chega amanhã, não é? – ele perguntou.

– Sim! As 4PM, tá marcado a hora do vôo. Você vai ir comigo buscá–la?

– Claro! – ele respondeu me dando um beijo na testa, enquanto minha boca se abria involuntariamente em um bocejo. – Agora tente dormir. – ele sussurrou no meu ouvido. – Tudo vai dar certo.

–Jake?- sussurrei depois de algum tempo de silêncio.

– Hmmm?

– Chris me aconselhou a aceitar a ajuda de Daniel para mexer nos papéis de John. – falei. – O que você acha?

Jacob deslizava o dedo indicador circulando a tatuagem do meu ombro.

– Como você se sente em relação a isso?- ele perguntou.

Dei de ombros. – Eu não queria mexer nisso agora, mas... Não temos dinheiro para contratar outro advogado.

– O que você decidir para mim está ótimo. – Jake respondeu me aconchegando em seus braços me fazendo adormecer.

oOo

Sorri quando senti a mão quente de Jake deslizar pela minha perna, indo por baixo da minha camisola e parando em minha cintura, onde apertou de leve.

– Bom dia, meu Amor! – ele disse ao meu ouvido, me fazendo sorrir sentindo seu hálito de menta.

– Que horas são?- perguntei me espreguiçando.

– 5:30AM. – ele respondeu.

Me virei para olhar seu rosto. – E você já vai? – perguntei sentindo um aperto no peito.

– Tenho que ir!- ele sussurrou deslizando a mão pelo meu rosto.

– Não! – choraminguei e segurando a ele.

– Preciso ir Amor! Para poder voltar mais cedo!

– Ok!- falei com um suspiro. Pelo menos eu o teria mais tarde.

– Mais ainda tenho um tempo para um beijo! – ele disse sorrindo tomando minha boca com a sua e sugando meus lábios. Nesse momento tracei uma estratégia. Eu conhecia Jake mais que a mim mesma. Minha mão deslizou pelo seu peito, descendo pelo seu abdômen.

– Só para um beijo?- perguntei sorrindo, entre um beijo e outro. Jake também sorriu.

– Para tudo que tenho vontade de fazer com você, não tenho tempo... agora. – disse sorrindo maliciosamente e segurando minha mão, antes que ela fosse mais para baixo.

Fiz bico. – Espero que isso seja uma promessa! – disse vencida.

– Palavra de escoteiro. – ele respondeu.

– Além do mais, está acordando. – eu disse.

Jake virou o rosto em direção à porta, escutando. Depois sorriu. – Verdade!

Ouvimos o leve ranger do colchão e logo depois a porta se abrindo devagar. Ela caminhou pelo corredor com passos rápidos e abriu a porta do nosso quarto, entrando em seguida.

– Mamãe! Papai! Tive um sonho ruim.- ela choramingou.

Meu coração se apertou. Eu e Jake abrimos os braços e ela pulou entre nós, sendo acolhida.

– Foi só um sonho, princesa!- Jake disse beijando sua cabeça.

Mas algo a mais me incomodava naquilo. Então eu me lembrei que também havia tido um pesadelo.

– Sobre o que foi o sonho Amor?- perguntei a ela a aninhando em meus braços, com os braços de Jake em volta de nós duas.

– Eu não me lembro! – ela choramingou, – Só sei que tive medo!

– Nada de mal vai acontecer, eu e seu pai não vamos deixar!- sussurrei a embalando de mansinho. Logo senti seu corpo relaxar em meus braços. Jake a olhava com as sobrancelhas juntas. – Vai! – eu disse a ele. – Assim você volta logo!- ele assentiu e dando um beijo na testa da filha adormecida. Depois me deu um selinho e se levantou colocando a camiseta e saindo.

oOo

Eu estava lavando a louça do almoço, conversando com Seth e terminava de ajeitar a cozinha. assistia a televisão, sentada no chão da sala, quando um uivo urgente interrompeu a piada de Seth.

– É Jake! – ele disse. Todo meu corpo se tencionou, como se algo me puxasse para o lugar de onde vinha o chamado, mas eu não podia ir. Lobo também ouvira e caminhava indeciso até a porta da frente, como se precisasse responder ao sinal também.

– Senta Lobo!- ordenei a ele. – Vá Seth! – Seth continuava parado sem saber o que fazer direito. Os olhos dele foram até que continuava vendo televisão, já que seus ouvidos não eram sensíveis o suficiente para ouvir o chamado. – Nós vamos ficar bem, mas vá! Só não me deixe angustiada, me dê noticias!

Seth assentiu novamente.

– Já volto ! – ele disse antes de sair correndo pela porta.

Eu roia as unhas nervosamente. Não iria conseguir ficar parada esperando. Minha mente fervilhava com possíveis motivos para a urgência. Eles tinham descoberto o assassino! Perseguição! Provável luta! Alguém ferido! Jake ferido! Não agüentei mais. Se alguém sabia de algo que não era do bando, esse alguém era Billy!

– Amor!- chamei . – Pegue seu casaco, vamos visitar seu avô! – falei.

cantarolava ao meu lado, feliz por ir visitar o avô que tanto amava. Mas uma sensação ruim me embrulhava o estômago e me dava frio na espinha. Algo não estava certo! Eu me sentia observada! Puxei o ar várias vezes tentando ver se captava algum cheiro diferente na mata a nossa frente, mas não havia nada. Lobo também parecia sentir. Ele olhava a mata adiante com as orelhas e cauda erguidas, seu focinho se mexia enquanto ele tentava captar algum cheiro.

Mudei os planos. Algo me dizia para não entrar na mata. Evitei a trilha pegando o caminho mais longo que atravessava o estacionamento do Centro Comercial, tentando o máximo não olhar para as portas fechadas da antiga loja de John. Só me senti segura quando avistei a velha casa avermelhada e a figura de Billy sentado em sua cadeira, parado na varanda.





















Capítulo 10






















Lilian


Lilian me surpreendeu saindo pelo portão de desembarque carregando cinco malas enormes em cima do carrinho de transporte. O primeiro pensamento que me ocorreu assim que a vi, foi: Quanto tempo ela imagina ficar aqui?. Logo seguido por: O que minha mãe fez com o cabelo? Ela agora tos usava lisos, loiros e curtos, ao invés do cacheado, castanho e comprido de antigamente.

Ela sorriu e abanou assim que me viu. – Filha que saudades! – me disse. – Sinto não ter vindo antes, mas estava difícil conseguir passagem!

– Sem problemas, mãe. O importante é que você está aqui!- respondi.

– Eu disse que vinha, não disse? – ela deu de ombros. – Onde está minha neta?

– Está com Billy! – respondi.

Lilian passou os olhos em volta, notando pela primeira vez a presença de Collin. – E Jacob?

– Ele está em ronda! – ela arregalou os olhos. Minha mãe tinha essa estranha maia de fingir que desconhecia nossa natureza. – Esse é o Collin! – apresentei.

– Como vai Sra ?

– Bem, Collin! – ela respondeu, depois virou para mim. – Vamos?

– Claro, mãe!- respondi passando o braço pelos seus ombros, enquanto caminhávamos até o estacionamento. Collin tratou de levar a bagagem e acomodar no carro.

– Esqueci como esse local é úmido e frio. – Lilian se encolheu dentro do casaco, se sentando no banco trazeiro do Impala. Sorri e aumentei o aquecimento do carro. Às vezes nós nos esquecíamos que as pessoas normais sentiam frio.

– Mãe! – comecei sem jeito no momento em que Collin ligava o carro. – Quanto tempo a senhora pretende ficar?- conhecendo bem minha mãe, como eu conhecia, sabia que ela iria interpretar mal essa pergunta.

– Já está me mandando embora, ?

– Claro que não! É só curiosidade! – mas não era de todo mentira que eu desejasse que a visita de Lilian fosse mais rápida possível. Na verdade começava a acreditar que aquela visita não era uma boa idéia. Minha mãe ficaria muito mais segura no Brasil.

– Bem, minha passagem de volta está comprada para depois do Natal! – ela disse virando o rosto para a paisagem verde que costeava a estrada. – Não acredito que estou de volta depois de tanto tempo. – Lilian sussurrou pensando alto.

Eu teria que dar um jeito de explicar a minha mãe a situação. E a única alternativa seria lhe contar a verdade.

Eu observei os olhos extremamente azuis de Lilian quase saltarem da órbitas, quando o carro parou em frente a casa de Billy e nove dos garotos do bando saíram de lá de dentro, seguindo Jacob que carregava no colo.

Meu coração acelerou, batendo contra as minhas costelas. Essa era a reação que eu tinha, cada vez que meus olhos batiam no moreno alto e forte, de sorriso de sol, que era meu marido. Meu marido! Mesmo depois de todo esse tempo ainda era difícil de acreditar.

Jake soltou que correu ao encontro da avó e abriu a porta do carro para mim, me ajudando a sair. Sua mão segurou a minha e ele me puxou para seus braços.

– Como foi de viagem, Lilian?- Jake perguntou por cima da minha cabeça. Já que eu me encontrava agarrada a cintura dele, com a cabeça apoiada em seu peito.

– Longa e cansativa, meu querido, mas estou feliz de ter chegado! – ela respondeu, olhando em volta. Minha mãe devia estar estranhando um monte de garotos gigantes, usando pouca roupa, brincando e implicando entre si, como eram os garotos do bando.

– Lilian!- Billy exclamou da varanda.

– Billy, quanto tempo! – minha mãe respondeu, caminhando em sua direção meia torta já que tinha grudada em suas pernas.

– Venha! Entre! Saia do frio! Rachel fez chocolate quente! – Billy falou.

– E muffins!- Embry respondeu com a boca cheia.

– Eu aceito! – minha mãe respondeu, ajudando Billy a entrar na casa. S garotos os seguiram, prontos para atacar a travessa de muffins de Rachel.

Ainda esperei que todos entrassem para me virar e olhar para Jacob.

– Como foi? – perguntei.

– Foi quase, ! Você não tem idéia de como chegamos perto! Daí ele escapou! – ele disse frustrado.

– Jake, não pense assim! Você tem que pensar que pela primeira vez, vocês acharam uma pista! Nunca tiveram tão perto! É só uma questão de tempo! Logo vocês pegam essa criatura!

Ele sorriu e colocou uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha. – Você tem razão! – disse. Suas aos seguraram meu rosto e seu olhar foram para minha boca. Meus olhos se fecharam antes dele capturar meus lábios com os seus. A boca de Jake era melhor coisa que já tinha experimentado na vida. Quente, carnuda e experiente. Ele me fazia perder o fôlego, só com seu toque doce. Me afastei, gerando um resmungo de sua parte, mas eu precisava de ar.

– Vai voltar para ronda?- perguntei.

– Não! Os garotos estão frustrados e cansados! Resolvemos dar folga para eles hoje! Os Cullens assumem.

Não pude evitar o enorme sorriso que se abriu na minha cara. – Verdade?

– Uhum! – Jake se abaixou sussurrando no meu ouvido. – Vou poder cumprir a promessa que fiz hoje cedo. – ele disse.

– Errr... Jake, não sei se será possível!

– Por quê?- ele me perguntou com as sobrancelhas juntas.

vai ter que dormir com a gente, Jake! Não tem outro lugar!

– Quanto tempo sua mãe pretende ficar?- Jake me perguntou com os olhos meio arregalados, o que me fez rir.

– Até depois do Natal.

– Vamos ter que dar um jeito nisso! – ele disse pensativo.

– O único jeito, Jake, é a gente se mudar para a casa de John. – falei.

Jake me observou por alguns segundos, ele parecia extremamente incomodado com algo. – A casa também só tem dois quartos, não fará diferença, . – disse com o maxilar meio travado. Eu sentia toda a tensão em seus músculos, e eu não estava entendendo nada, mas antes de poder perguntar qual era o problema, fui interrompida.

– Vocês congelaram ai fora? – Aiyana perguntou, colocando a cabeça pela porta entreaberta. – Tia Lilian está chamando.

– Depois a gente conversa. – Jake disse passando o braço pelos meus ombros e me virando em direção à porta.

Eu sabia que tinha algo de errado. Percebia a tensão em cada um dos seus músculos.

– O que foi? – perguntei.

– Em casa! Ok? – assenti, então Jacob desviou o olhar de mim e olhou por cima da minha cabeça em direção a casa. – Algum problema Collin? – ele perguntou.

Olhei para Collin parado com os braços cruzados, no alpendre, com a cara amarrada. Eu estava preocupada, com medo que ele disse algo da nossa conversa. Ele me olhou por alguns segundos.

– Não! Nenhum, Jake! – ele respondeu.

– Obrigada!- falei. Então remendei, para não causar desconfiança. – Por me acompanhar até o aeroporto!

Ele assentiu ainda emburrado.

Brad saiu pela porta com um pedaço de bolo nas mãos. – Vamos aproveitar e ir dar uma volta pela cidade? – ele perguntou a Collin lhe dando um tapa no ombro, enquanto eu e Jake entravamos na casa de Billy.

– Pra já! – Collin respondeu saindo e seguindo Brad.

– A folga termina no amanhecer!- Jacob disse para os dois.

Ainda dei uma olhada por cima do ombro, nos dois garotos que eu gostava tanto.





















Capítulo 11


Dei mais uma olhada pela casa, verificando se tudo estava selado e se o aquecimento estava de acordo. Minha mãe, vindo direto do verão brasileiro, não estava acostumada com o inverno úmido e congelado da Península Olympic. Já tinha pedido seu quinto cobertor e dormia toda agasalhada, usando suas roupas de frio. Ela estava ocupando o quarto de , enquanto Seth roncava no sofá da sala, com metade das pernas para fora, devido ao seu imenso tamanho.

Depois que coloquei Lobo para dentro, porque não iria deixá-lo dormir ao relento, por mais que minha mãe me enchesse os ouvidos reclamando dos pêlos pela casa, fui até meu quarto abrindo a porta devagar, para que não acordasse. Jake também parecia adormecido, com os braços enrolados na filha que dormia agarrada em seu peito.

Sorri e me sentei ao lado deles na cama, o mais silenciosamente que pude. Jake estava exausto, qualquer conversa que eu queria ter com ele poderia esperar. Eles eram lindos! E o amo que eu sentia por eles era maior que qualquer coisa.

– Já ia ir atrás de você! – Jake disse e sorriu abrindo os olhos devagar. – Você demorou muito! – ele fez bico.

– Estava sentindo minha falta?- sussurrei me debruçando sobre ele, e falando diretamente em seu ouvido.

– Uhum– ele gemeu. Jake se ajeitou na cama me puxando mais para ele. Deslizei meu nariz pela a linha de seu queixo, descendo pelo seu pescoço, indo pela linha da sua clavícula, sentindo minha respiração batendo na sua pele. Jake me apertou mais, cravando os dedos nas minhas costas. – Não comece uma coisa que não vai poder terminar. – ele disse ofegante.

– Ok!- sussurrei novamente em seu ouvido, passando a língua pelo lóbulo da sua orelha. Jake estremeceu e rosnou baixinho me fazendo rir.

Ele ajeitou melhor a na cama, e depois se virou, colocando a mão na minha nuca, segurando forte meus cabelos entre os dedos. Seus olhos passearam pelo meu rosto, então ele sorriu de lado parando o olhar na minha boca. Umedeci os lábios com a ponta da língua, antes de fechar os olhos e sentir sua boca quente sugando a minha.

Jacob me segurava firmemente, o que dificultava o ato de eu me afastar dele. Mesmo que eu não estivesse com vontade nenhuma de fazê–lo, mas sabia que se não desse uma pausa, as mãos ágeis dele percorrendo meu corpo me fariam esquecer dos motivos de parar.

– Jake!- falei ofegante, colocando as mãos no peito dele e o afastando. Eu precisava recuperar o fôlego e a razão.

– Que foi?- ele perguntou confuso e eu indiquei com o queixo adormecida ao nosso lado. Jake assentiu, me girando por sobre ele e me encaixando no meio dos dois, de costas para ele. – Já te disse que você me deixa doido?- ele sussurrou no meu ouvido, me dando um beijo no pescoço.

- Jake?

– Hmmm?- ele perguntou ainda beijando meu pescoço.

– Eu NÃO vou para o Brasil! – falei diretamente, virando o rosto para encará-lo.

Ele suspirou e jogou a cabeça para trás fechando os olhos – Eu achei isso, por isso não falei nada!

– Então pare de pensar nisso, você sabe que não daria certo. – falei.

– Eu só quero minha família segura, !

– A sua família vai ficar com você, onde você estiver. E nós dois vamos mantê–la segura. – falei me virando para deitar e seu peito. Jacob deslizou os dedos pelo meu cabelo, me olhando sério.

– Ok! – ele disse, mas eu sabia que ele ainda não se sentia bem com isso.

– Eu também queria saber, porque nos mudar para casa de meu pai te incomoda tanto? – reclamei.

– Porque eu queria poder te dar tudo o que você quisesse. Não queria que você tivesse que se preocupar com dinheiro, ou um lugar maior para a gente morar.

– Quer dizer que se a casa viesse por você, tudo bem, agora se é por mim você se incomoda? Jake, isso não é certo, nem é justo com você, nem comigo.

, eu só quero te fazer feliz! Você e meus filhos!

– Você faz a gente feliz, Jake! De onde você tirou essa idéia? Ok a situação financeira tá difícil, mas logo tudo se ajeita. – falei me deitando em seu peito. Jacob beijou minha cabeça.

– Vou falar com Sam amanhã, para ver como podemos reformar a casa de John!- Sam tinha uma pequena empreiteira em Forks.

– Isso!- falei, contente por Jake ter comprado a idéia. Me virei pegando adormecida, delicadamente e colocando entre nós dois para protegê-la da noite fria. E acabei adormecendo abraçada a minha família.

oOo

A neblina que cobria a floresta, à frente do terreno da minha pequena casa, deixava a aparência do dia mais gelada ainda. Os poucos raios de sol, mal conseguiam vencer as nuvens cinza e pesadas que cobriam todo o céu de inverno da Península.

Jake havia saído assim que amanheceu, levando Seth consigo. Como ele havia dito a folga tinha terminado ao amanhecer. Foi só os dois saírem, para Collin chegar.

– Sério Collin! Não precisa levar tão ao pé da letra esse negocio de sombra. – falei, enquanto lhe alcançava uma xícara de café.

– Só estou assumindo meu posto! – ele respondeu rindo.

– Credo! Que casa gelada!- minha mãe apareceu enrolada em um casaco pesado e foi se servir de uma xícara de café quente.

– Bom dia!- eu e Collin dissemos juntos.

– Bom dia! – ela respondeu e então deu uma olhada de cima a baixo em Collin, que estava sentado em uma cadeira, balançando. – Onde está Jacob? – ela perguntou.

– Já foi! Saiu bem cedo com o Seth! – respondi.

Lilian se sentou na cadeira em frente a Collin. – Tens planos para hoje,, filha?- ela perguntou, mas os olhos não desviavam do garoto. Eu conhecia aquela expressão, minha mãe estava desconfiada.

– Nada! Você tem alguma sugestão?- perguntei. Nisso levantou vindo esfregando os olhinhos, em minha direção. – Bom dia, minha princesa!

– Bom dia mamãe! Bom dia vovó!

– Bom dia linda!- minha mãe respondeu.

– Oi Collin! – cumprimentou o garoto e depois me olhou. – Onde está papai e Seth?

– Já saíram meu amor! – respondi a ela, que fez beicinho.- Logo eles estão de volta! – tentei alegrá-la.

– Bem, como eu estava dizendo, pensei em fazer uma limpeza na casa hoje. – minha mãe disse, me fazendo girar os olhos.

– Mãe, não precisa!- falei.

– Quanto tempo faz que esses vidros não são limpos?- ela perguntou ignorando os meus protestos. – E a casa está cheia de pêlos de cachorro!

– Aqui ninguém se importa!- falei sabendo que continuaria sendo ignorada.

– Vou ligar para Aiyana! – Lilian continuou. – Ela pode vir me ajudar!

Pobre Aiyana! Pensei. Minha mãe com esse TOC de limpeza é de levar qualquer um a loucura.

O telefone tocou interrompendo o monologo de Lilian. Collin correu para atender, mas logo me passou o sem fio. – É o Chris!- ele disse.

– Oi Bee! – Chris cumprimentou.

– Oi lindo!- ele seria minha salvação de Lilian. Sorri. – Que bom que você me ligou!

– Eu sei que seu dia só melhora depois que fala comigo! – ele brincou.

– Isso é verdade! Mas o que devo a honra de receber esse telefonema tão cedo? Que eu saiba você só acorda depois das 10hs.

– Realmente eu não sou ninguém antes das 10, Anjo. Mas Dani está indo hoje e ele pediu para que eu marcasse com você, para ele te passar os papéis sabe?

– Ah sim! Que horas? – perguntei.

– Pode ser agora? Estamos hospedados no Grand Hotel Forks Ville. – ele gargalhou. O nome real do “hotel” era Miller Tree, de propriedade dos Miller, mas claro que Chris tinha que engrandecer tudo.

– Ok, entendi!- respondi rindo.

– Nos encontramos no bistrô do hotel. – ele disse. Bistrô leia–se restaurante.

– Pode deixar Chris, só o tempo de eu me arrumar. Beijos!

– Beijos flor! Até !

– Até, Chris! –E desliguei ainda rindo do meu amigo doido.

– Mãe! Vou ter que sair, resolver uns problemas, mas vou deixar e Lobo no Tio Billy, assim você e a –coitada– Aiyana podem faxinar em paz!

– Ah, ok filha! Vou ligar para Aiyana agora! – ela disse pegando o telefone de minhas mãos.

– Você vai comigo, Collin?

– Claro! –ele respondeu saltando da cadeira.

– Só vou trocar de roupa e arrumar a ! – falei levando em direção ao quarto.

Collin olhou para a minha mãe por um instante. – Te espero lá fora, ! – ele disse já saindo. Lilian realmente colocava medo em qualquer um.

oOo

Eu tentava sintonizar alguma música que prestasse no velho rádio do Impala. Collin dirigia pela estadual. Saindo de La Push, indo em direção ao centro de Forks. Já tínhamos deixado e Lobo na casa de Billy, antes de pegar a estrada.

Por mais que uma chuva fina e gelada caísse nesse momento, eu me sentia abafada, fechada dentro do carro. Abri o vidro do carro, deixando algumas gotas caírem no meu rosto, aliviando o incomodo. Mas então um cheiro forte de sangue fresco, invadiu o carro. Eu e Collin nos encaramos com os olhos arregalados. Ele jogou o carro para o acostamento, freando bruscamente.

– Isso é sangue humano!- falei.

Collin abriu a porta do carro. – Fique ai ! – ele ordenou, mas claro que eu não iria obedecer. Abri a porta e sai também, fazendo Collin bufar frustrado. – Eu tenho que me transformar!- ele disse.

– Ué! Estou te impedindo?- falei já entrando na floresta atrás do cheiro que estava cada vez mais forte.

– Jake vai me matar!- ele disse correndo atrás de mim. Eu já não estava mais nem ouvindo direito, tão fixada no rastro fresco de sangue. Passei as ultimas raízes e galhos curvos e logo uma visão me fez paralisar.

Havia um corpo de um homem, aparentando trinta anos, com roupa de fazer trilha. Uma grande mochila estava atirada um pouco afastada.

– Não toque nele! – Collin disse quando me agachei ao lodo do morto.

– É um campista!- falei ignorando novamente seus avisos. – Não deve ser daqui. – me debrucei mais sobre o homem vendo a marca em meia lua em seu pescoço. Vampiro! Pelo menos era o que parecia.

– Vou ter que me transformar ! Avisar os outros! – Collin falou em meu ouvido.

– Vai logo! – mandei. Ele me olhou por um instante. – Eu não vou espiar. Collin!- disse girando os olhos e voltando a minha atenção ao cadáver.

Não havia outro ferimento aparente somente a ferida no pescoço. Senti a ondulação no ar devido a transformação de Collin e logo um imenso lobo castanho claro, colocou sua cabeçona pelo meu ombro. Ele recuou franzindo o focinho como se tivesse com dor.
– Que foi?- perguntei. Collin recuou e eu tentei juntar algumas folhas com sangue que estavam por perto. Se eu conseguisse a quantidade certa para verificar se havia rastro de veneno! Coloquei as folhas em meu casaco, enquanto Collin se transformava.

– Vamos ! – ele disse me pegando pelo braço.

– Que aconteceu?- perguntei novamente.

– Jake me pediu para te levar para casa. Na verdade foi um pouco mais que um pedido. Se eu pudesse tinha ficado surdo. Ele praticamente surtou quando viu que você estava aqui!

– Afffffffffffffff! Collin! – reclamei. Então eu senti novamente. Um frio descendo pela minha coluna. O assassino inda estava por perto.

– Vamos !-Collin me puxou mais uma vez. – O bando já está vindo!

– Shhhh! – falei olhando em volta.

– O que foi?- ele perguntou olhando em volta também!

– Ele ainda está aqui! – respondi. Meus olhos vagavam pelas árvores, tentando captar qualquer vestígio do intruso.

Collin me colocou para trás de seu corpo, protetoramente. – A onde?- ele perguntou. Eu virei a cabeça tentando localizar a posição do assassino. Mas só ouvia a aproximação do bando.

– Acho que ele fugiu!- respondi no momento em que seis lobos chegavam onde nós estávamos.

Jake saiu na sua forma humana ajeitando as bermudas e pisando duro. Ele parecia um touro enfurecido.

– Eu mandei você tira–la daqui!- ele urrou para Collin.

– Como se fosse fácil convencê-la! – Collin se defendeu.

– Quer ver como se faz? – Jake disse me pegando fortemente pelo braço e praticamente me arrastando em direção ao carro.

– Hey! – reclamei puxando o braço e travando as pernas.

– Você não reclame!- ele me disse com o dedo em riste em direção ao meu rosto. – Ou você faz o que eu mando ou é direto para o Brasil! – ele ameaçou.

– Vai à merda Jake! Eu não vou a lugar nenhum se não quiser! E me larga que você tá me machucando!

– Você vai sim!- ele disse soltando meu braço e me pegando no colo.

– Me larga, Jake! – esperneei.

Ele abriu a porta do Impala me colocando lá dentro, me olhou com raiva e depois fechou a porta.

– Direto para La Push! Sem parar, Collin! Me ouviu! – o eco duplo me fez estremecer no banco.

– Ouvi sim, Jake! – Collin respondeu entrando no carro e dando a partida. Eu estava furiosa! Magoada! Até achava que Jake podia ter um pouco de razão, mas nada justificava a atitude dele. – Sinto muito, ! – ele disse.

Me virei para olhá-lo, sentindo as primeiras lágrimas caindo.

– Tudo bem Collin! Você não teve culpa!- respondi.





















Capítulo 12




Já estávamos quase em La Push quando eu me lembrei do que havia marcado com Chris. Mexi no bolso do casaco e senti a textura das folhas que eu havia juntado. Preciso examinar isso logo! Peguei o celular e disquei o numero do Chris.

– Eaí Darling? Está chegando?

– Não querido! Houve um problema! Será que seria pedir demais se você e o Daniel fossem até minha casa?- perguntei.

– Claro que não, Anjo! Mas você está com a voz estranha, aconteceu alguma coisa?- ele me perguntou preocupado.

– Problemas aqui na reserva!- resumi. – Pode ser depois do almoço?

– Sim! Pode sim! Nos vemos mais tarde! Beijos!

– Beijos Chris! – e desliguei o celular.

Sem perceber minha mão alisava meu braço onde Jake me segurou com força. Minha cabeça fervilhava com a raiva e humilhação que Jake havia me feito passar.

– Ele te machucou, não foi? – Collin falou secamente.

– Jake está sob muita pressão. Garanto que ele não tinha... – mas ai eu parei. Porque eu estava o justificando mesmo? Jacob era bem grandinho para se defender sozinho.

– Mas não é certo! – Collin sussurrou.

– Deixa que com Jake eu me resolvo, Collin! – ele ia ver quando chegasse em casa.

– Você quer pegar primeiro?- Collin me perguntou.

– Não! Direto para casa, Collin! Tenho que fazer uma coisa antes! – informei.

A casa estava vazia e silenciosa. Não havia sinal de minha mãe. Um papel largado em cima da mesa me chamou atenção.

Fui com Aiyana no mercado. Sua dispensa está vazia. Precisamos conversar sobre seu orçamento! Mamãe

– Não gostei disso!- falei mostrando o papel para Collin. – E se elas foram em Forks?

Collin me olhou por um segundo. – Vou falar com bando! Já volto! – ele disse, saindo pela porta.

Fui até o balcão da pia, largando as folhas sujas de sangue no balcão. – O que eu não daria por um microscópio. – suspirei.

Bem, teria que ser criativa. Coloquei as folhas em cima de um pires, molhando com algumas gotas d’água e observei até que ela adquirisse uma cor rosada. Puxei a manga do meu casaco, expondo a pele branca do meu antibraço.

Respirei fundo antes de virar o liquido avermelhado na pele do meu pulso. Se ali tivesse veneno, eu teria uma reação.

– O que você está fazendo? – Collin gritou entrando na cozinha.

– Preciso testar se esse sangue está envenenado!

– Testar em você? – ele disse indignado parando ao meu lado. – Jake tem razão, você precisa de vigilância 24hs.

Girei os olhos.

– O máximo que vai me causar é me deixar uma cicatriz. – expliquei.

–Não gosto disso, !- ele choramingou, enquanto nós dois observávamos meu braço. – Tá, chega! – ele disse pegando um punhado de papel toalha e envolvendo meu braço.

– Não senti nada, Collin! – falei. Ele retirou o papel e a pele continuava intacta. – Viu? Não aconteceu nada! – exclamei. – Não tem veneno!- murmurei. O que isso significava?

– Chega de experimentos em que você é a cobaia, ok?

– Ok! – disse rindo do seu nervosismo. Mas meu cérebro não parava tentando juntar as peças do quebra–cabeça.

– Eu já sabia que você não era muito certa, mas não achava que era tanto!- ele se queixou me fazendo girar os olhos.

Abri a geladeira tirando a última peça de carne de dentro dela. Eu sabia que minha mãe tinha razão e que nossa despensa estava vazia, como também sabia que as pilhas de contas não pagas se acumulavam dentro da gaveta do balcão da sala. Mas nesse momento não havia muito que eu pudesse fazer a respeito. Só esperava que Lilian não pegasse no meu pé por causa disso. O que e não tinha muitas esperanças.

Era bom começar o almoço antes que ela voltasse se eu quisesse adiar a conversa sobre o meu orçamento. Comecei a bater a carne, para preparar uns bifes, enquanto Collin se sentava à mesa atrás de mim, mastigando um pedaço de pão.

–Collin, você poderia buscar a no Billy? – perguntei começando a cortar a cebola, para colocar nos bifes.

– Não vou te deixar sozinha, !- Collin disse.

– Eu não estou sozinha, Jake está chegando! – falei.

– Como...?- então os passos de Jake ficaram mais audíveis. – Oh! Ok, então! – Collin disse se levantando e me dando um beijo no rosto. – Vou buscar a ! – ele falou saindo pela porta.

Peguei os tomates para fazer o molho e comecei a cortá-los. A faca fazia um barulho alto com a força desnecessária que eu usava para fazer o serviço.

? – Jake disse parando as minhas costas. Larguei a faca no balcão da ia que quicou e caiu dentro da pia. Minha raiva borbulhando em meus ouvidos.

– Você nunca mais me trate daquele jeito! – falei entre dentes, ainda fitando o tomate que eu havia transformado em purê. – Ainda mais na frente dos outros! – disse me virando para encará-lo.

Ele levantou o queixo me olhando fixamente, seus olhos se estreitaram por instantes, Mas depois ele expirou deixando os ombros caírem. – Me perdoa?- perguntou dando um passo a frente. Seus olhos negros agora só mostravam ternura.

– Jake eu...

– Você sabe que te manter segura é o mais importante para mim, ! Só em pensar que o assassino poderia estar ainda por perto!- engoli em seco, me lembrando da estranha sensação. – E que ninguém havia vasculhado o terreno para ver se estava tudo bem. Eu só não quero que você se ponha em perigo, enquanto na pode nem se transformar. Por favor se mantenha segura!

– Tudo bem, Jake! Disse, deixando que ele se aproximasse mais, suas mãos foram para os meus ombros. – Só que da próxima vez...

– Não vai ter uma próxima vez!- ele respondeu sorrindo de leve e deslizando as mãos dos meus ombros. Eu me encolhi um pouco quando uma delas tocou a parte dolorida do meu braço. Jake franziu as sobrancelhas. – Eu te machuquei?- ele me perguntou. Antes que eu pudesse responder que não, que já estava tudo bem, ele abriu meu casaco e deslizou pelos meus ombros e puxou minha mão para cima analisando meu antebraço.

– Viu? Não foi nada! – disse também olhando as marcas dos dedos dele, já quase desaparecidas da minha pele branca.

– Eu não acredito que eu fiz isso!- ele exclamou.

– Amor, não foi nada! – falei colocando as mãos em seu rosto. – Não foi nada, ok? – puxei seu rosto para mim, até que a minha boca alcançasse a dele. Jacob retribuiu o beijo, mas ele ainda continuava tenso. Pressionei minha língua em seu lábio inferior, que foi sugada por ele com vontade. Suas mãos deslizaram por dentro do meu casaco, enquanto as minhas subiram para seus cabelos. Mesmo assim, Jake ainda parecia meio robótico, meio tenso. – Que foi? – perguntei me afastando dele o suficiente para encará–lo.

– Eu te machuquei! – ele respondeu, visivelmente chateado. Ele baixou o rosto encostando a boca quente em meu ombro, sua língua deslizou pelo meu braço me causando arrepios que desciam pela minha coluna.

– Não foi nada! – me ouvi sussurrar, enquanto ele beijava meu braço. Tranquei a respiração quando Jake parou, sua boca e nariz encostados em minha pele. Assisti suas sobrancelhas se juntarem enquanto ele virava meu braço para cima, aspirando o cheiro do meu pulso com uma expressão confusa.

, que cheiro de sangue é esse?- ele me perguntou, levantando o rosto e me encarando com a cabeça inclinada.

Puxei o braço o colocando dentro do casaco novamente.

– Eu peguei um pouco do sangue do cadáver!- falei.

– Para?- Jake me perguntou desconfiado, suas sobrancelhas mais juntas.

– Para examinar se havia traço de veneno. E advinha? Nem uma gota. Não é estranho Jake?

– É! – ele disse ainda cauteloso. – Mas... COMO você descobriu isso? Não estou vendo nenhum microscópio por aqui!

– Eu... coloquei em contato com a minha pele! – disse mordendo o lábio inferior, esperando pela reação dele. Jake inflo o peito, parecia controlar sua explosão.

– Você o que?- perguntou entre dentes.

– O sangue estava diluído Jake! O máximo que me causaria era uma reação!

– EU NÃO ACREDITO! – ele gritou. – É disso que eu falo , de você se colocar me risco tempo todo. Será que não percebe que muitas coisas podem te machucar? Não é pelo fato de você ser mais resistente que algo de ruim não possa acontecer!

Girei os olhos.

– Ok, Jake! Eu não vou fazer mais! Me desculpa!

Ele aspirou com força. – Vou fingir que acredito nisso!- murmurou. _ pela minha sanidade!

Sorri, passando as mãos pela sua cintura. – Desculpa! Não quero te dar mais preocupações! – choraminguei fazendo manha.

– Você me enlouquece!- ele disse puxando meu rosto para cima.

– Eu sei outras formas melhores, de te enlouquecer! – falei provocante. – Pena que não temos tempo. – fiz bico.

Jake sorriu do jeito que só ele sabia. – Isso eu já providenciei. Temos uma hora a sós! – disse com sua voz rouca, me puxando para um beijo ardente. Suas mãos me levantaram me colocando sentada no balcão da cozinha. – Só não sei se vai ser o suficiente para acabar com a minha vontade de ter você! – falou antes de sugar meus lábios novamente.






















Capítulo 13




Passei minhas pernas pelo seu quadril o puxando mais para mim sentindo toda a sua urgência na sua língua em minha boca, no seu corpo grudado ao meu e nas suas mãos deslizando pela minha pele, por baixo das minhas roupas.



Minha cabeça estava zonza, e eu já não sabia se era efeito de Jake ou se já estava me faltando oxigênio. Deixei sua boca, lambendo e mordendo sua orelha, seu pescoço, indo em direção aos seus ombros. Senti seus dedos pressionando minhas costas, enquanto sua pele se arrepiava. Mas então senti um cheiro forte em sua camiseta. Jake ainda levou um segundo a mais para perceber que eu havia parado.



Ele e afastou por um instante, para me olhar melhor. Suas sobrancelhas juntas, indicavam sua confusão.



– Que foi?- Jake me perguntou ainda ofegante.



– Você está com um cheiro diferente. – respondi.



– Desculpe! – ele falou meio constrangido. – Eu estava com os Cullens, então...



– Não! – falei. – Não é cheiro de vampiro! É... – aspirei o cheiro de sua camiseta novamente. Era um cheiro doce e enjoativo, mas diferente de cheiro de vampiro.



– Ah! – ele disse sorrindo amarelo. Puxou a camiseta a tirando pela cabeça e atirou no encosto da cadeira. – Renesmee torceu o pé, então eu a carreguei até em casa.



– O que? – perguntei sem acreditar. Eu ainda continuava sentada no balcão da cozinha, o encarando com a cabeça meio inclinada e as sobrancelhas erguidas, minha melhor expressão de “Explique–se”.



– Ela prendeu o pé em uma raiz, sei lá! – ele deu de ombros.



– E você a carregou até em casa?



– O que você queria que eu fizesse?



– Jake, em primeiro lugar era mais fácil ela arrancar a raiz com arvore e tudo do que torcer o pé. E em segundo, porque você não chamou o pai dela, a mãe, um tio, não sei?



– Não sei, . Não pensei na hora. A garota estava gemendo e com dor na minha frente.



Dor? – fiz um sinal negativo com a cabeça. Aquilo tudo me cheirava muito mal! O empurrei, indicando que eu queria que ele se afastasse para eu descer, e ignorei sua ajuda quando ele tentou me apoiar.



– Amor!- ele falou. – Não acredito que você está com ciúmes de uma criança! – ele disse enquanto eu me virava para a pia.



Criança Jake? Desde quando ela é criança?- perguntei.



ela é só dois anos mais velha que nossa filha!



– NÃO! – falei. – Não a compare nossa filha! – talvez até pudesse ser ciúmes, mas só o fato dele ter a pego no colo, com toda a consideração e a mim, ter arrastado até o carro, me faziam enxergar pontos vermelhos.



! – ele disse parecendo muito cansado. – Nós temos tão pouco tempo juntos e sozinhos. Você realmente quer passar brigando por besteira?



Realmente Jake tinha razão. Eu sentia tanta falta dele, tanta falta da nossa vida de antes. Fechei os olhos deixando meus braços caírem ao lado do meu corpo. Jake aproveitou esse momento de trégua e se aproximou, seus braços envolvendo minhas costas, depois passando a mão com carinho pela minha barriga.



– Não quero te deixar chateada. Eu te juro que não tem motivo para você ficar assim. – ele falou.



– Ok Jake!



– Amor, estou falando a verdade!



– Tudo bem! Eu só... Não sei, parece que Forks tem algum poder de mexer com aminha cabeça, me deixa... insegura.



Jake me apertou mais em seus braços.



–Você sabe que não tem motivo pra isso, ! Vem!- ele me puxou pela mão em direção ao quarto. – Temos pouco tempo antes de que alguém chegue. – Jake disse sorrindo.



Sorri de volta, deixando que ele me fizesse esquecer de todos os nossos problemas, pelo menos por poucos minutos.



Jake abriu a porta ficando de lado para que eu passasse. Entrei no quarto vendo a pouca luz do dia cinzento ser filtrada pela cortina. Jacob me abraçou por trás, beijando meu pescoço. Senti seu peito nu e quente encostando em minhas costas.



– Estou perdoado?- ele sussurrou no meu ouvido fazendo um arrepio descer pela minha espinha.



– Aham! – consegui responder,enquanto sua língua traçava um caminho pelo meu pescoço, chegando até minha orelha. – Mas você sabe que isso é coação. – falei, o fazendo sorrir de leve.



Jake se sentou na cama a minha frente, agora me olhando intensamente. Mas eu tinha toda a consciência da enorme barriga que eu carregava, já que eu não conseguia ver meus pés da posição onde estava, de pé. Eu sabia que Jake me amava, mas também sabia que não estava com a minha melhor forma. Na verdade nunca tinha ficado tão grande. Como Jake poderia me desejar eu estando daquele jeito?



–Que foi?- ele perguntou vendo a minha hesitação.



Eu sabia que tudo naquilo era uma grande besteira, mas não conseguia deixar esse sentimento de que eu não estava atraente o suficiente para ele. Mas eu não tinha como dizer isso a ele. Então só fiz uma negativa com a cabeça.



– Nada!- respondi.



Jacob segurou minha mão me puxando para perto dele. Então contra todos meus protestos mudos, ele levantou minha camiseta expondo minha enorme barriga e sorriu. Aquele sorriso de sol, que me dizia que tudo estava bem, que tudo ficaria bem. Ele encostou a boca de leve como se beijasse o próprio filho e depois encostou o rosto, passando os braços pela minha cintura.



– Eu te amo tanto! – ele sussurrou, me fazendo sorrir.



Passei meus dedos pelos seus cabelos, fazendo com que ele levantasse o rosto e me encarasse.



– Eu também te amo!- disse, deixando minha boca caçar a sua, já que a minha pertencia à boca dele.



Deixei que Jake deslizasse meu casaco pelo meus ombros. Ele se levantou puxando minha camiseta, a tirando pela minha cabeça. Eu não queria mais pensar em medos bobos e em problemas, só queria senti–lo dentro de mim, então o empurrei de leve fazendo com que ele caísse sentado na cama.



Jacob sorriu mais, já que ele adorava quando eu tomava as rédeas. Deixei minhas calças deslizarem pelas minhas pernas ficando só de lingerie, enquanto Jake tirava as bermudas desajeitadamente.



Me sentei em cima de seu quadril, nossas intimidades separadas pelos finos tecidos das nossas roupas de baixo. Não consegui controlar o impulso de rebolar em cima dele, sentindo toda a sua ereção. Jacob grunhiu me girando de cima dele e me deitando ao seu lado na cama.



– Assim você me enlouquece antes da gente começar. – ele sussurrou. Seus olhos em chamas queimando os meus.



– Foi você que disse que nós não tínhamos muito tempo! – respondi roçando sua ereção com minha perna e afundando meu nariz em seu pescoço sentindo seu cheiro maravilhoso de lobo. Meu lobo.



Jake apertou os olhos rosnando mais uma vez. Ele me virou de costas para ele beijando afoitamente meu pescoço, sua mão deslizou pela lateral do meu corpo, ele enroscou os dedos na renda do meu sutiã arrebentando o fecho. Logo em seguida forçou a renda da minha calcinha, arrebentando o elástico, puxando e fazendo a peça deslizar pelo meu sexo, me fazendo gemer alto. Coloquei a mão para trás, por dentro de sua boxer estimulando sua ereção.



– Não agüento mais!- ele gemeu em meu ouvido. Sua mão restringindo o movimento da minha.



Jake puxou minha cintura grudando mais minhas costas em seu corpo, se posicionou na minha entrada me invadindo de uma vez. Nossas respirações pararam por um instante enquanto sentíamos nossos corpos se conectando.



oOo



Eu ainda estava no céu enquanto olhava para aquele pedaço quadrado de plástico com meu nome gravado em relevo. Poderia ser a solução de vários dos meus problemas, mas também seria a criação de outros piores.



– Não mãe, eu não posso aceitar! – falei devolvendo o cartão de crédito para ela. Só minha mãe para me trazer de volta para a dura realidade, que Jake havia me retirado por pouco tempo. Muito pouco tempo para minha opinião.



– Por que não?- Lilian disse cruzando os braços e se encostando no encosto da cadeira sem pegar o cartão de minha mão.



– Porque os problemas meus e de Jake, tem que ser resolvidos por mim e por Jake. – respondi largando o cartão de credito no meio da mesa.



Lilian apertou os olhos me encarando fixamente.



– Isso não se trata mais de vocês dois, , no momento em que tem duas crianças para sustentar. Eu não vou deixar que meus netos passem necessidade.



– Mãe, não exagera! Ninguém está passando necessidade aqui.



– Ah não? E como você me explica a dispensa e a geladeira vazia e a dúzia de contas na gaveta do balcão de entrada? Filha, se eu não tivesse ido ao mercado, como vocês se virariam?



Respirei fundo tentando me acalmar para impedir que eu fosse mal educada com minha própria mãe. Olhei para a cozinha, onde Aiyana lavava a louça do almoço, fingindo não ouvir nossa conversa. Ainda bem que Jake já havia saído com Embry e Seth para saber os resultados do exame que Carlisle havia feito no cadáver.



– Nós nos viraríamos mãe! – resmunguei.



– Isso não é ser responsável, ! Você não tem nada para esperar esse bebê!– Lilian falou.



– Mãe, diga para Carlos que eu agradeço o cartão de credito, ok? Mas que eu e Jake estamos resolvendo do nosso jeito. – disse me levantando e indo até a varanda, torcendo para que Lilian respeitasse minha forma de encerrar a conversa, mas sabia que isso seria difícil de acontecer.



Sentei no banco de madeira e sorri para que brincava com Lobo e Collin, tentando alcançar os primeiros flocos de neve que caiam, mas se desmanchavam antes de atingir o solo. Pelo jeito teríamos neve nesse Natal.



Eu, Collin e Lobo olhamos juntos para o final da estrada onde o carro de Chris surgiu. O Toyota parou em frente a casa. Me levantei para receber Daniel e Chris, que baixou rapidamente os óculos escuros para poder dar uma olhada melhor em Collin. Tive que fazer um esforço extra para segurar o riso.



– Anjo! – Chris exclamou abrindo os braços para mim.





















Capítulo 14























Daniel


Eu estava sentada à mesa da cozinha, em frente a Chris e Daniel com minha mãe sentada na cadeira ao lado. Daniel colocou sua pasta de couro negra em cima do tampo e retirou um envelope pardo de dentro, colocando os papéis que estavam nele em minha frente.

– Primeiramente, ... – Daniel falou.

– Pode me chamar de ! – falei.

– Muito bem, !- ele sorriu. – Onde está seu marido? Ele também precisa ficar ciente.

– Ele está trabalhando. – respondi.

– Ok! Bom, pediria que você passasse todas as informações para ele então. – Daniel falou separando algumas folhas e colocando em cima das outras. Eu assenti, tentando ler o que dizia naqueles documentos.– Eu procurei no cartório da cidade, não foi difícil de achar já que o cartório é único. O Sr Raindrop já havia se antecipado e todos os seus bens já estavam em seu nome .

– Todos? – perguntei segurando os papéis em minhas mãos.

– Sim! Um imóvel residencial na rua Church numero 57, um imóvel comercial no Centro Comercial Quileute, uma caminhonete Ford 77, duas lanchas que estão aportadas na marina...

– Tudo isso está no meu nome?- perguntei.

– Sim! A única coisa que achei no nome de seu pai foi uma conta no Banco Estadual com saldo de $ 5223,00.

Olhei para toda aquela papelada, sem saber o que pensar. Tudo que John tinha ele já havia aberto mão para mim.

– Você era a única herdeira dele, anjo! Ele só facilitou as coisas para você! – Chris disse colocando sua mão em cima da minha.

Sorri, mas para mim aquilo era muito triste. Parecia que John já se preparava pro que tinha acontecido com ele.

– Já fiz o pedido do alvará para você retirar o dinheiro do banco, ! – Daniel falou fechando a pasta e colocando ao lado da cadeira. – E tem mais uma coisa, entrei em contato com algumas seguradoras, em alguns dias você recebera a resposta se seu pai tinha algum seguro de vida em seu nome, ok?

– Ok! Obrigada por tudo Daniel!- agradeci, levantando e os acompanhando até a porta.

- Acho que está na hora, – Chris me disse segurando meu queixo para que o olhasse. Pegou a chave do aparador e colocou na minha mão. – Se você precisar vou com você, nosso vôo só sai no final da tarde.

Eu olhei para minha mão segurando o molho de chave, e vi que Chris tinha razão, era hora de enfrentar a casa de John.

A fechadura fez um alto ruído quando virei a0 chave. O interior da casa estava escuro e frio, mas o cheiro de madeira e pinho, tão conhecido por mim, ainda estavam fortes. Lobo passou por nós correndo subindo as escadas. Eu sabia quem ele estava procurando, mas também sabia que ele não iria encontrar. apertou minha mão com a sua enluvada, fazendo com que eu a olhasse e sorriu. O nariz vermelho por causa do frio e a cabeça enterrada em sua toca de lã cor de rosa, que ela não queria tirar nunca. Eu sorri em resposta, percebendo como os papéis às vezes se invertiam. Ela era a criança, mas era ela que estava me confortando.

– Meu Deus! Essa casa parece parada no tempo! Igualzinha ao dia que eu fui embora. – Lilian disse passando por mim e entrando na sala.

Collin colocou a mão em meu ombro me incentivando que entrasse. O que fez Chris, juntar as sobrancelhas. Sabia que ele estranhava o fato de Collin estar sempre comigo, mas como eu poderia explicar que nós pertencíamos ao mesmo bando, cujo Jacob era o líder e que nós protegíamos quem era do bando.

Passei a mão devagar sobre o balcão. O jornal ainda continuava dobrado em cima da mesinha ao lado do sofá, os óculos estavam ao lado. Tudo parecia indicar que John ainda vivia ali, e que ele surgiria a qualquer momento.

Lilian já estava na cozinha abrindo a geladeira e tirando a comida que estava estragando de dentro.

– Posso ir ver seu quarto, mamãe?- perguntou.

– Claro princesa, mamãe já vai lá também! – respondi.

Percorri toda a casa, relembrando dos últimos momento em que vivi ali. Os últimos momentos de meu pai também estavam ali na xícara em cima da pia, no café velho dentro da cafeteira, a vara de pesca ao lado do armário.

Deixei Chris e Lilian conversando sobre que tipo de reforma seria melhor para a casa e desci até a garagem, lá estava a velha caminhonete e minha moto ao lado.

– É bom pedir pro Jake dar uma revisada na mecânica. – Collin disse olhando a moto vermelha. – Mas se você quiser eu também osso olhar!

– E desde quando você entende de mecânica de motos, Collin? – perguntei.

– De moto, de carro... barco. – ele deu de ombros. – Claro que não sou nenhum Jacob.

Eu ri. – Mas é assim que se começa! – falei.

Ele riu também, mas depois ficou serio novamente. – Você está bem, ?

– Sim! Estou achando que é melhor nos virmos morar aqui mesmo. – respondi. – Eu nunca iria ter coragem de vender essa casa.

Ele assentiu. – Você está certa!

Olhei as árvores no final do terreno, algumas já tinham uma fina cobertura de neve em seus topos.

– E já que estou em prisão domiciliar, pelo menos essa casa é um pouco maior. – falei brincando tentando melhorar o humor.

– Você sabe que Jake só está sendo cuidadoso. – ele respondeu.

– Um pouco neurótico, eu diria.- respondi ainda brincando, mas Collin estava sério. – Eu não vejo nenhuma das imprintings sendo tão paparicada.

vc tem noção de quanto é importante para o bando?

Olhei para ele séria.

– Eu sou igual a qualquer outra, Collin! Respondi.

– Não, não é! – ele disse. – Você está carregando o futuro do bando no seu ventre. – ele apontou para a minha barriga proeminente. – Eu diria que isso é literalmente “Ter o rei na barriga”. – ele brincou, mas eu não estava achando graça. – Não é só o Jake, mas o Conselho também decidiu que você deve ser protegida.

Eu não sabia o porquê, mas aquilo me incomodava. Eu sabia que meu bebê era importante, mas só queria que ele fosse uma criança normal, que pudesse escolher o seu destino, sem todos os olhos voltados para ele. De repente um Jacob mais novo, veio na minha lembrança. Um Jacob tentando lutar contra ser líder, contra um Imprinting. Jacob também não teve escolha.

– Hey Bee!- Chris disse entrando pela garagem. – Tenho que ir!

– Ah não Chris! – choraminguei.

–Vou te ligar todos os dias. - ele falou me abraçando.

– Vou sentir sua falta! – falei.

– Eu também amore! Vem me acompanha até o carro.- ele falou me conduzindo em direção até minha casa. Lobo seguia a nossa frente e Collin vinha atrás, nos dando espaço.

– Me promete que vai vir me ver?- perguntei. Minha casa ficava praticamente ao lado da casa de John, por isso tínhamos pouco tempo juntos.

– Claro flor, mas preciso te fazer uma pergunta antes.

– Pergunte. – o instiguei.

– Você e esse gato– ele apontou Collin que fingia estar distraído. – estão tendo alguma coisa?

– CHRIS!! Claro que não! – falei espantada com o tamanho do absurdo.

Ele me observou atentamente. – É que vocês estão sempre juntos.

– A pedido de Jacob. Ele só não quer que eu fique sozinha!- falei.

– Hmmm, que marido bonzinho que você tem!- Chris debochou. – Bem que Daniel podia me contratar um guarda cota desses.

Rolei os olhos e depois ri.

– Pede, quem sabe ele te atende.

– Rá, rá!- ele riu. – Bem, agora vou indo mesmo flor. Fique bem ok?- falou assim que chegamos a frente de casa. Daniel estava parado dentro do carro esperando. Acenei pra ele que sorriu de volta.

– Vou ficar sim! Me liga ok?

– Sempre!- ele respondeu antes de entrar no carro.

Fiquei parada vendo o carro se afastar, então um frio desceu pela minha espinha. Olhei rapidamente para as árvores, mas não havia nada lá. Lobo parou em alerta com as orelhas erguidas olhando para a mesma região.

O que você está vendo? O que você está vendo? perguntei mentalmente.

– Algum problema? – Collin disse parando ao meu lado.

– Chris! – Sussurrei, um bolo apertando em minha garganta. Comecei a andar em direção a estrada. – Não! Chris, não!

– Espera !- Collin me chamou segurando meu braço.

– Eu não posso perder Chris! – falei olhando para ele.

– Não vai perder!- Collin respondeu olhando para a floresta também. – Vá para dentro de casa, eu já volto! – ele disse tirando a camisa e correndo em direção as árvores.






















Capítulo 15


POV Jacob BLACK

As árvores passavam como um borrão pelos meus olhos e eu tentava capturar qualquer resquício de algo anormal na mata. Sentia as folhas mortas e a terra gelada e úmida tocando minhas patas, enquanto eu corria. As imagens da tendo pesadelos durante a noite, vinham na minha cabeça. Ela não chegava a acordar, então parecia que não se lembrava pela manhã. Mas eu ficava acordado, a acalmando, até que seu sonho ficasse tranqüilo novamente. Ela não dizia nada, mas ainda estava sofrendo.

-...Então o cara disse que era namorado dela, mas como eu poderia saber?- Kevin pensou, continuando uma conversa com os outros garotos que também estavam fazendo a ronda.

- Mas mesmo depois disso você continuou pegando ela atrás das arquibancadas, não é Kevin?- George pensou de volta.

George e Kevin tossiram uma risada e eu revirei os olhos.

-O que eu posso fazer se elas não resistem ao meu charme?

-Mas também, ela é horrível! Você é corajoso!
- George pensou.

A imagem de uma garota de cabelos castanhos escuros e nariz grande veio na mente de todos. Seth e George gargalharam, tirando resmungos de Kevin.

-E você que nem tem ninguém, George!- Kevin respondeu acelerando a corrida visivelmente chateado.

(N/A George e Kevin são uns dos lobinhos que tiveram sua transformação um pouco antes do ataque dos Volturis em S&C1 capítulo 56 Junto com ele entrou para o bando Joseph, Lucas, Phil, Douglas e Christian. Todos eles tem entre 15 e 16 anos em S&C2)

Aquilo já tava me dando nos nervos. Eu sabia que eram apenas garotos, mas nós estávamos em alerta máximo.

FOCO! – Tentei o máximo não pensar muito alto, mas não tive muito êxito. Os garotos estremeceram. – Não quero saber de brigas por causa de garotas. Ouviram? E se tirarem mais uma nota baixa vai ter punição!– Pensei.

Claro, claro! Pode deixar Jake! – George respondeu agora sério.

Respirei fundo. Afinal eram apenas garotos!

-Ok pessoal! Só vamos manter a concentração aqui! -pensei mais calmo.

-Huh, Jake?

-O que Seth?


Seth corria o perímetro contrario ao que eu estava fazendo.

-Tem alguém se aproximando rápido!

-Uns dos Cullens?

-Pelo cheiro não é vampiro! Ele mudou o curso, acho que está indo em sua direção Jake!


Os outros garotos mudaram de direção correndo para onde eu estava.

-Calma! Eu conheço esse cheiro!- Pensei tentando diminuir a ansiedade deles.

– Oi meninos! – Renesmee saltou em minha frente assim que os outros garotos frearam ao meu lado.

-Como essa meia–parasita tá gata! -Brad pensou.

Virei os olhos.

-Vou falar com ela, vocês continuem rondando o perímetro. -pensei.

- Eu posso ficar de vigia aqui com você, Jake! Nunca se sabe né!

-Volta pra ronda, Brad!
-Ladrei.

Me afastei um pouco até que ficasse escondido em meio as árvores. A filha de Bella continuava parada, encostada em uma árvore de maneira displicente. Eu não conseguia entender o que ela podia querer. Algum recado do pai dela, só pode!

Ajeitei as bermudas mais rápido que pude e voltei pra onde ela estava. A roupa curta e o sapato de salto alto, mostrava que ela não tinha intenção de correr pela floresta, muito menos que ela deveria se manter discreta, afinal que humano normal usaria aquela roupa na temperatura que fazia hoje?

– Algum problema, Renesmee? – perguntei, parando em frente a ela cruzando os braços.

Ela sorriu. – Vim ajudar na ronda! – falou levantando os olhos do meu peito para o meu rosto.

– Ajudar? Na ronda? Seu pai sabe disso?- perguntei.

– Não! Sai mais cedo da aula e vim direto pra cá!

– Pois bem, então tome o rumo da sua casa que eu já tenho problemas demais pra ter que ainda bancar de babá!- falei me virando pra sair.

– Eu não sou mais criança, Jake! E também não sou frágil!

– Estou vendo! Pelo jeito o pé já ficou bom! – apontei pras botas de salto alto que ela usava.

– Sim, eu me curo fácil! Assim como você! Na verdade meu avô disse que somos muito mais parecidos, temos os mesmos números de cromossomos! – falou erguendo o nariz orgulhosa.

– Ah! A história dos cromossomos! Ok! Então quando você começar a criar pêlos e uivar pra lua, me procure! Agora vá pra casa criança!

– Eu não sou criança! – falou birrenta me dando nos nervos.

Respirei fundo. Só que me faltava agora essa menina mimada, enfiada no meio da floresta!

– Desculpe se não conheço como acontece o desenvolvimento de sua espécie, mas para mim quem tem 6 anos é criança! – já havia perdido muito tempo com conversa fiada. – Agora tenho que ir! Você sabe caminho de volta, não é?

– Como você é grosso quando quer, Jacob Black! – ela disse visivelmente irritada.

– Claro, Claro! Também foi um prazer conversar com você!- falei já de costas. Eu sabia que estava sendo estúpido, mas estava sem paciência pra lidar com mais adolescentes. Ela que fosse aloprar os tios dela.

–Você vai lá em casa hoje?- perguntou mais calma, quando eu já estava há uma certa distância.

– Não sei! Não combinei nada com seu pai! – respondi já em meio as árvores.

– Vou te esperar! – ela respondeu enquanto eu me transformava.

-... e a viu algo na mata, ela está com medo que tenha seguido o Chris... – O pensamento de Collin veio até a minha cabeça.

Merda!

-O que houve com a , Collin? -perguntei já correndo em direção a casa, meu coração mais acelerado que o normal.

- A está bem, Jake! Mas ela tá preocupada com o Chris!

“Eu não posso perder Chris!”


A imagem da MINHA mulher nervosa por causa de OUTRO me fez trincar os dentes.

Ele é gay! Ele é gay! eu repetia na minha cabeça.

-Mas ele É gay, Jake! -Seth pensou. - Eles são só amigos!

- Ok! -respirei fundo - Brad e George, venham comigo escoltar o cara! Seth você assume. Os outros voltam pra ronda. E você Collin, não desgrude da !

-Ok!
- E a presença de Collin se foi.


POV


– Vá para dentro de casa, eu já volto! – Collin disse antes de sair para se transformar. Mas claro que eu não ia deixar minha filha e minha mãe, sozinhas na casa de John caso tivesse algum perigo eminente.

Cruzei os braços por sobre minha barriga como se a protegesse e comecei a caminhar em direção a outra casa. Lobo me acompanhava parando de tempos em tempos, os olhos fixos na floresta.

–É eu sei! – falei pra ele. – Às vezes eu queria que você falasse para que pudesse me garantir que eu não estou ficando louca! – resmunguei. A sensação de estar sendo seguida e o frio na espinha continuavam. O que me dizia que não era Chris que corria perigo, era eu!





















Capítulo 16


POV JACOB BLACK

- Então Jake, tudo certo?- Sam me perguntou assim que chegou para a troca dos turnos.

– Sim! Coloquei alguns dos garotos para correr em volta da vila também. Eu acho difícil, mas se a coisa passou por nós, é lá que ela quer chegar.

_ Também acho estranho Jacob! – Sam estreitou as sobrancelhas e olhou as árvores em direção a La Push. – O que será que ele quer em La Push?- perguntou pensativamente.

A imagem da veio em meus pensamentos.

– Tenho que ir, Sam! Nos falamos depois.

– Ok!- ele respondeu tirando a camisa já molhada pela chuva que começava, e se preparando para a transformação.

Corri de cabeça baixa, sentindo a chuva apertar e encharcar minhas roupas. Assim era bom, esfriava um pouco minha cabeça.

Eu nunca tinha ido com a cara do tal de Christian Bale. É difícil gostar de um cara que vive de abraços com a sua garota. Mesmo quando a me contou que ele era gay, nada me tirava da cabeça que aquilo podia ser um tipo de armação do “Salsicha” para ganhar garotas. Sabe–se lá! Tem cada doido nesse mundo!

Então quando eu via o derretimento dela com ele, não conseguia evitar de me irritar profundamente. Mas agora eu tinha que manter a cabeça no lugar. Tinha que me lembrar que a estava grávida e que discussão não fazia bem pro bebê.

Só esperava me lembrar disso quando eu chegasse em casa.

Desviei dos últimos galhos, sentindo a chuva mais forte assim que sai da proteção das árvores. Vi a silueta do Collin sentado no degrau da varanda. A casa parecia vazia, só conseguia sentir a presença da se movimentando pela cozinha.

– E ai?- perguntei a ele. – Onde está o resto do pessoal?

acabou adormecendo na casa de John, então Seth e Lilian ficaram por lá. – ele respondeu se levantando.

– A já sabe que o cara está bem? – perguntei.

– Sim! Seth já contou. – Collin respondeu.

– Hmmm! Ok! Você pode ir então!

-Ok! - Ele disse saindo.

- Ei, Collin? – chamei.

- Huh? – ele parou e se virou para me olhar.

- Se você quiser trocar de posto com alguém é só avisar.

– Não! Não tem problema! Tá ... tá legal assim.

– Ok então! Até amanhã!

– Até!- ele respondeu se virando e correndo em direção a floresta.

Sacudi o excesso de água do cabelo antes de abrir a porta. Um cheiro forte de chocolate vinha de dentro da casa.

? – chamei, entrando, tirando a chaves e o celular de dentro do bolso da bermuda e largando em cima do aparador.

– Oi amor! Estou fazendo brigadeiro!– disse da cozinha.

– Percebi! – respondi. Ela nunca perderia esse costume brasileiro.

– Mas já coloquei o seu jantar no forno! – ela disse aparecendo pela porta da cozinha, com uma colher e uma panela na mão, vestindo somente uma camisa branca minha, que deixava as suas pernas a mostra. A luz que vinha da peça, iluminavam sua silueta fazendo com que a camisa se tornasse transparente, destacando a curva do seu quadril e a linha perfeita dos seus seios. Os cabelos presos em um rabo de cavalo displicente que deixava alguns cachos caírem emoldurando seu rosto. Ela passou a língua pela colher e sorriu. Engoli em seco. – Eu estava com desejo!- disse. Então estreitou as sobrancelhas. – Que foi? Porque está parado ai?

Foi então que percebi que continuava parado na entrada de casa, olhando pra ela que nem um abobado. Já estava com o pau totalmente ereto dentro da bermuda só de vê–la ali parada. O bip do microondas apitou e a se virou pra cozinha novamente. Foi então que me lembrei que tinha que responder alguma coisa.

– Seu jantar está pronto!- ela disse um pouco seca.

– Ok! – consegui responder. Eu parecia um paspalho! Meu cérebro já tinha virado geléia e a cabeça de baixo já estava tentando assumir o controle, mas se eu deixasse ela assumir, já tinha agarrado a , rasgado suas roupas e me aliviado ali mesmo.

Ela está grávida! Ela está grávida! repetia mentalmente com os olhos fechados.

Abri os olhos novamente e a estava parada com uma expressão confusa me olhando.

– Você está bem?- ela perguntou.

– Sim! – respondi ajeitando minha ereção que já incomodava dentro da bermuda. Caminhei até a mesa onde ela tinha colocado meu prato servido. enrugou o cenho e se sentou no braço do sofá de frente pra mim. Suas pernas meio abertas davam um deslumbre da sua intimidade, me mostrando que ela estava sem calcinha.

Fechei os olhos novamente, minha mão desceu e apertou a minha ereção, tentando aliviar um pouco a tensão, o que não fez muito efeito.

– Você está bravo comigo?- ela perguntou me fazendo abrir os olhos novamente.

– Eu? Não! Por quê?

– Porque você está tão... distante! – ela respondeu baixando os olhos para a panela de brigadeiro em suas mãos.

Larguei o garfo no prato. – Eu só estou tentando não te atacar!-respondi sincero colocando a mão dentro da bermuda..

levantou os olhos pra mim acompanhando o meu movimento, abriu a boca em um ó de entendimento, depois sorriu maliciosa.

– Atacar? – ela perguntou se levantando e caminhando até o meu lado.

– Só de pensar no gosto da sua boca misturado com o chocolate. – falei mordendo o lábio sem olhá-la e segurando forte o tampo da mesa. – Mas eu não sou um animal, e você está grávida! – respirei fundo e levantei os olhos para ela.

– Jake você é um animal!- ela disse me fazendo olhá-la espantado. – Eu sou um animal! Eu sou uma loba! E você é o meu lobo! Não vai me machucar! – largou a panela na mesa, pegando a colher lambuzada de brigadeiro e passou no colo deixando um rastro do doce na pele. – Vem! Vem provar o gosto do chocolate!

Pronto! O animal tomou conta de mim. Me levantei rapidamente deixando a cadeira cair com um baque e a peguei pela cintura grudando meu corpo no dela. Minha boca caçou a dela, sugando seus lábios, sua língua, seu gosto misturado com o do chocolate. Sua mão foi pra minha nuca, os dedos se entrelaçando nos meus cabelos me causando um arrepio de prazer.

Me permiti gemer alto quando ele roçou sua perna nua na minha ereção. Abri a sua camisa com força fazendo com que os botões saltassem, ricocheteando sobre o chão de madeira e desci a boca pelo seu rosto, lambendo seu pescoço e seu peito lambuzado de chocolate. Minhas mãos apertavam suas coxas, sua bunda, enquanto minha ereção se intensificava, já quase chegando a ficar dolorida.

– O bebê! – consegui falar, usando o pouco que sobrava da minha consciência, parando para encará-la. já estava com o cabelo bagunçado, a boca inchada e ofegante.

– O bebê está bem! Eu que não vou ficar bem se você me rejeitar agora.

– Eu não estou te rejeitando amor, é que...

– Cala a boca e me beija, Jake! – ela disse me empurrando, fazendo com que eu caísse sentado no sofá.

se sentou nua sobre meu quadril, me fazendo estremecer quando seu sexo pressionou meu pênis inchado, ainda preso dentro da bermuda. Ela levantou minha camisa pela barra, e eu a ajudei a terminar o processo, largando a roupa no chão.

Eu já estava no auge da excitação. Não sabia quanto mais ia agüentar. Então ela parou me observando séria. Seu olhar passeou pelo meu tórax e abdômen, suas mãos acompanharam seus olhos até a barra da bermuda. Tranquei a respiração quando ela deslizou pelas minhas pernas puxando a peça consigo, liberando meu pênis. Sua língua tocou a cabeça de leve, antes de sua boca envolver meu membro. Joguei a cabeça para trás soltando um urro, minhas mãos indo direto para seus cabelos.

sugava e lambia, indo da ponta até a base. Ela sabia direitinho como eu gostava. Eu já estava enlouquecendo.

– Devagar, Amor! – falei levantando sua cabeça para que me olhasse. – Se não nós na vamos longe. – se levantou, indo em direção ao corredor me fazendo enrugar o cenho. – Onde você vai? – perguntei.

– Vou tomar um banho! – ela disse parando para me olhar.

























Levantei correndo, chutando as bermudas pelo caminho. Entramos sob a água morna, brincava com a água, deslizando a mão por sobre o ventre. A água deslizava pela sua pele sedosa, entre os seios, por todo seu abdômen. Encantadoramente ela sorria, um sorriso lindo, safado e apaixonante. Era impossível não ficar encantado. Um misto de menina e mulher, aquele olhar insinuante e sedutor. Ela me puxou pra junto dela se encaixando em meus braços, seus lábios se encostando nos meus suavemente, em nada parecia a fêmea de momentos atrás, mais aos poucos ela voltava à mesma ansiedade e voracidade.

Deslizei as mãos pelo corpo dela, a segurando pela bunda, enquanto sentia as mãos dela percorrendo a minha nuca e costas. se esfregava em mim, tomando cuidado com a barriga, os seios comprimidos no meu peito me deixando mais excitado. Ela se virou ficando de costas, se esfregando em mim, me enlouquecendo, roçando as coxas nas minhas pernas. Se ajeitava quando o meu pênis roçava sua bunda.

– Isso já ta virando tortura! – sussurrei em seu ouvido a fazendo rir.

– Você disse que queria ir devagar, não disse? – provocou, me fazendo rosnar em seu ouvido.

Puxei mais ela para mim encaixando mais nossos corpos. Tentando novamente recobrar o juízo, tentando ir o mais longe que conseguisse. Comecei a acariciar seus seios, deslizando as mãos pela sua pele. se remexia, se apoiando nas pontas dos pés. Afastei seus cabelos beijando a sua nuca, deslizando a ponta da língua pelo pescoço, enquanto sentia remexer seus quadris se esfregando em mim. Mordi seu ombro, acariciando os mamilos eriçados.

- Uhmmm... Isso é tão bom!- sussurrou .

Sua voz ecoava em mim como uma melodia. Comecei a beijar suas costas, lambia sentindo a textura de sua pele na ponta da língua, enquanto ela apoiava as mãos na parede, empinando mais o corpo. Eu sabia o que ela queria, então fiquei de joelhos.

A água morna serpenteando pelo seu corpo enquanto ela se remexia, uma consciente autorização para que eu explorasse cada parte de seu corpo. Passei as mãos pela suas coxas, as abrindo lentamente, tentando alcançar sua intimidade. Seu sexo já inchado e brilhante me deixando completamente alucinado com seu cheiro me deixando com água na boca. Lambi a parte interna de sua coxa até que alcancei sua entrada roçando a língua, penetrando de leve, as vezes mordiscando de leve seu clitóris.

se retorcia empinando mais o corpo. Ela era deliciosa, viciante, excitante. Senti seu corpo se estremecendo então substitui a língua pelos dedos. Primeiro um, para depois dois, a estimulando cada vez mais rápido até que todo seu corpo tremeu com espasmos. Segurei seu corpo com uma das mãos lhe dando apoio. Sentia toda a sua lubrificação escorrendo pelos meus dedos, misturado com a água morna do chuveiro, segurando forte seu corpo enquanto ela se acalmava.

– Vem!- ela disse segurando meu membro ainda ereto. – Vem agora!- falou me conduzindo pra dentro dela. Comecei a penetração devagar, aos poucos. apertou meu seu copo contra o meu. – Mais forte Jake! – pediu com a voz rouca e entrecortada. Acelerei os movimentos a segurando forte pelos quadris sentindo seus espasmos musculares.

Eu também já não estava segurando mais, então tirei os cabelos molhados do seu rosto, enquanto o corpo dela vibrava de prazer.

– Eu te amo!- falei em seu ouvido e apoiei uma mão na parede deixando meu corpo entrar em êxtase também. virou o rosto, me olhando com os olhos brilhando mais do que o comum.

– Eu também te amo! – falou com a voz embargada.

Ela era minha! Minha fêmea, minha mulher, minha amante! A mãe dos meus filhos! Por quem eu morreria feliz!

Sai de dentro dela e a peguei nos braços, colocando uma toalha por sobre seu corpo. passou os braços pelo meu pescoço, me puxando para um beijo doce, e a levei até nosso quarto a deitando na cama.

Deitei ao seu lado, observando seu rosto perfeito. Deslizei meus dedos pelos seus olhos, nariz e boca.

– Cheguei a achar que eu plano fosse por água abaixo. – falou sorrindo e com os olhos fechados.

– Plano?- perguntei também sorrindo.

– Sim! A noite toda! Um plano perfeito. – ela disse se ajeitando em meus braços.

– Um plano para seduzir seu marido? Mas que mente maquiavélica a sua!

Ela riu e fazendo rir também.

– Mas cheguei a achar que você fosse me rejeitar! – ela falou ficando séria.

– Porque eu faria isso? – perguntei estranhando seus medos.

suspirou e depois sorriu novamente.

– Besteira minha!- respondeu.

Assenti.

– Muita besteira! Como eu iria rejeitar a mulher mais perfeita do mundo? Que por uma imensa sorte é toda minha!

Ela riu afundando o rosto na curvatura do meu pescoço.

– Eu te amo tanto, Jake! – sussurrou.

– Você é minha vida, ! – respondi.

Ficamos nos beijando até que o sono venceu e adormecemos abraçados um ao outro.





















Capítulo 17


POV

Levantei e abri a porta do meu quarto. A casa de John estava silenciosa e escura. Desci as escadas tentando acender os interruptores pelo caminho, mas parecia que não havia energia elétrica. Passei pela cozinha vazia e abri a porta da rua. Nada! Nem o vento costumeiro balançava as árvores.

Me encolhi, mas não de frio. Uma sensação de vazio tomou conta de mim. Onde estavam todos?

Me transformei sem me importar com as roupas, se houvesse alguém por ali, com meus ouvidos de loba eu acharia.

Mas não havia ninguém!

Nem uma alma viva a quilômetros!

Nenhum pensamento dos outros garotos! Nada!

Apurei meus ouvidos tentando capturar algum som, alguma coisa. Longe, muito longe, o som de uma voz fez meu coração acelerar! Cravei minhas patas no chão tentando o máximo chegar mais rápido. Eu sabia onde ele estava! Eu sabia como encontrá-lo!

Me transformei em humana assim que parei em frente a asa dos Cullens. A voz de Jacob vinha forte de lá, apesar de eu não conseguir decifrar o que ele dizia. A porta se abriu e Renesmee surgiu parando em minha frente.

– Sai Renesmee! Eu quero falar com Jacob!- falei tentando passar.

– Ele não quer falar com você!- ela disse.

– Como assim? Quero que ele diga isso na minha cara! – falei indignada. - Sai da minha frente AGORA!

– Ele não quer te ver! – ela respondeu com um sorriso cínico no rosto.

– Mamãe! – a voz chorosa de veio de dentro da casa.

– Minha filha! – disse tentando abrir caminho para passar, mas mãos me seguraram. Olhei em volta e vi que uma das pessoas que me seguravam era John. – Pai!

– É melhor assim! Não é seguro você ficar perto deles! – John disse sério.

– Por que?- perguntei a ele. As mãos me puxaram para mais longe. Olhei pela janela e vi Jacob com um bebê no colo, ele sorria para a criança. Meu bebê! Passei a mão na minha barriga lisa. Meu bebê! – JAKE! – chamei, mas ele pareceu não me ouvir. – JAKE! – chamei novamente. Ele levantou os olhos do bebê e sorriu, mas não para mim. Renesmee se aproximou deles e os envolveu em um abraço. Eles sorriam. – MEUS FILHOS! – gritei.
!

– ME DEVOLVAM MEUS FILHOS!
– AMOR!

Abri os olhos sentindo meu rosto úmido.

– Me devolvam meus filhos! – falei chorando.

– Foi só um pesadelo! – Jake disse me apertando em seus braços. – Só um sonho!

– Meus filhos, Jake!

–Shhhh! Eles estão bem, Amor! Olha o bebê está bem!- Jake pegou minha mão e colocou na minha barriga. – Viu? Ela tá protegido! Eu não vou deixar nada acontecer! Está tudo bem!- ele repetia me embalando.

Olhei para a nossas mãos juntas em minha barriga. Ela estava lá! Meu bebê estava lá! Olhei em volta, meu quarto estava igual. Eu estava deitada e minha cama, minhas pernas entrelaçadas com a de Jacob.

– Desculpe, eu não consegui te acalmar sem te acordar! – Jacob disse.

– Tudo bem! Está tudo bem! – sussurrei e sorri.

Jacob beijou minha testa, depois meus olhos, deis minha boca. Seus lábios quentes e tão reconfortantes me fizeram suspirar. Minhas mãos foram para sua nuca, levando meu corpo para mais junto dele, as mãos dele deslizaram pela lateral da minha perna, puxando para que ela encaixasse em seu quadril, me lembrando que nós dois ainda estávamos nus.

Só que Jake tinha que levantar cedo e eu também. A noite já tinha sido curta demais, e só tínhamos poucas horas a mais de sono. Separei nossos lábios descendo os beijos pela linha da sua mandíbula. Eu a estava cheia de vontade, mas tinha que me acalmar, encostei minha testa na curvatura de seu ombro.

Jake levou um minuto a mais para perceber que eu havia parado.

– O que foi?- ele perguntou ofegante.

– Temos que levantar cedo, você tem que descansar! – falei.

– E como eu fico?- ele perguntou pegando minha mão e colocando em seu membro ereto.

– Eu não estou diferente. – falei. Jacob colocou a mão no meio das minhas pernas, me fazendo encolher. – Jake! – ralhei.

– Só estava conferindo! – ele disse rindo.

– Tarado!- falei rindo me acomodando em seus braços.

– Por você! – ele disse me beijando. Logo o beijo começou a ganhar intensidade novamente.

Me separei dele. – Vá dormir, Jacob Black! – eu disse. – Prometo de recompensar amanhã!

– Vou cobrar! – ele disse me puxando e me acomodando em seus braços novamente.

Fiquei ali ouvindo seu coração e sua respiração até que ele relaxou. Logo Jake estava dormindo de novo, mas eu não! O sonho terrível ainda estava ali na minha mente. Nítido!

Eu não conseguia voltar a dormir, por mais que ainda estivesse escuro e ainda faltasse algumas horas para à hora de levantar, eu não conseguia mais nem fechar os olhos.

Me levantei devagar, tentando o máximo não acordar Jacob. O coitado precisava mesmo descansar. Coloquei uma camiseta dele que estava largada no chão. Pelo menos ela ainda cobria minha barriga sem deixar nada mais aparecendo.

Fui até a sala recolhendo a bagunça que havíamos deixado na noite passada. O brigadeiro, a janta quase intocada no prato de Jake. Ele iria acordar morrendo de fome!

Comecei a reparar o café da manhã, com torradas, waffles com calda de chocolate, como ele gostava, ovos e bacon. Me servi de uma xícara de café e me sentei no meu lugar preferido, perto da janela.

O dia ainda não tinha amanhecido, mas não demoraria a acontecer. Vi Jacob levantando e indo até o banheiro, logo em seguida ouvi o chuveiro sendo ligado. Uns dez minutos depois, Jake sai, usando somente uma bermuda, o cabelo molhado derrubando gotas d’água que corriam pelo peito. Ele passou a toalha pela nuca e sorriu.

– Bom dia, tentação! – falei sorrindo e toando um gole do meu café.

– Bom dia, Amor!- ele disse se aproximando e me dando um beijo rápido nos lábios.

– Te acordei?- perguntei.

– Na verdade, – ele disse se sentando à mesa. – Minha barriga sentiu o cheiro da comida! – falou alisando o abdômen. – Você já comeu

– Já! – menti. A sensação ruim do sonho da noite passada não tinha passado, e o bolo da minha garganta não me deixaria comer nada. – Vou tomar um banho! Tenho consulta marcada com Carlisle!

– Eu te levo! – Jake disse de boca cheia.

– Ok! – respondi sorrindo indo até o banheiro.

Tomei um banho lavando bem os cabelos que tinham embaraçado muito na noite anterior. Quando sai do chuveiro, Jake havia escrito EU TE AMO! No espelho do banheiro. Ele raramente era adepto a esse tipo de romantismo, eu também não, mas mesmo assim não deixava de achar fofo.



Me vesti com o primeiro vestido extra Grande que achei, prendi o cabelo e fui para a sala.

– É pra mim aquele recado no espelho?- perguntei sorrindo. Jake me puxou para seus braços, ele já estava pronto me esperando.

– Pra que mais seria?- ele perguntou sorrindo.

– Não sei! Talvez você estivesse esperando outra pessoa!- fiz charme.

– Você sabe que sempre será a única!

– Assim eu espero! – falei lhe dando um selinho. – Vamos passar na casa de John primeiro?- perguntei.

– Já liguei para Seth e está tudo tranqüilo por lá. ainda está dormindo!

– Então vamos direto para os Cullens!- falei.

Collin chegou no momento em que fechamos a porta de casa. Ele olhou para nós dois confuso.

– Você vai com ela nos Cullens, Jake?- ele perguntou.

– Claro!- Jake respondeu. – Mas vc tb vai! De lá eu vou para ronda, daí você traz a pra casa.

– A troca da guarda!- resmunguei entrando no carro.







Capítulo 18


O carro parou em frente a grande casa dos Cullens. O cheiro forte era aliviado pelo vento e pela fina chuva, mas eu sabia que la dentro as coisas estariam pior.

– Arg! – Collin gemeu. – Tenho permissão de ficar aqui fora?- ele perguntou para Jake.

– Claro! – Jake respondeu, também torcendo o nariz. Respirei fundo antes de abrir a porta do carro, eu sabia que lá dentro estaria pior. – Pronta?- ele me perguntou.

–Sim! – respondi abrindo a porta. Jacob deu a volta e me ajudou a sair do carro, mesmo sob os meus protestos.

Jacob entrelaçou nossos dedos, me dando um beijo antes de se virar para a casa.

– JAKIE!- Renesmee berrou voando pelas escadas e se dependurando no pescoço dele. – Que bom que você veio!

– Er... oi Renesmee! – ele disse se desviando. Ele ainda segurava minha mão, o que era bom, já que minha vontade era socar ela. – Vim com a para a consulta. – estreitei os olhos para ele. Porque ele tinha que dar explicação para ela?

– Oi Jake! – Bella apareceu. – Ainda bem que você veio, Edward queria falar com você!

– Oi Bells!

querida, vamos entrando! – Esme disse me conduzido para dentro de casa.

– Jacob! – Edward chamou. – Tenho que te passar uma idéia que tive. Vê se você concorda comigo. – ele começou dizendo. Jake ficou do lado de fora, conversando com Edward e Bella, enquanto eu entrava com Esme.

– Como você está linda!- ela disse.

– Obrigada Esme! – respondi.

– Ela está enorme! Não está, vó?- Renesmee disse, aparecendo na sala. Respirei fundo tentando acalmar minha irritação.

– Quanto tempo falta?- Rose perguntou.

– Seis semanas!- respondi.

! – Alice bailou até minha frente. – Estou chateada com você. Nunca mais veio me visitar!- choramingou me dando um abraço.

– Desculpe Alice! Mas com tudo que está acontecendo, fica meio complicado.

– Nem me fala! Você não imagina o que é tentar ver algo e dar de cara com um muro branco. - ela disse emburrada.

– Você não vê nada, Alice?- perguntei.

– Não! – ela respondeu. - Por isso a única certeza que temos é que não é um vampiro que está fazendo isso.

! – Carlisle apareceu na sala. – Que bom que você veio. Vamos entrando! – ele disse me apontando uma porta ao lado da escada. – Mais tarde vocês conversam mais!- falou vendo a cara emburrada de Alice.

A sala de Carlisle, era uma mini clinica, muito bem equipada. Haviam vários aparelhos que me faziam pensar em quem ele usava tudo aquilo.

– Você não pensa em voltar para o hospital, Carlisle?- perguntei, olhando um monitor de controle de batimentos cardíacos.

– Pensar eu penso, ! Mais fica inviável. Já se passaram oito anos que comecei a trabalhar lá, eles iriam desconfiar. - ele explicou.

– Entendo! Mas você não pensa nem em montar um consultório ou algo assim?- perguntei me sentando na cadeira à sua frente.

– Em Forks, não tem como.

– Em Forks, não, mas em La Push... – larguei no ar. Carlisle me olhou por alguns segundos como se ponderasse a idéia.

– Não sei se o Conselho permitiria.- ele disse.

– Se esse é o problema, deixa comigo! – falei sorrindo. Carlisle sorriu também.

– Bem, vamos a consulta! – disse. – Sabe , estou um pouco preocupado com você!

– Comigo?- perguntei espantada.

– Te achei abaixo do peso! Você tem se alimentado bem?

– Sim! Quer dizer, mais ou menos!

– Você sabe que essa é a época que o feto precisa engordar, ele já cresceu tudo o que tinha para crescer e agora precisa ganhar peso. E se ele não tiver alimentação suficiente, vai pegar isso de você!

– Eu sei!

–Vamos ver que tamanho ele está!- Carlisle disse me indicando a maca. Subi nela levantando minha blusa e expondo a minha enorme barriga. Carlisle mediu a linha do meu umbigo. – Ele vai ser bem grande! Você está de 34 semanas?

– Sim! – respondi.

– E como está se sentindo?- perguntou arregalando meus olhos e examinando.

– Cansada de estar grávida! – falei e ri abafado.

– Normal! – ele disse sorrindo. – Vamos ver como ele está? Por favor deite-se.

Carlisle ligou a maquina de ultrasonografia e eu dei mais uma olhada para a porta. Onde, diabos, Jake havia se metido? pensei, enquanto ele lambuzava minha barriga com um gel gelado.

– Pronta?- Carlisle perguntou colocando o aparelho sonar na minha barriga. Após alguns minutos ali estava ele. PERFEITO!

– Por que vocês não me esper.... – Jake disse entrando pela porta, mas então seus olhos caíram no monitor. – É ele? – perguntou com os olhos fixos na tela.



– Sim! – respondi sorrindo vendo que ele sorria também. Jake segurou minha mão.

– Ele é lindo! – falou.

– E perfeito!- Carlisle completou. Ele mexeu o sonar pela minha barriga, fazendo com que tivéssemos outras visões do meu bebê. – Já tem um nome? – perguntou.

Eu olhei para Jacob e sorri.

– John Jacob! – respondi. Olhei novamente para Carlisle e ele estava sério olhando para tela, enquanto apertava alguns botões.

– Algum problema, doutor?- Jacob perguntou, também estranhando a reação dele.

– Ele é bem grande!- Carlisle disse.

– É, eu bem sei disso!- falei.

, você fez algum exame de glicemia? – Carlisle me perguntou.

– Claro! –respondi. – Você não está achando que é esse o motivo, não é?

– Não sei! – ele respondeu.

– Você querem falar minha língua?- Jake reclamou.

– Um dos motivos do bebê ser acima do normal, é a mãe ser diabética! – Carlisle explicou.

– A está doente?- Jacob perguntou a Carlisle.

– Não estou! – respondi.

– Claro que o outro motivo seria por ele ser a genética. – Carlisle disse, mas Jacob parecia não ouvir mais nada. Uma enorme ruga havia nascido em sua testa.

– O que é o mais lógico!- falei, ainda olhando para Jacob.

– Claro, mas gostaria de tirar a duvida. Você se opõem ? – Carlisle perguntou.

– Não! Ela não se opõe. – Jake respondeu antes que eu pudesse abrir a boca e dizer que aquilo era uma grande besteira.

Girei os olhos.

– Bem vou tirar um pouco de sangue, então! – Carlisle disse.

– Não precisa! – falei. – Carlisle você é a melhor pessoa para responder isso. Você sente algum cheiro mais doce no meu sangue?- perguntei.

– Não, , mas mesmo assim eu gostaria de fazer o exame.

– Claro, doutor, pode fazer! – Jacob disse me olhando feio pela minha relutância.

Limpei minha barriga com a ajuda de Jake e me sentei na cadeira novamente.

– Bem, à tarde eu passo o resultado para vocês! Certo?- Carlisle disse guardando o frasco com meu sangue, depois de coletá-lo. – Vou te passar um suplemento vitamínico, !- ele olhou para Jacob depois de rabiscar em um papel. – A está abaixo do peso, Jake! Queria que você prestasse atenção na alimentação dela!

AFFF!!! passei a mão pelos cabelos. Agora sim que Jake ficaria neurótico e me enlouqueceria.

– Mas claro, doutor! – Jake me olhou serio novamente.

– Muito bem, eu ligo com o resultado dos exames. – Carlisle sorriu.

oOo

Estávamos parados ao lado do carro. Eu sentindo o olhar inquisidor de Jake, como se fosse um pai zangado com uma filha que não tinha passado na prova.

– Eu não estou doente! – falei para ele, pelo que me pareceu a milésima vez.

– E porque você não está comendo?- ele me perguntou sério.

está doente?- Collin perguntou.

– Não! – respondi entrando no carro. Prendi o cinto de segurança.

– Já vai Dona Flor? – Renesmee me perguntou sorrindo.

– Como é?- perguntei tentando me levantar e sendo segurada pelo cinto.

– O que você disse?- Jake perguntou confuso.

– A Tia , me lembra um livro que li. Literatura brasileira. – Ela se abaixou para me ver melhor. – Você conhece, não conhece, tia?

– Sim, conheço Renesmee, mas não acho que seja para sua faixa etária. Tenho outro para te indicar, O Sítio do Picapau Amarelo! Acho mais apropriado para uma criança! – falei.

Ela fechou a cara e eu bati a porta. Jake deu a volta entrando no carro, desistindo de tentar entender a nossa conversa. Claro que ele não conhecia a história do livro.

– Ué! Você não ia pra ronda?- perguntei, vendo que Collin estava no banco de trás e Jake na direção.

– Não! Vou ficar com você até ter certeza que você está bem!

Bufei!

– A não está bem?- Collin perguntou novamente.

– Estou ótima! – rosnei. – A única coisa que me deixa mal é essa garota! – falei enquanto Jake dirigia pela estrada. – Que menina irritante!

– Acho que você dá muita importância pra o que ela diz! – Jake falou.

– Jake, ela faz tudo pra me irritar! – falei.

– Não acredito que ela faça de propósito! – Jake disse.

– E eu não acredito que você a está defendendo! – falei indignada.

– Não estou defendendo, só acho que você está sendo mais criança que ela!

Eu estou sendo criança! Você não vê que ela dá em cima de você?

Jake riu. – Ai ! Você tem cada idéia!

- Como você é cego Jake! – falei abrindo a porta assim que ele parou o carro.

– Collin, vá correr com o bando, diga a Sam que só vou à tarde!- Jake disse.

Entrei na casa de John tentando acalmar o tremor das minhas mãos.

– Mamãe!- veio correndo e se abraçou em minhas pernas.

– Oi meu Anjo! Como você está? – perguntei, já sentindo toda a irritação evaporando. tinha esse poder comigo.

– Tô bem, mamãe! Seth brincou de Barbie comigo! – ela disse apontando para a sala onde Seth tentava fazer um penteado na boneca. Sorri.

– Que bom, linda!- falei.

– Onde está minha princesa?- Jake perguntou entrando pela porta. correu para ele.

– Como vai mãe? Tudo certo?- perguntei para Lilian que estava limpando a cozinha.

– Tudo bem, minha filha! – ela respondeu, tirando as luvas de borracha.

– Olha o seu neto! – falei mostrando a foto 3D. Seth se aproximou para ver também. Mas então eu notei a falta de alguém. – Onde está Lobo?

– Ah! – minha mãe exclamou sem jeito. – Eu o coloquei para fora de manhã cedo. – ela falou.

– Mas ele não está lá fora! – falei já indo em direção a porta e saindo. A chuva fina e gelada havia recomeçado. – LOBO! – chamei.

– LOBO! VEM CÁ RAPAZ! – Jake chamou se juntando a mim no jardim. – Vá para dentro, . Eu vou procurá–lo.

Assenti e fui para a varanda onde Lilian estava com no colo. Jake foi para a lateral da casa.

– Ele deve ter só sado para dar uma volta! – Lilian disse tentando me acalmar sem sucesso.

– Ele nunca sai de perto! E sempre que ele ouve o carro, vem correndo! – falei angustiada.

Jacob apareceu em sua forma de lobo, fazendo com que Lilian desse um grito. Revirei os olhos!

– É só o papai, vovó! – disse. – Ele vai trazer o Lobo de volta!

Jake me olhou depois encostou o nariz no chão, farejando logo saiu correndo em direção a floresta.

– Ele deve ter arrumado uma namorada! – Seth disse.

– Ele é castrado!- murmurei. Onde estava meu cachorro?

– Vamos entrar, boneca! Está muito frio aqui fora! – Lilian disse para a levando para dentro, antes de passar a porta ela se virou para mim. – Me desculpe, minha filha. Não tive a intenção!

– Tudo bem, mãe! Mas Lobo faz parte da minha família.

– Eu sei! Prometo ser mais tolerante com ele!- ela falou antes de entrar.

Meus olhos ainda estavam fixos na mata, no mesmo local onde Jake entrou no meio das árvores. Quando ele reapareceu em sua forma humana, carregando Lobo inerte em seus braços, meu coração disparou.

Não!

Corri em sua direção, sentindo o bolo na minha garganta aumentar.

Não! O Lobo Não!












Capítulo 19


Ouvir o coração de Lobo batendo, aliviou um pouco a angustia que eu estava sentindo. Coloquei toda a emoção de lado e deixei a profissional agir naquele momento. Lobo dependia do meu controle.

– Coloque ele perto da saida de ar quente Jake. – disse aumentando a temperatura do termostato na parede.

Me ajelhei ao seu lado comeando a anamnese. Os olhos estavam fixos, a respiração rapida e abdominal. As patas estavam geladas e as gengivas brancas.

– Ele está bem, mamãe?- perguntou.

– Deixa a mamãe trabalhar, princesa!- Seth disse a pegando no colo.

– Mãe, eu preciso de água quente! Jacob me alcança aqueles cobertores!- pedi. – Seth, preciso que você me traga a caixa de primeiros socorros que está lá em casa. O mais rápido possível! – Seth assentiu largando sentada no sofá e saindo correndo.

Puxei as almofadas que estavam no sofá e coloquei em baixo de Lobo. Ele estava em choque e precisava urgente que o sangue retornasse a circular novamente.

– O que você acha, que ele foi atacado?- Jacob me perguntou.

– Sim! – respondi. O enorme hematoma que Lobo carregava na lateral do corpo mostrava isso.

– Pode ter sido um urso! – Jake sussurrou, enquanto pegava as bolsas de água quente que Lilian havia preparado e me alcançando.

– Você sente cheiro de urso nele?- perguntei, duvidando daquela suposição. Algo na mata havia atacado Lobo. Algo que eu e ele já haviamos precentido. Olhei para Jake séria.

– Não! – ele respondeu. Jacob olhou para o cahcorro enrrugando o cenho.

– Fui o mais rapido que consegui! – Seth disse entrando pela porta. – Espero que ninguém tenha me visto. – ele me entregou a caixa de primeiros socorros que eu abri retirando o ringuer e o equipo*.
* Ringuer com Lactato é um tipo de soro intravenoso. Equipo é o caninho que sai do soro e se conecta ao butter para infusão venosa.

– Preciso de um lugar para pendurar isso!- falei mostrando o frasco do soro. Jake correu pegando um cabideiro que estava na entrada da casa.

– Isso serve?- ele perguntou.

– Sim!- respondi entregando o frasco a para ele. – Onde você o encontrou, Jake?- perguntei.

– Ele estava ao lado de uma árvore. – ele respondeu enquanto eu colocava a agulha do butter na veia da pata de Lobo e ele dependurava o frasco.

– Você acha que ele pode ter sido arremeçado contra a árvore? – Seth me perguntou.

Olhei para o liquido que pingava no equipo.

– Tenho certeza! – examinei Lobo e ele já piscava e mexia os olhos, sinal que o cerebro estava recebendo oxigenação novamente.

, isso foi aqui em frente de casa!- Jake disse me olhando sério.

Agora seria a hora de contar a verdade. Respirei fundo e engoli em seco.

– Não seria a primeira vez que alguma coisa estaria rondando a casa!- despejei em um só folego.

Jake segurou meu braço fazendo com que eu olhasse para ele.

– O que você está me dizendo? – ele perguntou. – Você sabe de alguma coisa ?

– Eu não vi nada, eu... – virei o rosto para Lobo. – só sei! Foram algumas vezes!

Jacob se levantou ainda me olhando com as sobrancelhas juntas, a boca meio aberta, totalmente desacreditado.

– Porque você não me disse? – me perguntou.

Olhei para que nos olhava com os olhos arregalados e me levantei. Lobo abanou o rabo devagar, mostrando que estava melhorando.

– Vamos conversar lá em cima, por favor? – falei me virando e subindo as escadas com ele ao meu encalço.

– Porque você não me disse ? Jesus! Eles estão em La Push! – ele exasperou.

– Fale baixo!- sibilei.

– Você não podia ter guardado isso pra você! – então ele ergueu uma sobrancelha e depois apertou os olhos. – Quem mais sabe?- perguntou entre dentes.

– Eu pedi pro Collin não contar, ok? Não foi culpa dele!

– Se você pediu ou não, não intressa, ele tem que se reportar a mim! – Jake respondeu. – Se você não se importa com você, pense no meu filho que você está carregando!

– Eu penso! Penso nele e em você também! – me aproximei dele, ainda sob seu olhar fulminante. – Jake, como eu ia te dar mais preocupações, se eu não tinha nada concreto?

– Você tinha que ter me dito!- ele disse se afastando. Bufei e deixei meu corpo cair na cama, olhando pro chão. – Eu sou seu marido, . É pra mim que você tem que contar essas coisas. Não confia mais em mim?

– Você sabe que eu confio! – falei já cansada da discussão. Brigar com Jake sempre me fazia sentir mal. – É que eu nunca me senti realmente em perigo, eu só... sabia que estava sendo vigiada! Mas agora com isso que aconteceu com o Lobo...

– Que podia ter sido com você, ou com qualquer outro. você podia ter colocado toda La Push em perigo!

Meu coração acelerou e eu olhei para ele, Eu fiz isso? – Eu não tive a intenção! – sussurrei.

– Você não tem noção de como essa informação é importante? Isso quer dizer que estão passando por nós!

– Já disse que não foi minha intenção, Jacob! – falei fechando os olhos. Se ele queria me deixar culpada, tinha conseguido. – Não vou fazer de novo!

– Acho bom! – ele disse ainda bravo. Abri os olhos quando ele abriu a porta. Jake estava paralizado com a mão na maçaneta.

– Onde você vai?- perguntei. Eu também estava chateada. Será que Jake não via que eu estava arrependinda? Custava tanto me perdoar?

– Vou ter que rever as rondas! Mas ainda quero esperar a ligação de Carlisle. – ele olhou para mim por um instante, pegou o celular do bolso, discando rapidamente. – Carlisle? É Jacob!

– Claro Jacob! – Carlisle respondeu.

– Desculpe incomodar, mas queria saber se você já tem o resultado do exame.

Eu entendo sua ansiedade, Jacob. Já tenho o resultado sim. Fique tranquilo, está tudo normal! só está um pouco anemica! Vou receitar umas pilulas de ferro e ficará tudo bem. Dede que ela se alimente corretamente, claro! – Jacob me olhou serio.

– Claro doutor, eu vou vigiar isso pessoalmente!- Jacob se virou e saiu sem nem ao menos se despedir. Ele devia estar furioso mesmo!

Deitei na cama colocando um travesseiro na cabeça.

– Onde você vai, Jake?- Seth perguntou.

– Vou falar com Sam! Seth fique aqui até um dos garotos chegar, ok?

– Claro! – Seth respondeu.

– E não deixe ninguém sair de casa! – Jake ordenou.

– Eu gostaria de ir na casa de seu pai, Jacob!- Lilian disse.

– Ninguém sai da casa! – Lilian não podia sentir, mas também deve ter tremido quando o eco do timbre de alfa ecoou pela casa. Me levantei e comecei a descer as escadas, tinha que ver como Lobo estava. – E Lilian, – Jake disse me olhando quando apareci nos degrais. – está anemica e abaixo do peso, você poderia cuidar disso pra mim. – minha boca escancarou soltando um resmungo de indignação. Ele queria me manter em carcere privado e ainda com Lilian me enchendo e me entupindo de comida? Isso já era tortura!

– Pode deixar filho, vou fazer uma vitamina agora mesmo. – ela disse indo para a cozinha.

Fui em direção a Lobo sacudindo a cabeça. Jacob suspirou e saiu.

– Papi está brabo, mamãe? – me perguntou se ajoelhando ao lado de Lobo e passando a mãozinha na sua cabeça. Ele respondeu batendo a cauda no chão. Já estava bem mais desperto.

– Ele só está preocupado, amor! Mas não é nada com você, ok?- falei retirando a agulha da veia de Lobo. Agora ele só precisava dos antibioticos e tempo pra se recuperar.

– Foi um deles que fez isso?- Seth perguntou sério.

– Acredito que sim! – respondi.

oOo

Acordei assustada. Peguei meu celular na mesinha da cabeceira e pisquei para focalizar a hora que ele marcava. 2:07 AM. A porta da entrada foi aberta vagarosamente e os passos silenciosos de Jake soaram na escada. Ele foi direto para o banheiro, onde ouvi o barulho da água do chuveiro. Respirei fundo. Ele só está tentando descobrir os autores do ataque. Afirmei mentalmente tentando empurrar para o fundo da minha mente qualquer resquício de dúvida, ciúmes ou insegurança.

Jacob abriu a porta entrando somente enrolado em uma toalha. As gotas que caiam dos cabelos molhados corriam pelo seu peito.

– Ainda acordada?- ele sussurrou se deitando ao meu lado.

– Acordei agora. Você me perdoa? – perguntei me deitando em seu braço.

– Claro! – respondeu, mas ainda continuava sério. Jake não tinha mandado Collin, no lugar dele vieram Embry e Jared. O que me fez estranhar, mas perguntar o porque poderia trazer mais discussão a tona, então deixei de lado. Por enquanto.

– Já jantou? – perguntei.

– Sim, jantei nos Cullens! – Jacob viu minha careta confusa. – Nessie também come comida normal. – ele explicou.

Nessie?

– Renesmee é muito grande! Não sei de onde Bella tirou esse nome.

Apelidinhos! Pensei trincando o maxilar. Respirei fundo tentando me convencer que aquilo era só um ciúmes besta. Então o cheiro de Jacob misturado com sabonete atordoou os meus sentidos. Fiquei completamente ciente de que ele ainda usava somente uma toalha. Passei meu nariz devagar pelo peito dele. Minha perna subiu se entrelaçando nas dele. Deslizei minha mão pela sua barriga, descendo mais ao sul. Jacob bocejou!

– Estou tão cansado! – ele disse. Aquilo foi como um balde de água fria. Joguei as cobertas e coloquei minhas pernas para fora da cama. – Onde você vai?- ele perguntou assim que me viu levantar.

– Vou tirar o seu jantar do forno antes que azede. – respondi sem olhá-lo, tentando engolir o bolo que se formava em minha garanta.

Não tinha como Jake não ter entendido minhas intenções. E ele nunca precisou de muito estimulo para querer fazer amor comigo. Cansaço nunca foi desculpa! Desci as escadas com Lobo estava deitado, mas se levantou com dificuldades, vindo ao meu encontro. Abri forno e tirei o prato com o assado de dentro despejando inteiro na tigela dele, que Lobo aceitou de imediato.

Olhei para o meu reflexo no vidro da porta dos fundos. Eu estava enorme! E ainda usando aquela camisola que mais parecia uma tenda. Eu sabia que era loucura, eu estava grávida e Jake me amava! Mas eu me sentia tão pouco atraente, eu não o culpava por não querer nada comigo. Jake era homem acima de tudo. Apoiei os cotovelos na bancada da pia, afundando meu rosto nas mãos. Todos os sentimentos que eu tentava reprimir vindo à tona, como uma avalanche.

Me arrastei até a sala e desabei no sofá. Eu não queria me sentir insegura, não queria sentir ciúmes, Mas a falta que Jake me fazia, todas as horas que a gente passava longe e ... tão perto... dela. ARG! Quem aquela pirralha pensava que era? Não podia ser só coisa da minha cabeça. Tinha coisa muito errada ai. E a rejeição sutil de Jake, só aumentavam minhas suspeitas.

Rejeição! Meus olhos se encheram de lágrimas e logo elas correram pelo rosto. Ele nunca tinha se negado antes, na verdade eu era quem puxava o freio de mão. O que estava acontecendo com meu casamento? Qual era o problema de Forks afinal? Esfreguei as mãos no rosto frustrada. Eu tinha que tomar providências. Estava se abrindo um abismo entre nós, e isso eu não podia deixar acontecer.

Eu devia ter adormecido, pois de repente senti mãos quentes retirando os cabelos de meu rosto. O braço de Jake deslizou para baixo da minha cabeça enquanto outro rodeou minhas pernas. Ele encostou a boca de leve na minha testa enquanto me erguia.

– Que foi? – sussurrei enquanto ele me levava escada acima.

– Eu não consigo dormir sem você do meu lado!- ele disse baixinho me ajeitando na cama. Sua mão deslizou pela minha perna levantando minha camisola. Eu me virei de costas para ele. Não queria que ele se sentisse obrigado a nada. Talvez fosse só infantilidade minha. Mas eu estava grávida, com os hormônios a mil. Tinha todo o direito!

Ele se afastou meu cabelo do meu pescoço, me beijando ali.

– Quero dormir Jake! Estou cansada! – falei duramente, ainda encolhida virada de costas para ele. Eu não estava cansada, estava magoada, sensível, me sentindo excluída da vida dele. Jake suspirou e se jogou na cama, visivelmente chateado também. Problema dele!

– Qual o problema?- Jacob perguntou.

– Você está diferente!- respondi ainda deitada de costas para ele. – O jeito que você fala dela, mesmo sabendo que eu não a suporto, é para me fazer sentir ciumes? – perguntei sentindo uma lagrima correr pelo rosto e molhar o travesseiro.

– Você acha que eu estou te traindo com a Renesmee?- ele perguntou de volta. Eu não respondi. – Isso chega a ser ridiculo! – Jacob jogou os braços pra cima. Depois ele respirou fundo se acalmando e se levantou de lado se apoiand em um braço. – *Kwop kilawtley, ! – disse no meu ouvido. – Nunca se esqueça disso!
N/A *Eu te Amo! Na lingua Quileute.













Capítulo 20


Me espreguicei me virando na cama, sentindo minha mão tocar o vazio do lugar ao lado. Lugar de Jacob. Virei o rosto comprovando o que já suspeitava. Ele não estava lá. Suspirei alto, olhando para o teto, teria que dar um jeito de concertar as coisas.

Pulei da cama, troquei de roupa e desci as escadas, pela luminosidade que estava a casa, ele já devia ter saído há tempos.

– Bom dia, minha filha!- Lilian disse assim que me viu.

– Bom dia!- respondi, sentando na caseira da cozinha. – Perdi a hora! – falei.

– Que isso, você precisava dormir!- ela disse sorrindo, enquanto terminava de preparar o café.

– Precisa de ajuda? – perguntei me levantando e parando ao seu lado.

– Não, querida, já está tudo pronto! – ela respondeu. Cocei a cabeça de Lobo que se esfregava em minhas pernas. – Ele inclusive, – ela disse apontando para o cão. – já tomou seu café da manhã.

Pelo jeito Lilian queria mesmo se redimir com Lobo.

– Você viu Jake sair?- perguntei passando a mão entre as orelhas do cão..

– Sim! Quando acordei ele e Seth estavam saindo! Pediu para que eu a deixasse descansar. também está dormindo. – ela disse. – Achei estranho ele não deixar ninguém aqui! – ela falou provavelmente se referindo ao fato de Collin não ter mais aparecido.

– Tem dois lobos correndo em volta da casa! – disse desanimada.

– Ah! – ela exclamou olhando para fora pela janela. – Mas nós não podemos ficar presa aqui, ! Você tem que ver colégio para e eu quero resolver sobre a festa de Natal!

– Eu sei! – bufei esfregando minha cabeça frustrada. – Vou falar com Jake!

– Eu sei que vai! Agora sente–se que vou te servir.

Suspirei! Pelo jeito meu castigo seria ficar presa em casa sendo entupida de comida! Jake às vezes sabe ser cruel.

– Filha,– Lilian disse se sentando a minha frente enquanto eu remexia meu gosmento mingau de aveia. – ontem com a confusão esqueci de te dizer que o carteiro passou e deixou isso! – ela jogou uma pilha de cartas em minha frente.

Mais contas? torci a boca.

– Tudo bem, depois eu olho! – falei desanimada.

, você não acha mais seguro para as crianças, se vc fosse passar um tempo no Brasil. – Lilian disse assim que tomei coragem de colocar aquela meleca branca na minha boca.

Levantei os olhos.

– Não mãe, não acho! Jake não sairia de La Push de qualquer forma, e eu não vou deixar meu marido!- afirmei depois de engolir a comida sem gosto. Lilian suspirou. – Mas a senhora pode voltar se quiser!- falei colocando outra colher na boca.

– E deixar você sozinha, tão perto do bebê nascer? – ela me perguntou.

Pisquei varias vezes. – Mãe! O bebê nasce em janeiro, você não vai estar aqui de qualquer forma.

Lilian se apoiou nos braços. – Eu estive pensando... – ela começou.

Ai meu Deus! Ela não podia estar falando sério né? Ela não vai ficar mais tempo!

– Mãe, Carlos deve estar com saudades! – tentei argumentar.

Lilian estalou a língua se encostando na cadeira. – Eu e Carlos estamos nos divorciando!- despejou.

Arregalei os olhos. – Como é? – perguntei incrédula.

– Por isso estou pensando em me mudar para cá!

– Porque você não me disse antes?- perguntei.

– Você tem seus problemas, não queria te preocupar mais! – ela respondeu.

– Você nunca gostou de La Push! – afirmei.

– Não é bem assim, ! Você tem que entender que era difícil pra eu aceitar o que... acontece por aqui!

– O que acontece por aqui acontece em outros lugares, não é privilégio de Forks. Por falar nisso, eu nunca soube como a senhora descobriu!

Ela me olhou sério. – Foi um choque! – começou. – Foi no dia em que seu tio Tom faleceu. – ela disse. Enruguei o cenho.

– O que aconteceu nesse dia?- perguntei curiosa.

–Imagina meu choque, quando seu pai foi buscar corpo de seu tio, que havia sido assassinado, e volta com um imenso lobo do tamanho de um urso! – ela disse.

– Tio Tom era um transmorfo?- perguntei. – E porque meu pai ou Tio Billy, não?

Lilian deu de ombros.

– Não sei! Talvez eles não tivessem tido contato com um vamp... vamp...

– Vampiro!- completei.

– Isso! – ela concordou.

– Só de pensar que isso existe de verdade! – Lilian se estremeceu. – Acho que eu morreria só de dar de cara com um!

– Mãe, o meu médico Dr Carlisle é um vampiro!- falei. Lilian abriu a boca e arregalou os olhos. – Ele é Cullen, se lembra? – Olhei para porta no mesmo instante que Lobo levantou as orelhas. – Tem alguém chegando. – disse encerrando a conversa. – Parece a caminhonete de Sam! – falei me levantando e indo até a porta.

– Oi Sam!- falei assim que ele desceu da caminhonete.

– E ai garota? Faz tempo que a gente não se fala! – ele respondeu fechando a porta onde dizia “Ulley Construções”.

– Pois é! Como está Emily e o pequeno Samuel? – perguntei.

– Estão bem!- ele respondeu. – Estão se preparando para irem para Makkah!- ele disse.

– Emily vai deixar La Push?- perguntei incrédula.

Sam assentiu juntando as sobrancelhas e torcendo a boca. – É mais seguro! Todas as impressões vão, Clair, Kim e as crianças, Rachel e as gêmeas. As que estão mais relutantes são Leah e Aiyana!

– Que Jake nem pense em quere me despachar! – falei cruzando os braços.

– Ele sabe! – Sam disse colocando a mão no meu ombro e sorrindo. – Vim dar uma olhada na casa pra começar a reforma! – ele informou.

– Claro!- falei o acompanhando até os fundos onde ficariam os quartos. – Mas Sam você acha que é o mais certo elas ficarem longe? Quer dizer, os garotos não vão se concentrar! – falei.

– Não temos como manter todos em segurança, ! Mesmo com o fechamento da fronteira de La Push!

– Vocês fecharam a fronteira? – perguntei.

– Sim!- ele respondeu. – Ninguém mais entra, nem sai, sem autorização!

Poxa! Jake não me contava mais nada! E seria só uma questão de tempo Jake me despachar também! Teria que pensar em outra solução!

– Sam, não seria mais fácil manter todos juntos, ao invés de todos separados? – perguntei.

Ele me olhou sério. – Mas onde comportaria tanta gente?- me perguntou.

–Hmmm – puxei pela memória. Lugar grande com vários cômodos! – Os Truman tem aquela velha pousada que só funciona no verão, não tem? Será que o Conselho não convence o velho Truman a ceder para nós? – perguntei.

Sam sorriu. Ele tinha comprado a idéia. – Não sei, mas podemos perguntar! – ele passou a mão na minha cabeça. – Agora me mostre as idéias que você tem nessa cabecinha para aumentar a casa! – disse.

oOo

A casa estava uma confusão com os garotos entrando e saindo o tempo todo. Mas o bom de ter transmorfos ajudando na reforma, era que rapidinho tudo estava pronto. O ruim era Lilian reclamando da sujeira que eles faziam e da bagunça que deixavam.

Os materiais para a obra não paravam de chegar, me fazendo pensar de onde tiraríamos dinheiro para pagar tudo aquilo!

E eu já estava enlouquecendo!

Recolhi os pratos sujos dos garotos de cima da mesa, deixando meus olhos caírem em cima dos envelopes que haviam chegado pelo correio. Ignorá-los não os fariam desaparecer.

Aproveitei que Lilian estava ocupada na cozinha, brincava de casinha com Seth no chão da sala e abri a primeira correspondências.


  • Cara Senhor(a) Raindrop

  • Viemos por meio dessa informar que encontra–se em nosso registro a existência de uma apólice de seguro de vida, contratada por John Raindop, tendo a Sr(a) como beneficiaria, no valor de 300.000 $...


Sentei na cadeira, tentando absorver o que tinha lido. Não podia ser verdade! Sorri olhando para carta. Rapidamente abri as outras duas que continham basicamente a mesma coisa. Eram três apólices no valor de 300.000 dólares cada.

Eu estava sonhando só podia.

– Algum problema, ? Você está ai paralisada, com esse papel na mão! – disse Seth.

– Da uma olhada nisso Seth! Olha o que John fez pela gente! – lhe entreguei as cartas.

– Nossa! – ele disse depois de passar os olhos. – Trezentos mil!

– São três, Seth! – falei apontando as outras duas. Seth arregalou os olhos.

– O que aconteceu?- Lilian apareceu na porta da cozinha. Sorri para ela.





















Capítulo 21


Eu caminhava de um lado para o outro. Não conseguia parar quieta. Tive que implorar e ameaçar os garotos para que eles não contassem para Jake a novidade. Eu queria dar a notícia!

já havia adormecido no sofá depois da janta. Me abaixei ao seu lado.

– Deixa que eu a levo para cima, !- Seth me disse a pegando no colo.

– Filha eu também vou deitar, ok? Já está tarde, você deveria dormir um pouco! – Lilian me disse.

– Mãe, eu vou esperar por Jake! – respondi.

– Ok!- ela levantou as mãos. – Você que sabe! Eu vou subir! Boa noite! – ea começou a subir as escadas. – Será que Jacob permite que eu visite Billy amanhã?

– Vou perguntar mãe! Boa Noite!- respondi.

Seth desceu as escadas. – está dormindo como um anjo! – ele disse se jogando no sofá.

– Tá com sono?- perguntei.

– Ainda não! – ele respondeu.

– Pipoca e filme?- perguntei.

– Demorou!- ele respondeu pegando o controle da TV. Todos os meus móveis tinham sido trazidos hoje, pelos meninos. Inclusive a TV LCD de 42” que havíamos ganhado dos Cullens de presente de casamento.

– Vou fazer a pipoca! – respondi pegando o pacote e colocando no microondas.

– Tem alguém chegando!- Seth disse juntando as sobrancelhas.

Não era Jacob, disso eu tinha certeza!

– Quem?- perguntei pra ele que saltou do sofá e foi até a porta da frente.

– Ué, cara! Que você tá fazendo aqui?- ele perguntou abrindo a porta assim que o cheiro de Collin entrou na casa.

– Entra, Collin! – falei da cozinha.

– Oi! – ele respondeu sorrindo.

– Você não tá de folga?- Seth perguntou se atirando no sofá novamente.

– Tô! – ele respondeu desviando os olhos para Seth. – mas, eu vim ver se tava tudo certo por aqui! – ele me olhou de novo. Cauteloso, as mãos fincadas nos bolsos.

– Está tudo certinho, sim! – respondi. – Mas você não quer ficar? Nós vamos ver um filme. Não quer?- perguntei. – Pipoca! – ofereci, pegando o pacote do microondas.

– Opa! Tô dentro!- ele respondeu sorrindo.

– Senta ai, então! – Seth disse apontando para a poltrona.

– Ai, eu não acredito, Seth! – falei jogando pipoca nele. – Lobisomem!?! Não tinha outro filme, não?- perguntei rindo me sentando no sofá dando um tapa nas pernas de Seth para que ele me deixasse um espaço.

– É bom! – ele respondeu rindo e se protegendo da chuva de pipoca. – mas da próxima vez procuro um de vampiro pra você! – ele disse rindo levando mais uma chuva de pipoca.

Collin riu!

– Ah não! Sanguessugas não! – ele falou se levantando e indo até a cozinha

– Eu também me nego! – eu disse. Seth bocejou. – Vai deitar! Aproveita que tá de quarto novo! – falei sorrindo

– Você vai ficar acordada?- ele me perguntou.

– Vou esperar o Jake! – respondi.

– Você quer ver o filme! – ele brincou apontando o dedo.

– Ah claro, com esse lobo lindo na TV! – respondi e revirei os olhos. – Vai descansar, Seth! – falei.

– Não vou te deixar sozinha, ! – Seth disse.

– E eu sou o que?- Collin perguntou saindo da cozinha com duas latas de refrigerante. – Vai dormir, cara! Eu só tenho ronda à tarde! – ele disse se jogando ao meu lado no sofá e pegando um punhado de pipoca pondo na boca.

Seth olhou sério para ele por alguns instantes e depois me olhou. – Jake pode demorar, !

– Não vou esperar por muito tempo, Seth, não se preocupe! – respondi.

– Ok então! Vou estrear minha cama! – ele disse sorrindo.

– Vai sim, querido! Você merece!- respondi, enquanto ele me dava um beijo na testa e saia em direção ao seu novo quarto. – Ok Collin me passa esse controle!

– Nã! Quero ver se matam o lobisomem! – ele disse levantando o braço afastando o controle de mim.

– Collin Littlesea! Me dá esse controle AGORA! – falei séria.

– Não! – ele respondeu rindo. Cruzei os braços. Eu odiava esse tipo de brincadeira infantil! – Ok, – ele disse rendido. – Mas eu troco! – falou zapiando pelos canais a cabo. – Pronto!- disse colocando em um canal qualquer. Collin gargalhou. – Esse filme é bom! – disse. Eu olhei para o relógio da parede, onze e meia da noite. Jake não tinha ligado, nem mandado nenhum recado, tinha passado o dia fora! Devia estar furioso ainda! Suspirei! – Hey! – Collin chamou.

– Uhm? O que?- perguntei.

- É uma comédia!- ele apontou para a televisão.

–É?- falei e depois sorri fraco. – Nem percebi.

– O que tá acontecendo, ? – me perguntou.

– Nada! – respondi e sorri para ele.

, você não me engana. O que está acontecendo?- perguntou de novo.

Bufei.

– Você acha que eu fiz errado em não contar pro Jake da sensação de estar sendo vigiada? – perguntei.

– Acho!- ele respondeu. Baixei os olhos e me encostei no sofá, enrugando o cenho. – Mas sei que você não fez por mal! – completou. Sorri fraco. – Não fique assim! – ele disse. – Vem cá! – falou abrindo os braços e me puxando para um abraço.

– Eu coloquei todos em perigo! – choraminguei. – Jake tem razão em estar furioso.

– Não! Não colocou não! E Jake não está bravo, não com você!- ele sorriu. – Ninguém consegue ficar bravo com você, ! – ele disse sério novamente me encarando e passando a mão pelo meu rosto.

Aquela proximidade toda tava me incomodando. Limpei a garganta e me encostei no sofá, fugindo do abraço.

– Melhor a gente ver o filme! – falei olhando pra TV, tendo total consciência que ele me encarava. – Acho que vou fazer mais pipoca! – disse levantando e indo até a cozinha. Sacudi a cabeça. Que besteira minha, Collin era meu irmão, que problema tem um abraço? Voltei colocando o prato de pipoca na frente dele e me acomodando ao seu lado.

Na TV a mocinha acordava em uma praia paradisíaca, sem nem saber como havia parado ali. Enquanto o mocinho sorria para ela com uma blusa florida e um coco na mão.

Na minha cabeça quem estava na praia era eu. Jake sorria vestido somente uma bermuda branca, enquanto o sol batia em suas costas criando uma áurea luminosa ao seu redor. Ele estava lindo! Sorri, enquanto ele se aproximava, seus olhos brilhando enquanto me olhava. Sua mão subiu até o meu rosto. “Eu te amo!” ele disse. – Eu também te amo! – respondi, antes de fechar os olhos e seus lábios encostarem nos meus.

– QUE MERDA TODA É ESSA? – acordei com Jake furioso em minha frente.

– Jake?- perguntei confusa. Olhei em volta para ver do que se tratava e pelo que parecia, eu havia adormecido no sofá, nos braços de Collin. Me afastei dele me endireitando no sofá.

– O que está acontecendo aqui?- Jake perguntou diretamente para Collin que também parecia confuso. Os cabelos pingando por causa da chuva que caia forte lá fora, deixando uma poça no piso de madeira.

– Bah cara, acho que dormimos! – Collin respondeu coçando a nuca.

Jacob deu um passo a frente, as mãos fechadas em punhos. Saltei em sua frente e coloquei a mão aberta em seu peito.

– Jake, eu queria te esperar e Seth e Collin ficaram me fazendo companhia.

Jake me olhou, as sobrancelhas ainda juntas. – Seth? – ele olhou em volta. – Onde está Seth?

– Ele já foi dormir! Se eu soubesse que você chegaria... – meus olhos foram até o relógio da parede. – ... três da manhã já teria ido dormir. – Cruzei os braços. – Porque você chegou a essa hora?- perguntei.

Jacob enrugou o cenho me olhando depois desviou os olhos para Collin se nem me responder.

– Não te troquei de posto?- ele perguntou duramente para Collin.

Collin ficou em pé, levantando as mãos. – Só vim ver como a estava!

– Ela está bem, não precisa que você... – Jacob começou mais foi interrompido por Collin.

– Como você sabe como ela está? Você nunca está com ela!- ele disse.

– O que?- Jacob perguntou com os olhos estreitos.

– O que?- ecoei a pergunta me virando para Collin. – Porque você acha que pode falar por mim?- perguntei.

eu vejo o jeito que você... – Collin começou.

Jacob trincou o maxilar. – Ela é minha esposa, Collin. Você não tem direito.. – Jacob disse furioso.

– Chega os dois! – falei tentando manter um tom baixo para não acordar ninguém. – Olha Collin, muito obrigada pela companhia, mas já está na hora de você ir, ok? – falei o empurrando porta fora.

– Você quer mesmo que eu vá ? – Collin perguntou com meio corpo ainda embaixo no alpendre.

– Claro que sim! – falei o empurrando.

– Vaza, antes que eu perca a paciência contigo! – Jacob falou da sala.

– Vai! – falei, praticamente fechando a porta na cara de Collin. Respirei fundo antes de me virar e voltar pra sala. – Você está louco? – perguntei a Jacob.

Eu estou louco? Eu chego em casa e encontro a minha mulher nos braços de outro! – ele esbravejou.

– Fale baixo! – falei entredentes. – Outro, Jake? Era o Collin, pelo amor de Deus! – Ele estreitou os olhos para mim. Respirei fundo. – Jake – comecei calmamente,mesmo que a minha vontade fosse bater nele. – eu queria te esperar acordada e Seth e Collin ficaram me fazendo companhia. Só que Seth foi dormir e eu e Collin cochilamos no sofá! Simples assim!- Jacob ainda me olhava desconfiado. Fechei os olhos tentando segurar as lagrimas de raiva. Malditos hormônios que me deixavam mais sensível. Uma delas escapou rolando pelo meu rosto. – Só queria te esperar acordada porque queria te mostrar isso! – disse tirando as cartas do bolso e socando em seu peito. Jacob as segurou, as olhando confuso. – Agora eu posso dormir! – falei me virando e subindo as escadas com Lobo me acompanhando.

Tirei minhas botas aos chutes, sentindo meu queixo tremer por causa do choro contido. Merda! Estava tão feliz e Jake conseguiu estragar tudo. Tirei a roupa vestindo somente uma camiseta e me atirando na cama. Passei a mão pela minha barriga, sentindo a minhas lágrimas molharem o travesseiro. Esse dinheiro tinha vindo em tão boa hora, pena que ele não resolveria todos os meus problemas com Jacob.

A porta se abriu e Jake caminhou silenciosamente até a cama que rangeu com seu peso, assim que ele subiu nela.

– Amor! – ele sussurrou. – Me perdoa?

– Tudo bem, Jake! Vá dormir, já tá tarde! – falei com a voz rouca.

Ele se aproximou mais me puxando pelos ombros até que eu me encostasse no seu peito.

– Eu fui um idiota!- ele disse. – Você com uma notícia tão boa para me dar e eu..

– Tendo crise de ciúmes! – resmunguei.

–É!- ele respondeu. – Não chora, por favor! – disse me virando e limpando meu rosto.

– Você achou mesmo que eu pudesse estar te traindo, Jake? E com o Collin? – perguntei o encarando.

– Sinto tanto a sua falta que morro de inveja de qualquer um que esteja ao seu lado! – ele disse fazendo eu me amolecer inteira. Sua mão subiu deslizando pela minha perna, apertando de leve a minha coxa.

Cruzei os dedos em sua nuca, puxando seu rosto caçando sua boca. – Vem!- sussurrei em seus lábios, minhas pernas se entrelaçando com as dele. – Vamos esquecer isso e matar essa saudade!- falei.

Jacob sorriu me puxando para ele, se encaixando em mim o melhor que podia.





















Capítulo 22


(N/A Flavinha vc sabe que essa é pra vc! Bjs)





























A sua boca deslizava pelo meu pescoço, enquanto sua mão subia pela minha coxa. – Jake você não tem que descansar?- perguntei ofegante.

– Com você gostosa desse jeito ao meu lado? Impossível! – ele disse no meu ouvido, fazendo um arrepio descer pela minha coluna.

Jacob estava deitado de lado na cama, uma de suas mãos segurando minha nuca, enquanto a outra apertava minha coxa.

– Mas você precisa descansar!- repeti, totalmente sem vontade de parar o que estávamos começando.

–Não estou cansado!- ele disse. Só que os círculos arroxeados embaixo dos olhos dele, desmentiam isso. – Não para você!

– Jake! – choraminguei enquanto ele mordia o lóbulo da minha orelha. – Você não é uma maquina!

– Por favor, ! Eu preciso de você! – ele disse se levantando o rosto o suficiente para me olhar nos olhos.

Assenti.

Os olhos dele queimavam os meus em puro desejo. – Como pode ser tão perfeita?- ele disse me fazendo girar os olhos. Jake sorriu. Aquele sorriso de sol que me fazia esquecer de tudo. Que me dizia que tudo daria certo!

– Eu te amo!- me ouvi dizer e sorri quando seus olhos brilharam ainda mais.

– Eu amo você!- ele respondeu. – Amo seu cheiro! – disse deslizando o nariz pelo meu pescoço. – Amo seu gosto! – falou traçando língua pela minha clavícula. – Hmm, seu gosto! – Ele gemeu – Isso me enlouquece! – ele disse pressionado sua ereção na lateral do meu quadril e depois sorriu malicioso se ajoelhando na cama. Eu já sabia o que estava por vir e ofeguei de antecipação.

Jacob levantou uma das minhas pernas beijando a parte interna da minha coxa. Deslizou a língua por toda ela, fazendo eu me remexer e agarrar os lençóis com força. Senti a sua mão forçar o elástico da minha calcinha me fazendo rir abafado. Não sei por que eu já não abolia o uso da peça, seria tão mais pratico!

Quando sua língua alcançou minha intimidade, hora penetrando hora sugando, puxei o travesseiro, colocando no rosto. Já tinha agüentado Seth reclamar dos barulhos, mas morreria se minha mãe comentasse algo.

Jake cravava as pontas dos dedos na lateral do meu quadril, aumentando a intensidade de seus movimentos, me fazendo delirar. Logo eu estava em êxtase. Senti todos os espasmos espalharem pelo meu corpo enquanto meu corpo relaxava. Jacob subiu minha camiseta, e eu estava sem condições de protestar quando ele descobriu minha barriga.

– Oi bebê!- ele sussurrou contra minha pele, me fazendo rir ainda de olhos fechados. – Você anda cuidando de sua mãe direitinho, não é? Não deixa nenhum gavião chegar perto dela, ok?

Fiz uma negativa com a cabeça ainda rindo.

– Vem cá!- chamei abrindo os olhos e vendo seu sorriso. – Ou você já parou?- perguntei.

– Com você se derretendo em mim? Estou mais acesso que nunca!- ele disse com sua voz rouca. Ele veio devagar para cima de mim. Seus braços fortes e musculosos se apoiaram na cama. Passei as minhas mãos em seu peito, e ele olhava para mim tão firme que eu já não estava agüentando mais. Já estava em chamas novamente.

Jacob chutou as bermudas e girou na cama me puxando com ele para que eu sentasse em cima de seu quadril. Baixei sua boxer só o suficiente para libertar seu membro ereto. Ele segurou a barra da minha camiseta a levantando e tirando por sobre minha cabeça. Eu conseguia sentir a umidade escorrer pelas minhas pernas e Jake percebia isso também.

Ele em suspendeu segurando meu quadril, me ajudando a me encaixar nele, sentindo Jake me preencher por dentro. Nos éramos assim, como duas peças complementares do mesmo quebra–cabeça. Tranquei a respiração por alguns segundos enquanto o sentia entrando em mim para logo me movimentar em cima dele.

Ele acompanhava os movimentos aumentando o ritmo das estocadas. Joguei a cabeça para trás, sentindo todo eu corpo ser percorrido por espasmos novamente. Jacob se contraiu, jorrando dentro de mim logo em seguida. Deixei meu corpo cair ao seu lado, enquanto me recuperava do orgasmo intenso que havia sentido.

– Agora sim!- ele disse com a respiração ainda ofegante, me puxando para ele.

– Agora sim, o que– perguntei já mais reposta.

– Agora sim, demarquei meu território! – ele disse rindo e escondendo o rosto na curvatura do meu pescoço.

– Ai Jake, que coisa mais horrível de se dizer! – falei rindo também.

– Você é minha, quero que todos saibam!

Claro que ele se referia ao cheiro dele no meu corpo. Sorri, porque o meu cheiro também estava impregnado nele. Me aconcheguei nele aspirando o nosso cheiro, porque agora não tínhamos mais um cheiro distinto e sim um só.

oOo

Acordar com o peso do braço de Jake pressionando meu peito era maravilhoso. Isso indicava que ele ainda estava ali e que a noite tinha sido real, mas a claridade da janela me dizia também que a hora dele acordar já havia passado.

Olhei para ele ressonando tão lindo a meu lado, que me deu pena de ter que acordá-lo. Bem, se eu fingisse que também ainda estava dormindo, não precisaria acordá-lo. Me acomodei em seus braços fechando novamente os olhos.

– Bom dia, dorminhoca! – ele sussurrou no meu ouvido.

– Shhhh! Vamos fingir que ainda estamos dormindo!- sussurrei de volta.

– Hmmm! Eu tenho outros planos!- ele disse acariciando meu seio, entrelaçando mais nossas pernas.

– Você não em que ir?- perguntei cruzando os dedos.

– Não! Seth está me substituindo hoje pela manhã! – ele respondeu. Sua mão puxando minha cintura encostando meu quadril em seu membro. – A manhã toda só para nós! – ele sussurrou no meu ouvido.

– Mamãe! – chamou.

Suspirei!

- Sem chances!- falei me levantando.

– Deixa que eu vou!- Jacob disse se sentando na cama e se espreguiçando. Deitei novamente enquanto o observava caminhar nu pelo quarto, olhando em volta procurando suas roupas.

– Que foi?- ele perguntou rindo colocando as bermudas.

– Só estou apreciando a paisagem! – respondi. Jacob flexionou os músculos se exibindo mais.

– Mamãeeeeeeeeeeeeee!- chamou mais uma vez.

– Vai lá paizão! – disse pra ele me espreguiçando mais uma vez.

Jacob saiu indo até o quarto dela.

– Bom dia, Jacob! – Lilian disse do lado de fora do quarto. –Eu tentei atender, mas ela disse que tinha que ser a mamãe!

– Ué! Não pode ser o super–paizão?- ele perguntou para a filha.

– Papai! – ela exclamou feliz.

Eu esperava que Jacob percebesse como a filha sentia falta dele também. Fechei os olhos me aconchegando nos travesseiros. Fazia tempo que eu não me dava um dia de preguiça, mas também depois da noite movimentada que tivemos, era mais que justo.

– Sonhando comigo?- Jake sussurrou no meu ouvido. Eu nem tinha percebido que havia adormecido novamente. Ele se aproximou mais, seu hálito de menta batendo no meu rosto, então me dei conta de algo e desviei. – Que foi?- ele perguntou juntando as sobrancelhas.

–Você escovou os dentes, eu não! – falei rindo saindo debaixo dele. Jake se deitou colocando as mãos cruzadas em baixo da cabeça. Olhei em volta procurando algo que pudesse dar pistas onde minhas roupas estavam. E debaixo do edredom saia um pedaço de tecido cinza, que identifiquei como minha camiseta. – Que foi?- perguntei rindo, vendo que Jake me observava.

– Só estou apreciando a paisagem!- ele repetiu a minha frase. Fiz uma negativa com a cabeça, enquanto vestia a camiseta.

– Você quer dizer, vendo a montanha! – disse passando a mão pela minha barriga.

Jacob se sentou na cama bem próximo a mim e me puxou para mais perto.

– As colinas! – falou passando os olhos pelos meus seios. – A planície! – sua mão deslizou pelas minhas costas. – Os morros!- disse rindo, passando a mão pela minha bunda, mas logo ficou serio novamente. A outra mão foi para meu rosto. – A areia branca e o mar! – disse olhando para os eu olhos. – Estou vendo La Push!- ele sussurrou puxando meu rosto para mais perto. Segurei seus ombros o restringindo.

Tentei segurar a risada, mas não consegui. – Credo Jake que coisa mais brega! – falei em meio ao riso.

– Eu estava te elogiando!- ele disse sério.

– Amor!- falei passando os braços pelo seu pescoço. – Só diz que me ama, que eu já fico feliz!

– Mas isso você já sabe! – ele disse ainda chateado. Serio que ele ficou ofendido?

– Mas é isso que me importa!- falei manhosa.

– Eu só queria te dizer que... – ele me olhou nos olhos.- Você e nosso filhos, são as únicas coisa que importam para mim. E que você e a mulher mais incrível que existe. Você é perfeita!- ele riu. – E eu acho que a única mulher que existe porque eu não enxergo mais nenhuma, já que você não sai da minha cabeça!

Ofeguei.

– Jake, isso foi lindo! – falei. Tinha a consciência de que eu estava com um enorme sorriso bobo e apaixonado no rosto. Jake foi se aproximando, seu hálito batendo na minha boca me fazendo salivar. – Muito lindo o que você disse, mas eu ainda tenho que escovar meus dentes. - falei me virando e saindo do quarto, rindo dos resmungos dele.


























Capítulo 23


– Então?- Jacob me perguntou enquanto tomávamos café da manhã. assistia ao Pica-pau na televisão, deitada no sofá e Lilian estava entretida limpando a cozinha. – Você já sabe como vai usar o seu dinheiro do seguro?

Engoli aquele grude de aveia que minha mãe chamava de mingau.

– Tenho algumas coisas em mente, para fazer com o nosso dinheiro do seguro! – respondi.

Jake ignorou a correção.

– Já pensou em montar a sua clinica na outra casa? – perguntou, me olhando com as sobrancelhas erguidas enquanto mordia uma torrada tão lambuzada de geléia que chegava a escorrer pelos lados..

– Na verdade, já tinha pensado nisso!- respondi remexendo a gororoba branca que era meu café da manhã, dito saudável. – Pensei também...- comecei o assunto delicado, largando a colher no prato. – sobre a loja de John. Ela está fechada já faz um tempo... – mordi o lábio.

– Achei que você não fosse querer vende–la!- Jacob disse se endireitando na cadeira.

Neguei com a cabeça. – Vende–la não, mas acho que é um bom lugar para uma oficina. – ergui as sobrancelhas sugestivamente.

– Não, ! – ele disse cruzando os braços. – O dinheiro é seu!

– Jake, o dinheiro é nosso! Nós somos casados! – apontei.

Jacob cruzou os braços imitando meu gesto. – Então eu posso opinar. Você tem que usar o dinheiro que John te deixou com você e com as crianças!

Suspirei.- Jake!- ele levantou indo em direção a varanda. O segui parando atrás dele. Jake observava a floresta com as sobrancelhas juntas.

– Eu disse não, !- ele falou antes de eu abrir minha boca.

– Por quê? – perguntei, passando a mão em seu ombro.

– Porque eu sou uma bosta de líder, que mal consegue manter seu próprio bando na linha, mal consigo sustentar minha família, se eu não conseguir um emprego pelas minhas próprias mãos, o que me resta? – ele desabafou.

– Jake!- ralhei. – Que monte de besteiras você disse!

– Besteira?- ele disse se virando para me olhar. Ele parecia aquele mesmo Jake amargurado que eu encontrei quando voltei a La Push, aquilo me assustou. – Cada dia que passa estamos mais longe de acharmos o assassino. Ele está nos fazendo de idiotas! – Grunhiu jogando as mãos para cima.

– Você pensa assim?- perguntei cruzando os braços. – Quantas pessoas foram atacadas desde que você assumiu o bando? – perguntei. – Uma, em quase um mês. Ao contrario das cinco que foram atacadas no mês passado! – respondi minha própria pergunta.- Porque você se desvaloriza tanto? – me aproximei. – Jake! Nós nunca fomos ricos e eu nunca me importei com isso. Você é um ótimo pai, um ótimo marido e um ótimo líder também! – disse passando as mãos pela sua cintura. Então me dei conta de uma coisa. – O que você quis dizer com: “Mal consegue manter seu próprio bando na linha”?

Jacob deitou a cabeça e ergueu as sobrancelhas, como dizendo que aquilo era óbvio. – Collin. – respondeu.

Bufei revirando os olhos.

– Eu já expliquei!

– Não é isso. Não é só isso! Collin tá estranho desde que voltei. Ta arredio. Vive disfarçando, bloqueando alguns pensamentos. Porque você acha que tirei ele do bando e coloquei pra cuidar de você! Mas pelo jeito, novamente fiz uma má escolha. Coloquei o lobo para cuidar do cordeiro!

Estalei a língua em desacordo.

– Collin não é mau!- falei. Jake enrugou o cenho. –Ok, ele pode estar confuso! Vou falar com ele! Mas Jake não brigue com Collin, ele é nosso irmão! – pedi.

Ele me olhou com o queixo erguido por alguns segundos. – Não vou brigar agora, mas vou estar de olho! – ele disse.

– Combinado! – o abracei mais forte. Jacob enlaçou minha cintura. – Mas eu ainda não desisti na oficina. - o avisei.

– Eu sei que não! – ele respondeu soltando um suspiro.

– Jake!- chamei fazendo com que ele olhasse para mim. – Eu tenho tanto orgulho de você! Nós todos temos! Por favor, não se desmereça! – falei.

– Eu também tenho muito orgulho de você, ! – ele disse segurando meu rosto. Jake se aproximou devagar, sempre me olhando com intensidade nos meus olhos, depois minha boca, seus lábios entreabertos, seu hálito batendo direto no meu rosto, me fazendo fechar os olhos.

Ouvimos a porta abrir e passinhos pelo assoalho da varanda.

– Papai, você não vai sair! Eu não vou deixar! – se agarrou nas pernas de Jake.

– Não sou só eu que te amo! – falei. Jake se abaixou e pegou a filha no colo.

– Você vai prender o papai, princesa?- perguntou rindo.

–Uhum! – ela respondeu assentindo com a cabecinha, batendo as mãos enluvadas. – Até Seth voltar!

– Aé? – Jake fingiu ficar chateado fazendo gargalhar. – Quer dizer que quando Seth chegar eu não tenho mais utilidade?- ele perguntou com os olhos estreitos.

gargalhou mais. – Sim! – ela respondeu.

– Agora você me paga, baixinha! Vou te encher de cócegas! – gritou faceira, enquanto Jake corria com ela no colo até quintal a rodando no ar.

Sentei no balanço de madeira da varanda, enquanto observando os dois brincarem no gramado congelado. Lobo abanava a cauda, mas ainda estava dolorido demais, para participar da brincadeira, então somente se sentou ao meu lado observando. Senti o bebê se mexendo e passei a mão pela barriga.

– Eu sei, bebê! Logo, logo, você vai poder brincar junto com eles! – falei sorrindo enquanto observava pai e filha brincando.

O uivo urgente se Seth cortou a floresta fazendo com que nós quatro congelássemos.

– Vá com sua mãe! – Jake ordenou que se virou e correu para mim. – Fique dentro de casa, entendeu ? – Jake disse.

Ele se virou tirando a camiseta e correndo para a floresta. Lilian saiu de casa, sentindo a urgência e pegando no colo. Desci as escadas correndo indo em direção a onde Jake havia desaparecido em meio as árvores.

– ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI?- Lilian gritou da varanda. Virei olhando para elas. Todos os meus músculos pediam pela transformação, para atender o chamado, mas eu não podia deixar minha mãe e minha filha em casa sem proteção. E Jacob me mataria, se eu não o obedecesse. Gritei de frustração, voltando para dentro de casa com as duas e Lobo.

oOo

POV JACOB BLACK

Joguei meus tênis os deixando caído em algum lugar do gramado. Os pegaria quando voltasse para casa. Minha camiseta já tinha voado, só as bermudas tive que parar e prende–las no tornozelo antes da transformação. Eu não sabia se precisaria delas mais tarde. Deixei o fogo se espalhar, já tão natural que nem mais precisava me concentrar, já fazia parte de mim. As minhas patas chegaram ao chão no mesmo instante que o caos chegou a minha cabeça.

”Vamos pega–la logo e acabar logo com isso!” “Está cortando pela esquerda!” “Está tentando fugir pelo penhasco!” “Não deixe que ela chegue ao oceano!”

Era tanto barulho que eu não conseguia saber quem dizia o que. Tive que me concentrar e tentar separar as vozes na minha cabeça. Só o que eu entendia é que era uma perseguição!

Mas que merda! Sempre que acontecia alguma coisa quando eu não estava por perto!

Que bom que você chegou, Jake! Acho que pegamos a assassina! Seth pensou.

Como é? perguntei. Vi pelos olhos de Seth uma pequena menina magra, com os cabelos negros e compridos. Ela era rápida! A garota corria seguindo a trilha do rio, enquanto o bando tentava alcança-la.

Vou cercá–la pelo outro lado! pensei dando a volta e indo pelo lado contrario.

Dois lobos apareceram correndo ao meu lado. Sam e Jared! Estamos com você, Jake!Sam pensou.

Cadê os Cullens, quando precisamos deles? Brad pensou, as árvores passando como um borrão pelos seus olhos.

Que Cullens, isso aqui é pessoal! Quer ver? Paul pensou saltando e quase abocanhando a garota, mas ela se abaixou bem na hora.

Mande ela pra cá Paul! ordenei. Cravei as unhas no chão aumentando a velocidade. Paul tinha razão, isso era pessoal. A lembrança dos olhos tristes de me instigaram, dando mais velocidade na corrida.

A garota deu uma guinada deixando Seth e Embry para trás, mudando de direção. Só que ela não contava que meu grupo estivesse vindo por aquele lado e acabou dando de cara comigo.

Abocanhei!





















Capítulo 24


POV JACOB BLACK

Meus dentes cravaram na carne do ombro da sanguessuga e eu sacudi a lançando longe. Um gosto de ferrugem tomou conta da minha boca enquanto eu corria para abocanhá-la novamente. Os outros a cercaram, querendo a fazer em pedaços. Então eu me toquei. ERA SANGUE!

PAREM lancei a ordem alfa fazendo com que todos paralisassem no mesmo instante. Todos os garotos estavam tensos e excitados, as mentes confusas com a adrenalina do ataque.

O que houve, Jacob? Sam perguntou. A respiração ainda ofegante e o os dentes a mostra.

Ela não é uma vampira! pensei farejando o ar. Nenhum cheiro diferente podia ser detectado. Me aproximei por entre os lobos do bando que abriram espaço para que eu passasse. A garota estava entre eles, encolhida. Ela não demonstrava nenhum tipo de reação, apenas tremia e chorava, sua cabeça protegida pelos braços magros, o sangue escorrendo pelo seu ombro, empapando a blusa fina que usava.

O que ela é? Quil perguntou se aproximando e tentando olhar por cima do ombro de Jared. Todo o bando se empurrava tentando chegar perto d garota que gemia e chorava, deitada na terra gelada. O sangue dela pingava formando uma poça no chão, mas o ferimento já não era tão visível.

Hibrida! respondi. Ouçam o coração! Todos se concentraram no batimento cardíaco da garota, mais rápido que de um humano. Ainda batia mais rapidamente, formando um zunido. Podíamos ouvir o sangue circulando nas veias rapidamente.

Mas ela não cheira que nem a gost... a hibrida Cullen! Brad pensou. Girei os olhos. Os hormônios desses garotos já haviam subido para cabeça e diluído o cérebro.

Verdade! O que será que isso significa? Sam pensou tentando voltar ao foco.

Todos farejavam em volta da garota e realmente nenhum cheiro era exalado, era como se ela não tivesse ali. A garota gemia e chorava, enquanto os focinhos a tocavam. Ela usava roupas rasgadas e finas, os pés sujos e descalços.

Olha! Não me interessa se ela é vampira ou meia vampira, se cheira a flores ou a amoníaco, por mim acabava com ela agora mesmo! Paul pensou.

E se não for ela? Seth perguntou.

Hibrida! Por isso Alice não podia vê–la! Por isso que não havia veneno nas vítimas! E mais o fato dela não ter cheiro, por isso que não a achávamos! Pensei.

Viu? Tudo indica que foi ela! Paul rosnou. Ecoei seu rosnado. Realmente tudo indicava que ela era a assassina. Não havia nenhuma duvida na minha cabeça, e se ela era vampira ou não isso não me importava Nem um pouco.

Ainda pode não ser ela, Jake! Seth pensou se colocando em minha frente. Ele não era tão grande quanto eu e Sam, mas já se destacava entre os outros lobos. Eu não entendia o que aquele garoto tinha. Será que ele não via que tava no próprio focinho?

Sai da frente garoto, que eu quero acabar com essa assassina! Ordenei com meus dentes amostra, as orelhas achatadas no crânio.

Ele tem razão, Jake! Não tem como saber se ela bebe sangue! Sam pensou, fazendo com que eu olha–se para ele.

Edward pode responder isso! Seth pensou, tentando mais uma vez me convencer a poupar a garota. Olhei novamente para a hibrida, ela estava caída, parecia tão frágil para ter feito tanto estrago.

Voltei meu olhar para eles novamente. A raiva que me corroia por dentro, diminuindo pouco a pouco. Não! Tudo fecha! pensei dando um passo em direção a garota. Então ela levantou a cabeça, seus olhos verdes apavorados fixos nos meus. Ela não tem cheiro! pensei novamente.

Então farejei o ar. O cheiro azedo, diferente de um vampiro, cheiro de comida estragada, começou a tomar conta da floresta.

Ela tem cheiro! Embry pensou espantado.

Que estranho! Eu jurava que não tinha nada ai! E agora... Jared pensou. Todos se entreolhavam confusos.

Estava tudo muito estranho! Collin, vá chamar os Cullens! ordenei. Ele assentiu se virando e correndo em direção a floresta.

Não é melhor alguém falar com ela? Seth perguntou.

Eu vou falar com ela! – respondi me afastando. Ainda bem que trouxe minhas bermudas. Pensei me refugiando em meio às árvores. Me transformei me vestindo rapidamente, voltando para onde os outros estavam.

Me aproximei vendo ela arregalar os olhos e se arrastar tentando se afastar de mim. Levantei a mão, tentando fazer com que ela se acalme. – Eu não vou te machucar! – falei. Não por hora!

– Per favore non mi uccida! – ela choramingou tentando se proteger, segurando o ombro machucado que já parara de sangrar.

Puta que pariu! Italiana! Agora sim!

Houve um murmúrio entre os lobos. E eu tive que me controlar tentando me acalmar. Os espasmos correram pelo meu corpo pedindo pela transformação. Eu queria muito acabar com ela, mas precisava ter certeza!

(N/A Meninas, Jake não entende italiano e normalmente ele fala inglês, mas sempre que ele falar em português ou “itaportunhol”, para tentar se comunicar com a hibrida, as frases estarão em negrito.)

–Io no voy a hacerte mal! – Falei tentando o máximo me comunicar com ela.

A garota me olhou confusa. – Non capisco quello che dici! – falou. – Ma per favore non mi uccida!

Merda! Como eu faria isso? Cocei a nuca. Bem eu teria que tentar uma comunicação.

– ¿Quién eres tu perguntei a ela.

A garota não respondeu, estremecendo novamente se virando em direção ao barulho da aproximação dos Cullens. Respirei aliviado.

– Deixa com a gente Jacob!- Edward disse acompanhado de Carlisle, Emmet e Bella.

– Mas ela é só uma criança!- Bella exclamou. Girei os olhos. “Criança”? Ela era uma anomalia. Carlisle se ajoelhou próximo dela, as mãos para cima e sinal de paz, mesmo assim a garota tentou se afastar rastejando mais pra longe.

– Ela é italiana!- falei entredentes.

Carlisle arregalou os olhos e depois assentiu. – Si chiama? – ele perguntou virando novamente pra ela. Ela não respondeu olhando para todos com olhos assustados. – Edward? – Carlisle chamou.

Edward estreitou os olhos com se forçasse a visão. – Nada! – ele respondeu.

– Você não consegue ler a mente dela, Telepata? – perguntei alarmado.

– Não! É como se tivesse uma parede branca protegendo os pensamentos dela. – ele respondeu pensativo.

– Como os meus?- Bella perguntou a olhando confusa.

– Não! Diferente!- ele disse pensativo.

– Per favore? – a garota sussurrou. –Non voglio fare del male! Voglio solo andare a casa!

Olhei para Edward.

– Ela disse que não fez nada de mal, que a única coisa que quer é voltar pra casa! – ele me respondeu.

Disso eu não estava certo. Ainda mais agora que Edward não podia me dar certeza de nada. Que bosta de poder esse!

Edward estreitou os olhos para mim.

– Noi non ti farà del male se si collabora! – Carlisle disse a ela. – Sei un Volturi? – ele perguntou. A garota fechou os olhos e estremeceu.

– Isso! Ela é um deles! Vamos acabar com isso logo! – falei dando um passo em sua direção.

Carlisle se levantou.- Calma Jacob! Nós ao temos certeza! – ele me disse colocando a mão gelada no meu ombro. . – E também se for, não entendo o porquê dos Volturis a abandonarem assim! – falou pensativo. –Tem alguma coisa muito errada!

– Tem sim! E é ela! – falei apontando a garota.

– Exato, Jacob!- Edward disse. – Mas nós precisamos dela para saber o que está acontecendo!

Realmente a história estava muito estranha. A origem da hibrida. Os motivos dos ataques. O motivo de La Push ser o alvo. O cerco em volta da . ! Ela precisava saber! Ela mais que ninguém tinha direito na decisão do que fazer com a criatura.

– Ok! – respondi. – Mas darei um prazo de 3 dias, para que ela fale alguma coisa. Depois disso...

– Justo!- Carlisle respondeu.

Edward e Emmet ajudaram a garota a levantar, a prendendo pelos braços.

– Mas falarei com a também!

– Sim, tem direito!- Edward concordou.

– Só mantenha ela presa! Se por acaso ela for pega zanzando, não teremos misericórdia!- falei duramente.

– Não se preocupe, Jacob! Nós seremos responsáveis por ela!

– Assim espero! – respondi. Eles assentiram se retirando e levando a hibrida com eles.

Ainda observei o ponto onde eles desapareceram sem saber se realmente tinha feito certo.

Me despi rapidamente, saltando e me transformando em pleno ar. Ainda me perguntava se tudo não tinha sido um grande erro e acabar com a assassina de uma vez, não teria sido a melhor saída. Eu tinha prometido a que iria pegar o assassino e deixei ele escapar das minhas mãos.

O lobo branco se aproximou de mim. Você não tem certeza, Jacob! Minha prima vai concordar com sua atitude! Kauã me disse.

Você fez o certo, Jake! Seth pensou.

Verdade, cara! Nós precisamos ter certeza! Embry pensou.

Então tá tudo certo pra vocês? Pelo menos por enquanto? Perguntei olhando para cada um daqueles focinhos.

Todos concordaram.

Eu só não entendi uma coisa? Quill perguntou. Que diabos quer dizer, “Io no voy a hacerte mal”?

Girei os olhos e todos tossiram uma risada.

oOo

Meus olhos bateram nos de atrás da vidraça da janela, assim que atravessei as ultimas árvores. Ela sai da janela abrindo a porta e correndo em minha direção. Aumentei a velocidade, para impedir que ela tivesse que se deslocar muito. parou em minha frente, seus olhos angustiados vasculhando meu rosto. As sobrancelhas juntas demonstrando a sua ansiedade.

– Como você está? O que aconteceu? Alguém se machucou?- ela despejou em cima de mim.

– Calma! – sorri passando as mãos pelos seus braços.

– Fala Jake! O que aconteceu?- ela perguntou novamente, mas não estava tão nervosa.

Sorri novamente. – Acho que nós pegamos, ! Pegamos o assassino!

Os olhos dela brilharam, aquecendo meu coração.

–Verdade? Me perguntou sorrindo.

– Sim! – respondi.

Seus braços envolveram minha cintura e ela apoiou a cabeça no meu peito. Eu a amava tanto! E estava muito feliz de tirar essa tristeza de cima dela. A puxei mais para mim, apertando em meus braços. Tão pequena, tão frágil Tão minha!

– Jake? – ela chamou.

– Hmm!

– Eu quero ver o assassino! – ela despejou me levando ao desespero.




















Capítulo 25


POV

As mãos de Jake apertavam na direção da velha caminhonete. Seus olhos estavam fixos na estrada, enquanto mantinham suas sobrancelhas juntas e seu maxilar flexionado. Todos os seus músculos se tencionaram e sua respiração ficou ruidosa. Ele tentava a todo custo controlar os tremores de suas mãos, enquanto dirigia até a casa dos Cullens. Embry, Jared e Quil, iam na carroceria, já que uma das condições de Jake era que eu teria a proteção dos garotos e qualquer perigo, seria retirada dali.

Suspirei, virando o rosto para a janela. Nada que eu falasse iria aclamá-lo naquela hora. Só que eu precisava ver o assassino de John com os próprios olhos e Jake teria que entender isso.

Jacob virou a direção na entrada do caminho da mansão, ainda com os olhos estreitos e o maxilar travado. Ele freou a caminhonete puxando o freio de mão, em frente a casa dos Cullens. Ele suspirou e abriu a porta.

– Jake? – chamei antes que ele saísse. Ele se virou inda me olhando sério. – Obrigada! – agradeci.

Ele fechou os olhos e respirou fundo. – Você não sabe o quanto isso está me custando, !

– Eu sei, Jake! Me perdoe, mas eu preciso! – falei.

Tão rápido que eu nem percebi como, a mão dele se entrelaçou nos meus cabelos, ele me puxou pela nuca encostando sua testa na minha.

– Você é a pessoa mais importante pra mim! – ele disse tão próximo, que seu hálito batia em meu rosto, me dando água na boca. Fechei os olhos esperando pelo beijo, mais ele se afastou. – Mantenha isso em mente! – ele disse saindo, me deixando frustrada. – E ao menor sinal de perigo, te arranco de lá!- falou saindo da caminhonete.

Parei um instante, deixando a sensação de frustração se dissipar, antes de sair do carro. Embry abriu a porta, me ajudando a descer. Jake já falava com Edward em frente a porta de costas para mim. Normalmente Jake estaria no lugar de Embry, o que mostrava quanto chateado ele ainda estava.

– Obrigada Em! – agradeci.

– Você consegue tudo dele, não é?- Embry perguntou sorrindo.

– Nem tudo! – respondi sorrindo, mas meus olhos não saiam dos músculos tensos das costas de Jacob.

– Como assim, não tem nada?- Jacob esbravejou.

– Não é tão fácil assim, Black! – Edward respondeu. – Ela ainda não se comunicou!

– Não se comunicou? – Jacob deu um passo a frente. Em um segundo eu estava ao lado dos dois. – Vocês têm um prazo! – ele sibilou.

– Jake! – chamei sua atenção para mim, tentando dissipar a tensão dos dois. Eu sabia que Jake e Edward nunca seriam grandes amigos. Eu tentava me convencer que isso se devia a incompatibilidade de gênios, ou mesmo por incompatibilidade de espécies, que nada tinha haver com a disputa por Bella no passado. Afinal Jacob não havia realmente amado Bella, não é mesmo? Jacob me olhou intensamente, desviando os olhos de Edward. – Edward, eu posso tentar? – perguntei sem desviar o olhar de Jacob. Ele arregalou os olhos. – É seguro o bastante?- perguntei agora olhando para Edward.

– Sim, ! – Edward respondeu. – É seguro! – disse se desviando para que eu entrasse.

– Tem certeza, Leitor de mentes? – Jacob perguntou nervoso. – Como você pode garantir se não pode ler a mente da coisa?

– Ela não é agressiva, Jacob! – Edward respondeu. Mas Jacob ainda não parecia convencido.

– Vem comigo, Jake!- pedi segurando sua mão. Jacob ainda pareceu pensar por alguns segundos, em um dilema interno. Então sinalizou que os outros três garotos do bando entrassem junto com a gente.

oOo

Realmente era um garota!

Na verdade, era um pouco mais de uma criança. Aparentava não ter mais de doze anos. Os enormes olhos verdes e assustados da hibrida se arregalaram quando eu entrei na sala onde ela era mantida cativa. Vigiada por Emmet e Jasper. Ela me olhava com um misto de curiosidade e medo, mas seus olhos tinham um brilho, uma espécie de excitação, como se eu fosse algo valioso.

– Ela não aceita nenhum tipo de alimento! Na verdade, parece que ela só conhece um tipo de alimentação!- Carlisle explicava para Jake, mas ele estava concentrado demais na criatura para prestar atenção. Ele praticamente a fuzilava com os olhos. Todo o corpo de Jacob, incluindo os tremores em suas mãos, diziam só uma coisa: “Um movimento e ela estava morta!”

– Como se chama? – perguntei em português. A hibrida arregalou os olhos encantada, como se ouvir minha voz fosse algo mágico. Ela quase chegou a sorrir, então num movimento impensado, ela se projetou pra frente, em minha direção. Em uma explosão, um enorme lobo vermelho estava em minha frente. Suas orelhas achatadas no crânio, seus dentes à mostra. A garota frágil se arrastou para longe apavorada. Lágrimas de pânico saiam de seus olhos. – Jake, espere! – pedi. Meus dedos enterrados no pêlo grosso do seu pescoço. Jacob parou de rosnar, mas sua postura não relaxou. Ele não lhe fará mal, se você não se mexer, ok? – falei em português novamente. A garota sacudiu a cabeça vigorosamente, assentindo. Seus olhos mal desviavam de Jacob por mais de alguns segundos. – Como se chama? – perguntei novamente.

– Fiorella! – ela respondeu com um forte sotaque italiano.

Todos da sala se entreolharam, pareciam surpresos com a disposição da hibrida em dar informação. Somente Jacob não desviava os olhos dela.

Mas só uma informação me importava.

–Fiorella, você matou os humanos? – perguntei.

A garota desviou os olhos para o chão. A resposta era mais clara do que ela tivesse falado em voz alta. Era ela! Mas será que era ela?

oOo

– Talvez ninguém a tenha ensinado! – Esme, com seu ar sempre maternal e protetor, falou. – Podemos ensiná–la! – Carlisle a abraçou, puxando a esposa para si.

Todos estavam reunidos na sala da mansão dos Cullens, discutindo o futuro da prisioneira. Eu estava apoiada no vidro frio, olhando pela enorme parede envidraçava que dava para o rio.

O rosto da hibrida não saia da cabeça.

Ela não passava de uma criança, não me espantava que John tivesse parado na estrada, se achasse que ela precisava de ajuda! Mas ela seria forte o bastante para surpreendê-lo em um ataque? John estava bem ciente da existência de criaturas como ela. Havia uma morando bem perto de nós.

Meus olhos foram para Renesmee, que folheava uma revista desinteressadamente.

Me lembrei de alguns anos atrás, quando Renesmee era pequena. Havia uma época que eu cheguei a achá–la... doce. E se não houvesse ninguém para ensiná–la do certo e errado? Ou pior. E se tivesse alguém que ensinasse para ela, que o errado é o certo?

Senti a aproximação de Edward.

– É isso que eu também penso, ! – ele disse.

– Pensa o que?- Jacob perguntou se aproximando e passando os braços pelos meus ombros.

– Que o problema de Fiorella é a falta de alguém que ensine os valores certos! – Edward respondeu.

– Isso não a exime do que ela fez!- Jacob apontou.

– Mas e se ela não soubesse que era errado, Jake?- disse.

ela matou John! – Jake disse.

- Eu sei! – respondi. – Mas ela não sabia!

Só que tinha mais. Nada me tirava da cabeça que ela podia estar sendo usada por alguém mais cruel. Somente uma isca.

Meus olhos foram para Edward. Ele parecia considerar meus pensamentos.

– Vamos para casa, Amor! Você parece cansada! – Jake sussurrou no meu ouvido. – Discutimos isso depois! – ele falou mais alto para os outros. – Vocês ainda têm três dias para tentar descobrir o que ela faz aqui! – Jacob disse antes de sairmos.


















Capítulo 26


Para chegar até a casa de John, era só seguir a Rodovia Quileute e depois entrar na St Alder. Então eu estranhei quando Jake pegou o caminho do centro de La Push, entrando a direita na Dr. River. Um caminho totalmente oposto.

- Onde vamos? – perguntei desviando os olhos da janela para encara-lo.

Jacob ainda parecia tenso, mantendo seu maxilar flexionado e as sobrancelhas juntas. Desde a saída da casa dos Cullens ele não havia relaxado nenhum minuto.

- Para a velha pousada!- ele disse ainda sério, sem desviar os olhos da estrada.

Novamente olhei para fora, no momento que passamos pelo Centro Comercial, todas as lojas com as portas abertas, menos a antiga loja de meu pai, que parecia suja e abandonada. Desviei os olhos para minhas mãos.

- Por quê?- perguntei. – Você ainda não acha que é seguro?

- Enquanto os Cullens não me derem uma certeza, ainda estamos de vigia. – ele disse sobriamente. Jake ainda estava chateado. Me virei no banco da caminhonete, o olhando fixamente por algum tempo. Jacob percebeu e me olhou de canto. – O que? – perguntou. – Foi idéia sua!

- Eu sei! Não é isso!- respondi. – Eu quero saber porque está tão chateado comigo.

- Não é com você! – ele respondeu, enrugando o cenho.

- O que é então?- perguntei.

Ele desviou novamente os olhos da estrada, me olhando seriamente por alguns instantes.

- Eu não sei , mas não gostei do jeito que aquela coisa olhou para você! – ele respondeu pensativo.

- Também achei estranho!- falei me lembrando da maneira que a hibrida me encarava.

Jacob parou a velha caminhonete em frente a velha construção, no mesmo instante que a porta da pousada se abriu e correu ao nosso encontro. Seth saiu logo atrás, sendo seguido por Lobo.

Ele rapidamente saltou da caminhonete, olhando atentamente em volta, suas narinas inflando a medida que ele tentava capturar algum resquício de alguma ameaça. Os três outros garotos que estavam na carroceria também desceram em sentido de alerta.

–Papai!- gritou indo direto para os braços de Jake.

– Princesa!- ele exclamou, pegando a filha no colo e girando no ar. Mas seus olhos não saiam da mata e sua postura tensa não relaxava.

Desci da caminhonete também olhando em volta, na hora percebi que não havia problema algum, não tinha nada lá! Como eu sabia, não tinha idéia!

Seth parou ao meu lado, fechando a porta da caminhonete para mim.

- Olá Seth! – cumprimentei. Ele sorriu em resposta, mas logo seus olhos foram para Jacob. Só pelo olhar dele em Seth, dava para perceber que ele não havia gostado nada de estar do lado de fora. Acariciei a cabeça de Lobo, que balançava a farta cauda, enquanto chamava com a mão.

- Amor!- falei para ela. – Está muito frio para ficar aqui fora. Prefiro que você só saia com a mamãe, com o papai ou com Seth, tudo bem?

- Ta bom, mamãe! – ela respondeu.

Jacob a colocou no chão e eu peguei sua mão a conduzindo para dentro de casa, enquanto ela me contava das brincadeiras que tinha feito com as outras crianças.

- Foi mesmo, linda!- respondi. Mas minha atenção estava nos dois lobos parados atrás de nós.

- Ela saiu porque ouviu vocês chegarem, Jake! Eu nunca iria deixa-la sem proteção!- Seth começou a se justificar enquanto eu levava minha filha para dentro.

Todos estavam lá. Ayanna, Kauã e Leah, já com sua barriga de gravidez aparente, com os dois meninos, Sam e Emily e o pequeno Samuel, Paul e Rachel com as gêmeas, Kim com a pequena Anna, e mais Billy, a pequena Clair, Collin, Brad, junto com os garotos mais novos do bando, Lucas, Joseph, George, Kevin, Phil, Douglas e Christian. A casa estava lotada e Lílian parecia tonta no meio da algazarra que os garotos faziam.

- ! Que bom que você chegou! – Emily disse assim que passamos pela porta. – Todos estavam te esperando!- ela disse sorrindo. – Meu Deus ! Como você está linda!

- Só minha cunhada para ficar tão linda, grávida desse jeito! – Rachel disse.

- Obrigada meninas!- agradeci começando uma conversa com elas e Leah. Ainda bem que tudo havia voltado ao normal agora que as duas tinham seus próprios Imprintings. estava maravilhada com a quantidade de crianças que ela tinha para brincar. E eu também gostava muito daquela áurea de família grande que se formava sempre que todos do bando estavam reunidos.

- Muito bem pessoal!- Jake chamou a atenção de todos, dissipando as conversas que tomavam conta do pequeno salão. – Eu e Sam dividimos os quartos. Acredito que todos juntos ficará mais fácil de mantermos em segurança, mas antes eu preciso saber quem vai fazer o que. – ele disse.

- Eu posso ficar responsável pela alimentação!- Emily disse.

- Eu ajudo! – minha mãe completou.

- Muito bem! Precisamos de alguém que fique de olho nas crianças!- Sam falou.

- Eu posso fazer isso!- Kim disse timidamente. – Ayiana pode me ajudar!- ela falou baixinho.

- Claro!- Aiyana respondeu.

- Vocês não acham que eu vou ficar trancada aqui, de dona de casa, enquanto vocês, homens, saem para fazer ronda, não é? – Leah perguntou mal humorada.

- Leah!- Kauã falou em tom de advertência.

- Leah, nada Kauã! Vocês não vão me deixar de fora! – ela retrucou colocando as mãos na cintura, já pouco pronunciada.

- Nós só estamos pensando na sua segurança, Leah!- Jake disse.

- Vocês estão muito machistas pro meu gosto! – ela disse levantando o queixo em desafio.

- Eu concordo! – falei desviando o olhar para Jacob..

- Claro que concorda!- Jake resmungou, contrariado mantendo os olhos fixos na planilha em suas mãos.

- Eu tenho muita coisa pra fazer, Jake! Preciso colocar a clínica em funcionamento o quanto antes! – falei.

- Jake! – Billy falou empurrando sua cadeira devagar. - tem razão! A clínica é muito importante para nós.

Jacob flexionou o maxilar, depois olhou seriamente para o pai, depois passou seu olhar frio para mim.

- Façam como quiser!- ele disse contrariado. Não era assim! Eu não estava fazendo nada por birra! Era realmente importante que tudo ficasse pronto o quanto antes. Eu só queria que ele entendesse. - Bem, vamos dividir as rondas! – ele falou tenso se virando de costas para mim. – Leah, você fica com Kauã! – ele disse silenciando qualquer protesto da parte dela com o olhar.

Eu já estava cansada! Parecia que tudo que fazia era errado, ou ia contra a vontade de Jacob! Pelo jeito levaria algum tempo para que a gente se entendesse novamente. Respirei fundo, tentando colocar a cabeça em ordem. Foi quando percebi que estava com um cheiro forte de vampiro.

Entrei no quarto que havia sido me designado, vendo as três malas que estavam em cima da grande cama de casal, provavelmente arrumadas por minha mãe. O quarto ainda tinha um pequeno armário e uma penteadeira. Havia uma porta dupla de vidro que dava para o pátio interno, totalmente congelado pelo frio que fazia e outra porta que provavelmente dava para o banheiro.

Abri a mala procurando qualquer roupa que pudesse usar, mas só encontrei roupas grossas para o frio. Lílian realmente tinha um grande problema em aceitar que eu e Jacob não éramos como humanos normais e não tínhamos problema nenhum com a temperatura baixa que estava fazendo.

Abri a segunda mala, torcendo para que minha mãe tivesse um pouco de discernimento, mas só tinha roupas de Jake. Passei a mão na primeira camiseta dele que encontrei, pelo menos tiraria as roupas fedorentas.

Levei mais de meia hora no banho, quando tive certeza que não havia mais resquício do cheiro enjoativo, coloquei a camiseta de Jake, penteei os cabelos molhados e sai.

Jacob estava parado ao lado da porta dupla de vidro, olhando para o pátio interno com uma expressão séria.

- Jake! – o chamei fazendo com que ele desviasse o olhar para mim. Seus olhos passearam pelas minhas pernas a mostra por alguns segundos, antes que ele olhasse novamente o meu rosto. – Algum problema? – perguntei.

- Vim te chamar para comer alguma coisa. Faz tempo que você não se alimenta. – disse visivelmente chateado.

- Eu já vou!- respondi seca. Não tinha feito nada demais para que ele ficasse daquele jeito. – Só vou trocar de roupa. – falei.

Ele fez menção de sair, segurando a maçaneta por um tempo. – Fale com algum dos garotos para que te acompanhe até a clinica, ok?

- Claro! – respondi. – Eu nunca pensei em ir sozinha!- resmunguei. Algo me pesava por dentro, não queria aquele clima entre a gente. – Jake!- sussurrei. Um embrulho se formava em minha garganta, que por mais que eu engolisse se recusava a descer.

Jacob se virou me olhando sério.

- Só tome cuidado, ok? – ele disse visivelmente cansado. – Se não for por mim, por e pelo bebê.

- Eu tomo cuidado pelos três!- respondi. Algo me dizia para me atirar em seus braços e dizer que faria como ele quisesse, mas eu tinha que manter meu ponto de vista, e Jake tinha que entender.

Como se partilhasse dos mesmos pensamentos que eu, Jake se sentou na cama me puxando para perto, fazendo com que me encaixasse entre suas pernas. Suas mãos deslizaram pelas minhas pernas por baixo da camiseta, parando no meu quadril. Enquanto sua cabeça apoiava em minha barriga.

- Eu sei que não posso te manter em uma redoma de vidro, ! Mas entenda o que eu sinto! – ele disse. Seus olhos fechados numa fisionomia tensa.

- Eu sei! Você acha que eu estou em perigo! – falei deslizando meus dedos pelos seus cabelos lisos e negros.

- Aham! – ele respondeu. – E isso me mata! - ele apertou forte a minha cintura.

- Nada vai me acontecer, Jake! – respondi. Mas eu não estava tão certa.

Jacob me virou fazendo com eu me sentasse em suas pernas. Sua respiração ofegante em meu ouvido, transmitindo arrepios na minha pele. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, enquanto as minhas unhas arranhavam suas costas. Jake começou a beijar e mordiscar minha mandíbula, subindo pela linha do meu queixo e naquela hora eu precisava urgentemente senti-lo. Sentir o calor de sua pele na minha. Minhas mãos, desesperadamente, puxavam sua camiseta, para que ele a despisse.

Jacob paralisou. Nossas respirações suspensas quando ouvimos alguém se aproximando pelo corredor.

- ? – Lílian chamou dando duas batidas na porta. – Filha?

Suspirei me levantando.

- Entre, mãe! – respondi ajeitando a camiseta e conferindo que tudo estivesse coberto.

Ela colocou a cabeça para dentro do quarto.

- Oh! Desculpe Jacob, não sabia que você estava ai! – disse.

- Tudo bem, Lílian, já estava de saída!- ele disse.

O que? olhei para ele séria. Ele ainda estava bravo comigo?

-Eu só vim chamar a para comer algo! Os garotos estão atacando, sabe como é! – ela disse.

- Já estou indo mãe! – respondi ainda olhando para Jacob. Lílian saiu e ele se levantou indo em direção a porta.

- Vou sair para ronda, não sei que horas volto! – falou.

Eu queria quebrar aquele clima! Queria muito que tudo ficasse bem novamente. Na verdade eu queria matar Lílian, mas tudo bem! Então dei dois passos em sua direção, segurando firmemente seu braço. – Vou ficar te esperando! E você vai terminar o que começou agora! – ordenei.

Jacob tentou segurar o sorriso por algum tempo, mas logo seu sorriso de sol, iluminou o quarto me aquecendo. Um sorriso que me fazia sorrir de volta.

- Pode contar com isso!- ele respondeu, encostando sua boca na minha rapidamente.



















Capítulo 27


Eu tinha passado um dia inteirinho encomendando o material necessário para a clínica. Os garotos continuavam em ronda, mesmo que mais nenhum sinal de ataque houvesse sido encontrado, mas mesmo sabendo que o prazo de três dias estava se esgotando, e nada havia sido descoberto com a hibrida, pelos Cullens, eu não acreditava que Jacob seria capaz de cumprir suas ameaças. Eu não queria acreditar, porque no fundo eu não achava que ela era a culpada. Pelo menos não a maior culpada.

Tive que controlar a minha vontade de voltar a mansão novamente para conversar com a garota, porque sabia como Jacob se sentiria em relação a isso. E mesmo que ele dissesse que não, eu sentia que ele ainda estava chateado comigo.

Jacob mal dormiu na nossa cama nesses dois dias. Isso era o que me doía mais!

- Oi !- Collin disse assim que apareci no hall da pousada. Ainda era cedo e tinha pouco movimento pelo saguão. Eu havia combinado com Brad de ir até a clínica para começarmos a arrumar as caixas que já haviam chegado.

- Onde está Brad? – perguntei olhando para os lados.

– Olha só! – ele começou sem jeito, coçando na nuca. – Ele teve um problema e não vai poder ir.

- Como é? – perguntei mal humorada. Aquilo não estava em meus planos. – Problemas? Que tipo de problemas? Vai dizer que é com alguma garota?- coloquei as mãos na cintura. Eu sabia que Brad, assim como Collin, não haviam tido suas impressões, mas também sabia que isso não os impedia de sair com outras garotas.

- Não!- ele sorriu. -Parece que Jacob o chamou para ficar de guarda na casa dos Cullens! – Collin disse.

Será que Jake havia se esquecido que Brad iria comigo? Ou aquilo era um modo dele querer me boicotar?

Aquilo me deixou com raiva, mas Brad não tinha culpa, ele seguia ordens.

- E não tem outro dos garotos disponível? – perguntei para Collin. Se Jake achava que eu iria desistir fácil, estava enganado.

- Tem eu!- ele respondeu sorrindo, mas então seu sorriso vacilou. – Se você quiser é claro!

Jake ficaria furioso com isso! Mas era o único jeito!

- Ok Collin! Você vai ter que ficar de minha babá, então! – respondi sorrindo. Collin sorriu de volta.

- Todo ao seu dispor, madame! – ele fez uma reverência.

oOo

Nós caminhávamos em direção a minha antiga casa, que agora seria a Clinica Veterinária de La Push, claro que essa clínica trataria mais de alguns tipos de “animais” que não eram tratados em outras clínicas, por isso eu tive que encomendar mesas de atendimento e cirurgia de tamanho especial, bem maior das usadas para animais domésticos normais.

- Algum problema?- Collin perguntou.

- Eu não vi Jake direito nesses dois dias! – respondi. Eu não sabia direito de onde isso havia saído. Na verdade eu nem tinha percebido que pensava sobre isso. As palavras praticamente saltaram para fora da minha boca sem passar pelo meu cérebro.

- Ele está muito envolvido em arrancar a verdade da mestiça! Não sai casa dos Cullens – Collin disse.Sim, dos Cullens! Com ela! pensei. Um ciúme doentio me remoeu por dentro – Na verdade parece que ele quer arrancar a verdade junto com a pele dela!- ele continuou.

Travei.

- Como é? – perguntei. – Ela está sofrendo tortura?

Collin pareceu se dar conta do que tinha dito. – Não!- ele se apressou em dizer. – Err... Os Cullens não nunca iriam deixar!

- Os Cullens, mas por Jake...?

- Ele acha que era você que ela queria! – Collin respondeu me fazendo arregalar os olhos. – E se for mesmo isso, , eu concordo com Jake!

Eles só podiam estar loucos!!!

- Isso é errado, Collin! Ela é apenas uma criança! – falei.

- Ela não é uma criança, ! Ela não é nem humana!

- Isso não importa! – exasperei.

- Não, não importa! Pra mim, só você importa! – ele disse.

Havia tanto sentimento naquela frase. Seus olhos brilhavam numa intensidade que me atordoou. Havia só um significado naquelas palavras: Collin estava apaixonado!

Meu Deus! minha mão foi direto para minha boca. Ele estava apaixonado por mim!

- Collin! – meus olhos arregalados. – Não pode!

Ele pareceu acordar de um transe. – Importante para o bando, eu quis dizer!- ele remendou desconcertado.

Respirei fundo, tentando ao máximo me convencer que aquilo era coisa da minha cabeça.

- Vamos logo para clínica! – falei. Eu iria fingir que não havia percebido. Não iria conseguir lidar com mais isso agora. Não agora!

oOo

O barulho de um carro desconhecido fez com que eu e Collin parássemos com a arrumação e olhássemos para a porta ao mesmo tempo. Duas buzinadas depois e nós estávamos na varanda em frente a um Porshe prata.

– Renesmee?- perguntei franzindo a testa. Não conseguia pensar em nada de bom, que essa criatura pudesse fazer em La Push. Na verdade não conseguia pensar em nada de bom que viesse dela.

– Oi tia! – ela disse sorridente. Mas aquilo não me convencia. – Vim trazer isso! – ela tirou uma roupa cinza da sua bolsa Gucci e me entregou.

– E que significa isso?- perguntei segurando a camiseta de Jake nas mãos.

– Jakie esqueceu! – ela sorriu. – Achei que ele pudesse precisar. – falou com um sorriso falsamente angelical no rosto.

Apertei a camiseta nas mãos. – Você não precisava se incomodar! – falei entredentes.

– Acho que você tem razão! – ela colocou um dedo no queixo, como se pensar fosse costumeiro a ela. – Eu podia entregar para ele quando ele fosse lá em casa hoje a noite! – deu de ombros. – Mas como eu estava passando por aqui mesmo!

– Você passando por aqui?- perguntei a fuzilando com os olhos. – Você não sabe que os Cullens só entram em La Push com autorização?

– Já estou indo! – ela disse erguendo as mãos. – E pode deixar que da próxima vez peço autorização pro Jakie

Dei um passo à frente, mas Collin segurou meu pulso me restringindo.

– Já está na hora de você ir! – Collin disse ríspido. – E se voltar aqui sem autorização, terá que agüentar as conseqüências. – ele ameaçou.

Ela deu de ombros novamente e acelerou o carro.

– ARG! Eu ainda acabo com essa monstrinha!- gritei.

– Calma, ! Não caia na provocação dela!

– Você também percebeu não é? Não é coisa da minha cabeça?- perguntei a ele. Collin me puxou para um abraço.

– Não, não é! – ele respondeu passando a mão pelos meus cabelos. Mas você não pode se deixar estressar desse jeito, pode fazer mal para o bebê.

– E porque que mais ninguém vê?- perguntei chorosa. – Porque que Jake não vê?

– Não sei! – ele respondeu.

– Vamos, entrar! – falei o puxando pela mão. Olhei para a camiseta em minhas mãos e a joguei na pilha de lixos recicláveis, junto com as caixas vazias.


















Capítulo 28


N/A Nesse capítulo a ganhadora do concurso da capinha de S&C2 aparece finalmente. rsrs Rebecca vc quis ser uma integrante do bando. E de cara ainda ganhou uma impressão. Espero que goste. Bjs flor, obrigada pela capa linda!^^


Fotinho do Brad

Levantei uma caixa de seringas que havia sido entregue pela manhã e coloquei em cima da mesa do consultório.

– Essa caixa, vou deixar no armário do deposito. Já tem seringas suficiente no consultório e na sala de cirurgia. – falei passando com a caixa por Collin que segurava uma vassoura.

– Hey mocinha! Não é para a Sra carregar peso!- ele ralhou.

– Peso, Collin? Isso não pesa nada! – falei enquanto ele me tirava a caixa das mãos.

– Não seja teimosa! – ele disse me fazendo girar os olhos.

– Tem alguém chegando!- falei olhando para a porta. Collin largou a caixa em cima da mesa novamente.

– Com licença, doutora?- Uma senhora de meia idade, cabelos grisalhos e lisos, falou entrando pela porta da clinica.

– Sim?- respondi me aproximando.

– Billy mandou eu te procurar. Minha filha está muito doente. – ela disse torcendo as mãos nervosamente. Filha? Mas eu era veterinária!

– Eu não sei se posso ajudar realmente, eu...

– Ela está com febre alta faz 3 dias! – a sra disse.

– Febre alta? – perguntei assustada.

– Mas fora isso ela está bem. – ela disse. – Tirando o mau humor. – murmurou baixando o olhar.

Eu e Collin nos olhamos por alguns segundos. – Ok. Onde ela está?- perguntei.

A mulher deu uns passos para trás e fez um sinal para que alguém se entrasse. – Essa é minha filha, Rebecca!

– Ah mãe! Pra que tudo isso?- ela cruzou os braços emburradas.

– Bem, vamos entrando! – falei. – Rebecca você poderia me acompanhar até o consultório? – disse para a garota. – E a senhora pode ir para casa. Não se preocupe que cuidarei bem de sua filha.

Ela me olhou desconfiada por alguns instantes, mas depois deu de ombros. – Bem, Billy disse que devia confiar na doutora e fazer tudo o que a sra dissesse. – ela suspirou olhou para sua filha e saiu.

Olhei para Collin que assentiu de leve saindo também. Ele iria avisar o bando que mais um membro estava se juntando a nós.

– Muito bem, Rebecca, – falei assim que ele deixou a clínica. – Me diga tudo que você está sentindo.

– Que tipo de animal, vocês atendem aqui?- ela perguntou apontando para a imensa mesa de atendimento, mandada fazer por encomenda.

– Atendemos todos os tipos, até silvestres. – respondi o mais naturalmente possível.

– Como ursos e lobos?- ela perguntou com as sobrancelhas unidas.

– Sim! – respondi segurando o riso. Ela tinha acertado na mosca.

– Sabe, eu aceitei que minha mãe me trouxesse para cá, porque queria falar com você.

– Falar comigo?- perguntei desconfiada.

– É que eu precisava de um emprego! – ela disse mordendo o lábio inferior, insegura.

– Olha, podemos falar sobre isso! Mas primeiro preciso que você converse com uma pessoa. – disse abrindo a porta do consultório deixando Jake e Sam entrar.

Jacob estreitou os olhos quando passou por mim. Toda a acusação no seu olhar. Ele realmente devia estar bravo por Collin estar comigo ao invés de Brad. Desviei os olhos para o chão, não conseguindo encara-lo.

Mas para aí! Eu não tinha feito nada demais! Jake por outro lado tinha algumas explicações para me dar!

Levantei os olhos, sustentando seu olhar. Se Jacob achava que iria se safar dessa fácil, estava enganado.

oOo

Encostei a cabeça na batente da porta observando Rebecca absorver as informações. Jacob e Sam haviam ido reunir o Conselho dos Anciões, avisando da nova aquisição do bando.

Rebecca olhava para as próprias mãos, como se só agora se visse de verdade. Ela me lembrou de uma antiga , que imaginava que estava morrendo com uma doença misteriosa, há alguns anos atrás.

- Eu ainda não acredito!- Rebecca sussurrou. – Mas isso realmente explica. – ela falava consigo mesma. Me sentei ao lado dela passando as mãos pelos cabelos negros e lisos, tentando a reconfortar um pouco. Ela levantou os olhos arregalados. – Há alguns meses eu nem tinha peitos e agora... – ela olhou para o próprio corpo.

Vi que Collin levantou as sobrancelhas e depois desviou os olhos.

- É assim mesmo. – falei. – Nosso corpo se desenvolve muito rápido nos meses anteriores a transformação. A gente amadurece. Depois para e o bom vai ser que vai ficar assim por muitos anos.

-Ok, ok! Mas e a parte ruim? Sim, por que tem que ter algo ruim. – ela perguntou.

- A parte ruim? – pensei alguns segundos. – O medo de perder um irmão de bando. – a imagem de Jake sofrendo depois da luta contra os recém criados invadiu minha mente. – Afinal nós corremos perigo. É algo que temos que conviver.

Rebecca pareceu pensar no assunto por alguns segundos. Depois virou para Collin. – E para você?- ela perguntou. – O que você acha de ruim em ser um transmorfo?

- Imprinting! – Collin respondeu sem nem pensar, seus olhos queimaram os meus por alguns segundos antes de eu os desviar para o chão.

-Imprinting? – ela estranhou. – O que é isso?

- É não ter direito de escolha! – ele respondeu.

Eu não estava olhando, mas sabia que Collin me encarava.

- Rebecca, - a chamei fazendo com que ela olhasse para mim. - Um imprinting acontece quando você acha a pessoa para quem está destinada. – respondi.

- Como assim?- ela perguntou confusa. – Tipo alma gêmea?

- Parecido!- respondi sorrindo. Collin riu sem humor.

- É só por causa da genética. – ele disse amargo. – Os nazistas pensavam parecido.

Olhei para ele séria. – Chega Collin! – o adverti. Eu não estava acreditando no que ele estava dizendo. Como Collin podia transformar um sentimento tão lindo como o meu e Jake em algo tão horrível?

- Você já ouviu falar em eugenia, Rebecca? – ele perguntou.

- Collin!- aumentei meu tom de voz indicando que ele parasse. – Rebecca, não é assim. Realmente é para garantir que nossos filhos transmitam o gene, mas sem isso poderíamos ser extintos. E é lindo! É um sentimento mais forte que o amor!

Collin sacudiu a cabeça contrariado e se retirou da sala.

- Parece que vocês não compartilham da mesma opinião. – Rebecca apontou.

- Collin ainda não teve seu Imprinting!- falei tristemente. Mais cedo ou mais tarde teríamos que ter uma conversa.

- E você e o filho do Billy...

Assenti. – É uma coisa quase certa para uma loba! Afinal, com você, nós somos somente três!

Sam passou pela porta seguido de alguns outros garotos do bando, só que Jacob não estava com eles.

- Está tudo certo, Rebecca. O Conselho estará reunido hoje a noite na valha pousada, esperamos você ... -Sam foi interrompido por Brad, que passou por ele quase o atropelando. – Que isso rapaz?- Sam perguntou estranhando o comportamento dele, mas estava mais que na cara. Brad segurou a mão de Rebecca, os dois se olhando em uma intensidade incrível. Nada mais parecia existir para eles.

Era como se tivéssemos pressentindo o que iria acontecer.

Sam riu sacudindo a cabeça. Era o Imprinting acontecendo novamente.

- Rebecca esse é o Brad!- apresentei, sem ter a certeza que ela estava escutando. Então decidi que o melhor era deixá-los sozinhos. – Onde está Jacob?- perguntei a Sam.

-Ele está com Seth, arrumando a caminhonete no galpão!- Sam respondeu indicando a velha oficina de Jake, no fundo da casa com a cabeça.

Então agora seria a hora. Peguei a camiseta no meio dos recicláveis e marchei em direção à garagem.

Já da porta do galpão/garagem eu via o capô da antiga caminhonete de John levantado. Seth e Jacob estavam debruçados olhando para dentro do motor. Os dois estavam sem camisas, apesar do frio que fazia. As mãos sujas de graxa até os cotovelos.

– Me parece o alternador. – Jacob disse, mexendo em algo lá dentro. – Eu vou dar uma ajeitada, mas não vai durar muito. Vou ter que trocar a peça. – ele disse se levantando. Seus olhos foram para mim parada na porta.

– Oi !- Seth me cumprimentou, mas eu não estava para conversa.

– Precisando de algo para limpar as mãos?- perguntei atirando a camiseta para Jake. Eu sentia minha respiração ofegante por causa da raiva que aquela roupa me trazia.

Jacob pegou a camiseta a olhando confuso. – O que é isso?- perguntou.

– Não reconhece sua camiseta?- perguntei irônica. Ele olhou novamente para a roupa em suas mãos. – Renesmee fez o favor de vir devolver. Ou melhor, Nessie!

– Eu devo ter esquecido. – Jake disse confuso.

– Claro! – respondi cruzando os braços. – Mas a questão é, como ela saiu do seu corpo!

Jacob suspirou parecendo cansado. – Eu tiro para me transformar. – ele se justificou.

– Você anda se transformando muito ao lado da Nessie. – disse me aproximando e parando em frente a ele.

– Ér... Gente, – Seth disse– Eu vou ... Bem, até mais. – ele falou e saiu.

– Você sabe que isso é uma grande besteira!- ele disse, fazendo meus olhos se enxerem de lágrimas.

– Besteira, essa ... coisa ir até a clínica devolver uma roupa que você deixou com ela?- perguntei piscando para que as lágrimas ficassem dentro dos meus olhos. Eu não iria chorar! Não por causa dela!

– Eu já te disse que ela só faz esse tipo de coisa, porque sabe que te chateia. Ignora!

– Ignorar, Jake? Ela anda por ai insinuando que tem algo com você, e você quer que eu ignore? – Meu queixo tremeu, enquanto o encarava. Senti uma leve fisgada no baixo ventre, mas ignorei.

– Você acredita em mim, ou nela?- ele perguntou. Seus olhos queimando os meus procurando a certeza na minha resposta.

Eu não tinha outra resposta além da verdade. – Em você! – respondi sem hesitação. Queria muito esquecer toda essa história e me atirar nos braços dele. Eu precisava disso! Mas Jake manteve a distância, o que fez uma das lágrimas que eu evitava, escapar.

Outra fisgada mais forte, me fez trancar a respiração. Minha mão foi para minha barriga.

– Mas mesmo assim você está me castigando se aproximando de Collin. – ele murmurou.

– Collin é meu irmão de bando, ele é como qualquer outro. – respondi fechando os olhos e engolindo em seco. A dor agora aumentara.

– Você sabe que ele é diferente!- Jacob disse entre dentes. Não consegui evitar de gemer baixinho, me apoiando na lateral da velha Ford, por causa da dor. – ! – Jake me chamou preocupado.

– Não é nada! – falei num sopro. – É só uma pequena contração, já vai passar!

Mas Jacob não pareceu me ouvir. Ele assou os braços por baixo de minhas pernas, me erguendo facilmente no colo. Me acomodou no banco da caminhonete, dando a volta e batendo o capô, sentando atrás da direção.

– Vou te levar para Carlisle! – ele informou, lutando para fazer a caminhonete pegar.

– Não! – quase gritei. Ver Renesmee de novo era demais para meu auto controle. Eu não sabia o que poderia fazer com a linda carinha dela, se a visse duas vezes no mesmo dia.

Jake pareceu entender meus motivos, guiando a caminhonete em direção oposta, para a antiga pousada.

– Eu ligo para ele quando chegarmos. – Jake disse. Seus olhos cheios de culpa desviaram da estrada para mim.

Deslizei pelo banco. Eu precisava do contato, sentir sua pele quente contra a minha.

– Nós dois somos uns idiotas! – falei afundando meu rosto em seu ombro e aspirando seu cheiro. Jake assentiu parecendo relaxar um pouco, seu braço passou pelos meus ombros, me puxando mais para ele. – Eu estou bem, Jake. Não foi nada!- falei aconchegada em seu abraço.

– Carlisle vai confirmar isso, então! – ele disse me fazendo suspirar.

















Capítulo 29


Jacob ainda estava muito tenso, quando desligou o celular depois de falar com Carlisle, seus olhos estavam fixos na estrada, as eu sabia que seus pensamentos estavam longe. Alguma coisa a mais estava acontecendo e que ele não havia me dito.

Coloquei a mão no seu ombro, deslizando sobre seu braço.

– O que aconteceu? Quer dizer, além de tudo isso? Você está tenso demais Jake!

Ele me olhou de lado franzindo o cenho. – Eu vou te falar, mas não agora!

– Jake!- pedi. – Você vai me deixar preocupada mesmo sem me contar, então por favor!

Ele respirou fundo, suas sobrancelhas juntas formando sombras em seus olhos. – Houve outro ataque! – ele despejou freando em frente à pousada. – Mais um turista. – disse serio.

– Então a italiana...? – perguntei.

– Não era a única envolvida! Os Cullens acreditam que estão conseguindo conquistar a confiança dela! Quem sabe ela fale alguma coisa.

– Você vai lhe dar um prazo maior?- perguntei. Jacob não respondeu, mas eu sabia a resposta.

Todos nos cercaram, assim que Jake passou pela porta comigo nos braços. A pousada estava toda sendo enfeitada com festões e luzes, já que em poucos dias seria Natal. Todos largaram seus afazeres nos bombardeando de perguntas.

– Não foi nada! – eu respondia, enquanto Jake dizia “Ela passou mal!”

Ele havia me colocado delicadamente em cima da cama e se encostado na parede ao lado da porta, me olhando preocupado, enquanto as mulheres me cercavam, me enchendo de mimo e cuidados e Lilian praticamente surtava ao meu redor.

– Você precisa ver um médico!- ela disse, ajeitando meu travesseiro as minhas costas pela milésima vez.

– Já chamei Carlisle!- Jake respondeu. – Logo ele vai estar aqui!

– Carlisle? O... o… - Lilian gaguejou com os olhos arregalados.

- Sim, o próprio!- respondi já sem paciência.

– Acho melhor levar daqui! – ela disse preocupada.

É claro que não tinha problemas, mas só pensar em ter a chance de ficar sem minha mãe ao meu redor, me fez concordar.

– Isso!- respondi.

– Quero ficar com você, mamãe! – choramingou.

Passei a mão pelos seus cabelos lisos, sorrindo vendo seus enormes olhos azuis. Eu sabia que ela estava preocupada comigo, mesmo tão criança, tinha uma percepção enorme. – Você cuida da vovó pra mim? – perguntei. – Só por uns instantes! – pedi. Mesmo contrariada assentiu, saindo com Lilian.

Jacob fez um sinal com a cabeça para Seth que saiu logo atrás delas. Eu sabia que elas seriam mantidas em segurança.

Agora era só esperar por Carlisle.

oOo

Já era véspera de Natal!

Eu observava a neve caindo do lado de fora da janela. Os dias estavam cada vez mais cumpridos, enquanto eu não tinha nada pra fazer. As pessoas corriam de um lado para outro, atarefadas, mas eu estava impedida de ajudar. Tudo porque Carlisle havia dito que as contrações eram uma forma do meu corpo avisar que o parto estava próximo, e que eu deveria fazer um pouco mais de repouso, mas Jake achava que repouso era igual a inércia e eu estava cansada de discutir sobre isso.

Carlisle havia aceitado a minha proposta de sociedade na clinica e tinha tomado a frente na reforma. Pelo menos eu sabia que não tinha que me preocupar mais sobre isso, ela estava em boas mãos, até eu poder assumi–la novamente.

Da cozinha vinha um cheiro bom de assado. As pessoas riam e conversavam do lado de fora do meu quarto, pareciam querer esquecer um pouco da tensão que ocupava suas vidas. rabiscava no chão aos meus pés, alguns desenhos coloridos com os lápis de cor que ela havia ganho de Lilian.

Passei a mão pela minha enorme barriga. Eu não agüentava mais ficar sem fazer nada, mas sabia que tinha que passar por tudo aquilo por causa do meu bebê. E além de tudo a falta de Jake era enorme. Ele dobrava os turnos, tentando o máximo estar em todas as partes, mas o único lugar que ele raramente estava era em casa.

Coloquei um vestido vermelho e branco em com meias brancas e sapatinho preto. Prendi seus cabelos com uma fita branca em um rabo de cavalo alto. Ela estava linda! Eu coloquei um vestido verde que havia ganhado de Lilian, e torci para que não me confundissem com a árvore de Natal, mas dado o meu tamanho não tinha muitas opções de roupa.

– Filha!- Minha mãe disse abrindo a porta do quarto. Ela ainda tinha essa irritante mania de entrar sem bater, ainda bem que isso só acontecia quando Jacob não estava. – Meu Deus, vocês estão lindas! – ela falou entrando.

– Obrigada! – respondi.

– Mamãe, posso ir brincar com as outras crianças?- me perguntou.

- Claro! – respondi, a vendo sair correndo. Em pouco tempo ela estaria toda bagunçada.

– E você. – minha mãe perguntou. – estão todos ai, não vai se juntar a gente?

– Jacob já chegou?- perguntei. Mas claro que ele não havia chegado, ele ainda não tinha vindo me ver.

Lilian baixou os olhos tristemente – Não, filha! Ainda não! – Olhei para o celular em cima da cômoda. Ele nem havia me ligado! – Porque você não liga pra ele? – minha mãe perguntou.

– Porque se ele quisesse falar comigo, teria me ligado!- respondi me virando em direção à porta.

– Às vezes não sei qual dos dois é o mais genioso! – Lilian sussurrou vindo atrás de mim. Mas foi mal nós duas cruzarmos a porta e o celular tocou. Ainda fiquei um tempo olhando para o aparelho vibrando em cima da cômoda. – Não vai atender?- Lilian perguntou.

Mas eu não sabia se queria atender. E se Jake estivesse ligando para dizer que iria chegar tarde ou pior, não viria para casa.

Atendi relutante.

– Oi?

– Amor! – Jake disse do outro lado. Fechei os olhos esperando pela continuação, já temendo pelo pior. –Vou demorar só mais um pouco, ok? – eu ouvia vozes ao fundo.

– Você está na festa dos Cullens?- perguntei, tentando manter meu desapontamento longe da minha voz.

– Festa? Não! Quer dizer, vai ter uma festa, mas eu não vou ficar! Eles vão assumir o patrulhamento, quero garantir que façam direito! Logo estarei em casa!

– Ok! – respondi.

–Você está bem?– ele perguntou.

Claro que eu não estava bem, eu queria meu marido comigo!

Quero você! as palavras quase escapando da minha boca junto com uma lagrima que escorreu pelo meu rosto. Eu não queria ser a chata que ficava cobrando, mas eu sentia muita falta dele ao meu lado.

– Sim! Até depois! – disse antes de desligar.

Fiquei uns instantes a mais no meu quarto, tentando me recompor. Coloquei um sorriso forçado na cara antes de sair.

! – me virei para onde meu nome era chamado, Collin saiu do outro lado do corredor.

– Oi Collin! O que você está fazendo aqui que não está na festa?- perguntei.

– Estava te esperando! – ele disse – Queria te entregar isso! – ele me alcançou um presente embrulhado em papel vermelho.

– Mas ainda nem é Natal!- falei sem jeito.

– Eu não quero te arrumar problemas com Jake, por isso estou te dando antes!- ele respondeu. Girei o presente em minhas mãos, pela forma era um livro.

– Ai Collin, não precisava! Eu não tenho nada pra te dar! – disse encabulada.

– Não precisa!- ele respondeu sorrindo. – Abre!- instigou. Sorri abrindo o pacote com cuidado. Havia um livro antigo, com capa de couro amarronzadas, as paginas já estavam amareladas pelo tempo. – É um exemplar de um livro que conta as nossas lendas! É muito raro! Veja! – ele apontou. – Está escrito em Quileute!

Eu sorri mais. Ele sabia que eu amava ler e adorava esse tipo de literatura. – É maravilhoso! – folheei o livro que se abri em uma página arcada com uma flor diferente. Ela tinha um tom azul cerúleo que eu nunca tinha visto. Olhei para ele espantada.

– É uma kelyatra, é um pouco difícil de se achar!- Collin explicou.

– É linda! – falei maravilhada pela cor das pétalas.

– É rara como o livro! – ele falou.

– Deve ter dado muito trabalho, não precisava! – respondi encantada.

– Valeu a pena! – ele disse. Eu sentia seus olhos me olhando intensamente. – Você percebeu que ela tem a cor dos seus olhos?- ele perguntou.

Eu senti minhas bochechas esquentarem. – Eu adorei mesmo! Obrigada!- agradeci sem jeito. – Mas realmente, você não devia ter se dado ao trabalho! – era tudo muito lindo, e eu realmente tinha gostado muito dos presentes, mas eu sabia o que significava para Collin. – Só que eu não posso ficar com eles.

Collin pareceu murchar na minha frente. – Por quê?- ele me perguntou.

– Eu não posso aceitar, Collin, desculpa! – falei empurrando o livro para ele. Eu sentia uma dor tremenda por estar magoando Collin, mas ele tinha que entender.

– É um presente de irmão! Você vai recusar um presente de irmão?- ele me perguntou.

– Não quero que você tenha idéias erradas Collin, eu...

– Tudo bem!- ele me interrompeu. – Eu sei! mas por favor,aceite! – ele pediu.

Eu fiquei receosa, pensando no estrago que eu estava fazendo.

– O que vocês estão fazendo ai?- Emilly perguntou sorrindo, aparecendo no corredor. Ela parecia não perceber o clima que estava entre nós dois. – Venha , Jake acabou de chegar! – ela falou, segurei o livro nas mãos e a segui, deixando Collin para trás.












Capítulo 30


Eu não conseguia entender o porquê eu permitia esse tipo de aproximação de Collin. Porque eu não dava um fim nisso de uma vez por todas. Não sabia a causa, mas eu precisava disso, precisava dessa atenção. Por mais que fosse injusto com todos, Collin me fazia bem!

Entrei na sala onde Jake estava de costas conversando com Seth segurando , assim que entrei na sala ele parou e se virou para me olhar. Apertei o livro entre os dedos, sentindo meu coração acelerar quando meus olhos se encontraram com os dele e um sorriso lindo se estampou em seu rosto.

Eu o amava! Por mais que me sentisse confusa. Por mais que a atenção de Collin me fizesse bem, era Jacob que me completava.

Ele cobriu a distancia entre nós, deslizando os dedos pelos meus cabelos. Suas mãos seguraram meu rosto para que sua boca encostasse na minha de leve. “Você está linda!” ele sussurrou contra meus lábios.

Sorri, passando minhas mãos em torno de sua cintura, ignorando ao máximo o cheiro excessivamente doce que vinha dele. Mas Jake parecia saber que isso me incomodava, ao invés de me abraçar de volta, puxou meus braços, segurando minhas mãos.

- Vou tomar um banho!- ele disse indo em direção ao banheiro. Assenti. Jacob deu alguns passos, depois parou se virando para mim. – Você não vem?- ele me perguntou parecendo confuso.

- Claro!- respondi segurando a mão que ele me oferecia. Collin continuava parado no mesmo lugar quando passamos por ele a caminho do quarto. Desviei os olhos pro chão sem ter coragem de encara-lo.

Fechei a porta atrás de mim, largando o livro e cima da cômoda. Jacob puxou a camiseta por sobre a cabeça, largando em cima da cama, seus olhos pousaram no livro em cima do móvel, me fazendo engolir em seco.

- Presente?- ele perguntou impassível. Não havia nada em sua expressão, mas eu notei uma tensão a mais em seu pescoço.

- Foi!- respondi simplesmente. Jacob caminhou até a cômoda pegando o livro em suas mãos. Observei suas narinas inflarem. Ele levantou os olhos para mim com uma sobrancelha erguida, questionando, assim que reconheceu o cheiro de Collin. Ele sabia a resposta, mas queria uma confirmação minha. – É de Collin! – respondi. Seus dedos folhearam o livro, abrindo nas paginas marcadas pela flor azul. Jacob enrugou o cenho.

Eu esperava a discussão, as acusações e a briga, mas ele simplesmente caminhou até mim, colocando a mão no bolso de trás da bermuda e tirando uma pequena caixa preta.

- Eu também tenho um presente para você!- ele disse.

Acompanhei com os olhos o movimento das mãos dele abrindo a caixa. Eu não podia acreditar no que estava vendo!

- Jake!- falei abismada. – É igualzinho ao... – disse segurando o pingente dourado em minhas mãos.

- Ao que John lhe deu no ultimo Natal que você passou aqui, antes de ir embora para o Brasil!- Jacob completou minha frase. – É o símbolo Quileute para chuva!

- Você tinha 8 anos! Como se lembra?- perguntei o encarando surpresa.

Jacob sorriu levantando a mão e secando uma lágrima do meu rosto. – Eu me lembro da sua reação quando recebeu o presente! Nunca te vi tão feliz!

- Eu perdi alguns anos depois! – sussurrei.

- Eu imaginei como era importante ter alguma coisa que lembrasse seu pai! – ele disse.

- É lindo Jake!- respondi me virando para que ele colocasse a corrente em mim. – Perfeito!

Jacob prendeu a corrente no meu pescoço e me abraço por trás. – Gostou mesmo?- ele perguntou. Ele se curvou aspirando o cheiro dos meus cabelos, depois seu nariz desceu pelo meu pescoço. Aquilo parecia um carinho, mas eu sabia o que ele estava fazendo. Jake estava farejando!

- Uhum! – respondi, então me virei para olha-lo. – O que você está fazendo Jake? – perguntei. – Você está achando que eu estava com Collin?

-Foi um presente especial que ele te deu!- Jake afirmou.

- E ai? – falei. – Isso não quer dizer que eu... – fechei os olhos e trinquei os dentes.

- Não vem me dizer que ele não está se infiltrando, ! E se ele está se infiltrando é porque tem brechas!

- Você está insinuando que eu estou abrindo brechas para o Collin?- perguntei. Não podia acreditar que Jacob estava duvidando de mim. Mas eu não iria brigar! Não hoje!

- Eu vou dar um fim nisso e é agora!- ele disse indo em direção a porta.

- Não, Jake! – segurei sua mão. – Hoje não!- pedi.

Jacob me olhou por alguns instantes, depois se virou entrando no banheiro me deixando sozinha no quarto. Por mais que eu estivesse com duvidas do que estava acontecendo, não iria permitir que ele duvidasse do que eu sentia. Estava decidida a salvar meu casamento

Entrei no banheiro atrás dele. Jacob estava no chuveiro, o vapor tomava conta do lugar. A água serpenteava pelas suas costas, passando pelo quadril e caindo pelas suas pernas. Engoli em seco várias vezes. Eu sempre me deslumbraria com a perfeição do corpo de Jake.


Ele se virou vagarosamente me olhando intensamente pelo vidro embaçado do box. Eu estava em chamas só com a visão dele. Não adiantava, eu seria de Jake sempre!



Sem nem pensar mais, abri a porta do box entrando embaixo do chuveiro com ele. Minha boca caçou a dele com desespero, eu precisava dele para viver, assim como eu precisava de ar.

Seus lábios sugavam os meus. Sua língua se enroscava na minha. Suas mãos deslizavam pelo meu vestido molhado, enquanto as minhas passeavam pelo corpo nu dele.

- Vai estragar seu vestido!- ele sussurrou quando sua boca deixou minha boca, deslizando pelo meu pescoço.

- Não gosto muito dele, mesmo!- falei buscando sua boca novamente.

-Então ta!- ele sussurrou contra os meus lábios. Jacob forçou as costas do vestido arrebentando o fecho. Suas mãos deslizaram as alças pelos meus ombros, fazendo com que ele caísse aos meus pés.

Meus cabelos molhados se misturavam em nosso beijo. Eu já estava zonza, meu coração batia tão acelerado que parecia que iria sair do meu peito.

Mas então ele foi parando, seus carinhos diminuindo de intensidade.

Ah não! pensei. Ele não iria escapar de mim!

Jake pegou o sabonete começando a passar pelo meu corpo com delicadeza. Ele me tocava como se eu fosse de vidro. Tentando ao máximo manter o controle. Eu via o esforço que ele estava fazendo.

Eu sentia sua ereção pressionando meu ventre, enquanto minha língua recolhia as gotas d´água que desciam;pelo seu queixo e pescoço, minha mão envolveu seu pênis com firmeza. Senti Jake trancar a respiração quando comecei a estimulá-lo.

- Não, Amor! - ele sussurrou com a voz entrecortada.- Não quero machucar o bebê!

Eu estava decidida, nada me faria mudar de idéia.

- Relaxa, Jake!- sussurrei em seu ouvido. - Você não vai machucar ninguém! Só preciso de você agora!

Jacob tirou uma mexa de cabelo molhado do meu rosto. - Vêm! – ele disse desligando o chuveiro e o puxando pela mão para fora do box.

Ele me deitou vagarosamente na cama, retirando meus cabelos do meu rosto.

- Eu te amo tanto, Jake! Nunca duvide disso, você é o único homem da minha vida! – falei.

Eu precisava tanto que ele também me dissesse que me amava, eu quase estava implorando que ele o fizesse. Jake beijou minha testa. Fechei os olhos, sentindo um peso no peito, enquanto os segundos se arrastavam. Se Jacob não falasse nesse momento, era provável que algo dentro de mim se quebrasse de verdade.

– Talvez você não entenda o porquê,... – ele começou a falar me fazendo abrir os olhos. – .. mas tudo o que estou fazendo é para manter você e nossos filhos, seguros. Eu não sei o que faria se algo acontecesse a algum de vocês! Eu não consigo pensar em viver sem você, ! Eu te amo demais!

Eu senti o gosto salgado de lágrimas, que provavelmente eram minhas, quando a boca dele sugou a minha. Jacob era meu! E nada mudaria isso!

Ouvimos uma batida leve na porta. – Papai! Mamãe!- chamou do outro lado.

Sorri abafado. – Fomos descobertos! – Jake sussurrou sorrindo.










Capítulo 31


Eu estava com uma sensação estranha. Acordei angustiada, com a garganta seca. Todos deveriam estar dormindo, já que ainda era noite escura, não havia nenhum sinal de que a manhã estava chegando.

Jake dormia, um braço possessivamente, em cima do meu peito, suas pernas entrelaçadas com a minha. Não que eu não gostasse da proximidade, muito pelo contrario, ter Jake dormindo tão perto. Sua respiração calma e ritmada batendo contra meu rosto. Mas eu me sentia incomodada com algo. Apesar do frio, minha camisola estava grudada em meu corpo por causa do suor. Não que havia algum modo de sentir frio com Jake tão quente, abraçado a mim. Eu não conseguia achar uma posição confortável por causa da enorme barriga.

Como minha mãe havia ido para o Brasil resolver seus problemas com a separação, logo depois do Natal, passou a dormir com a gente. Sua cabeça apoiada no meu braço. Me desvencilhei dos braços de Jake, cuidadosamente, colocando adormecida no braço dele e lhe dando um beijo no rosto, antes de me levantar devagarzinho.

Caminhei de pés descalços, sentindo o frio do assoalho contra a quentura de meus pés. Eu sempre estava anormalmente quente, mas nessa noite eu me sentia mais quente que de costume.

Passei por cima de Lobo que estava dormindo, enrolado no próprio corpo, ao lado da cama. Ele normalmente acordava a qualquer movimentação, mas nessa noite todos pareciam em sono profundo, menos eu.

Fui até a cozinha me servindo de um copo de água gelada. Senti o liquido descendo pela garganta aliviando a ardência. Eu nunca havia sentido tanta sede na minha vida. Já estava me servindo do segundo copo de água quando, pela minha visão periférica, vi um vulto passando pelo corredor. Senti um arrepio descendo pela minha coluna.

Larguei o copo na bancada, tentando prestar atenção nos barulhos da noite. Tirando o vento na rua, não havia outro som na casa. Caminhei até o saguão da pousada, tentando descobrir de onde vinha à sensação que eu sentia de estar sendo observada.

Outro vulto passou pelas árvores do outro lado do terreno. Um dos garotos! pensei. Não havia jeito de ser algum invasor com parte do bando fazendo ronda.

Mas algo não estava certo!

Eu conseguia sentir que algo diferente estava lá fora. Algo oculto, que mesmo com nossos sentidos aguçados, não conseguíamos ver. Minha respiração ofegante, embaçava o vidro frio da janela em minha frente. Eu mantinha os olhos fixos em um ponto escuro da floresta, esperando que a qualquer momento algo se mexesse por ali.

!

A voz de John veio alta e nítida direto em minha mente.

- Pai!- sussurrei. Tranquei a respiração, sentindo o martelar do meu coração nos meus ouvidos. Meus olhos automaticamente se encheram de lágrimas.

Filha! - veio a resposta.

Eu continuava com os olhos fixos no ponto escuro da mata, como se algo me prendesse à ele. Era ele, meu pai! Senti uma lagrima correr pelo meu rosto febril.

- Pai!- disse mais alto. Então como resposta a sombra negra se mexeu. Tão sutilmente que um humano normal não teria notado.

Eu nem pensei. Abri a porta da rua sentindo meus pés afundar na neve fofa. O vento jogava meus cabelos contra meu rosto úmido.

- PAI! – gritei. Minha voz sendo abafada por causa do forte vento. Eu corria o mais rápido que podia em direção a mata escura. Eu precisava achá-lo! Se meu pai tinha dado um jeito de falar comigo, eu não podia deixar a oportunidade escapar, mesmo que todo meu corpo permanecesse em estado de alerta, como se eu estivesse em perigo máximo. Eu precisava achar John!

- Filha! Aqui! – a voz agora audível, veio de algum ponto em minha frente.

Vasculhei a mata escura, passando com um pouco de dificuldade pelos troncos e galhos caídos no chão. Eu realmente havia perdido um pouco da minha agilidade nesse tempo de gravidez.

Meu pai chamava de vez enquando! Sempre um pouco mais a frente. A floresta agora estava cerrada. Galhos prendiam meus cabelos e agarravam minha camisola. Sentia meus braços sendo arranhados quando eu tentava passar por eles. A voz de John estava cada vez mais longe. Até que ele parou de me chamar. Mais eu não consegui desistir. Não quando meu pai estava tão perto!

Senti meus braços presos. Por mais que eu tentava seguir em frente, meu corpo não conseguia se libertar.

- !

Eu precisava seguir, precisava continuar!

- ! Acorde! Sou eu! – Jacob disse.

Meus olhos fixaram os negros dos seus.

- Jake! – sussurrei, vendo que era Jake que me segurava.

- O que você está fazendo?- ele me perguntou com os olhos arregalados.

Olhei em volta, vendo que nós dois estávamos em uma clareira. Alguns dos garotos em forma de lobo estavam ao nosso redor, inclusive Sam.

- Meu pai!- falei para ele, já sentindo as lágrimas correrem.

-John? – ele sacudiu a cabeça. – John não está aqui, !

- Está sim, Jake! Meu pai está aqui! – falei em meio aos soluços.

Jacob me puxou para os seus braços. – Você está caminhando pela floresta há horas! Os garotos não conseguiam te fazer acordar! Eu não conseguia fazer você voltar!

- Eu não estava dormindo, Jake! Era meu pai!

- Vêm, eu vou te levar pra casa!- Jacob me pegou no colo. – Aqui não é seguro!

- Eu não quero ir pra casa!- choraminguei. – Preciso achar meu pai!

Jacob só olhou para os lobos em nossa volta, indicando a floresta ao redor com os olhos. – O bando vai procurar, ok? Se tiver alguém por aqui, nós vamos achar.

- Não, Jake! – eu protestei. – John queria falar comigo! Comigo!

- !- ele disse serio. – Não era o John! Alguém te atraiu para fora e eu vou encontrar quem foi!- eu neguei. – Pensa! – ele me olhava sério.

Mesmo com a cabeça confusa tentei me fixar nos olhos negros de Jake.

Era meu pai, não era? eu já não tinha mais certeza.










oOo


Eu segurava uma xícara de chocolate quente em minhas mãos, sentada no sofá do saguão, oferecida por Emily. Minha cabeça parecia uma bagunça. Eu não conseguia formular nenhum pensamento lógico. Minha cabeça era uma confusão de imagens desconexas. Só conseguia sentir as lagrimas correndo pelo meu rosto já encharcado.

Jacob havia saído com os outros garotos correndo em forma de lobo por todo o território. Eu estava cercada pelos outros moradores da pousada. Ouvia as conversas em minha vota, sem me prender ao que realmente significavam, na verdade eu não conseguia me concentrar em nada.

- , minha filha! – Billy me olhava intensamente, como se há horas tentasse se comunicar comigo. Pisquei algumas vezes olhando seu rosto, então algo muito importante se passou pela minha cabeça.

- ! – foi só o que consegui falar.

- Ela está dormindo, filha! Está em segurança!- Billy disse segurando minha mão. – Como você está?

Eu não sabia a resposta. Me sentia tão estranha. Um nova crise choro fez meu corpo estremecer. Sabia que tinha que me controlar, mas era algo muito forte, fora de controle.

- Acho melhor chamar Carlisle! – Collin disse preocupado. – Ela deve estar em choque!

- Carlisle? – Leah perguntou incrédula. – O que os Cullens fazem de bom? A não ser proteger um dos assassinos?

- Leah! – Billy chamou em tom de advertência. – Os Cullens são nossos aliados! – ele disse.

Encostei minha cabeça no sofá tentando não enlouquecer, eu sabia que tudo que sentia era algo de fora. Jake tinha razão! Algo havia bagunçado minha mente para me atrair para longe da pousada.

Mesmo com todo o burburinho em volta, eu já estava quase adormecendo novamente, então uma sensação horrível embrulhou o meu estomago. Me sentei rapidamente, os olhos arregalados, a respiração acelerada .

Em um piscar de olhos Collin estava ajoelhado em minha frente, segurando meus pulsos.

- O que aconteceu, ? – ele me perguntou preocupado. Todos estavam em minha volta.

- Jake! – falei em um sussurro. – Aconteceu alguma coisa com ele!

O uivo alto de Sam, cortou a noite. Brad e Collin, que haviam ficado para trás para cuidar dos outros, se entreolharam sem saber o que fazer. As ordens eram que eles ficassem de vigia.

Eu não iria esperar com Jacob podendo estar correndo perigo.

Me levantei, jogando as cobertas no chão.

- !- Billy me chamou. – Onde você pensa que vai?

- É o Jacob, Tio Billy! Ele precisa de mim! – falei indo em direção a porta.

- Não filha! Você não pode! – Billy disse empurrando sua cadeira atrás de mim.

- Espera!- Collin me segurou pelo braço. – Eu vou ver o que aconteceu e venho te avisar, ok?

Olhei para ele por alguns instantes, então concordei!

Ayiana me sentou novamente no sofá, se sentando ao meu lado, Emily do outro. Eu estava me sentindo uma prisioneira. Eu precisava de ar.

Me levantei no mesmo instante que Collin passou pela porta.

Seu cabelo encharcado pingava no assoalho, devido a chuva forte que começava. Ele olhou para mim por alguns instantes depois desviou o olhar para Billy.

- E então?- Billy perguntou.

Collin ainda me olhou mais uma vez. A boca entreaberta, como se não tivesse certeza que deveria falar.

- FALA!- ordenei, não agüentando mais tanto suspense.

- Jake desapareceu!- ele soltou de uma vez só.











Capítulo 32


Todos estavam ao meu redor, eles me olhavam como se eu fosse a pessoa mais louca do planeta. Até Billy que mantinha a cadeira em minha frente, bloqueando a passagem, mantinha as mãos erguidas, comas palmas pra cima como se aquele gesto me fizesse acalmar e mudar de idéia. O que eles estavam pensando? Que eu ficaria em casa chorando, enquanto meu marido estava em algum lugar precisando de mim? Nem pensar!

! – Billy tentou mais uma vez argumentar. – Todos estão procurando, inclusive os Cullens! É perigoso você ir também! Tenha fé!

– Eu sei, Tio Billy! – minha voz saiu firme, eu tinha essa qualidade de manter a cabeça no lugar em momentos de crise, por mais que todos esperassem que eu desmoronasse a qualquer momento. Eu iria deixar isso para depois. – Mas todos estão procurando com a cabeça eu vou achá-lo usando o coração. – minha mão foi para o meu peito enquanto meus olhos se mantinham firmes nos de Billy. Eu sabia que ele me entenderia, ele sabia que a ligação entre Jacob e eu era muito forte.

Ele suspirou, então assentiu, empurrando sua cadeira para desbloquear a passagem.

– Obrigada!- sussurrei passando por ele e abrindo a porta. – Cuidem de ! – pedi a Aiyana e Emily antes de sair.










oOo


Fechei os olhos, sentindo uma lufada forte de vento e neve, atirar meus cabelos para trás. Alguns lobos me seguiam, enquanto outros procuravam em outros lugares.

Ficava difícil caminhar em meio às pedras com minha enorme barriga e na minha forma humana. Collin, que me acompanhava de perto me ajudava, usando sua enorme cabeça par ame dar apoio quando eu precisava. Apesar da pouca visibilidade em meio a tempestade de neve que caia, eu conseguia usar meus sentidos mais aguçados para seguir em frente.

Eu sabia que Jake estava próximo. Muito perto! Só me faltava saber exatamente a onde!

Olhei mais uma vez o mar revolto, batendo nas pedras lá embaixo do penhasco onde eu estava. Meus olhos passeavam pelas pedras das encostas, eu não sabia como, mas eu sabia que era por lá.

Mas eu já estava impaciente. O tempo estava passando, o dia já se transformava em noite e nada de Jake. Isso me frustrava.

Foi então que meus olhos se prenderam em algo. Na verdade não havia nada de diferente lá, mas era lá eu sabia! Somente uma protuberância na rocha de um dos paredões, um pouco mais acentuada. Só isso! Mas era lá que Jake estava!

Eu não ia esperar por mais nada! Collin arregalou os grandes olhos e resmungou quando eu passei por ele correndo, voltando pelo caminho que havíamos feito. Tive que me concentrar mais ao descer as pedras escorregadias, com a chuva molhando e fazendo com que meus cabelos se grudassem em meu rosto.

Quando terminei de descer a trilha todos os outros lobos e os Cullens se juntaram à nós.

– Ele está no paredão! – foi à única coisa que disse, sem parar para mais explicações e ignorando os pontos de interrogação na cara de todos. Eu corria em direção ao píer.

– Você tem certeza, ? – Carlisle perguntou só me deu tempo de assentir, antes dele disparar atrás de Edward que já havia visto, em minha mente, a localização exata.



A gruta dava diretamente para o mar. Não tinha como entrar se não fosse pela água. E a entrada era praticamente escondida pelas pedras. Só pescadores antigos conheciam cada fenda daquela costa.

Eu esperava dentro do barco de John, junto com Seth e Collin, pelo regresso dos Cullens. Edward, Carlisle, Jasper e Emmet, haviam ido pelo mar até a gruta. Alguns dos garotos se transformaram e foram junto, mas todos sabiam que vampiros eram muito melhores que nós na água, já que não precisavam respirar.

O tempo se arrastava me deixando cada vez mais angustiada. Mantinha os olhos fixos na entrada da gruta, vendo as ondas baterem nas pedras. A maré estava subindo e logo ela estaria totalmente submersa, o que me deixava mais desesperada.

– Você está bem?- Collin perguntou preocupado, pela milésima vez.

– Sim! –respondi sem desviar os olhos da entrada da caverna. Foi quando eu percebi um reflexo em meio às ondas. Logo percebi as costas de Edward. Ele segurava algo. As cabeças dos outros garotos apareciam ao redor.

Carlisle submergiu subindo na lateral do barco. Corri até a proa para encontrá-lo.

– Achamos! – ele me disse.

– Ele está bem?- perguntei, meus olhos correram para Edward e os garotos que se aproximavam com Jake. Eles tentavam manter a cabeça dele fora da água.

– Eu ainda não sei. – Carlisle disse. – Ele está desacordado!










oOo


Meus dedos traçavam suavemente, os contornos das feições de Jake. Ele estava desacordado há mais de 24 horas, por mais que Carlisle dissesse que ele não tinha nenhuma lesão séria, só alguns arranhões que já estavam curados, algo estava errado. Muito errado!

- ! Você precisa comer alguma coisa!- Sue abriu a porta e colocou a cabeça para dentro do quarto onde estávamos.

- Não, obrigada, Sue! Eu estou bem! – respondi. - como está?

- Ela está bem, já comeu e agora está brincando com as outras crianças. – ela me respondeu. Assenti voltando a olhar para o rosto adormecido de Jake.

- Filha. – Billy empurrou a cadeira para perto da cama onde eu estava sentada ao lado de Jake. – Você precisa mesmo se alimentar. Qualquer coisa eu mando lhe chamar. Pode deixar que eu cuido de Jake.

Sue atravessou o quarto e passou as mãos no meu cabelo.

- Você mal dormiu. Isso não faz bem para o bebê. – ela me disse.

Respirei fundo. Eles estavam certos. Eu precisava estar bem quando Jake acordasse. Me inclinei por sobre ele, encostando levemente meus lábios em sua testa. Uma lágrima escorreu pele lateral do meu nariz, caindo direto no rosto de Jacob.

Notei suas pálpebras tremerem. – Jake? – chamei. Seus olhos abriram rapidamente e ele piscou tentando se acostumar com a claridade. – Jake!- Eu sentia meu coração acelerado parecendo que iria sair do meu peito.

Ele fixou os olhos em mim, então sorriu maravilhosamente.

- ! – ele disse.










oOo


O quarto parecia menor com tantos dos garotos ali dentro, ainda mais Carlisle que tentava entender a história que Jacob contava.

- Me fale de novo, Jake! – pediu Sam. – Precisamos de todos os detalhes.

Jake suspirou e jogou a cabeça para trás. – Já disse Sam, eu só me lembro de me sentir tonto e acordar aqui.

- Mas você tem que tentar se lembrar de mais alguma coisa, Jake!- Sam pediu.

Olhei para Carlisle, praticamente implorando. Jake estava confuso, cansado e muito machucado! Eu sabia que era importante ele dar todos os detalhes para que Sam tivesse alguma pista para procurar, mas ele precisava descansar.

– Ok! Chega por hoje, Sam!- Carlisle veio em nossa salvação. – Jake precisa descansar e também!

– Mas...- Sam continuou.

– Sam!- Emily o chamou. – O doutor tem razão! – ela disse passando a mão no ombro dele.

Sam olhou para mim e depois para Jacob. – Ok! Vou deixar vocês descansarem!

Acompanhei todos até a porta, a trancando logo em seguida. Jake parecia exausto quando me virei para olhá-lo.

– Eu juro, , eu não me lembro de nada . Eu...

– Sshhh! Tudo bem!- falei me deitando ao seu lado. – Você vai se lembrar, só precisa descansar. Passei os dedos em seus cabelos, fazendo com que ele encostasse a cabeça em meu peito.

– Aham! – ele sussurrou exausto. – Só não queria que você tivesse ido atrás de mim. – disse de olhos fechados. – É perigoso!

– Jake... –eu ia começar a me defender, mas não queria que acabasse em discussão. Ele parecia tão cansado que quase não abria os olhos.

– Tudo bem!- ele sussurrou se aninhando em mim mais um pouco. Jake também parecia não querer briga. – Só fique longe da água!

– Água? Jake, o que tem a água?

– É perigoso!- ele murmurou quase sem abrir a boca.

– Perigoso? Como assim?- perguntei confusa, mas Jake já havia adormecido.










Capítulo 33


Eu revisava a lista pela quarta vez. Não parecia que tinha algo faltando. As bandeiras coloridas, as lanternas, os balões, tudo estava lá. A comida e o bolo haviam ficado a cargo de Emily e Sue. E Aiyana, Kim e eu ficaríamos com a decoração.

– Tem certeza que uma festa a essa altura dos acontecimentos, é o melhor, prima?- Aiyana me perguntou, enquanto eu checava a enorme caixa empoeirada que Seth havia trazido do sótão.

– Jake e os garotos precisam relaxar, e eu nunca deixei o aniversário de Jake passar em branco!- respondi tirando as bandeiras coloridas de dentro da caixa de papelão. Nada iria me fazer mudar de idéia, fora que planejar essa festa era a única coisa que conseguia me distrair no momento.

Tudo estava muito estranho. E eu sentia que algo muito errado estava acontecendo, só que por mais que pensasse eu não conseguia saber o que era. Além do fato que Jake estava diferente. Ele ainda era Jacob, mas algo lá no fundo estava errado. Varias vezes eu havia pego Jake distraído, olhando para o nada nesses cinco dias que se passaram depois do ataque. Ele não havia se lembrado do que tinha acontecido e estava estranho, distante, ausente. Todos haviam notado. Jake não estava normal desde o desaparecimento.

– Onde eu coloco isso, ?- Brad perguntou segurando uma enorme mesa de madeira como se fosse de papelão.

– Coloca bem embaixo da tenda, Brad! – disse apontando para o pátio interno onde uma enorme tenda branca havia sido erguida para acolher a festa. Sam e Jared terminavam de colocar as lâmpadas coloridas. Tudo estaria pronto em poucas horas e quando Jacob chegasse, teria uma grande surpresa.









oOo


Meus dedos passavam pelos fios longos e negros dos cabelos de minha filha. Ela estava linda, com um vestido vermelho de inverno, as meias brancas e os sapatinhos pretos e lustrosos. dormia tranquilamente com a cabeça apoiada em minhas pernas, ao meu lado no grande sofá do hall da pousada. Já estava tarde, e por mais que as pessoas ao meu redor disfarçassem, dava para ver que elas também estavam exaustas.

E nada de Jake chegar!

– Embry e Quil estão com ele, ! Logo ele estará aqui!- Sam disse tentando me acalmar.

, se você deixasse os garotos contarem ao Jake que… - Seth começou.

– Não, Seth! – falei tentando manter o tom de voz baixo para que não acordasse . – Assim não seria festa surpresa! – reclamei.

Seth suspirou sentando na outra ponta do sofá.

– Desculpe, , mas vou ter que levar os meninos para cama. – Leah disse enquanto Kauã pegava os dois meninos adormecidos no colo de uma vez só.

– Claro! Todos vocês podem ir!- falei.

– Não, ! Só as crianças vão! Nós vamos ficar aqui com você! – Emilly disse passando a mão pelos meus cabelos.

– Obrigada!- sussurrei para ela. Todos se sentaram ao meu redor.

– Mas acho que também deve ir ! – Billy falou.

–Ok! – respondi, deixando com que Seth pegasse no colo e a levasse para o quarto.

Mais uma hora se passou antes de o barulho da velha caminhonete surgir ao longe. Lobo foi o primeiro a se levantar. As orelhas eretas e a atenção virada para porta.
Todos sorriram e se levantaram, menos eu que fiquei remoendo minha frustração continuando a olhar para a ponta do meu sapato.

– Vamos lá, !- Seth disse esfregando meu ombro. Respirei fundo engolindo minha raiva e me levantei.

– SUSPRESA!!!! – todos gritaram assim que Jake passou pela porta com Embry e Quil atrás dele. Eu permaneci calada, meus olhos fixos nas três caixas forradas de papel dourado que ele trazia.

Jacob sorriu largando as caixas no balcão ao lado da porta, enquanto recebia os abraços de todos. Eu permanecia parada no mesmo lugar, a mão direita enfiada no bolso do meu suéter, apertando a pulseira trabalhada que havia comprado para dar de presente para ele. Nela estava escrito KAETHIAK, algo como PARA SEMPRE em Quileute.

– Desculpe o atraso, !- Embry disse ao passar por mim, eu só assenti de leve sentindo um nó crescente em minha garganta, ainda sem desviar os olhos dos presentes de aparência cara que ele havia ganhado.

Ainda ouvi Aiyana perguntar a Embry algo como “Mas o que aconteceu?” e ele responder com um “Longa história!” Só que eu não tinha certeza se queria saber dessa história.

– Oi! – Jake disse se aproximando depois de cumprimentar todos. Os outros já estavam atacando a mesa de comida, já que deveriam estará com muita fome pelo tempo que esperaram.

Engoli o bolo da minha garganta torcendo para que minha voz não saísse embargada. – Feliz aniversário!- falei passando meus braços pelo seu pescoço, o puxando para um abraço. O cheiro forte e nauseante de vampiro que emanava dele, me fez torcer o nariz.

Jacob me segurou pelos ombros me afastando para que pudesse ver meu rosto. – O que houve, ?- perguntou preocupado.

– Nada, Jake! – respondi sorrindo fraco.

Jacob torceu os lábios em desacordo. – ! – falou em tom de repreensão. – Você acha mesmo que me engana depois de tanto tempo? – ele perguntou sério.

Suspirei. Meus olhos foram parar nas caixas de presente novamente.

– Deixa pra lá! – falei sorrindo.

Jacob acompanhou meu olhar. – Os Cullens também fizeram uma surpresa. Nada demais, coisa de gente esnobe! Minha vontade era vir pra casa, ainda mais se eu soubesse dessa festa. – ele disse me puxando para seus braços. – Não fica chateada!

Sim! E ele estava lá todo esse tempo! Pensei.

– Você ganhou muitos presentes? – perguntei.

– Alguns! – ele respondeu.

– De Renesmee? – perguntei, sentindo o nó tomar proporções gigantescas.

– Amor! – ele reclamou. Jake não queria contar, mas eu queria saber.

– Ganhou?- insisti.

– Um rolex! Mas você sabe que não ligo pra isso!- ele falou. – Não fica chateada, ok? É disso aqui que eu preciso. – ele olhou em volta. – E de você e nossos filhos, mais nada! – Jake segurou meu queixo, fazendo com que eu o olhasse. – Tudo bem? – perguntou.

Respirei fundo. – Tudo bem!- respondi e sorri. Mas não estava!

– Hey vocês! – Seth chamou. – Tá na hora dos parabéns!









Capítulo 34


Me sentei em um tronco, observando e Seth brincarem na neve. Lobo corria em volta deles latindo. Era nítido o contraste, já que Seth usava uma calça de moletom e camiseta, enquanto estava toda agasalhada. Eu não podia falar de Seth já que usava somente um legging e um moletom de Jake, já que os meus não me serviam, e tênis nos pés.

Já faziam mais de 20 horas que Jake não vinha para casa. Ele tinha dobrado o turno das rondas e ainda se reunido com os Cullens. Eu sabia que ele estava obcecado em descobrir os autores dos ataques e cada assassinato sem pistas o deixava mais frustrado. Mas ele não sentia falta da família? De mim? Como ele podia me isolar tanto da sua vida? A desculpa que ele usava era a gravidez avançada. Mas isso era desculpa mesmo?

Sequei as lágrimas rapidamente quando ouvi a aproximação de Collin. Desviei os olhos de e Seth que juntavam neve para fazer um boneco de neve, ela estava se divertindo, e sorri para ele. Collin caminhava em minha direção incerto, mas quando eu sorri, seus passos se tornaram decididos.

– Achei que seria sua folga hoje?- perguntei.

– E é! – ele respondeu se sentando ao meu lado. Seth o olhou desconfiado e o cumprimentou somente com um aceno de cabeça.

– E porque você está trabalhando na sua folga? – perguntei.

– Não estou.

– Collin, você já me agüenta a semana toda! Vai sair com seus amigos. Namorar!- o cutuquei com o cotovelo.

– Achei que você fosse minha amiga? – ele disse fingindo estar magoado.

– Você sabe que eu sou! Você é meu irmão e eu te amo como tal. Mas para por ai.

Collin suspirou tristemente e olhou para frente. jogava um monte de neve em Seth que fingia ter ficado tonto a fazendo gargalhar.

– Eu sei. – ele suspirou tristemente. – Você é o imprinting do Jake.

– Não é o imprinting, Collin, eu o amava antes da transformação. - ele me olhou por alguns instantes. Seus olhos puxados, mais escuros do que de costume. Collin usava o cabelo mais longo que os dos outros garotos e ele já estava na altura do queixo. Passei a mão por uma mexa que caia em seus olhos. Eu não queria que ele sofresse, não por uma coisa sem sentido.

– Você está sofrendo, . Jake está te machucando. – ele disse. Recolhi minha mão.

– Isso não é de sua conta! – falei. Um grande silêncio se abateu só a risada de Seth e era ouvida enquanto Seth a puxava em cima de um carrinho de neve. Mas ele não estava alheio a nossa conversa. Seus olhos paravam em nós de tempos em tempos, captando tudo o que dizíamos. Eu conhecia Seth muito bem para saber que ele nunca falaria nada para Jake.

– Desculpe! –Collin sussurrou.

– Tudo bem! – disse pegando sua mão, mas quando o vento me trouxe o cheiro de Jake, denunciando sua aproximação eu puxei a minha de volta. Não que eu estava fazendo algo de errado, mas tudo que eu não queria era mais motivos para brigar co Jake.

– Então vocês estão ai?- Jacob disse parando ao nosso lado. Seu tom demonstrava que ele não tinha gostado do que vira. Mas o que ele tinha visto demais? Lobo correu em sua direção o festejando, mas Jake o ignorou.

– Papai!- desceu do trenó vindo correndo em direção a ele e pulando em seu colo.

– Oi princesa!

– Estamos brincando na neve, não quer vir brincar também?- perguntou sorridente.

– Depois eu vou. – Jake respondeu. entristeceu um pouco, indo para o chão e correndo em direção a Seth. Será que ele não via a falta que a filha sentia dele e como ele a estava magoando? Nos magoando. Porque eu não pude notar a falta de um cumprimento carinhoso depois de tanto tempo sem nos ver, somente aquela pergunta cheia de acusações descabidas. – Achei que fosse sua folga?- Jake perguntou a Collin. Mais acusações subentendidas.

– E é! – Collin respondeu o olhando duramente. – Eu vou indo, ! Nos vemos depois. – ele disse. Assenti.

– Reunião mais tarde, vamos remanejar os postos. – Jake disse a ele, enquanto Collin se afastava.

– Ok! – ele respondeu sem se virar. – Só me avise quando e onde.

Os olhos duros de Jake se viraram em minha direção. Me levantei, batendo minhas calças com as mãos, para me livrar da terra úmida que estavam nelas.

– Vamos?- chamei .

– Ah mamãe, me deixe ficar mais um pouco. – ela pediu.

– Só mais meia hora! – respondi. - Seth você cuida dela?

– Claro!- ele respondeu e eu me virei indo em direção a casa.

– Eu liguei! E ninguém atendeu! – Jacob disse caminhando a meu lado. – Fiquei preocupado.

Eu sorri amarga. – Nós estamos bem! quis brincar na neve.

– Você poderia ter trazido o celular! – ele apontou.

Parei de andar e o olhei friamente. – E você poderia ter vindo para casa! – rebati. Depois balancei a cabeça. Eu não queria discutir sobre isso. Não mais! Retomei meu caminho com ele no meu encalço.











– Está complicado! A situação está se apertando. Pensei que você entenderia! – ele disse parecendo cansado.

Parei no alpendre da minha casa, aos poucos eu tentava seguir minha vida novamente, o primeiro passo era voltar para casa, mesmo que as noites nós ainda passávamos na pensão, já que Jake quase não ficava em casa.

– Eu entendo Jake! Eu entendo as rondas, entendo os turnos duplos. O que eu não entendo é você não vir mais para casa nem para jantar nem para dormir. – abri a porta. - Você não faz mais nada disso, Jake?

Ele passou as mãos pelos cabelos.

– Houve mais um ataque hoje!

Minha respiração falhou. – O que?

– A professora da não voltou para casa ontem. – Jake disse. Caminhei até a cadeira da cozinha e me sentei. – Achamos o corpo dela hoje pela manhã.

– Samantha!- sussurrei.

– Você consegue entender, ? Consegue entender a dimensão do problema?

Me levantei furiosa. – Claro que entendo, Jake! Eu não sou idiota!

–Então tente ser um pouco mais compreensiva, ok?- ele atirou. Desviei os olhos sentindo as lagrimas queimando. O rosto da jovem professora sorridente, não saia da minha cabeça. – E tem mais!

– Mais? – perguntei alarmada.

Jake desabou na cadeira, fazendo com que eu me sentasse em sua frente.

– A hibrida escapou!- ele despejou, passando a mão nervosamente pelo rosto.

– O que?- perguntei alarmada, meu coração aos pulos.

– Eu sabia que tinha que ter acabado com ela quando tive oportunidade, mas fui dar ouvidos a... – Jake explodiu, se levantando bruscamente. Me encolhi quando na mesma hora uma fisgada doeu no meu baixo ventre. – Oh meu amor!- Jake me puxou para seus braços, me sentando em seu colo. – Desculpe jogar tudo isso em cima de ti assim! Me perdoa? Me perdoa?

– Tudo bem! – disse respirando fundo. – Não é justo você ficar com tudo isso para você! – falei torcendo que ele não tivesse percebido.

– Mas você não tem culpa! – ele falou, tão próximo, tão cansado, tão sofrido.

– Nem você!- falei acariciando seu rosto. Encostamos nossas testas de olhos fechados. – Sua dor é a minha dor, Jake! – falei.

– Eu sei!- ele sussurrou. – Não foi assim que eu desejei, mas eu sei! E ainda bem que você está comigo!

– Nós somos um só!

– Para sempre! – ele completou mostrando a pulseira no seu braço.

– Você achou?- perguntei sorrindo.

– Claro! – ele respondeu. – Com uma ajudinha de ! – confessou.

– Que dupla!- falei sorrindo. Jake suspirou e colocou a cabeça na curvatura do meu pescoço, seus braços em volta da minha cintura. – Nós vamos passar por isso, Jake! Nós! Juntos!

– É só o que eu quero! – ele respondeu. – Você é o meu eixo, ! É o que não me deixa enlouquecer!

O celular dele vibrou, nos trazendo para o presente. Jake olhou o visor e enrugou o cenho, antes de atender.

– Fala Edward!- ele disse desanimado. - ... – Ah! Oi Renesmee! – tentei não demonstrar meu incomodo, mas Jake podia sentir minha tensão, então apertou mais o braço em minha cintura. - ... – Tudo bem! Estou indo pra ai! – ele disse antes de desligar. Jake bufou antes de me olhar. – Parece que Edward tem uma pista da hibrida. Ele deixou recado que eu fosse pra lá.

– Tudo bem! – falei dando um beijo em seu rosto, no momento que Seth e chegavam.

– Prometo não demorar!- ele disse me dando um selinho e me ajudando a levantar do seu colo.

– Ah não, paizinho! – choramingou.

– Princesa... – Jake disse se abaixando em frente a filha. – Papai promete dormir hoje em casa, ok? Não vou demorar!

se abraçou nele e depois se grudou em minhas pernas.

Jacob deu um beijo na testa da filha e mais um selinho em mim. Se virou para Seth dando ordens para que ele ficasse de olho em nós. – Hoje nós vamos dormir em casa, ok? – disse e depois piscou pra mim.

Eu sabia quais eram as intenções dele, não pude evitar de sorrir. Eu precisava muito de Jacob. Uma noite nossa, longe de uma casa abarrotada.

Mas assim que Jacob saiu pela porta, outra dor um pouco mais forte atravessou meu ventre.









Capítulo 35


Acordei quando uma dor muito mais forte atravessou meu ventre fazendo eu me dobrar em cima da cama.

– Jake! – chamei, deslizando uma mão para acordá–lo, mas o lado dele na cama estava vazio. Ele ainda não havia voltado. Olhei para o relógio que marcavam 3:18AM e trinquei o maxilar. – Que merda!

Soprei o ar em um jato, jogando minhas pernas para fora da cama com dificuldade. Quando me pus em pé outra contração parecia que me rasgava por dentro. O bebê estava a caminho. Assim que a dor cedeu um pouco peguei o telefone e disquei o numero do celular de Jacob, por mais que minha vontade fosse mandar ele a merda. Respirei fundo, dizendo para mim mesma que naquela hora teria que engolir minha raiva.

– Alô! a voz de uma garota soou do outro lado da linha. Afastei o telefone para ver se tinha discado certo, mas era esse o numero de Jake.

– Quem fala?- perguntei sem conseguir disfarçar minha raiva.

– Com quem quer falar?– a garota perguntou.

– Com o Jacob!- falei tendo que controlar um rosnado quando reconheci a voz de Renesmee.

A garota riu abafado do outro lado da linha Para! ouvi ela falar para alguém em meio a risadinhas. É ela! Mais risadas irritantes fazendo meu corpo ferver de raiva. –Ele está ocupado, não pode atender agora!

– Renesmee chama o Jacob! – eu respirava fundo e tentava a todo o custo não destruir o telefone em minhas mãos.

– Ele não pode atender, Tia ! Se quiser pode deixar um recado!

RECADO!!!

Uma nova contração e o telefone se despedaçou em minhas mãos. Apoiei uma mão na parede tentando recobrar o controle. Agora era comigo.

Caminhei até a cômoda e peguei meu celular, puxando pela memória o telefone de Carlisle. Ele atendeu no primeiro toque.

, chegou a hora?

- Sim! – respondi aliviada, de ter pelo menos alguém para me ajudar.

– Estou a caminho da clinica nesse exato momento!– ele disse.

– Obrigada! – falei deixando uma lágrima correr pelo meu rosto.

Só vesti um casaco por cima da camisola e desci as escadas. Fui até o quarto de Seth. Ele estava esparramado na cama, no décimo sono.

– Seth!- o chamei da porta.

– Huh? O que? – ele acordou alarmado.

– O bebê! Tá na hora! – falei.

Seth sorriu. – Sério?

– Sim! – sorri de volta. – Você cuida da ?

– Você sabe que não precisa nem pedir, né ?

– Eu sei querido!

– Diga para Jake me ligar me dando noticias.

Jake? O coitado do Seth pensava que Jake estava ao meu lado.

– Pode deixar! – respondi saindo.

Peguei a mochila que deixei pronta já a alguns dias, ao lado da porta. Nela eu tinha colocado tudo que eu e o bebê precisaríamos para as primeiras horas. Coloquei nos ombros e respirei fundo quando outra contração veio forte. Lobo choramingou ao meu lado.

– Tudo bem! Vai dar tudo certo! – falei mais para mim do que para ele.

Abri a porta pegando a chave do carro. Senti o vento da madrugada batendo em minhas pernas e meu rosto. Abri a porta do Impala jogando a mochila no banco trazeiro.

?

Me virei para encará-lo.

- Oi Collin! – respondi.

- O que está acontecendo?- ele perguntou. Outra contração fez eu me dobrar ao meio. Collin correu e me amparou me segurando em seus braços. – É o bebê?

– Sim. – respondi ofegante.

– Cadê Jacob?

– Não sei! – respondi chorosa.

– Eu te ajudo, . Eu vou ficar com você não se preocupe. – Se eu tivesse condições tinha negado e dito que eu me virava sozinha. Mas essa não era a hora de ser orgulhosa. Deixei Collin me pegar nos braços e me acomodar no banco do carona. – Vai dar tudo certo. – ele sussurrou, passou a mão de leve em meu rosto secando minhas lágrimas. – Eu estou aqui.

Collin fechou a porta, depois deu a volta no carro se sentando no banco do motorista e me levando até a clínica.

POV JACOB BLACK

Entrei sem fazer cerimônia, como sempre. A sala do casarão parecia vazia. Puxei ar tentando descobrir se havia alguém lá dentro, mas não precisei de muito esforço para saber, Renesmee saiu pela porta dupla da cozinha com uma enorme vasilha, do que parecia pelo cheiro, ser brigadeiro.

– Jakie, você já chegou!- ela disse sorrindo, largando a vasilha sobre a bancada e correndo em minha direção. Renesmee tinha essa estranha mania de me abraçar apertado sempre que me via.

– Ué Nessie! Eu achei que era urgente! Não foi isso que seu pai mandou você me dizer?- perguntei desconfiado, desgrudando ela do meu pescoço o mais sutilmente possível. – Falando nisso, onde ele está?

- Ah!- ela deu de ombros. – Deve estar chegando a qualquer momento!

Cruzei os braços. – Renesmee, seu pai não disse que era para eu vir urgente para cá?

– Foi o que ele disse pelo telefone, que já estava chegando e que você deveria vir logo. Não pode esperar um pouquinho por ele, Jakie? – ela disse se sentando no sofá e me mostrando a colher. – Fiz brigadeiro, quer?

– Não obrigada! – recusei.

–Jakie – ela fez bico. – Pelo menos prova! Me esforcei tanto para fazer como você disse.

Se esforçou para fazer um brigadeiro? Isso era coisa que a fazia de olhos fechados. Renesmee baixou os olhos tristemente. Ah não! Ela não vai chorar. Não é? Eu não podia ver uma criança chorando, por mais chatinha e mimada que fosse.

– Ok! – eu disse rendido. Também não era nenhum grande sacrifício. Me sentei ao seu lado pegando a colher que ela oferecia. Até que não estava ruim. Ela sorria me olhando comer. Seus olhos tinham um brilho de excitação. Tudo isso por causa de um brigadeiro?!? – Me diz, cadê todo mundo?- perguntei depois de comer umas quatro colheres. – Porque te deixaram sozinha?

Ela sorriu mais.

– Você não imagina o que tive que fazer para poder ficar sozinha com você essa noite!- ela disse.

Havia um zumbido em meu ouvido e minha visão estava meio fora de foco. Eu me sentia meio estranho. – O que você disse? – eu piscava para conseguir manter meus olhos abertos.

– A parte mais fácil foi te convencer a vir para cá.

– Como? – perguntei confuso. Minhas pálpebras pesadas, já na me obedeciam mais e eu não conseguia mais lutar contra o sono. O que estava acontecendo comigo?

Umas mãos afoitas levantavam minha camiseta com pressa. Abri os olhos confusos, ainda muito sonolento. estava sentada no meu colo, de frente para mim, seus joelhos apoiados na lateral do meu quadril.

- ? – perguntei. – O que você está fazendo aqui? – eu estava surpreso, mas maravilhado.

Ela estava linda como sempre. Os cabelos castanhos caindo em ondas pelos ombros nus. Ela vestia somente uma pequena camisola preta de renda transparente. Seus olhos azuis brilhavam em expectativa. Apesar dela sorrir, tinha um pouco de dificuldade de tirar minha camiseta, já que ela mantinha uma mão sempre apoiada em meu peito, e de vez enquando soltava uns resmungos frustrados. Para facilitar o processo tirei a camiseta a atirando de lado. Ela sorriu mais, e agora as suas duas mãos passeavam pelo meu peito.

Mas eu ainda estava confuso. Seria um sonho?

se debruçou sobre mim, me beijando afoitamente. Ela parecia nervosa, sem saber direito o que fazer. Quando minha língua encostou na dela, todo meu corpo retesou. Não era o mesmo gosto conhecido. Me afastei dela a encarando confuso.

Uma mão dela deslizou até meu rosto, com a outra ela soltou os laços que prendiam a camisola em um ombro e depois no outro, a peça deslizou pelo seu tronco, revelando seus seios perfeitos.

Era um sonho, agora eu tinha certeza! Porque , estava novamente com seu corpo de sempre, sem a barriguinha de grávida.

Bem, sendo sonho ou não, eu ia aproveitar!

Minha boca foi direto para seu seio direito, lambendo, sugando. Minha língua deslizando na pele macia até o outro seio. Ela se inclinava para trás para me dar espaço. Ainda mantendo a mão no meu rosto, gemia baixinho.

Minha mão apertava sua cintura, então eu baixei uma delas, até a minúscula calcinha que ela usava, meus olhos acompanharam o percurso, então eu parei.

Porque o cheiro diferente, até o gosto diferente dela, denunciava o sonho, mas desde que eu descobri a pequena borboleta azul que tinha tatuada no baixo ventre, na primeira vez que nós havíamos feito amor, eu não me lembro de nenhuma vez ter fantasiado ou sonhado com ela sem a borboleta que me enlouquecia tanto. E ela não estava lá.

Na mesma hora que eu tentei colocar meus pensamentos em ordem, de que algo estava muito errado, a mão dela deslizou por dentro da minha bermuda apertando meu membro extremamente duro, me fazendo gemer alto.

Enquanto ela me tocava, minha boca caçou a dela com desespero. Ela se desconcentrou por um instante, pega de surpresa com a minha reação, então eu vi os cachos ruivos na minha frente.

Dei um pulo do sofá, fazendo com que Renesmee caísse no chão.

– O que você fez Renesmee? – perguntei exasperado, catando minha camiseta.

– Jake! Eu te amo! – ela disse.

– O que?

– Eu te amo!- ela chorou se pendurando em meu pescoço.

– Você é louca! – falei, tirando seus braços do meu pescoço e atirando no chão.

–Eu quero que ela morra!- ela berrou. Eu paralisei. Todo meu corpo tremendo. – Fui eu quem soltei a hibrida! Espero que ela consiga matar aquela cadela!

– O que?!?- levantei a mão pronto para acabar com aquela mestiça, mas então parei. Não! Eu não iria fazer isso. – Você nunca mais chega perto de mim e nem da minha família, ouviu?

– Eu sou melhor que ela, Jake! Me escuta!

– Você é louca mesmo! Só pode!- disse saindo pela porta. – Você nunca vai chegar nem aos pés da minha !

Sai pela porta com a intenção de nunca mais colocar os pés naquele lugar novamente. Casa de loucos!

O cheiro forte e o barulho denunciou a aproximação de vampiros. Será que a intenção dela era um flagrante? Bem que a sempre disse que ela era venenosa!

- O que você está fazendo aqui, cachorro?- a vampira loira perguntou ao me ver passar por eles.

– É bom te ver também, loira! – ironizei. – Mas não fique feliz, porque já estou indo embora!

– Sério, vira–lata!- ela disse rolando os olhos âmbar claro - Achei que você estaria lambendo sua cria nesse momento!- disse colocando as mãos na cintura.

– Que? Do que você está falando, Oxigenada?- perguntei.

– Jake, você não sabe que seu filho nasceu?- Esme me perguntou parecendo preocupada.

Meu coração falhou uma batida. – Meu filho?

– Sim! A avisou Carlisle, e ele foi direto para clínica!- Emmett disse.

– Pelo tempo que faz, o filhote já deve ter nascido!- a vampira loira completou, mas eu não ouvia mais, já corria em direção a La Push.






Capítulo 36


POV JACOB BLACK

Minha cabeça foi bombardeada de informação no momento em que me transformei e minhas patas tocaram o chão gelado.

Jake, onde você andava?

Jake! Jake! Jake!

Como está a ?
perguntei ignorando as perguntas na minha cabeça, que só me deixavam mais atordoado e nervoso. Era um misto de alívio e angustia ao mesmo tempo.

Notei que os garotos se calaram me fazendo aumentar a velocidade. Eles hesitavam, sem saber quem seria o primeiro a falar.

Parabéns, Jake! Você é pai! Sam disse, mas ele não havia me respondido. Meu alivio não era completo, saber que meu filho havia nascido não acalmava todo meu desespero.

A ? perguntei de forma mais dura.

Ela está bem, Jake! Sam pensou.

Aquilo me aliviou um pouco, mas eu sabia que algo não estava certo.

Já era dia claro quando passei as últimas árvores que rodeavam o terreno da clinica, Seth me esperava segurando algumas roupas para mim, já que as minhas tinham se rasgado na transformação.

– Ela está bem, Jake! – Seth afirmou tentando me tranqüilizar enquanto eu terminava de colocar a bermuda. – Está descansando agora!

Eu não falei nada, passei diretamente por ele, precisava ver com meus próprios olhos, senão eu iria enlouquecer. A raiva e a angustia me destruindo por dentro. Fazendo com minhas mãos tremessem e todo meu corpo vibrasse.

Toda La Push parecia estar ali. Algumas das pessoas me cumprimentavam, mas mesmo assim eu sentia um certo clima estranho entre elas. Respirei fundo antes de cruzar a porta.

– Filho! – meu pai parou em minha frente. – Onde você estava? – ele me perguntou.

Eu ainda não estava pronto para dar explicações. – Onde está , pai?

– Ela está descansando!- ele respondeu.

Descansando, descansando! Era só o que me diziam, mas eu sabia que havia mais, alguma coisa muito errada que eles tentavam empurrar para o fundo, tentando não demonstrar, não transparecer, mais algo podre pairava por ali. Podia ser minha consciência berrando na minha cabeça, me fazendo ver coisas, mas eu sentia que todos os olhares, parabenizações e tapinhas nas costas, tinham uma acusação escondida.

“Parabéns, Jake!” – um me dizia, mas o olhar era Onde você andava seu filho da puta!

“Um meninão, huh!” dizia o outro com o olhar É um vacilão, mesmo!

Todos rindo pra mim enquanto praticamente me impediam de chegar até o quarto onde estava.

Todos rindo, menos uma pessoa, que atravessou a sala como uma locomotiva desgovernada assim que me viu.

– Onde você estava seu, filho–da–mãe? Onde você estava quando minha prima precisava de você?- Aiyana perguntou, os olhos vermelhos e injetados de tanto chorar.

– O que?- perguntei apavorado. Já começando a empurrá-la para que saísse da minha frente.

– Aiyana, amor, já passou! – Embry tirou a esposa da minha frente antes que fosse jogada longe por mim. A envolveu nos braços, confortando.

Eu não queria mais ouvir. Eu precisava ver!

Atravessei a sala com dois passos urgentes, mas antes que pudesse levantar a mão para baixar a maçaneta da porta, ela foi aberta e Collin saiu de dentro do quarto, o braço dobrado com um pequeno curativo na parte de dentro do antebraço. Ele olhou para mim por poucos segundos, depois desviou os olhos para o chão e saiu.

Empurrei a porta e entrei.

estava deitada em uma cama. Seus olhos estavam fechados, um lençol branco cobria seu corpo e um fino cano descia até seu braço de um frasco de sangue, pendurado em um suporte.

– Jacob! – Carlisle disse assim que entrei. – Que bom que você veio! – falou em um tom baixo. Quase um sussurro.

– Como ela está?- perguntei ainda meio paralisado de ver minha esposa, tão frágil, deitada naquela cama.

– Ela está bem! Está se recuperando! – ele respondeu. – Você já viu seu filho? – ele me perguntou indicando o outro lado do quarto.

Sue levantou sorrindo, trazendo com ela um pequeno embrulho.

– Veja Jacob! – ela disse.

– Meu filho!- sussurrei tão baixo, as palavras mal saindo pela minha boca.
Ele era lindo! Algo pareceu se encher em meu peito. Como se meu coração aumentasse para caber todo o amor que eu já sentia por essa criança. Ele era perfeito! Meu filho e da mulher que eu amo! Minha família agora estava mais completa com nossas duas crianças!

Sorri passando a mão de leve pelos ralos cabelos escuros daquele bebê.

– Jacob venha comigo! – Carlisle disse. Olhei para . Eu queria abraçá-la, queria confortá–la, me desculpar pelo que tinha feito. –Eu sei que você quer ficar com sua família, mas preciso conversar com você primeiro. – o tom sério de Carlisle me fez assentir de imediato.

Carlisle havia feito uma boa mudança na sala ao lado, no quarto onde antes era o de , agora abrigava um pequeno mas complexo consultório médico. Os móveis eram brancos, assim como todas as paredes e o chão, só três cadeiras confortáveis pretas contrastavam com o restante da decoração.

– Sente–se, Jacob!- ele disse indicando com a mão a cadeira a sua frente, do outro lado da sua mesa.

– O que aconteceu com a , doutor? – perguntei me sentando, não agüentando mais tanto suspense.

– Bem, vou lhe contar tudo. Você como ninguém sabe como sua esposa pode ser... insistente.

– O senhor quer dizer, teimosa, não é?

Carlisle deu um sorriso fraco. – Sim! Pois é...

– Diga logo, doutor!- pedi.

– O parto não foi fácil, Jacob! – ele começou a narrar. – Como eu já havia previsto e como você deve ter notado, o bebê é bem grande.

– Sim, eu vi!

– Pois é, Jacob! Vou ser bem direto, para mim o melhor era ter feito uma cesárea, mas ela se negou. Se ela não fosse, bem... uma de vocês, não teria conseguido. – ele disse.

O frio que tomava meu estômago se alastrou por todo o meu corpo, causando uma dormência nas minhas pernas.

– Ela correu risco de vida? – perguntei, tentando engolir aquele bolo enorme, misto de angustia, medo e arrependimento.

– Sim! Mas agora ela está bem! – ele apressou em me dizer.

Fechei os olhos tentando dissipar todo aqueles sentimentos que agora se transformavam em ódio. – Obrigada doutor!- agradeci em tom baixo.

– Não agradeça só a mim, agradeça também ao garoto que estava com ela!- Carlisle disse.

– Collin? – perguntei.

– Sim! Ele doou sangue. – Carlisle disse devagar, me analisando. – Algum problema Jacob?

– Sim, doutor, infelizmente temos um grande problema. – contei o motivo do meu sumiço, claro não dando muitos detalhes, mas falei que Renesmee havia me dopado e principalmente das ameaças contra . – Agora ela é uma das nossas inimigas Carlisle, e se for encontrada vagando por perto que seja de La Push... – não terminei a sentença em forma de ameaça, mas Carlisle entendeu o que eu queria dizer.

– Eu entendo!- ele respondeu depois de algum tempo em silencio profundo. Seu rosto estava uma mascara de desapontamento. – Vou ter que conversar com minha família Jacob. Antes de poder lhe dar uma posição de que atitudes tomaremos.

– Claro, eu entendo! – respondi me levantando. – Agora me de licença! Vou ver minha esposa.

– À vontade!- ele respondeu, passando as mãos pelos cabelos. Ele parecia ainda não digerir totalmente o assunto que havíamos conversado.





Capítulo 37


POV

Os barulhos ao redor foram os primeiros sinais que notei, assim que comecei a despertar. Algumas pessoas conversavam em outra sala, sempre mantendo as vozes em sussurros. Alguém se embalava, fazendo um leve ranger no piso de madeira.

Meu cérebro voltou, saindo totalmente do sonho. Um sonho cheio de dor e medo. Não medo e dor por trazer meu filho ao mundo, isso eu tinha certeza que conseguiria, mas a dor de ser traída. Nunca me sento tão magoada e traída como me sentia agora. E isso não era um sonho.

Assim que tive a consciência disso, tive a consciência de que meu bebê não estava comigo. Meus olhos se abriram e eu vasculhei tudo ao redor, procurando naquele pequeno quarto, onde meu filho estava.

Um frio desceu pela minha espinha e um grande vazio doeu em meu ventre. Jacob estava sentado ao lado da cama com a cabeça baixa. Eu ainda não estava pronta para lidar com ele.

–Onde está meu filho? – minha voz saiu embargada me fazendo limpar a garganta. Jacob levantou a cabeça e me olhou. – Onde está JayJay?- tentei novamente agora a voz saindo m,ais limpa.

– Amor! – a voz saindo em um suspiro de alívio. Ele se levantou e parou ao meu lado, sua mão caçou a minha. – Como você está? – ele perguntou preocupado. Seu rosto parecia transtornado. Jacob parecia exausto, seus olhos estavam fundos e os cabelos curtos estavam despenteados.

Como ele ignorou minha pergunta eu repeti. – Onde está meu filho?- perguntei agora mais secamente, me sentando na cama, aproveitando a ocasião e retirando minha mão da dele, já que tinha que usar como apoio. Eu não suportava nem o toque dele.

– Ele está bem!- ele respondeu indo até a porta. Jacob abriu somente o suficiente para colocar a cabeça para fora e falar alguma coisa com alguém do lado de fora.

– Ele está aqui, ! – Carlisle disse abrindo a porta para que Sue passasse, ela carregava JayJay embrulhado nos braços. – Ele ainda não aceita que eu o toque! – Carlisle disse sorrindo. – Interessante como o instinto já é forte nele mesmo com poucas horas de nascido!

Eu mal ouvia o que Carlisle dizia, minhas mãos praticamente arrancaram meu bebê dos braços de Sue direto para os meus. Retirei toda a sua roupinha, examinando cada parte do meu filho.

– Ele é perfeito, meu amor!- Jacob disse carinhosamente. Nem desviei meus olhos para ele, cada vez que ele se dirigia a mim como se nada houvesse acontecido, a dor no meu peito aumentava.

– Você está bem, minha filha?- Sue perguntou.

– Perfeita! – respondi. – Já posso ir para minha casa?- perguntei para Carlisle.

– Claro!- ele respondeu.



oOo


Seth distraia na sala, enquanto eu acomodava JayJay adormecido no berço. Aiyana estava na cozinha, dando um jeito na bagunça que havia ficado por lá na minha ausência.

Fechei a porta vagarosamente, fazendo o mínimo de barulho no corredor ao lado da porta.

Olhei para ele e bufei.

– Nós temos que conversar!- ele disse vindo atrás de mim, me seguindo até o quarto. – Me desculpa por não estar ao teu lado quando...

– Eu não quero ouvir, Jacob! O que você fez não tem desculpas! – falei de costas a ele, dobrando as roupas que estavam em cima da cama.

Jacob fechou a porta do quarto.

– Você precisa me escutar! – ele disse.

– Eu já falei que não quero ouvir!- disse engolindo o bolo que se formava em minha garganta. A raiva que eu sentia dele, dava vontade de socá–lo.

Ele parou bem atrás de mim. – Amor me escuta!- implorou. Suas mãos segurando meus braços. Eu endureci.

–Não. Encosta. Em. Mim! – falei entre dentes, dando um passo para frente.

– Mas que merda, ! – ele gritou.- O que está acontecendo com você? Eu estava trabalhando! E eu já te pedi desculpas!

– Fala baixo que você vai acordar o bebê! – comecei a estapeá-lo, Jacob só levantou os braços se protegendo. – Trabalhando? E porque aquela...- respirei fundo– projeto de sanguessuga atendeu o seu celular e disse que você estava ocupado demais para me atender? – cuspi, sentindo as lágrimas que queimavam meus olhos escorrerem pelo meu rosto. Eu as sequei rudemente, não queria chorar, não queria derrubar mais nenhuma lágrima por ele.

Jacob estreitou as sobrancelhas confuso.

– Meu celular?- Ele tateou os bolsos, tirando o pequeno aparelho de um dos de trás.

Eu ri, mas não achava nenhuma graça em tudo aquilo. Ela tinha chegado perto o bastante para pegar o celular do bolso dele, que pelo jeito estava mesmo ocupado demais para ter percebido.

Esse celular! – cuspi.

Jacob segurava o celular ainda confuso. – Eu dormi ok?

–Você dormiu com ela?- perguntei já sentindo as lágrimas de raiva caindo novamente.

Ele olhou em volta, pelo quarto como se buscasse a resposta. – Não! – respondeu, mas seu tom não era seguro.

– Você dormiu com ela! – afirmei, me sentando na cama e afundando meu rosto nas mãos.

Ele me traiu! Ele me traiu!

– Eu não dormi com ela, ! – ele disse angustiado. – Mas... – meu coração falhou uma batida. Eu não conseguia nem olhá-lo que me dava nojo. – eu a beijei.

Sacudi a cabeça em negativa. Como ele podia fazer isso comigo?

– Sai! – sussurrei.



– Mas eu pensei que fosse você!

Com essa eu tive que rir.

– Pensou que era eu?

– Não sei, foi confuso! Mas era você. Só que depois não era.

–Acabou!- eu não queria mais olhá–lo, não queria mais vê–lo na minha frente. – Acabou Jake! – e aquela constatação me partiu em mil pedaços.

Ele arregalou os olhos.

– O que?

Era isso, era o nosso fim!



Capítulo 38



Eu corri o mais rápido que minhas pernas humanas podiam. Logo alcancei a parte mais densa da floresta. A pouca claridade do dia nublado, mal passava pelas copas densas das árvores.

Foi então que eu parei. Deixei toda aquela dor imensa vir para fora em forma de um grito alto, que feriram meus próprios ouvidos. E deixei meus joelhos cederem caindo sobre eles na cobertura úmida de folhas mortas do chão.

Tinha acabado!

Mas por incrível que parecesse, eu ainda respirava, por mais que me sentisse partida ao meio. A única coisa que me mantinha viva, era o amor que sentia pelos meus filhos. Era o que me instigava a continuar. Porque nada mais importava.

Iria juntar minhas coisas e voltar para o Brasil. Talvez precisasse de alguma autorização legal de Jacob, para poder levar as crianças. Mas ele não iria me negar isso, iria?

Ouvi os passos leves de um lobo se aproximando e me concentrei nos meus sentidos para descobrir quem era. Collin!

– Me deixe Collin! – falei. – Por favor!- a última parte saindo com um fio de voz.

Senti a transformação dele ondulando o ar. Poucos segundos ele apareceu no meu campo de visão.

– Não posso! – ele respondeu.

– Por favor! – repeti em um sussurro.

Ele só fez uma negativa com a cabeça e venceu a distância entre nós, passando seus braços por baixo dos meus e me puxando para cima e me apertando em seus braços.

– Não consigo te ver sofrendo assim ! É insuportável! – Collin disse afundando o rosto em meus cabelos.

– Collin, não!- falei tentando me desvencilhar dele.

– Só me escuta, por favor! Eu não consigo pensar em um dia desde que eu te vi pela primeira vez, que não tenha te amado! – ele confessou.

Arregalei meus olhos o olhando sério, procurando qualquer traço de que aquilo era uma brincadeira de mau gosto.

– Você está louco! – falei quando percebi que ele falava sério.

Collin deu de ombros. – Pode ser! Mas não é mais loucura você se prender em um relacionamento que te machuca. Eu nunca te feriria desse jeito. – seus olhos baixaram para minha boca, e uma das suas mãos subiu acariciando meu rosto.

Collin ainda me mantinha presa contra o seu corpo.

– Collin não! – sussurrei. Minha cabeça estava zonza por causa da briga com Jake, agora toda essa declaração de Collin. Não que eu não soubesse, mas o que eu não tinha idéia era do tamanho dos sentimentos dele. Minha mão foi para rosto dele também. – Você sabe que isso não tem chances de acontecer.

– Como você sabe se você nunca se permitiu?

– Eu amo o Jake! – respondi.

– Isso foi imposto a você!

– Não!

– Eu posso te fazer feliz! – Collin rebateu.

– Jake me fez feliz!

– Mas ele ainda te faz? Ele passa mais tempo com os Cullens que com você! Com ela!

– Pára Collin! – pedi já sentindo as lágrimas correndo pelo rosto.

– Eu nunca vou te deixar sozinha! Quando você mais precisou eu estava lá!

– Pára! – falei aos soluços.

– Eu te amo tanto! – ele sussurrou. Uma de suas mãos segurou minha nuca, entrelaçando os dedos e meus cabelos, antes da sua boca encostar na minha.

A minha primeira reação foi não–reação. Por mais que minha cabeça fervilhava com a traição de Jake, meu corpo não reagia aos toques de outro homem. A única coisa que eu sentia era repulsa pelo que eu estava deixando ele fazer. Uma coisa eu tinha certeza, mesmo eu não tendo mais Jacob, eu nunca mais seria de ninguém.

Quando meu cérebro começou a funcionar, exigindo que meu corpo se afastasse de Collin, um uivo agoniado cortou o ar a nossa volta.

Jake!

O imenso lobo vermelho saltou por sobre nós, se virando rapidamente. Jake rosnava com as orelhas achatadas no crânio encarando ferozmente Collin. Os dentes enormes expostos a centímetros do rosto dele.

– Jake! – gritei.

Ele não desviou os olhos raivosos de Collin um instante. Tudo isso aconteceu em segundos. Collin me empurrou para longe, quase me fazendo perder o equilíbrio. Ele tirou a camiseta jogando no chão, se transformando em seguida.

Os dois lobos partiram para a luta rolando pelo chão. Arrancando algumas árvores pelo caminho.

– Mas que merda! – gritei. Me joguei para frente, deixando o fogo correr pela minha espinha, caindo em quatro patas. Corri atrás deles, os achando lutando embolados. Collin não tinha chance, mas não dava amostra de que iria desistir. Eu não tinha certeza que daria certo , mas eu tinha que tentar. Eu era a fêmea alfa, por isso tinha um certo poder nos que estavam mais abaixo na hierarquia do bando.

Collin, chega!- pensei me concentrando com todas as minhas forças. O eco duplo, muito mais fraco que de Jake fez as patas de Collin travarem. Mas eu não podia deixar Jake atacar Collin enquanto ele estava sobre o poder da minha ordem, então me coloquei entre eles, bem na hora em que Jake investiu.

Senti o impacto, e uma dor alucinante tomou conta do meu ombro esquerdo.

! Eles gritaram jutos em meu pensamento.

Puta que pariu! Mas que merda! Caralho! comecei a pensar em todos os palavrões que conhecia, e olha que a lista não era pequena, enquanto a dor se espalhava pela minha pata dianteira, atingido seu ponto máximo.

O que você fez? Collin perguntou a Jake indignado, vindo correndo para o meu lado.

Cai fora! Jake rosnou. Os dois logo já estavam se encarando novamente, mostrando os dentes.

Ahhhhhhhhh! gritei Danem–se os dois!

Corri com a pata erguida, para longe, deixando os dois brigando novamente.

Homens!

Estamos indo para ai! Sam falou em meus pensamentos. Eu já não me importava! Eles que se matassem!

Me transformei rapidamente, assim que estava afastada o suficiente do tumulto. Sentei ofegante segurando o braço muito dolorido e trincando os dentes, para agüentar a dor.

Pelos meus conhecimentos podia saber que não tinha quebrado, mas pela posição da cabeça do úmero ele estava deslocado da articulação.

Muito bem ! Isso vai doer um bocado! pensei.

Respirei fundo e vagarosamente levantei meu braço, fechando a boca com força para bloquear o grito. Segurei fortemente um galho baixo e contei até 3 mentalmente, deixando meu corpo cair de joelhos, enquanto continuava com a mão segurando firmemente a árvore.

Ouvi um CRACK e um grito de dor que escapou saiu alto, tremendo o choque da dor. Deixei meu corpo cair no chão frio da floresta, não me importando que estivesse nua, já que minhas roupas tinham se rasgado com a transformação.

Fiquei ali deitada esperando que a dor se dissipasse por completo.

? – a voz de Seth chegou até a onde eu estava.

– Aqui, Seth! – respondi dobrando as pernas tentando cobrir meu corpo.

– Trouxe uma roupa!- Seth atirou meu vestido verde, olhando para o outro lado, me dando privacidade.

– Obrigada! – respondi me vestido rapidamente.

– Você está muito machucada?- ele perguntou preocupado, mas eu sentia que Seth estava ressentido comigo. Claro que o episódio do beijo com Collin, já tinha chegado aos ouvidos de todos.

– Não, estou bem! – respondi. – Como eles estão? – perguntei me levantando.

– Eles estão bem! Quer dizer...

– Ok! Eu sei o que você quer dizer. – falei pegando a trilha até em casa. – Mas eles não estão machucados, não é?

– Fisicamente, não! – Seth respondeu mal humorado.

– Seth, eu já tenho uma consciência berrando na minha cabeça. Não preciso de outra, ok?

Ele ergueu as mãos em rendição. – Mas , você não vai deixar o Jake pelo Collin, não é?

– Claro que não Seth!- falei o olhando de soslaio enquanto chegávamos ao jardim de casa.

– Mas você está bem mesmo?- ele perguntou apontando para o braço que eu ainda segurava.

– Perfeita! – respondi secamente entrando em casa.

Aiyana me olhou com olhos arregalados, assim que passei pela porta. Ela estava sentada no sofá e desligou a tv quando chegamos.

– E aí? Está tudo bem?- ela perguntou preocupada.

– Embry te conta com detalhes depois. – respondi irritada. Então respirei fundo tentando me acalmar. – JayJay está bem?

– Sim, está dormindo! – ela respondeu. – Mas o que aconteceu?- a ouvi perguntando para Seth enquanto eu subia as escadas de dois em dois degraus.

Abri a porta devagar e vi meu filhote lindo se remexendo no berço.

– Oi bebê! – sussurrei o pegando no colo delicadamente.

Eu tinha que ser forte, não podia enlouquecer agora. Pelos meus filhos!


144 comentários:

Binhablack disse...

Ameeeei!!!!
Mas ainda acho que eles não pegaram o assassino, será?!
Estou curiosíssima, bjssss!!!

Nannah Andrade disse...

concordo com a Flávia... Acho que esse ainda não é o assassino... acho que ainda tem muita agua pra rolar debaixo dessa ponte...não é mesmo Ane?....

Flor amei esse capitulo... posta mais logo viu. Bjo

Karol disse...

NOOOOOOSSA amei esse capítulo, estou tão curiosa que estou dando pulinhos na sala de casa rsss. Por favor, não demore a postar.

bjos.

Leti Potter disse...

Ameiiiiiii. Será que foi ela que matou mesmo meu Daddy.

Leti Potter disse...

o Jake me ama mtooooooooooooo. Adoro isto.

Clau disse...

Amei o capítulo... mas, acho que não pegaram o assassino ainda, não é? Acho que ela é só uma isca para que os lobos relaxem um pouco e deixem a PP desprotegida... acho que a PP está correndo um sério risco. Aguardo ansiosamente o próximo capítulo.

Grasi disse...

- Leitora nova na fic! \o/
- Eu lia Sol e Chuva no foforks antes de encontrar o TFI, e eram poucas as fics que eu lia lá, mais definitivamente ler Sol e Chuva em fanfic interativa da um sabor a mais na história, definitivamente a emoção é maior! rs..
- Suas fics são ótimas ADORO, e a partir de agora vou ler aqui,assim posso comentar nos capítulos DIVINOS! Parabéns,você consegue prender a atenção das leitoras em cada parágrafo, e deixá-las ansiosa a cada fim de capitulo! c:
- Uouuu, que mistureba foi aquela que o Jake fez? Foi um sacrificio para mim conseguir traduzir a frase! [/suahsuasha..
- *suspiro* esses hots meu e do Jake ainda vão me enlouquecer, fico hiperventilando em cada momento.. *modo perva on*
- Muuito fofo minha filhota brincando com o super-paizão dela =D
- Sinceramente concordo com as outras leitoras, não acho que essa garota seja a assassina, creio que ainda tem muuita emoção nessa história!
- Esperando anciosamente o próximo capítulo! c:
Kiss kiss bye bye! sz

Miih disse...

Adoroo essa Fic!!

Espero que poste logo o proximo capítulo!! Isso é viciante!!

=*

Ithy disse...

Hey... não acho que essa anãzinha seja assassina não. *Bem que poderia ser a Nessie* MUAHA Brincadeira.
Mas eu ainda acho que o Jake esta errado.

Adriana MB. disse...

Num sei não, mas essa menina num tem cara de ser assassina não! Ansiosa por mais, muito bom o capitulo!

Anônimo disse...

adoreiiii a fic, mas tenho uma oobservaçao, os lobos param de crescer quando se transformam pela primeira vez, certo? Entao como Collin tem a aparencia de um homem de 20 anos?

raquel disse...

Realmente essa híbrida é mto suspeita! Edward nao pode ler os pensamentos,é italiana, rondava La Push... Sei lá.
Vamos ver como vai se desenrolar tudo isso...
ps: Pq eu sinto q o Jake vai surtar agora? hahahaha
posta logo bjis

Unknown disse...

CARAIL! Que capítulo! Amei amei amei.
Tipo assim, uma híbrida? nunca me passou pela cabeça. Suspeitei de tudo menos de uma híbrida!
E quem será ela? Tensooo. Será alguma filha do Aro, uma experiência dele? Tensooo
Quero mais caps. Não demora tá?
Kisses da Baby

Nathalia disse...

Uiiiii..to aqui tb..VIVA
Que híbrida é essa, minha gente? o.O
Gente...nem sei o que pensar
adorei o cap.
QUERO MAIS!!!!!

Anônimo disse...

To achando que a mentora é a "cruza-mal-feita".... nojenta......
Aneeeeeeee!!! Cap mais que perfeito!
Mil beijosssssssssssss

Deh! disse...

Adoro seu Jake Ane!! Protetor, maduro, poderoso, uiii...adorei o capítulo, como sempre...essa história da hibídria, nuss, nuss, se ela é tão novinha ele é mais nova q a Nessie né? hum, to muitoooooo curiosa, mutio, mutio.. please, num deixe agente sem mais um cap. por muito tempo!!! Bjo...

Binhablack disse...

Adorei o capítulo!!
Volte a postar logo, amo S&C.
Bjssss!!!

Nannah Andrade disse...

Anezinha do meu core..... eu amei o capitulo..... tava com uma saudade de S&C.... Mais não é que a menina amoleceu meu core..... mas acho que tem mais coisa ai.... acho que tem alguém maior por trás.... Manda mais flor!

Karol disse...

Ane adorei o capítulo, já estava morrendo de saudade da S&C 2, eu sei que vc está na correria, mas não deixa de postar não esse fic é muito importante para nos leitoras.

Bjos

Clau disse...

Adorei o capítulo... valeu cada dia de espera... A hibrida com certeza está escondendo alguém, mas quem será? Morrerei de curiosidade até o próximo capítulo.

Miih disse...

Adorei o capítulo!!! Estava com saudade da S&C 2, mas, valeu a espera!!
Beijos Flor!

Ithy disse...

DIOS MÍO :D Que saudade de S&C ♥
Mas então... concordo plenamente comigo mesma, e acho que a guria não iria fazer isso tudo sozinha... não mesmo, o Jake tem que baixar essa bola de machão e relaxar um pouco, ta me enchendo já hein.
Tava com super saudade da fic Anne, ainda bem que vc resolveu saciar nossa curiosidade!

Adriana MB. disse...

Tava morrendo de saudades, não via a hora de um novo capitulo, e a pequena hibrida que eu sinto que foi usada como isca, tem alguem bem maior por tras disso, e essa veneração dela pela PP! Amei, posta mais flor!

Luh Dias disse...

Ahhhh.
Tava morrendo de saudades da fic Ane.
Fico mega feliz que tenha postado amore.
Tipo assim,pirei agora haha.
Eu fui ver a assassina do meu pai e tive apreço por ela.Ok,eu não bato bem haha.
E que isso da garota me olhar como se eu fosse uma joia ou algo assim.MEDO.
Jake,todo protetor.Assim eu xono mais.
Ane diva poste logo please.
XOXO

Camila disse...

Estou lendo a fic a faz pouco tempo, mas já me apaixonei! Muito boa!
Espero anciosa pelo próximo Capitulo.

Beijos...

BabySuh disse...

Fiquei com pena da Fiorella tb. Mas a maneira como ela olhou a PP. Aí tem coisa. Alguém está usando iscos para chegar na PP.
E Jake está mto nervoso. Precisa relaxar, poxa!
Adorei o cap mesmo que curtinho.
Kisses da Baby

Binhablack disse...

Ain, bela hora pra Lílian aparecer."ironia on"
Foi só o Jake começar a relaxar que alguém tinha que chegar para atrapalhar, aff!!
Adorandoooo, bjssssss!!!!

Clau disse...

Que sogra mais inconveniente essa Lilian... Bem na hora que as coisas estavam esquentando ela aparece. E esse mal humor todo do Jake, ele realmente está necessitando aliviar essa tensão com a PP, assim os dois se desestressam.

Grasi disse...

- Comentário do capítulo 25 e 26..
- Gente do céu, quanta tensão.. Aii sei lá, na minha opinião não tem o por quê do Jake ficar com raiva da PP, afinal ele estava lá,Embry Jared e Quil também estavam lá, os Cullens estavam lá.. Era completamente compreensivo que ela quisesse ver o "suposto assassino" e também compreensivo o Jake ficar chateado, mais digamos que ele praticamente "ignoro" ela no caminho de volta, foi frio com ela e tals! Acho fofo o jeito super protetor dele, mais achei meio exagerado essa reação dele!
- Humm, essa garota não me cheira nada nada bem, mesmo ela não sendo o maior problema, pra mim ela é peixe pequeno em comparação com o que está por vir!
- Aii sinceramente Lílian, a senhorita não tinha nada melhor para fazer não? Poxaa meu lobinho está brabo comigo, e quando eu estava quase fazendo ele ceder, a senhora me dá uma dessas mamãe? Assim não dá néah, não rola! (literalmente) [/suhasuahuah...
- Capítulos Perfects!
Kiss kiss bye bye! sz

Juh Black disse...

Me desculpa mesmo por não ter comentado antes, não leio a fic desde que ela veio pro Bloguinho, sorry mesmo.
Mas agora eu to aki. \o/
A fic tá maravilhosa mas quando esse bebê vai nascer?
Não aguento mais esse barrigão e esse clima horrível entre Jake e eu.
Mas uma vez desculpa.
Bjussss.

Binhablack disse...

Essa monstrinha da Reneesme é mesmo uma sonsa, aff, que ódio dessa garota.
Adorandoooo, bjssss!!

Anônimo disse...

Estrupicio... Ahhhhhhhh!!!
Se eu pego essa fulaninha eu sim arranco a pele.

Tava louca pra reler esse cap amiga. Ficou perfeito. bj

Deh! disse...

Genteeeee, e o Collin?
Num sei não, mas a PP com ciúme do Jake, o Jake nesta tensão toda com ela, O Collin sempree por perto, cuidadoso, prestativo e... apaixonado.... Xiii, vai dá zica!
Quero ver onde isto vai parar!!! Maissss!!

Miih disse...

Capítulos Perfects... Adorando a fic!!
Beijo, Flor!!

Luh Dias disse...

ARGH
Eu ainda vou matar essa monstra.
Que raiva dela Ane.
Vai,da esse gostinho pra mim please *--*.
Serei eternamente grata haha.
Deus eterno.E o Collin?
Apaixonado pela minha pessoa.Não pode filho.
Isso vai acarretar confusões hein.
Ah,o Jake é cego por acaso?
Como não vê que essa bisca está fazendo.
Argh viu.
Ane poste logo please.
XOXO

Adriana MB. disse...

Eu ainda mato essa Renesmee ah se mato, eu sei que não é uma coisa que se diga, mas! Pq esse bebê não nasce logo, pra enfim eu matá-la! Caremba, eu não aguento mais esse desprezo do Jake, vai aciontecer algo entre ele e a Renesmee, eu sei eu sinto e o cachorro [/nobomsentido/] do Jake não faz nada pra imppedir!
Posta logo flor, não aguento amis de ansiedade!

Clau disse...

A Renesmonstra está cutucando a onça com vara curta... Ainda arranco o pescoço dela a dentadas. O pior é que as coisas podem se complicar ainda mais se a minha raiva combinado com o meu ciúmes fizerem com que eu comece a provocar o Jake usando o Collin... Acho que isso ainda pode dar pano pra manga o Jake é muito ciumento e a PP é muito orgulhosa e isso é uma combinação muito perigosa para o amor dos dois.

Nannah disse...

Renesmonstra filha de uma p%@&! Ai que vontade de bater nela gente... E Jake? Que frieza toda é essa? Como assim? Ane eu vou morrer de angustia aqui.... faça o favor de fazer um lemon caprichado meu e do Jake! *momento stress off* Ok aclamei.... brincadeirinha viu Ane.... sua fic é diva e tá cada dia mais diva.... E Nessie é sim uma FDP das grandes... mas deixa estar que o dela tá guardado! Se ela acha que vai se esfregar no meu lobão ela ta muito enganada! Eu arranco as peninhas dela primeiro! KKKKKKK Bjos Ane.... amei o capitulo!

Juh Black disse...

Que ódio dessa vadia Monstra.
Agora mais esse problema com o Colin.
MG quando Jake vai perceber que a vaquinha está dando em cima dele?
Amei o capítulo.
Bjudds

kesi_black disse...

Essa monstrinha me irrita cada vez mais!

BabySuh disse...

Desculpe o sumisso, mas tem sido impossível vir ler nessa semana. Só hoje tirei um tempinho para ler os dois caps att.
Odeio realmente estar nesse clima com o Jake, mas tb sou orgulhosa e sei que não devo de dar o braço a torcer.
finalmente percebi que o Collin tá na minha. aff
E aquela Vaconilda da monstra está me dando nos nervos.
Vc poderia fazer o favor de fazer a Italiana estrilhaçar a sua comadre de espécie?
kkkkk

Kisses da Baby

Binhablack disse...

Amei o capítulo.
Parece que meu bebê já quer vir ao mundo, ele já está dando os primeiros sinais.
Agora teremos mais uma loba no bando e mais um imprinting. Collin é outro que precisa urgentemente de um, só assim ele deixará a PP em paz.
Será que agora meu bebê nasce?!
Estou louca de curiosidade, amandooo, bjsss!!!!

Sil disse...

Eu amooo essa fic!!
Sério!começo a ler e não consigo parar!!
Por favor não demore pra atualizar!!!
Beijooos

Anônimo disse...

Minha amiga! Que demais esse cap!!
Parabéns pela mais nova integrante do bando. rsrsrs
bjjjjjjjjjj

Clau disse...

Será que chegará um lobinho prematuro? Se isso acontecer será que o Jake e a PP catam a Renemonstra de jeito?
Que legal ter mais uma mulher no bando e como a menina foi rápida tendo um imprinting com o Brad...
Agora só falta o Collin ter um imprinting e é melhor isso acontecer logo, antes que o Jake arranque a dentadas o pescoço do garoto por ciúmes.
Por falar em ciúmes, quando é que o Jacob e a PP vão entender que são a coisa mais importante na vida um do outro? Qdo vão se dar conta que esse ciúmes doentio que um sente pelo outro só os afasta cada vez mais e os faz sofrer dobrado.
Amo essa fic e estou aguardando o próximo capítulo e espero que seja em breve. XOXO

Deh! disse...

Este Baby tá demorando pra nascer hein? Ainda é prematuro? Ohhhh!!
Mas q anciedade, como será q o novo Blackisinho vai ser? Já pensou um Jake em miniatura? Ounn... cosa fofa Meu Deus!!!
E esta nova do bando? Não lembro deste concurso da capa, acho q ainda não era do meio... ela vai ser importante pra história?
Mais Jakeee. mas S&C2, mais!!

Juh Black disse...

AHHHHHHHHHHH
É agora que vai nascer?
Diz que sim, diz que sim.
Cara como o Jake é cego com aquela vadia monstro.
Como me deu vontade de espancar o Colin nesse capítulo.
Não aguento mais ser a invalida do bando, que voltar a ação.
Bjuddss.

Luh Dias disse...

AHHHH.
O Ane,deixe suas , leitoras felizes e nos deixe matar a monstra.
Por que essa é minha vontade amore.
Então,como o Jake pode ser tão CEGO?
Por que até um cego perceberia o que a pirralha nojenta monstra está fazendo.
Pelo amor meu deus.
Ahhhhhh.Vai nascer?
DIZ QUE SIIIIMMMM *--*
Mega ansiosa.Sério,ainda acho que o melhor é a bisca ter uma morte bem lenta.To até imaginando haha
Poste mais amore
XOXO

BabySuh disse...

Vai nascer? Vai nascer? Aaaah, espero que seja um parto e não algo pior. Eu não aguento mais sofrer. mimimi
Jake às vezes me tira do sério nessa temporada. Não vê o que está bem debaixo do seu nariz mas vê mais do que pode qd quer. Parece que adora me culpar das coisas e brigar cmg. Aff!
Kisses da Baby

ever disse...

oi adorei essa fic. o Jake esta me deiando nervosa, por que ele não ver que a Renesmee esta tando em cima dele é o Collin esta apaixonado por mim que idiota. Beijos vanu

Sil Lautner disse...

OMG!Esse capítulo foi perfeito!!Eu amoooOooo essa fic!Por favor não demore para atualizar!!! BjoooOoo

Binhablack disse...

Adoreeeeeei o capítulo!!!
Nossa, achei que o Jake me abandonaria em plena noite de natal, ainda bem que não.
Collin só se aproveitando das brechas dadas pelo Jake, ah, se o meu lobinho não abrir os olhos, sei não!!! Com certeza o Collin vai atacar, pois ele só está na espreita, como um verdadeiro lobo mau.rsrsrsrrs
Sabia que a italiana não era de todo a culpada. O peixe grande ainda estar por vir.
Amandoooooo, bjsssss!!!!

Juh Black disse...

Não acredito que esse bebê ainda não vai nascer. Não aguento mais parecer uma bola.=/ affz
Jake tá pedindo pra tomar um chifre.
Até a próxima.
BJudd.

Luh Dias disse...

Ai pai.
Sério, ficar mofando em casa. Novamente?
Oh coisa boa viu (sentiu a ironia ¬¬)
E na véspera de Natal Jake ta na casa da monstra.
ECA.
E ainda liga falando que vai demorar.
OMG...outro ataque. Eu estou louca pra saber da onde está vindo esses ataques pelo amor de deus.
E hum...Collin, que coisa fofa.
Menino esperto...se aproveitando das brechas que o Jake deixa.
Mas ele é como um irmão. Gato mas irmão.
Coisa mais fofa, a flor se parece com meus olhos *--*.
Aiai... como será que o Jake vai reagir em relação ao presente.
Isso eu estou mega louca para saber.
Ane diva... pode logo ok.
XOXO

Clau disse...

Poxa, pensei que o neném iria nascer neste capítulo, mas para variar continuei redonda como uma bola, sem o Jake por perto e presa em casa... Isso tudo somado é igual a deprê...
Collin, esperto demais, se aproveita das brechas do Jacob e marca presença.
Foi muito fofo da parte dele comparar uma flor rara com a cor de meus olhos... Gamei.
To ansiosa pelo próximo capítulo, não demora para postar, pleassse.

Adriana MB. disse...

Sinceramente nunca pensei me apegar tanto a fic, eu juro que na hora do telefonema, que a PP soube que ele tavo nos Cullen's e ficou teriste eu quase chorei junto! Nosa o Jake ta um idiota, de não sacar o quanto aPP ta precisando dele, eeu só quero ver quando ele vai pperceber isso, depois que a Nessie fizaer alguma coisa? Depois que acontecer algo a PP? Ou depois que o Collin avançar o sinal?
CARAMBA ACORDA HOMEM!
Nossa amei o presente que coisa mais lindo ter o trabalho todo de conseguir algo para alguem que nem é sua! muito fofo! Adorando tudo flor! ^^

Déh! disse...

Ounnnn genteee... esta cena do Collin me fez lembrar do Jake correndo atrás da insonsa da Bella e levando um passa fora... lembro muito quando ele deu a puseira com o lobinho pra Bella... fiquei com dó do Collin... Fico imaginando no que esta paixão do Collin vai resultar.. será q vai acabar com o pá-puf de um imprinting?
Se sim cm vai ser hein? kkk Já to viajando... mas dexa o Jake ficar morgando, ele vai se arrepender, escuta o que eu to dizendo...
To amandooooooo... como sempre é claro!!

Nannah Andrade disse...

ÔOOOOO Jake ma bandona não.... to tãoooo tristinha.... e o Colin? Ô meu Deus eu aqui toda carente sentindo falta do meu maridinho e o Colin fica ai me cercando. Aiaiaiaiaiaiaiaiaiaai.......

Gente eu to com saudade do Jake coisa linda, fofa, romantica... cadê ele? cade? cade?.... Ô Ane não me mata de aflição... traz me Jake de volta....

Brincadeira, to amando a fic flor... Bjos..

Anônimo disse...

O Collin esta dando em cima com tudo, foi certo em recusar o presente nhé. O Jacob nem para em casa direito e ter mais esse presente para explicar, ia ser briga na certa.

Bjs, Simovi.

Unknown disse...

O Jacob está me irritando profundamente. Estou com vontade de ficar com o Collin. rsrsrs

Cy disse...

Ta querendo me matar do Ane??
o cap. foi maravilhoso como sempre

Anônimo disse...

o.O QUE FOTO É ESSAAAAAAAAA???
Gezuis apaga a luix!!!
Ane, amei tudo. Mas bem que esse povo podia deixar a gente a sos um pouco. Aff... to numa vondade!!!!!!!
Amiga!!!! Amei!!!!

Clau disse...

OMG...OMG... que capítulo maravilhoso!!! Perdi a respiração em vários momentos e em outros eu parei mesmo de respirar... Uallll!!!!!!!
O desenho daquele corpo perfeito, a música que acompanhou o capítulo, o momento tão doce a dois ... tudo estava maravilhoso, até aquela batidinha na porta acabar com o clima.
Caramba, será que ninguém pode dar uma folga para esses dois?
Mas, como sempre ficarei ansiosíssima esperando o próximo capítulo. Beijos.

Déh! disse...

Tá legal: EU TO TREMENDO, eu não consigo parar de olhar aquela foto... aquela foto q é... a foto q é um pecado original... uma loucuraaaa, e eu to quase dando um boa noite cinderela pra minha filhota anjinho q se intrometeu na hora H (q coisa mais horrenda de se fazer credo, pode me bater vai! kkkk)....
Criança é uma benção, elas não sabem o que fazem, então, coitada da menina ela não tem culpa de estragar um momentinho de prazer certo? Vou me convencer disto....kkkkk
Brincadeiras a parte, foi um cap maravilhoso e é graças a sua inquietude q nós temos estas fics maravilhosas pra ler! Se for preciso vou te dar Red Bull com guaraná da amazônia pra te fazer mais inquieta kkkkkkk......
Meninaaaa, continua trazendo estas fotos ESTUPENDAS q nóis gostia MUITOOOOOOO!!!! kkk

Luh Dias disse...

MEU PAI ETERNO
QUE FOTO É ESSA?EU ACHO QUE MORRI E FUI PRO CÉU
ANE,TU QUER ME MATAR É?
Pelo amor de deus,Acho que to sem respirar até agora.
Ok...amei o cap Ane.
Como sempre tu se superou diva.
Ah cara, por que sempre tem alguém pra atrapalhar?Como a Flavinha falo, to com uma vontade.
Agora licença que vou venerar aquela foto.
XOXO

Binhablack disse...

Meu pai eterno que foto é aquela?! Estou sem fôlego até agora, nossa, abana.
O capítulo foi sensacional, ain, que momento mais lindo e a música para acompanhar então, uau, foi PERFEITOOOO!!! Bom, até minha filhotinha linda atrapalhar, ô, inocência.
Amandoooooo, bjsssss!!!!

Adriana MB. disse...

Menian do céu, morri com aquela foto, só ressuscitei pq precisava ler o reto do capitulo!
Falando a mesma coisa que as meninas aí em cima, criança é uma benção., mas atrapalhou um momento que ai faz tanto tem,po que eu queira ver ele na fic! ;/
Mas ta muito linda, tudo incrivel! Posta logo flor! :)

Unknown disse...

Chorando deslavadamente com esse cap. Finalmente um pouco de tréguas e de amor. Mas sei que isso não vai durar. Tem o Collin e a Renemonstra para f**er com tudo! Amo demais meu Jakinho. Ain Ane, essa fic é tudo. Sempre cheia de emoções fortes!
Kisses da Baby

Juh Black disse...

Amei esse capítulo. \o/
Embora tenha tido aquele problema com o Colin, foi bem mais leve que os outros.
BJudds.

Anônimo disse...

Adorei, atitude acima de tudo, entrou no box e fez valer o que queria. Pena que não conseguiram o que queriam mais pelo menos se acertaram.

Bjs, Simovi.

aline theo disse...

Eu simplismente odeio a Renechata ,PQP sera que o jake não ve ??? Ele é cego,puta merda,aquela mini piranha vai na casa dele desrespeita o tratado,provoca a mulher dele que tah gravida e ainda diz que ela é só uma porra de uma criança???(revoltada)
vou ter um ataque aquiiiii!!!!!!
Pontos pro Collin,já que o Jake não toma vergonha,o Collin tem mesmo que apoveitar,pra angariar espaço na vida da PP......e essa reconciliação deles vai durar até qdo ????? e qdo é que Lucian aparece pra botar mais fogo nessa historia??? sei lá pelo jeito dele ele ficou meio apaixonado pela PP,tomara assim o Jake fica mais esperto!!!!!!!!!

Cy disse...

Ane a cada cap sua intenção é nos matar né?
Como sempre maravilhoso e perfeito não é o suficiente para descrever a maravilha que esta.

Binhablack disse...

Pai eterno! Que capítulo tenso!!!
Primeiro a PP acha que viu o pai dela e agora o Jacob some?! Nossa estou em choque até agora.
Ansiosa pelo próximo capítulo Ane.
Amandoooooo, bjssss!!!

Clau disse...

Meu coraçãozinho está acelerado até agora foi um capítulo muito cheio de emoções...
Primeiro a PP pensa que viu seu pai morto e depois o Jake desaparece, esse mistério está cada vez mais intrigante.
Aguardo o próximo capítulo com muita ansiedade.

Déh! disse...

O meu Desuuuu!!!! O que foi isto? esto até agora atordoada... o cap foi demais, um suspense digno dos filmes mais tchan tchan tchan!
Mas... e AGORAAAAA!!! E O JAKEEEEEE!!! Oh q bicho é este q está infernizando La Push? Me caçando? Sinistroo!
Cm é bemmm perceptível eu AMEI DEMAIS! Não demora... aiaiai não demora pra postar o proximooo pleaseee!!!!

Myh disse...

como assim o Jake desapareceu?????
e o que era aquilo??? Alguem me atraindo pra fora???
sera que foi algum vampiro???
tantas perguntas.... ai Ane... to quase ficando louco aqui....
a fic esta muito bom....

Nannah Andrade disse...

Ô Ane, se a intensão era me matar existem formas mais rápidas.... menina do céu o que aconteceu com meu Jake???? Eu to tendo um ataque aqui!!!!! *momentodesesperooff*

Ok to mais calma.... que capitulo divino Ane! Amei de paixão... bom vou confessar uma coisa.... eu sei onde o JAke está.... ele ta escondido no meu guarda-roupa! kkkkkkkkk..... *quemdera*

Quero mais.... demora pra podtar não! Bjo, Bjo, Bjo!

Luh Dias disse...

Ane, concordo com a Nannah se a intenção era matar, tinha meios mais rápidos sabe.
Pelo amor de tudo que é mais sagrado, aonde se encontra o Jake?
To em momento desespero que não quer sair do on o.O.




Ok,acho que agora consigo falar.Capítulo divinamente DIVINO Ane.Como todos claro.Tipo assim, era o John, ou algum filho da mãe sem coração brincando com a PP hein?
Povo sem coração viu RUM.
Ah amei o capítulo poste logo viu.
XOXO

Julia disse...

Como assim o Jake sumiu?! o.o
Que agonia!
Eu acho que era alguem brincando com a cabeça da PP, talvez o invasor. De qualquer forma eu concordo com as meninas, capitulo DIVINO!
Ai fica a duvida: A PP estava mesmo dormindo? Hm, sonambulismo estranho, rsrs.
Continue postando, Ane!!!

Anônimo disse...

Mas Bah,que coisa!
Como assim ,Jake some...
e eu ...sonambula;;;????
OMG,
*COMENDOASUNHASESPERANDOnovoscap.
Thainara F.--PS:Cap Divinos.
Thay Twilight

Adriana MB. disse...

Ahhhhhhhhhhhhhh!
Uau, que capitulo incrivel, como assim meu Jake desapareceu? :(
E a PP sonâmbula? Isso é armação de alguém, isso sim, e o desaparecimento do Jake é bem provavel que tenha sido pela mesma pessoa!
Nossa amei o capitulo muit, muito bom! ^^

Karol disse...

CARACAAAAA, ane você quer nos matar, vou dizer para o meu cardiologista que o culpa do meu coração estar acelerado tem nome e se chama ANE kkk. O que foi esse capítulo CADE O MEU JACOB, estou tendo um sincope (respira e inspira) POR FAVOR, não nos deixe muito tempo esperando.

Bjos

Miih disse...

Nossaaaaaaaaaa!!
Como assim o Jake sumiu? Que capitulo foi esse.. Ane, não nos deixe muito tempo esperando.

Juh Black disse...

Como assim desapareceu?
Não pode, é meu Jake. =(
Quem o pegou, Gosh, vou ter um treco até o próximo capítulo.
BJudds.

Anônimo disse...

Seja qual for a ilusão que tentaram fazer com ela deu certo, pois ela acreditou e acabou levando os lobos a procurarem no obscuro. Mais...o Jacob sumiu, será que pegaram ele, nossa, estou curiosa.

Bjs, Simovi.

Jeane disse...

como assim sumiu?!
quem era que tava chamndo ela OMG
e agora?

Unknown disse...

OMFFFFG! Vou desmaiar. Como assim meu marido, pai dos meus filhos, o amor da minha vida, desapareceu? Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhh! Eu vou gritar, chorar, espernear e matar quem se meter na minha frente! Aaaaaaaahh
Ane, não faz isso com a gente e poste mais! Pleeeaaaassseeee

Ingrid Lima disse...

Flor! ameeeeeeeeeeeeeei o capítulo.
Meeeu Deus, como assim? Meu Jake sumiu? Não creio! Vou chorar D:'
Mas mudando um pouquinho de assunto,eu achei uma música bem legal que eu acho que combina um pouco com a fic: I'd Love You To Want Me - Lobo. Ela é beeem antiga, mas vale a pena dar uma olhada.

fanfics crepusculo disse...

Ane vc me surpreende a cada capitulo
mais pf posta logo o capitulo 32 to morrendo de curiosidade....

Danimara129 disse...

Jakeeeeee.... Como assim Desapareceu OMG
Aaaahhhhh sempre ótimo .... Aguardando sofrendo mais capítulos :-/ e de Destinos tbm

Bjo volta a postar pleaseeee

Juliana Oliveira disse...

PORA FAVOR CONTINUE.... A HISTÓRIA ESTÁ MUITO ÓTIMA...

Agência Brazil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Myh disse...

q saudades eu estava da fic...
q bom que acharam o Jake
mais se não fosse a PP, eles iriam demorar um seculo
mais o que será que aconteceu?? e como ele foi para nessa gruta??
e ele ainda por cima não lembra de nada
e esse final... como assim a agua é perigosa? o que será que tem nela?
curiosa para o proximo capitulo
o cap. ficou muito bom
adoro essa fic

Unknown disse...

QUE SAUDADE!!!!! Tava morrendo de saudade da fic e vc chega logo com esse capítulo de tirar o fôlego...
O que aconteceu com o Jake? O que ele quis dizer com a água ser perigosa? O que ele tava fazendo na gruta? Como ele foi parar no mar? Tantas questões e esse mistério parece se alongar cada vez mais!
Kisses da Baby

Nannah Andrade disse...

ahhhh Jake voltou!!!!! Uhuhhhh...

Mas o que será que houve com ele? E o que tem na água? Tantas perguntas.... mas Jake se está bem está tudo bem....

Ainnn que eu estava com TANTA saudade de S&C...

Fiquei feliz com a volta... E o capitulo ficou divino Ane... Thanks pelo carinho com as leitoras.... Bjos

Clau disse...

Tava com muita saudades dessa fic e principalmente desesperada para saber o que aconteceu com o Jake.
Estou super feliz com esse capítulo, afinal Jake voltou, a PP o encontrou e eles estão um nos braços do outro.
Adorei quando a PP disse que usaria o coração para encontrá-lo, mostrando que nos momentos que o olho não vê devemos usar o sexto sentido para nos guiar.
Agora, o que nos reserva na água? Estou curiosa.

Déh! disse...

Ahhhhh!!! Que alívio!!! Ela achou o pendrive!!! Temos S&C de volta, mais do que isto, TEMOS JAKE DE VOLTA!
Que saudade, que saudade, que saudade q eu estava do seu Jake, Ane!!!!!
Mas que tenso este ataque dele, sim, pq é óbvio que ele foi atacado certo? ou não? Eu acho que sim, que quem "apagou" ele foi o ser misterioso que esta rondando La Push! Ai, ai, ai... e esta coisa está na água... o QUE ELE QUER????/ OU ELA? OU AQUILO?
To agoniada já com este mistério todo!
Ane, não deixa nós sem S&C por muito mais tempo não, vai?
AMEIIIIII O CAPÍTULO, mas pelo tamanho da minha saudade foi tão pouco... ounnnn!!!
Até as proximassss.... *-*

Juliana Oliveira disse...

Ane você é incrível, e pelo que vi, não era só eu que estava com saudade da fic...
Eu vou continuar torcendo por você..
E por favor não esqueça de nós...
Esperando ANSIOSAMENTE o próximo capítulo...

Adriana MB. disse...

AHHHHHHHHHH, pulando aqui, que capitulo foi esse amei. Salve a PP, se não fosse ela nosso querido Jake ainda estaria desaparecido, graças a ligação entre eles! água? O que será que tem ali, ai meu deus o que será que o Jake descobriu você quer me matar de tanta curisidade Ane só pode! Ai ai louquinha pra descobrir o que houve!

Binhablack disse...

Nossa, como senti falta dessa fic!!!
Capítulo divino, como sempre!!
Agora essa ligação da PP e do Jake é bem forte e se não fosse ela, tadinho do meu Jake ainda estaria naquela gruta.
E agora mais mistérios, o que será que há na água? Sinto que boa coisa não é?
Amandooooooo, bjsssss!!!!!

Luh Dias disse...

OMG...OMG...OMG

Pirando é pouco pro meu estado agora...OMG...

É, ligação que esses dois tem é mais forte que tudo hein...
Ela conseguiu achar o Jake.

E que diabos é isso da água ser perigosa?
Ai deus...agora fiquei pra lá de curiosa.
Anee, diva tu sabe o quanto eu amo suas fics.
Poste logo...
XOXO

Layla Black disse...

TA ME ZUANDO NÉ????????????? CONTINUA LOGO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Binhablack disse...

Ain, que vontade de voar no pescoço dessa híbrida. Maldita seja essa meio a meio. Conseguiu estragar esse momento mágico, que é o nascimento do meu baby.
Jake é muito lerdo, como ele foi cair nas armações dessa piriguete de quinta? Ain, que raiva!!!
Nossa, estava com tanta saudade dessa fic. Mas valeu a pena esperar, capítulos mais que perfeitoooos!!!
Me deixou com os nervos a flor da pele, que vontade de trucidar a Reneesmontra.
Ownt, louquinha pelo próximo!!!
Amandoooooooo, bjssss!!!!

Clau disse...

Att Tripla, IUPI!!!!
Eu tô morrendo de raiva da Renemonstra, como ela pode se tão ardilosa desse jeito...
A PP Tá sofrendo, o Jake tá sofrendo e agora acho que os dois irão sofrer mais.
Acho que a PP não vai perdoar o sumiço dele, nem a perda de ver o filho nascendo, tão facilmente.
Ainda bem que o Collin tava por perto, senão como ela conseguiria chegar sozinha na clinica do Carlile.
Só espero que tudo ocorra bem no parto, porque se algo der errado ou se tiver uma complicação o Jacob jamais se perdoaria.
Aguardo ansiosamente pelo próximo capítulo. Essa fic é a minha predileta.
Foi por causa de S&C que eu comecei a ler fics, sempre dando preferência para as que tinham o Jacob como principal.
Depois veio o TFI, que hj faz parte do meu dia a dia. Não passo um dia sem entrar no blog e dizer "oi" na tag.
Adorei essa surpresa de Páscoa com uma att tripla da fic que mais amo. Obrigada Ane.

Anônimo disse...

Aquela loca/vaca/piranha da Renesmee tinha q planejar algo, q dó da pp .
Aff a pp tinha q dar uma bela surra nela, um pouco má mas ela merece .

Luh Dias disse...

ESSA VADIA PEDIU PRA MORRER.

Meu deus do céu, to espumando de raiva aqui.

Essa monstra nojenta tem que morrer, de boa.

Bom, morri de dó da PP agora, por que a vadia da monstra tinha que apronta alguma.
Espero que as coisas se ajeitem, ou pelo menos a vadia seja morta u-u.

Bom...é isso.
Espero que o bebê nasça lindo, e perfeito de mais.
Louquinha por mais.

Feliz Pascoa.
XOXO

Debby disse...

REENESMER É O SER MAIS ACADELADO DO MUNDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
VADIA, FILHA DA PUTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

ODEIO AQUELA CACHORRA!
E TÔ COM RAIVA DO JAKE TAMBÉM.
MAS QUAL SERÁ A REAÇÃO DO JAKE QUANDO DESCOBRIR QUE FOI O COLIN QUE ACOPANHOU A PP NO PARTO?

BabySuh disse...

É sério! Eu quero MTO matar a vadia da Renesmee! Como ela pode fazer isso com o meu Jake??? E agora eu pari sem o Jake por pertooo. e por causa do telefonema, com certeza eu vou me afastar do Jake e me aproximar do Collin. Esse casamento vai azedar!! Eu quero MTO matar a Renesmee, Ane. Estou com tanta raiva daquela...ai, nem tem palavrão suficiente para descrever aquela garota!
Amei os caps
Kisses da Baby

raquel disse...

QUE FILHA DA PUTA! VOU MATAR A RENESMEE! AQUELA FILHA DE UMA MAL COMIDA! COMO ELE PODE SER TÃO BAIXA! :@
TO COM MTA RAIVA! NEM ACREDITO Q ELA TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO! VADIA!
PELO MENOS DEU TEMPO DE ELE PERCEBER SEM ELES CONSUMAREM O ATO, PQ SE ELA TIVESSE CONSEGUIDO EU IA FICAR MAIS PUTA AINDA!
CORRE JACOB! CORRE!
posta mais por favor Ane

Sil Launter disse...

Capítulos perfeitos!!!
Gente essa fic é demais!!!
Posta mais logoooo!!!
Bjooos

Gabriela Lemos disse...

Ah, cadela, safada, sem vergonha, vou aí arrancar seus cabelos ruivos com uma pinça sua vaca!
Como ela acha qe pode agarrar meu lobo assim?!
Jacob, seu imbecil.
Tô vendo qe ainda vai dar o que falar. Collin num perde uma oportunidade. Agora eu quero fazer o Black sofrer um pouquinho também.
Amando. Posta mais *-*
à propósito, Parabéns !!

Adriana MB. disse...

Morri com essa ATT tripla!
Os capitulos foram incriveis!
CARAMBA AS VEZES DA VONTADE DE MATAR O JAKE!Como ele pode ser tão idiota e ver que a PP ta sofrendo tanto com essa distância dele! E ainda vem ficar bravo pq o Collin está perto dela, a seu idiota se ele se aproximou quem deu chances foi você!
A que Reneesme mais cretina, filha de uma mãe, agora que o baby nasceu a PP pode dar uns tapas nela néh Ane!? POR FAVOR?! DIZ QUE SIM?! Espero que depois dessa o Jake aprenda de uma vez, agora vou morrer pelo próximo capitulo e num sei pq m,as com o Collin la hummmm o Jake naõ vai gostar nada! MASSSS... quem mandou ir atras da pirralha Cullen então BEM FEITO IDIOTA! Ai flor adorei adorei, agora sim o Jake sabe o que a monstrinha queria tanto! Agora ta na hora do Jake sofrer um pouquinho néh Ane?! Pq a PP ja sofreu demais, e vai sofrer bem mais quando souber o que aconteceu entre o Jake e a Renesmee mesmo sem eles terem enfim terminado tudooo! NÃO DEMORA FLOR POR FAVOR VOCÊ VAI ME MATAR SE DEMORAR!Mas se você demorar e vier mais uma att tripla linda como essa não vou achar ruim não! :) Bjos Ane!

Anônimo disse...

Noooooossaaa, to chocadaa!!! Nessie sua vadia [¬¬] morra vc sua cadela...

Pelo amor de Deeus, poste maais, não aguento a expectativaaa *-*

Binhablack disse...

Ownt, a PP quase morreu no parto?! Aff e Jake nem estava lá. Tudo por culpa da miserável da Reneesme.
Mas tudo ficou bem, que alívio e graças ao Collin, que doou o sangue. Esse garoto é um anjo, sempre por perto quando se precisa. Ehhh, ele já ganhou muitos pontos, Jake que se cuide.
Se bem que ele está merecendo um bom gelo, para ver se aprende, pois não foi por falta de aviso.
Agora, adorei saber que a Reneesme agora é considerada uma inimiga, já estava mais que na hora.
Amandooooo, bjssss!!!!

Clau disse...

Ane como vc pode terminar o capítulo assim menina? Quer me matar de tanta curiosidade? Será que a PP vai perdoar o Jacob te ter perdido o nascimento do filho? Será que ela vai acordar logo, ou ainda vai dar um clima e jogar um charme? Será que ela vai dar uma gelada no Jake e se aproximar mais do Collin? Afinal foi ele que estava perto quando ela mais precisou, foi ele que doou o sangue que ela precisava e é sempre ele que está por perto enquanto o Jacob está com os Cullen. Sabemos que ela o ama demais, e que a recíproca é verdadeira, mas acho que a pisada de bola do Jacob foi feia dessa vez, acho que ela não vai deixar essa passar tão fácil, isso ainda vai dar uns bons capítulos de briga. Espero ansiosamente o próximo capítulo para matar a minha curiosidade sobre como será o andamento da fic de agora em diante. Beijos

Adriana MB. disse...

Nossa parto de risco, que sorte da PP!
Se não fosse pelo Collin ela teria morrido antes mesmo de chegar ao hospital! Isso cara eu te amo!
Eita Jake pisou feio na bola, perdeu o parto do filho, pelo menos esta tratando a Nessie como uma inimiga agora!
E como vc acab o capitulo assim menina! Como?! E agora a PP, vai perdoar o Jake? Ou vai ser bem fria com ele?! (preferia a segunda opção ele foi um canalha) Ai ai Ane, não vejo a hora do proximo capitulo! :)

Deia disse...

Tava olhando os comentarios agora e não agredito numa coisa, EU NUNCA COMENTEI ANTES A TUA FIC!!! QUE ABSURDO, vai Ane pode me xingar, uma fic diva dessas, e que eu leio desde quando era a prmeira e eu nunca comentei?? Me xinga eu mereço.
Falando do capitulo agora, que foi isso que aconteceu, como esse Jacob foi burro, eu avisando ele que a Renesmee não prestava e ele dando corda deu no que deu, eu querro o pescoço dela, gostei da atitude dele no final contando para o Carlisle o que ela fez e dizendo que se ela fosse vista em LP não seria perdoada, mas isso nao apaga o que quase aconteceu entre eles, e ele não estar presente na hora do nascimento do filho dele, e o pior ela poderia ter morrido, será que a PP vai perdoar ele dessa vez. E o Collin, foi ele que ajudou a salvar ela, me diz uma coisa se o bebe é menino, o que explica o Collin gostar tanto da pp, eu pensei que nasceria uma outra menina e ela seria o imprint dele.
Posta mais Ane, to loca para ver o que vai acontecer.

Luh Dias disse...

Okay!

Tenho que falar.COLLIN DIVO *-*.

Man, parto de risco e ele sempre ao lado da PP, e ainda mais doou sangue.Man, guri bom.

Mas aí vem a coisa que pega.
PP e Jake, ela vai perdoar ele, ou vai ter alguma coisa?Por que sei lá né.

E omg, fiquei TÃO feliz com o que o Jake disse "ela agora é uma de nossas inimigas" ain Jake, coisa ÓTIMA de se falar, mas mesmo assim pisou na bola honey.

Bem que a monstra podia fazer alguma coisa e acabando sendo morta *-*, ia ser um sonho se realizando ain *w*.

Bom, tu parou bem na melhor parte devo dizer.

Agora vem a parte de querer saber O QUE vai acontecer com o Jake e a PP.

Bom a ansiedade ta ai, poste logo baby.

XOXO

Nannah Andrade disse...

Coisa boa pra Renesmonstra cara de fuinha!!! Tomara que ela leve uns bons catiripapos pra deixar de ser má! Essa filha duma...

Menina ainda bem que tudo ficou bem... graças ao Colin... ownnnnn gracinha, eu acho que depois dessa ele merecia um imprinting beeeeeem foférrimo que o fizesse muuuuuuito feliz.... me socorreu quando eu precisei, salvou minha vida... um chuchuzinho... quer dizer um chuchuzão né *lembrandodafotinhadoCollin**suspira* enfim voltando ao foco principal... Jake perdeu o parto, quase perdeu a mulher, mas sabe de uma foi coisa boa! Não to sendo ruim não, presta atenção, ele tá o tempo inteiro na casa dos Cullen, fica lá dando brecha pra Renesbitch, fica babando ovo dos vamps... tudo isso tinha que dá merda em algum momento.... Agora, finalmente ele teve uma atitude de gente GRANDE no final do cap, colocou a Renesbitch no lugar dela INIMIGA.... mas eu não quero nem saber o que vai ser quando eu acordar.... ihhhh acho que o negócio vai ficar feio! Algo me diz que não tem imprinting que salva o Jake de uma bela bronca... talvez um gelo, quem sabe....

De qualquer modo, eu amei o capitulo, to louca por mais e Ane, por favor cuida bem do pen drive... não deixa ele fugir de novo, okay? kkkkkkkk Bjos flor!

Analuamel disse...

Ane, como já disse sou fã de suas fics. Por faovor... posta mais.

Bjs

Anônimo disse...

Até entendo por tudo que o Jacob esta passando, mais ele tinha que dar atenção a família, poxa ela está grávida nhé. Agora a Nessie foi fundo hem, por pouco ela não vai atéo o fim com o Jacob. O filhinho nasceu e quem estava lá para ajudar o Collin, agora que eu quero ver como o Jacob vai encarar essa ajuda.


Bjs. Simovi

Hellen Jaqueline disse...

Gente to acompanhando essa fic faz tempo, e amo de mais, e to ficando louca com essa demora pro restante se postado, mais fazer o que né.

Juliana Oliveira disse...

Que bom que voltou a postar....
Fazia tempo que eu não voltava aqui....
Li vários cap de uma vez....
Adoro essa fic e vc sabe...
Espero que não demore Ane....

E tb espero q a Rennesme morra.....kkk

Nina disse...

Que piriguete essa Rennesme! Mas eu sempre souve que tinha algo errago com ela, mal carater! E ainda acho que ela tem mais algum podre, além de ter dopado meu Jake!
Essa é, de longe, minha fic twilight preferida e tá cada vez melhor!!
To esperando ansiosamente pela proxima att!
bjo

Thay disse...

PFFFFFF!!!! posta ...to esperando anciosamente novo post !!!

Binhablack disse...

Ownt, que ódio da Reneesme, tudo isso que está acontecendo é culpa da meio a meio, filha da songa. Ô família maldita, viu?!
Ain, separação? Eu não quero me separar do meu lobinho, isso é declarar vitória a songa de uma figa, aquela piriguete.
Mas bem que o Jake mereceu ouvir aquilo, deu muita asa para a projeto de vampiro.
Collin foi totalmente sem noção, ele se aproveitou do momento de fragilidade da PP, isso não se faz... bem feito.. o Jake lhe deu uns belos safanões, quem sabe assim ele não aprende a respeitar os sentimentos dos outros. Aff!!
Tomara que eles se resolvam, e que a PP saiba o que a monstrinha armou, pois agora que ela pode se transformar, não vejo a hora dela arrancar a cabeça daquele projeto. Rum!!
Nossa, estava com muitas saudades dessa fic. Que bom que você conseguiu um tempo para postá-la. Amei os capítulos.
E como sempre amandooooooo e louca pelo próximo, bjsssss!!!!

Deia disse...

Amei essa att dupla, tava com tanta saudade de S&C.
Que capitulos bombasticos, como assim eu e meu lobão não estamos mais juntos??? O que ele fez não da pra perdoar tão cedo, na hora que eu mais precisei dele ele não tava do meu lado, e ainda tem essa da Renesmee, mas o pior foi ele não ter a certeza ao negar.
Ae aparece o Collin em um momento que não era o certo e me beija, e eu mesmo reconhecendo que não era aquele corpo que eu queria não relutei e acabou dando tudo errado.
Agora tem os filhotinho da pp que precisam dela, essa confusao por causa do beijo e a distancia do Jake.
Ane posta mais vou estanr anciosa esperando pelos proxios capitulos.
Beijos

IthyCJ disse...

Mannnn que saudade disso tudo <3, fazia tempo que eu não comentava. Num posso negar que estou ressentida com o Jake, mas aquele Collin ta meio enxerido mew.
Amando mais a cada dia <3

Luh Dias disse...

OMG!

Esse é o momento em que eu piro mais que tudo na minha vida.
É, acho que é esse momento mesmo.
Morrendo de saudades de S&C.

E como assim, que diabos foi isso, ai Jake, vai ser lento ali na esquina que isso.

PP ta mais do que certa, Jake merece isso, mas ai, quem aguenta né.

E Collin, larga a mão de ser intrometido menino, que feio viu...

É agora que as coisas começam a acontecer, tipo assim, to mais do que delirando...to necessitando saber o que vai acontecer.

Espero mais que ansiosa pela Att...
Amo a fic de mais..tu sabe ^^.

XOXO

Clau disse...

Amei os dois capítulos postados...
Não sei como a PP aguentou chegar em casa, eu teria explodido com o Jake ali mesmo no consultório do Carlisle, mas pagar na mesma moeda e com um cara do bando... acho que a PP pegou pesado, com certeza as opiniões vão ficar divididas... Mas, voltando ao enredo, será que a pp vai ter coragem de ir embora com os filhos e deixar Jake pra trás? Será que ela terá forças suficientes para dar uma gelada no Seu lobão deixando-o sofrer um pouco pelo que ele fez? Será que o Collin vai continuar no bando?
Meu Deus vou ficar sem unha esperando os próximos capítulos dessa fic maravilhosa.
Beijos e espero que até breve Ane!

Juliana Oliveira disse...

Cada vez melhor.... ela não vai conseguir ficar longe do Jake. Eu tenho certeza....

Thay disse...

ohh my God Ane tt dupla de S&C *OLHOSDOGATINHODOSHERECK*!!SUAHSUHAUSU UHHIHIUAH!!!
DIVINOS...
Credo...lá vai alguns topicos favoritos dos caps...
1°:ahhh que isso PP fica pirada com Jack porcausa da monstronessie??ELA NEM DEXO O COITADINHO DO JACK SE ESPLICAR OH MY GODIU!!
2°:QUE COISA MAIS FOFA JayJay?? AMEI!!!
3°:COLLIN INCHERIDO!!
4°:PP TERIA CORAGEM DE LARGAR O JACK E IR EMBORA COM OS FILHOS??
MY LORD JESUS ,,,,MISTERIO DE S&C...
ANE ...POSTA LOGO!!
BJUS!!

Adriana MB. disse...

INCRIVEIS!
Sinceramente bem feito para o Jake ele mereceu esse gelo da PP!
Fiquei muito triste da briga dos dois mas ele bem que mereceu foi dar corda pra Renesmonstra olha ai o que deu!
Agora a PP ir embora com os filhos não deixa Ane eu sei que o Jake foi um cachorro mas eles se amam não faz isso!
Mas acredito que qua ndo a PP souber realmente o que a monstrinha fez ela vai entender mais o Jake, e espero que ela dê uma surra na vadia da Ness!
Menina e o Collin é muito, lindo fofo, mas ele e a PP não tem chace espero que ele encontre alguem logo! :)
Que doi idiotas preferiam brigar entre si a se preocupar com a PP, sei não HOMENS!
E o Seth caramba a P ja ta enlouquecendo e ainda aparece esse outro pra perturbar ela sei não Seth!
Hum Jayjay amei muito lindooooooo!
Agora vamos ver o que se vai resolver entre a PP e o Jake, apesar dos trancos e barrancos que tudo se acerte!
Ane não demora tanto tenta postar mais rapidinho eu sei que a vida é uma loucura eu sei! :)
Bjos flor!

raquel disse...

Era o q faltava... PQP!
Tinha vir com essa bem agora Collin? q droga!
Fico feliz q meu pequeninho nasceu saudável *-*
Estou bolada por conta de toda essa coisa jacob-eu-collin...
att logo, qro ver o mais acontece
bjs

Jessiiica disse...

Nossa, quanta coisa.
Depois de tempos consegui ler tudo kkk
Caramba, e essa agora do Collin?
Que saco essa Renesme, nunca vou gostar dela...
Meu Deus, vamos ver agora o que vai acontecer depois dessa confusão e gritaria! ansiosa! beijoos

Mila Cullen Black disse...

Estou esperando anciosamente por mais um capítulo! Por favor, posta logo! Não aguento mais de curiosidade!
Acaba com o sofrimento da pp de uma vez, ela não pode se separar do Jake! EU NÃO QUERO ME SEPARAR DO JAKE!!!(ushaushaushaushauh).
Um grande beijo, amo sua fic!

Anônimo disse...

Nossa que confusão que virou a armação da Nessie, O Collin se declarando, o Jake partindo para cima com toda razão e a pp machucada. O raiva dessa hibrida. A fic esta ótima.

Bjs, Simovi.

Thais disse...

Leitora nova aquiii
Eu estou assim até agora --->> *o*
Quando eu começei a ler a sua fic, não consegui parar até chegar ao último capítulo postado.
Eu odeio o final que a Tia Steph deu ao Jake. Amei o jeito como você mudou tudoooo.
Sabe eu nunca gostei da Nessie mas agora eu DESTESTO aquela pirralhinha. rs
E eu estou morrendo de pena da PP, ela sofre demais, Tadinha!
Não deixa eles brigados muito tempo não please! o:)
Beijos de sua nova leitora!
Esperando anciosamente uma nova att!

Maryanne Greslly disse...

Cap 39 pfv tah emocionante <3

Gabriela Ribeiro disse...

Posta o outro capitulo, pfv não to mais aguentando esperar!

Unknown disse...

Pq parou ???? mt ansiosa pelo proximo capitulo. Pf continue n aguento mais esperar !!!

Estela disse...

QUE GAROTA MAIS FILHA DA PUTA MANO, Q DESGRAÇADA, TO CM TANTO ODIO DELQ Q VV N TEM NOCAO, ELA ESTRAGOU TUDO ENTRE ELES PQP, EU TO CHORANDO AQUI DE RAIVA, ANGUSTIA, TRISTEZA, TUDO CULPA DESSA VAGABUNDA

Estela disse...

COMO Q TU PARA DE POSTAR DEPOIS DISSO TUDO, TA DOIDA, EU PRECISO DE MAIS, QRO VER AQUELA MONSTRA RUIVA MORRENDO, NU Q ODIO CARA

Estela disse...

TO MUITO REVOLTADA CM TUDO ISSO, N CONSIGO NEM PENSAR DIREITO, MDS, FOI TUDO AO MSM TEMPO, QUE LOUCURA SENHOR