sábado, 27 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 21





Capítulo 21





Eu Estava sentada ao alto de um rochedo. Observa as montanhas e a floresta em baixo. Já havia caçado o suficiente e a verdade me sentia cheia, até meio viscosa. Um barulho abaixo, nas rochas, e em segundos Stefan estava ao meu lado.


– Precisando de um babador?- perguntei.


– O que? – Stefan perguntou de volta sem entender.


– Apontei com o queixo a gota de sangue que estava respingada em sua camisa branca. – Ah!- ele riu passando a mão na mancha vermelha.


– Incrível Stefan! Trezentos anos e ainda se suja? – perguntei rindo.


– Acontece!- ele respondeu sorrindo.


– Muito bravo comigo, ainda?- perguntei depois de algum tempo de silêncio. Eu sentia que ele estava estranho, distante.


– Não estou bravo com você, filha! Nunca estive! – ele respondeu.


– Não é o que parece!- resmunguei.


– Eu sabia que esse dia chegaria!- ele disse colocando a mão na minha cabeça. – E estou feliz que seja com Edward.


– Você não parece estar feliz! – apontei.


–Claro que estou! Foi a melhor coisa que podia ter acontecido com você! – ele suspirou e olhou para frente. – Mas estou pensando que seria melhor se eu seguisse com nosso plano! – ele disse.


– Nosso plano?- perguntei. – Você está falando em ir para Buenos Aires?


– Sim!- ele respondeu.


– Não Stefan! – choraminguei. Eu não conseguia pensar em viver sem meu pai.


– Isso é para o futuro, filha! Primeiro quero ver seu casamento!- ele sorriu.


Mas eu não conseguia sorrir. Era como se eu tivesse que escolher entre Edward e Stefan.


– Ainda quer caçar mais? – perguntei, tentando mudar o rumo da conversa.


– Não! Estou bem, mas vou descer até o rio para tentar limpar isso! – ele apontou para o sangue em sua camiseta.


Pulamos a rocha juntos e corremos lado a lado, até chegarmos ao rio.


– Você não acredita, não é? – perguntei a ele rindo, enquanto ele estava abaixado esfregando a sujeira que tinha feito.


– No que? – ele perguntou de volta, concentrado no que estava fazendo.


– Que eu vá me casar!- falei o observando. Eu estava sentada em um tronco, com a beira do rio tocando a ponta dos meus tênis.


– Desculpe , mas realmente isso é algo que eu só acredito vendo! Ele riu. –Para mim, você vai ficar enrolando o coitado do Edward pelos próximos cem anos! – gargalhou.


Gargalhei e joguei água nele o fazendo rir mais.


Mas de repente Stefan ficou sério e tenso, se levantou em um pulo ágil ficando em posição de ataque. Também me coloquei na mesma posição aspirando o ar e sentindo cheiro de vampiro.


– Victória!- disse entredentes.


– Sim! – ela respondeu saltando em minha frente com os dois capangas vampiros logo atrás.


– O que você quer Victória? – perguntei entredentes dando um passo a frente de Stefan. O vampiro loiro virou levemente a cabeça, observando meu movimento.


– Finalmente tive sorte!- Victoria respondeu. – Você cruzar o meu caminho sem a corja dos Cullens para te proteger e ainda sem aquele bando de cachorros fedidos para atrapalhar. – ela sorriu.


– Não preciso deles para me defender de você! – falei dando um passo mais para frente de Stefan. Claro que Victoria não tinha consciência dos meus poderes.


Senti todo meu corpo formigar, puxando energia para as minhas mãos. Só que haviam dois porém, eu só conseguiria atingir um vampiro de cada vez, e eles eram três, e Eu precisava de um tempo para me concentrar ate ter energia suficiente para atingir o segundo. E esse intervalo, podia ser fatal. Por isso os Volturis me treinaram para lutar, assim poderia me defender enquanto armazenava mais energia.


– Damon talvez me perdoe por sua morte, se eu entregar a cabeça do seu irmãozinho em uma bandeja de prata– Victória disse olhando para Stefan.


– Filha! – Stefan disse. – Eu te cubro! – ele sussurrou.


– Laurent!- Victória gritou se dirigindo ao vampiro negro, ele saltou em minha direção, me consertei deixando a minha energia fluir de minhas mãos em direção a ele. Laurent foi atirado contra uma árvore, fazendo com que o tronco partisse em dois.


Eu precisava trabalhar rápido. Victória rosnou correndo em minha direção sendo interceptada por Stefan, caindo os dois em pé, um na frente do outro. Eu ainda não tinha juntado energia suficiente para conseguir projetá-la, mas quando o vampiro loiro veio em minha direção Edward apareceu, o segurando pela perna em pleno salto e o atirando no rio.


Laurent já havia se recuperado e segurou Stefan pelo pescoço, o que facilitou para que Victoria viesse em minha direção. Saltei, me encontrando com ela em pleno ar. Nós duas rolamos pela terra. Eu estava completamente energizada. Todo meu corpo formigava. E eu sentia a dificuldade de Victória de manter contato na luta. Isso me auxiliava, mas não me dava tempo para armazenar mais energia.


Stefan não tinha poderes, mas o tempo que ele tinha como vampiro, o deixava bem mais preparado para enfrentar Laurent. Ele estava visivelmente em vantagem.


Já Edward...


– Você chegou primeiro porque é o mais rápido, mas não é o mais forte. – o vampiro loiro disse para Edward. O corpo dos dois curvados para frente, as mãos em garras, eles se encaravam.


– Sou forte o suficiente para acabar com você! – Edward sibilou.


Os dois voaram um em direção ao outro, se atacando. O vampiro loiro era nitidamente mais forte e experiente que Edward. Ele estava perdendo!


Quando meus olhos bateram nos de Edward, as mãos do outro vampiro apertando sua cabeça, causando marcas em sua pele. Uma dor atravessou me corpo como se eu estivesse no lugar dele. Todos meus sentidos congelaram. Eu não poderia deixar isso acontecer! Não poderia deixar Edward morrer!


Eu não sentia mais nada, meu foco totalmente no vampiro loiro. Uma corrente anormal de energia subiu pelas minhas pernas indo em direção a cabeça e descendo pelos meus braços.


Eu não enxergava mais nada! Somente um manto vermelho cobriu meus olhos. Eu só ouvia os gritos altos de agonia.


– JAMES! – a voz estridente de Victória chegou até meus ouvidos.


Os gritos aumentaram, ecoando pelas árvores da floresta, até que cessaram, só deixando o silêncio e o cheiro forte de incenso espalhado pelo ar.


!- Edward chamou, mas eu não conseguia parar.


– Não toque nela Edward! – Stefan disse. – Filha, chega!


– Amor, acabou! – Edward falou mais uma vez.


Senti um frio anormal vindo pelas minhas pernas subiu pelo meu corpo. Eu senti meus músculos amolecerem e caí, sendo aparada pelos braços de Edward.


Agora só a escuridão me cercava!

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