domingo, 28 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 11

<span class="goog-spellcheck-word" style="background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; ">Consequências</span>







Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen








Gosto dos venenos os mais lentos!
As bebidas as mais fortes!
Dos cafés mais amargos!
E os delírios mais loucos.
Você pode ate me empurrar
de um penhasco que eu vou dizer:
E daí
eu adoro voar!!!”
Clarice Lispector


Capítulo 11




Quando Damon parou a BMW em frente a casa de Stefan, ele já estava parado em frente a porta. Certamente havia ouvido a aproximação do carro, ou recebido um telefonema de Edward. Voei até seu encontro colocando a mão em seu peito, tentando passar pelo o olhar que tudo estava sob controle. As vezes a comunicação que eu podia ter com Edward podia ser útil, se fosse com todos e não tivesse meus pensamentos mais secretos revelados.

Stefan ignorou meus olhares de avisos.

- O que você quer aqui Damon? – perguntou baixo com a voz fria como o gelo.

- Pai! –o chamei, tentando impedir qualquer confronto.

- Pai? – Damon repetiu antes de soltar uma gargalhada. – Bem seu, Stefan. Tem tanto medo de ficar sozinho que anda fazendo adoções.

- Por favor?- pedi a Stefan. Ele desviou os olhos de Damon para mim.

- O que foi maninho? Com medo que eu leve a embora?

Stefan continuava me encarando com uma careta dolorida. Realmente era isso que ele tinha medo.

- Eu não vou embora!- sussurrei para ele. – Nós vemos mais tarde Damon. – falei sem me virar para encara-lo.

Damon se aproximou de mim, me puxando de Stefan com força, fazendo com que os olhos de Stefan se injetassem de raiva e grudou os lábios nos meus. - Ok gata! Me liga! – Damon disse me largando e entrando no carro, acelerando em seguida.

Stefan ainda me olhou sério por mais alguns segundos antes de entrar em casa.

- Pai!- o chamei o seguindo.

- Que foi ? – perguntou ao se sentar atrás de sua mesa no escritório, visivelmente chateado.

- Está tudo bem, eu tenho tudo sobre controle.

- Tudo bem!- ele disse sem desviar os olhos de um jornal escrito em hindi.

- Eu não vou embora, Stefan. – afirmei.

Stefan largou o jornal me encarando. – Desde o momento em que você entrou na minha vida, eu tinha a certeza que um dia você iria embora, . É uma coisa sua, que eu tive que aprender a conviver. Só nunca achei que poderia ser com Damon.

- E não vai ser. Eu te garanto isso.

- Eu confio em você. – ele baixou os olhos para o jornal novamente. - Você precisa caçar. – observou sem me olhar novamente.

- Ok. Eu vou falar com os Cullens e depois nós vamos caçar.

Stefan assentiu. Fui para meu quarto trocar minha roupa por meus jeans e camisetas usuais, depois de tomar um banho e sai correndo em direção a mansão dos Cullens.

- Carlisle! – chamei assim que meus pés tocaram o imenso gramado.

- ?- ele disse ao sair pela porta seguido por Esme. - Aconteceu algo? – disse olhando em volta.

- Não! Eu só queria relatar sobre Damon.

- Ah sim! Vamos entrar! – Carlisle me indicou a entrada da casa.

Me sentei no sofá branco dos Cullens com Carlisle e Esme se sentando ao meu lado.

- Você falou com ele? – Carlisle perguntou.

- Sim.

- Sozinha, minha querida? Não é perigoso? – Esme perguntou visivelmente preocupada.

- Não se preocupe comigo, Esme. – falei sorrindo.- Mas o importante é que Damon saiu da escola. E eu me aproximei bastante dele, para poder vigia-lo.

- Só se mantenha segura,minha querida. – Carlisle disse colocando sua mão em cima da minha.

- E não se acanhe a pedir ajuda, . – Esme continuou.

- Pode deixar. – disse me levantando, já pronta para ir para casa.

- Filha, não quer esperar pelos garotos? Eles vão gostar de ver você. – Esme disse.

Suspirei fundo. Eu sabia de quem ela realmente estava falando. Edward.

- Não sei... – comecei a falar, quando ouvimos o barulho dos pneus do Volvo pegando o caminho para a casa, logo atrás mais pneus do jeep de Emmet.

- Que bom, eles chegaram mais cedo! – Esme festejou.

Edward foi o primeiro a passar pela porta. Ele fixou os olhos em mim, assim que seus pés entraram na sala.

- Voltaram mais cedo? – Carlisle perguntou o óbvio.

- Alice previu sol a tarde. – Edward respondeu desviando os olhos dos meus só por um segundo e voltando a me encarar.

Alice entrou saltitando logo atrás, seguida de perto por Jasper. Depois Rosalie e Emmett.

- Que bom que você já chegou , assim a gente já pode ir caçar! – Alice disse.

- Err... Eu não vou caçar com vocês. Vou? – perguntei indecisa.

- Vai! - Ela respondeu sorrindo. – Já liguei para Stefanconosco.

Olhei desconfiada para Alice. As vezes não sabia se ela previa mesmo ou usava isso para manipular as pessoas. Talvez as duas coisas.

Edward riu.

- Você precisa mesmo caçar ! – Edward disse passando a mão suavemente por sob meus olhos. Minha pele se arrepiou com o seu toque. Ouvi a risadinha baixa de Emmett e o bufo de Rosalie.

- Tudo bem! – respondi rendida, engolindo o fogo que queimava minha garganta. Eu realmente estava no meu limite.

- Vocês podem ir indo na frente, eu e Esme esperamos por Stefan. – Carlisle disse.

- Vou trocar de roupa. – Alice afirmou voando escada acima seguida por Jasper e Emmett. Só Rosalie continuava me olhando mal humorada.

Aquilo já estava me dando nos nervos. Ela não tinha que trocar o mini vestido não?

- Espero vocês lá fora. – disse saindo e me encostando no Volvo. Edward me seguiu. E Rosalie também. O que ela queria?

- O que você quer Rose? – Edward verbalizou meus pensamentos.

- Vim saber se você já convidou a para a festa de Esme.

- Festa?- desviei os olhos de Rose para Edward.

- Eu iria chegar lá, Rose. – Edward sibilou.

- Ela vai adorar conhecer os Denali, principalmente Tânia. – Rose disse fazendo Edward rosnar. Tânia? Quem é Tânia? Novamente meus olhos foram de Rosalie para Edward.

- Não é ninguém importante. – Edward me disse.

Rosalie riu. – Ninguém importante? Tânia é a namorada de Edward. – ela disse.

- Chega Rose! – Edward sibilou.

Meus olhos se arregalaram. Namorada! Senti uma dor profunda em meu coração morto.

- Não ligue para Rose, .

- Humpf! – ela disse antes de girar nos saltos e sumir para dentro de casa.

- Eu e Tânia nunca tivemos nada!

- Não precisa se explicar Edward. – disse desviando os olhos dele.

- Preciso sim. E quero. Isso é tudo invenção de Rosalie.

- Porque ela me odeia? – perguntei já cansada de todo aquele comportamento. Tudo bem que eu não era a vampira mais simpática do mundo, mas não me lembrava de ter feito nada contra Rosalie.

- O mundo de Rose gira em torno dela, ela quer ser o centro das atenções. E quando ela acha que alguém está a desbancando, chamando mais atenção que ela, Rose trata como um inimigo. Ela é...

Fútil!

Egocêntrica!

Infantil!

Vaidosa!

Edward sorriu concordando com meus adjetivos. Mas aquela história de namorada ainda me perturbava, por mais que eu soubesse que eu não tinha o direito.

- Nenhuma mulher me chamou atenção ... antes. – ele disse se aproximando, me pressionando contra o carro. Bem o carro era dele se estragasse a lataria o problema não seria meu. Sua mão subiu colocando uma mexa do meu cabelo para trás da orelha.

- Edward... – falei já ofegando com a proximidade. Só ele me causava esse tipo de reação. Então ouvimos umas risadas dentro da casa, seguido por bufos. – O que aconteceu?- perguntei vendo que Edward contorcia os lábios tentando segurar o riso.

- Jesus, Emmet! Que shorts curtos são esses?- Alice perguntou seguindo Emmett para fora de casa.

- É minha nova roupa de ginástica.

- Mas nós vamos caçar!- Edward afirmou se afastando um pouco de mim. Enquanto eu me segurava para não gargalhar vendo Emmett sair de casa com uns shorts vermelhos minúsculos.

- Sim, caçar é meu exercício preferido e eu fico sexy com eles. – Emmet disse se virando para mostrar como sua bunda ficava naquele shorts cavado. Edward revirou os olhos.

- Rose faça alguma coisa. – Alice pediu.

- E adianta falar. – Rose disse emburrada cruzando os braços no peito.

- Vamos indo na frente? – Edward me perguntou. Eu assenti. Mas antes que pudesse me mexer, meu celular vibrou no bolso traseiro da minha calça.

- Jake? – perguntei assim que coloquei o aparelho no ouvido. Edward uniu as sobrancelhas.

- Seu carro está pronto . Posso te entregar?

- Já?- perguntei animada.

- Era pouca coisa. – ele afirmou.

Olhei para meu braço que brilhava com os poucos raios de sol que começavam a sair de trás das nuvens.

- Eu não estou na cidade, Jake. Posso te ligar quando chegar?

- Ah! Claro claro! – ele disse.

- Até então!

- Até!- ele respondeu e desligou.

Olhei para Edward que me olhava com um olhar desaprovador.

- Vamos? – falei ignorando a sua carranca e me pondo a correr com ele me seguindo de perto.

oOo

Eu estava posicionada em cima de uma árvore. Edward estava mais a direita, alguns 5 metros de distância em outra árvore. Eu já não sabia se ele estava de tocaia ou só me observava. Aspirei o ar, deixando o cheiro caracteristico tomar conta dos meus pulmões. O veneno fluiu em minha boca. Ouvi o barulho baixo das patas tocando as folhas no chão. Um vulto de um lince apareceu por meio da vegetação. Quando ele estava ao meu alcance saltei em cima de seu dorso, dando uma descarga elétrica para que ele desmaiasse antes que eu afundasse os dentes em seu pescoço. Me perdoe! Pedi enquanto o sangue fluía do corpo quente do animal e descia pela minha garganta.

Me levantei notando que Edward me observava extasiado.



- O que foi? – perguntei limpando a boca com medo de estar toda suja de sangue.

- Você eletrocuta antes de matar? – perguntou admirado.

- Somente o suficiente para que desmaie e não sinta dor. Por que?

- Achei o ato mais lindo que eu já vi na vida.

Revirei os olhos. – Como matar um animal inocente pode ser lindo? – perguntei colocando as mãos na cintura.

- Eu estou falando da compaixão. – ele disse sorrindo.

- Eu tenho compaixão pelos animais e pelos humanos. Mas não tenho por vampiros. – falei saltando e subindo rapidamente em uma árvore. Edward me seguiu, parando no mesmo galho que eu me pressionando contra o tronco do velho pinheiro.

- Você é fascinante. – disse sorrindo torto me fazendo piscar aturdida. Desviei o olhar encabulada. Sua mão foi novamente para o meu rosto, o que me fez levantar os olhos e encarar sua expressão dolorida. – Você está namorando com ele?

Juntei minhas sobrancelhas. Edward e sua mania de compromisso.

- Não estou namorando com ninguém! – disparei.

Ele sorriu tristemente. – Então é só sexo? – perguntou.

Eu não acreditei no que ele tinha dito. – Não idiota! Você foi o único que chegou perto! Que realmente eu quis algo, e vejam só... você não quis. – falei sorrindo amargamente. Empurrei Edward fazendo com que ele tivesse que se agarrar em um galho para não despencar da árvore. Pulei e corri assim que meus pés tocaram o chão. A subida da montanha se tornou mais íngreme e acabei saltando e subindo em uma pedra mais alta. Lá em baixo pude ver algumas árvores sendo derrubadas, provavelmente era Emmett.

- Desculpe! – Edward pediu assim que se sentou ao meu lado em cima da pedra. Sua pele cintilando por sob o sol.

- Tudo bem! – falei, mas ainda sem olhá-lo. Deixando minha chateação transparecer no meu tom de voz.

- Você não imagina como estou me remoendo de ciumes. – ele disse sorrindo. Desviei os olhos para os dele. – Não pense que eu te rejeitei.

- Edward vamos mudar de assunto? – pedi incomodada, eu não deveria ter dito aquilo, me exposto tanto. Mas do que adiantava não falar se ele via em meus pensamentos.

- Você sabia que foi por você que voltei para Carlisle? – ele perguntou. Arregalei os olhos surpresa. – Não imagina como fiquei depois de ter feito o que fiz. E você me chamando de anjo a todo momento, enquanto eu... – Edward fechou os olhos o rosto contorcido em uma careta de dor.

- Edward,- o chamei fazendo ele abrir os olhos e me encarar novamente. – Vamos esquecer isso, ok?

Ele me olhou me analisando por um instante, depois seus olhos baixaram para minha boca, me fazendo abri-la involuntariamente. Edward colocou a mão em minha nuca me puxando de leve, sua boca tocando a minha devagar, me provando, sua língua tocando a minha com delicadeza. Coloquei minhas mãos entrelaçando seus cabelos, comecei a sugar seus lábios, sua língua aumentando a intensidade. Me virei subindo em seu colo, um joelho em cada lado do seu quadril.

Edward se afastou um instante me olhando com adoração.

- Eu sei que é difícil pra você confiar em alguém. Eu sei o quanto custou para você confiar em Stefan, mas eu nunca menti para você. Eu não estou te enganando. Eu te amo, ! – Edward me disse me fazendo ofegar. – Eu te amo! - Eu não sabia o que dizer, eu não sabia o que pensar. – Fica comigo? Namora comigo?

Afundei meu rosto na curvatura de seu pescoço aspirando seu cheiro maravilhoso. SIM! Pensei alto, com meu rosto escondido. Ouvi Edward suspirar.

Edward se afastou para olhar meu rosto. Um sorriso enorme estampado, como se ele tivesse ganho o melhor dos presentes.

- Verdade?- perguntou sorrindo. Assenti .

Edward caçou meus lábios em um beijo ardente, enquanto eu entrelaçava as mãos na gola de sua camiseta trazendo ele mais pra mim.

Lá em baixo o barulho da risada estrondosa de Emmett demonstrava que logo os outros nos achariam.


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