quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bizarre Love Triangle capitulo 09


Bizzare Love Triangle
Capítulo 9

- Ela está acordando! Está acordando! – ouvi gritando ao meu lado. – Ai amiga, que susto você nos deu. – ela me disse segurando minha mão.
Eu ainda estava meio zonza. Olhei em volta e vi que estava em meu quarto, deitada em minha cama. – O que aconteceu? – perguntei me levantando e me sentando na cama.
- Ninguém sabe direito. Você é quem tem que nos dizer.... O Gill te ligou, me parece, e ai você estava chorando – começou a me explicar, mas antes de continuar, me deu aquele olhar do tipo “quero saber porque” – Ai ele veio correndo ver o que era e quando chegou aqui em casa encontrou você caída no chão da sala, desmaiada. – eu começava a me lembrar de tudo conforme me contava. – Ai ele começou a gritar seu nome, eu e Tomaz escutamos e viemos ver o que era. Ele te pegou no colo te trouxe pra cá.
Em segundos tudo voltou em minha memória e novamente a sensação de tontura me tomou. Eu precisava me acalmar para poder saber o que iria fazer. Respirei fundo. Olhei e ela estava realmente assustada. – Calma amiga, ta tudo bem. – eu disse a ela.
- Será que dava pra você contar o que aconteceu? – ela perguntou sentando ao meu lado na cama.
- Onde está Gill? – eu quis saber antes de começar a falar.
- Foi até o apartamento dele, tomar um banho, e disse que já voltava. Sério amiga. O que houve? Você ficou duas horas desacordada. – me falou e eu me assustei. Duas horas.... uau pensei comigo mesma.
- , eu preciso falar com Gill. Você pode chamá-lo para mim? – pedi a ela antes de qualquer coisa. Era fato, eu precisava falar com ele e parar com toda essa loucura. Já tinha ido longe demais. Tinha que dar um rumo em minha vida e iria ser hoje.
- Ah ta! Não sem antes você me contar, mocinha. – ela disse me encarando muito séria.
- , confia em mim. Não é nada, só um monte de coisas que preciso resolver. – eu disse a ela segurando sua mão. – Pode confiar, eu vou ficar bem. Só preciso conversar com Gill.
Meio a contragosto se levantou e foi atrás de Gill. Enquanto eu ficava sozinha no quarto, me levantei e olhei-me no espelho. Chega de palhaçada, . Jake é ficção, é uma loucura, Gill é sua realidade. Eu pensava enquanto me olhava nos olhos, no reflexo do espelho. Nessa hora, olhei pelo espelho e vi Gill chegar e ficar parado na porta do quarto ao lado de . Seu rosto mostrava toda sua preocupação. Virei-me e o encarei, olhando fixamente em seus olhos.
- Eu estarei no apartamento de Tomaz, se vocês precisarem. – falou e saiu nos deixando a sós. Meus estomago revirava e meu coração parecia que sairia do peito de tão forte que ele batia. Eu fiquei parada no meio do quarto e vi Gill se aproximando lentamente de mim. Nosso olhar ainda estava preso, tive certeza de que era Gill quem eu precisava naquele momento.
- Você não imagina o susto que me deu. – ele disse aproximando-se de mim e me envolvendo em um abraço forte e urgente. Suas mãos e braços me abraçavam como se não quisessem me perder e eu podia sentir sua respiração descompassada. Gill tremia. – Não posso mais viver sem você, . – e me beijou.
Gill me beijou com toda urgência que sentia e percebi um arrepio percorrer todo o seu corpo. Enlouqueci com aquilo. Tinha que senti-lo, tinha que ser dele. Seus lábios roçaram meu pescoço ao mesmo tempo em que ele acariciava levemente minhas costas, descendo sua mão por meus quadris e me apertando contra ele. Pude sentir toda sua excitação. Sua respiração se tornou mais ofegante quando ele percebeu meu desejo, sentindo meu corpo se arrepiando também.
- , eu te quero tanto. – ele sussurrou em meu ouvido me fazendo enlouquecer. Desci minhas mãos por suas costas e foi minha vez de pressioná-lo contra mim sentindo sua excitação quase explodindo de suas calças.
Ele deitou-me de costas na cama, inclinando-se sobre mim. Nessa hora eu não pensei em mais nada, só queria sentir Gill comigo. Meus seios se enrijeceram por sob a blusa que eu estava usando e eu os aproximei de seu peito, fazendo-o gemer baixinho. Ainda me beijando, ele colocou a mão embaixo de minha blusa e aconchegou meu seio. Eu suspirei. Meu coração batia com tanta força que eu mal conseguia respirar.
Gill massageava e acariciava meus seios com vontade e desejo. Eu já estava enlouquecida de excitação. - Gill, eu te quero. Te quero comigo. - sussurrei em seu ouvido e ele me apertou em mais um beijo devorador. Gill sugava minha língua com vontade e eu permitia tudo que ele fizesse. Queria senti-lo comigo, queria que soubesse que eu era dele.
Gill afastou-se do beijo e me olhou intensamente, como se esperasse por uma confirmação. Eu subi minha mão até sua nuca e o puxei para um beijo ardente dando-lhe permissão para fazer comigo o que ele quisesse. Nossas línguas se encontraram e mexiam-se freneticamente como se estivessem se devorando. O prazer se espalhava. Joguei minha cabeça para trás arqueando a coluna e, com um movimento rápido, ele tirou minha blusa e beijou meus seios com ternura. Gemi baixinho quando, delicadamente, ele sugou meus mamilos. – Humm...
Sentindo sua respiração quente, ele foi me lambendo os seios, ora um, ora outro e chegou nos mamilos duros. Lambeu e passando a língua e foi sugando lentamente e aumentando mais e mais. Loucamente, eu gemia de tesão em seu ouvido.
Gill subiu por meu peito, chegando até meu pescoço, fazendo um caminho de beijos, e eu tirei sua camisa. Pude contemplar seu tórax definido enquanto passava minhas mãos, fazendo o contorno de seus músculos. Lentamente desci as mãos até sua calça e senti a força e o calor de sua ereção. – Assim você me enlouquece. – ele sussurrou em meu ouvido e eu o apertei com vontade.
Já não existiam mais barreiras para mim e Gill, eu me entregaria a ele inteiramente. Ele escorregou a mão por minha barriga e passou os dedos por baixo do elástico de meus shorts, tirando-o, indo diretamente ali, em meu centro, e eu gemi de prazer em seu ouvido. Seus dedos se aventuraram e ele pode sentir como eu estava encharcada de prazer. Gill me tocava e me penetrava com seus dedos me levando ao clímax, enquanto sussurrava em meu ouvido. – Eu te amo, . Isso, assim, goza pra mim.
Uma sensação maravilhosa de ânsia e tezão me invadiu e estremeci quando o senti entrar com os dedos várias vezes, primeiro com toda delicadeza depois com mais vontade. Estranhamente percebi que ele também tremia, acho que estávamos os dois nervosos com a situação inusitada.... Era novo para os dois. Enfim eu me permitia sentir toda paixão e loucura que eu sentia por Gill. Minhas vontades estavam se tornando reais. Eu me libertava das fantasias que criara.
Soltei um gemido mais forte quando explodi em puro prazer. Abri os olhos e Gill me olhava extasiado, como se estivesse me vendo pela primeira vez. Ele voltou a me beijar e, sem quebrar o beijo, tirou sua calça.
Sem conseguir evitar, desci mais minha mão e acariciei seu membro, ele gemeu novamente, dessa vez mais alto e próximo a minha orelha, o que fez um calor percorrer meu corpo.
- Sou louco por você. Preciso te fazer minha, só minha. – ele falou, sua voz estava muito rouca. Gill pegou minha perna e envolveu em nele, fazendo com que nossas intimidades se tocassem ainda mais e eu mordi o lábio pra não gritar.
Ele pegou um preservativo de sua carteira e o colocou. Lentamente, muito lentamente, começou a penetrar-me. Gill praguejou baixinho quando sentiu minha quentura e foi fundo, movimentando-se dentro de mim com vontade. Nossos corpos se mexiam em sintonia e eu podia senti-lo tremer de prazer. Envolvi seu corpo mais forte com minhas pernas e apertei sua nádega empurrando-o para dentro de mim com força quando senti que gozaria de novo. – Ahhh....- sussurrei em seu ouvido e apertei seus ombros, cravando minha unhas nele. Gill continuou os movimentos e, quando eu estava começando a me soltar com o corpo relaxado, ele alcançou o clímax.
Ficamos assim conectados até que nossas respirações se acalmassem. Gill deitou-se na cama e me puxou para perto dele, envolvendo-me em seu abraço. Com a ponta dos dedos eu acariciava seu braço e seu peito enquanto o percebia relaxar lentamente.
- Você é a mulher mais quente e maravilhosa que eu já tive em meus braços. – ele me disse enquanto me abraçava e me beijava. Naquela hora minha vida estava perfeita e eu sabia exatamente o que eu queria. – Prometa-me que ficará comigo... Pra sempre.
Senti um arrepio estranho quando Gill falou isso e, instintivamente, me levantei da cama. Ele permaneceu apoiado em seu braço me observando levantar e ir em direção ao banheiro. – O que houve? – ele disse se levantando e se abraçando por trás de mim, mantendo nossos corpos colados e nossos olhos fixos através do espelho do banheiro.
- Gill, eu preciso te contar uma coisa. Não sei se você entenderá, mas... – ele me virou colocando-me em sua frente e envolveu minha cintura com os braços. Levantei meu olhar até ele e nos beijamos novamente. Ele acariciava meu corpo nu e me fazia sentir arrepios por toda parte. Eu o desejava novamente.
- O que quer que você tenha para me contar não será capaz de me afastar de você, linda. – ele disse olhando-me nos olhos. – Vamos nos entregar a esse momento tão especial e matar essa vontade que temos um do outro. O que tiver que ser falado, pode esperar. E eu prometo tentar entender. – Gill beijou meus lábios suavemente e me abraçou.
- Ai Gill, eu te amo.... – e o puxei com força pela nuca novamente. Nossos beijos retomaram a mesma urgência, como se nada do que houvesse acontecido antes pudesse ter abrandado o fogo que sentíamos. Nossos corpos queriam mais, precisavam mais.
De novo Gill desceu até meus seios e começou a sugá-los com vontade. Eu arqueei meu corpo para trás permitindo que ele acariciasse meus seios. Ele subiu beijando todo meu corpo fazendo um caminho de prazer por minha pele e me puxou para cima envolvendo minhas pernas em sua cintura, me levando de volta para o quarto, deitando-me na cama. Seus beijos eram cada vez mais quentes e ardentes. Recomeçamos de novo de onde havíamos parado. Agora, eu e Gill pertencíamos um ao outro.

oOo

O musical já estava em cartaz há um ano. A procura por ingressos era cada vez mais forte e as sessões estavam sempre lotadas. Os produtores comemoravam um recorde em lucros em pouquíssimo tempo.
Tomaz e eu estávamos cada vez mais envolvidos com a companhia de teatro e já estávamos pensando em novos projetos. Havíamos nos estabelecido na Broadway como atores de qualidade e éramos procurados por vários produtores, inclusive de Hollywood. A realização de um sonho.
Meu relacionamento com Gill estava cada vez mais sério. Eu e ele viramos o casal queridinho da Broadway, éramos quase sempre convidados a dar entrevistas, ilustrar revistas e a aparecer em programas de TV. Como Tomaz já havia falado, beleza e talento moviam as máquinas na Broadway, e isso eu e Gill mostrávamos em nosso dia a dia. Aos poucos estávamos nos acostumando com essa rotina de celebridade.



Na verdade, eu e ele nem tivemos aquela conversa que tanto me preocupava. – Estamos bem, e isso é o que importa. – era o que ele dizia cada vez que eu tentava tocar no assunto e eu acabei aceitando a situação.
A situação com Amanda Beins é que não melhorava nunca. Infelizmente ela não conseguia se conformar que mais outra pessoa pudesse fazer sucesso no grupo. Felizmente sua ira não era apenas comigo. Ela tinha raiva e inveja de cada ator citado em alguma matéria sobre o espetáculo.
As brigas eram constantes, principalmente com Paolo e Richard, os dois que faziam os papéis de Jake e Edward, por eles serem namorados.
Eu já evitava me encontrar com ela nos bastidores ou nos camarins, pois todas as vezes ela me provocava. - Aproveita enquanto pode, viu? O bonitinho vai ser meu logo, logo. - ela dizia ameaçando tirar Gill de mim.
Gill sempre me dizia que isso seria impossível, pois Amanda não fazia seu tipo e ele era apaixonado por mim. - Mas nunca se sabe. Ela é uma mulher bonita e perigosa. - eu dizia a ele com toda minha insegurança. Nessas horas Gill me beijava e me abraçava, dizendo que era para esquecer esse assunto, porém meu instinto me avisava que eu deveria ter cuidado.
Era um fim de tarde ensolarado de inverno e não fazia tanto frio. e eu aproveitamos para dar uma volta. - Nossa, . Um ano e tanta coisa mudou em nossas vidas. Quando iríamos imaginar... – estávamos caminhando no Central Park em uma segunda-feira, dia de minha folga no teatro.
- Pois não é, amiga? Às vezes eu me pergunto se já aconteceu tudo que tinha para acontecer ou se ainda viveremos mais desafios. – disse ela enquanto entrávamos em uma cafeteria que freqüentávamos próxima ao edifício.
Logo que entramos percebemos uma movimentação em um canto da cafeteria que nos pareceu um pouco fora do normal. Havia câmeras e muitos equipamentos de filmagem, além de muitos curiosos que faziam uma barreira impedindo nossa visão da cena.
- Acho que estão filmando um comercial. – disse a ela enquanto nos sentávamos para tomar nosso café das segundas-feiras. Já fazíamos isso há um bom tempo e o pessoal da cafeteria já nos tinham como clientes Vips.
- É a cena de um filme, Srta. , um filme com o ator Robert Pattison! – disse a atendente que sempre vinha nos servir. – Ai, ai... ele é um sonho... – ela disse piscando os olhos e olhando em direção a multidão. - Sabe que ele falou com todos os funcionários antes de iniciar a filmagem? Fez questão! Nossa, eu quase enlouqueci, ele é um amor. – ela continuava olhando para a multidão esperando conseguir uma visão mais privilegiada.
Eu e rimos do jeito dela. – Um filme, é? Quem é ele? – perguntei e logo percebi que tanto ela, quanto Luana, me olhavam como se eu tivesse falado a maior heresia do mundo. – O que foi? O que eu disse de errado? – perguntei assustada.
- Meu deus, . Você só pode estar fazendo piada. Como assim, “quem é ele”? É ROBERT PATTISON.
As duas me olharam esperando, uma reação mais positiva, mas meu rosto permanecia o mesmo. Eu ainda não sabia quem ele era. – Ta gente. Vocês vão me dizer ou eu terei que levantar para adivinhar quem ele é? – a atendente preferiu voltar para o balcão a falar comigo de novo. Parecia até mesmo ofendida por eu não saber quem era esse tal Robert.
- Você realmente não sabe quem ele é, não é? – vi falar com uma cara de indignação.
- Não . – falei com voz de deboche. – Eu realmente não sei quem ele é. – e fiz uma careta.
- Pois então eu vou deixar que você se levante e descubra sozinha. Vai ser bem feito quando levar um baita susto. – ela falou e deu um gole em seu cappuccino, permanecendo calada e parada, sentada na mesa.
- Ok, então. Já volto. Vou tentar passar pela multidão. Valeu, hein? – eu disse a ela mostrando minha indignação por ela não ter me contado quem era. Luana só fez sinal com o polegar e fez um sorriso forçado, ficando sentada me esperando voltar para a mesa.
Era um mar de gente! Pensei em desistir de saber quem era, afinal, talvez nem valesse tanto assim. Estava me aproximando da cena quando um grupo de meninas abriu um buraco no meio povaréu e eu pude ver tudo com clareza. Meu deus! É o vampiro do filme... ai que vergonha, pensei, ainda parada, olhando pra a cena que ele recriava para o filme. Foi nessa hora que ele levantou o olhar e deu de cara comigo olhando para ele, assustada. Nossos olhos ficaram assim, fixos um no outro, por alguns segundos, e eu pude ver um leve sorriso de canto formando-se em seu rosto. 



Nossa! Como ele é sexy, foi o que pensei presa em seu olhar. A magia do momento foi quebrada quando um dos diretores de cena disse “Corta” e Robert desviou o olhar do meu para falar com ele. Voltei para a mesa e olhei para Luana com as sobrancelhas arqueada como se dissesse “ Viu quem é, agora?”. Bufei e sentei em meu lugar.


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