domingo, 28 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 10

<span class="goog-spellcheck-word" style="background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; ">Consequências</span>











Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen





Capítulo 10



Damon me observou por alguns instantes, me encostei na cadeira cruzando os braços sobre o peito.

- Você quer toda a verdade, ?

- Se não for pedir muito, eu preferia só a verdade, me poupe de mentiras, ok?

Ele sorriu mostrando seus dentes perfeitamente brancos. – Pois bem, vou te contar desde o inicio. – respirou fundo. - Mas antes preciso saber o que você sabe sobre a vida de Stefan. – eu ri. Se ele achava que eu ia falar alguma coisa de Stefan estava enganado.

- Porque você não conta, e eu te digo se sabia ou não. – propus.

Ele gargalhou alto. – Acho que temos um problema de confiança aqui. – disse. E eu levantei as sobrancelhas concordando. – Pois bem, eu e Stefan fomos transformados a alguns séculos atrás, por Katherine Pierce, que por sinal era muito parecida com você. – arregalei meus olhos. – Interessante, não? Mas é só fisicamente. Katherine era muito inocente e frágil, mesmo para uma imortal. – Damon falava sem se importar se alguém poderia escutar. Passei meus olhos pelo lugar e realmente ninguém pareceu interessado em nossa conversa. – Ela chegou a achar que poderíamos viver nós três em harmonia. –ele gargalhou. – Quanta inocência. Nos dois queríamos que ela escolhesse um de nós, e ela não pode. Então ela se matou. – ele disse agora sério.

- Se matou? – perguntei incrédula.

- Sim, com a ajuda dos seus amiguinhos italianos. – ele disse irônico.

- Os Volturis? – perguntei. Ele assentiu.

- Desde aquela época eu prometi me vingar de Stefan pela eternidade, nunca permitiria que ele fosse feliz. – ele disse. Arregalei meus olhos surpresa. Então Stefan estava certo. Damon sorriu. – Não me olhe assim, afinal eu também amava Katherine.

- E você acha que Stefan era culpado pela infantilidade dela? – perguntei incrédula.

- Sim. – ele respondeu. – Mas isso foi antes.

- Antes? Como assim?

- Eu persigo Stefan desde sempre. Estava por perto quando ele te conheceu em Chicago. – ele disse e fez uma pausa para ver minha reação. – Fui eu quem fez com que Elena fosse embora.

- E agora você quer me convencer a deixá-lo também.- afirmei.

- Não! Como eu disse isso foi antes.

- Antes do que? – perguntei disposta a tirar toda a história dele. Se fosse verdade ou mentira, Stefan decidiria.

- Antes de você. – ele disse sério.

Eu ri, deixando minhas mãos caírem em cima da mesa. - Se isso é verdade, porque só agora? – perguntei não acreditando nada naquela história.

- Porque eu não aguentei ver aquele menino dar em cima de você. – Damon disse, seus olhos frios e enfurecidos, enquanto falava de Edward. Um frio percorreu a minha espinha.

- Você deixe Edward fora disso. – rosnei.

- Hmm, pelo jeito você anda caindo na lábia dele. – Damon sorriu cínico, depois colocou sua mão em cima da minha. – Deixar ele de fora só depende de você.

- Eu e Edward não temos nada! E como você disse, ele é só um menino. Eu prefiro homens! – falei colocando um meio sorriso provocante nos lábios. Mas eu sentia um nó no estômago, só em pensar que Damon poderia fazer algo contra Edward.

Ele sorriu mais. – Vamos sair daqui. – disse jogando um maço de dinheiro na mesa para pagar a caneca de chopp intocada.

Damon me conduziu por um beco escuro. No final dele, do outro lado da rua iluminada, estava estacionada uma BMW.preta. Eu ouvia somente o barulho dos meus saltos contra o piso de cimento, ao nosso redor. Um ou outro roedor no meio dos sacos de lixo. Ele avançou contra mim de repente, me prensando contra a parede. Deixei o formigamento das minhas mãos se espalharem pelo meu corpo, enquanto eu acumulava energia. Ao longe as luzes dos postes de iluminação zuniram. Um passo em falso e Damon fritaria ali mesmo.



Eu o encarava concentrada, esperando sua próxima ação. Seus dedos deslizaram pelo meu rosto, meu pescoço. Damon era muito mais forte, afinal ele se alimentava de sangue humano, mas eu não precisava usar as minhas mãos para acabar com ele.

- Corajosa! – ele sussurrou contra a minha clavícula. Mas o que ele não sabia, que corajoso estava sendo ele. Minha respiração entrecortou quando sua boca substituiu seus dedos no meu pescoço. Damon me pressionou mais, agora eu sentia todo seu corpo por sobre o meu.

Segurei seu rosto com minhas duas mãos, olhando fixamente seus olhos agora vermelhos. O que eu não estava preparada era descobrir que ele me atraía tanto. Passei a língua devagar pelos seus lábios, o fazendo gemer baixinho.

Damon capturou minha boca com força em um beijo cheio de desejo. Nossas línguas se enroscavam em uma batalha. Ele passou os dedos pelos meus cabelos os puxando com um pouco de força. Cravei minhas unhas nas suas costas, por cima da camisa preta que usava, enquanto ele devorava meus lábios. Eu tinha que pará-lo antes que isso fosse longe demais.

- Damon. – falei quando sua boca passou para meu pescoço novamente. – Aqui não é lugar.



Por todo o caminho até Forks eu fiquei pensando em uma maneira de escapar de Damon, mas tudo que eu pensava não escaparia das chances de deixa-lo furioso. Teria que conseguir uma forma de fazer como que se fosse uma escolha dele.

Damon parou o carro na frente de um prédio de dois andares no centro de Forks, não era um lugar muito comum para um vampiro morar. Em baixo havia uma lavanderia e uma escada lateral levava até o andar de cima. Olhei surpresa quando ele me levou pela escada e destrancou a porta do andar de cima.

- Bem vinda a minha casa! – ele disse me empurrando para dentro e me pressionando contra a parede, sua mão deslizou pela minha coxa, por baixo da minha saia, onde ele enroscou os dedos na lateral da minha calcinha. Se eu não pensasse em algo rápido estaria perdida. Dei uma olhada por cima de seu ombro e vi que no apartamento havia poucos moveis. Na sala não havia nada. E o quarto no fim do corredor, mostrava somente uma cama. Damon devorava meu pescoço, enquanto eu pensava em uma saída.

- Que visão maravilhosa. – uma vampira ruiva entrou pela pequena janela que dava para sala.

Damon rosnou se virando para ela, parando em minha frente. – Eu já falei para não aparecer aqui sem ser convidada, Victória! – ele sibilou. E eu a agradeci mentalmente pela interrupção.

- Eu sabia que o motivo de você não me ligar mais era uma vagabunda qualquer! – ela disse com sua voz infantil.

- Hey! – indignei dando um passo para frente. Quem ela pensava que era?

Damon me segurou pelo braço. – Vagabunda aqui é você! Agora fora!- ele rosnou. – Ou você vai se arrepender! – Victoria bufou e me lançou um olhar mortal, antes de sair pelo mesmo lugar que tinha entrado.

- Simpática ela! – falei com desdém depois que ela saiu. – Bem, Damon, acho melhor eu ir também.

- Não, espere! – ele disse se aproximando devagar. – Não fique chateada por isso.

Eu o olhei sério. Se ele soubesse que eu estava aliviada e não chateada. – Tudo bem!- falei séria. Não queria que ele desconfiasse dos meus sentimentos. – Já está clareando mesmo. Tenho aula e você também. – apontei tentando me livrar de suas mãos de polvo que já deslizavam pelo meu corpo.

Ele riu. – Eu não vou mais aquele colégio idiota, !

- Não? – perguntei tentando não demonstrar meu contentamento em minha voz. – Por quê?

- Porque o motivo de eu estar no meio daquelas humanas imbecis era você. – ele afirmou.

- Pois bem, acho bom mesmo! Assim não damos mais um motivo de Stefan ficar contra nós. - Como se ele não tivesse motivos suficientes. Pensei.

Ele sorriu irônico. Eu ainda não confiava nada nele, ainda mais quando sorria. – Vamos que eu vou te dar uma carona.


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