sábado, 27 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 5





Consequências












Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen





Capítulo 5



Eu não tinha saído do estacionamento, quando meu celular tocou. Enfiei a mão na bolsa e o tirei de lá pisando no acelerador ao mesmo tempo, vendo o marcador do velocímetro subir. Stefan call ,marcava o painel iluminado



- Alô! Pai?


- , onde você anda?


Estranhei a pergunta, porque Stefan nunca foi controlador. – Estou indo para a casa dos Cullens. – respondi.


- Eu estou em Seattle e chegarei tarde hoje, você poderia ficar com os Cullens até eu chegar?


-Que história é essa, desde quando eu preciso de supervisão?- perguntei. Já estava irritada por ter que passar algum tempo na casa dos Cullens, ter que ficar mais tempo que o necessário era muito para o meu autocontrole.


Stefan ficou mudo no outro lado da linha, ele também não tinha uma explicação lógica para o seu comportamento.


- Edward te ligou, não foi?- tive que controlar a força que estava fazendo contra a direção do carro para que não a quebrasse em pedaços.


- Sim! Ele me disse algo sobre uma visão da Alice. – ele ficou mudo por um instante. – Você não tem medo que sejam eles?


- Se fossem eles, Alice não saberia?


- Você tem razão.


- Nos vemos a noite. – desliguei o celular, no momento em que virei o carro para fazer o retorno, mudando o caminho direto para a minha casa.


Logo que cheguei em casa, notei uma nevoa anormal cercando o terreno. Aspirei o ar diversas vezes tentando pegar qualquer particula de cheiro diferente, mas nada me chamou a atenção. Passei os olhos diversas vezes pelas árvores, somente as folhas se mexiam com o vento. Você não tem medo que sejam eles? As palavras de Stefan vieram novamente em mina mente. Não, não eram eles, se fossem já teriam aparecido! Pensei. Sacudi a cabeça tirando qualquer receio da mente. Não era nada, provavelmente Alice estava enganada. Mas mesmo assim não deixei meu corpo relaxar. Todos os meus sentidos estavam alertas, quando entrei em casa.


Foi então que eu senti. Todo o meu corpo de posicionou em modo de defesa, no momento em que o cheiro de um vampiro desconhecido me acertou.


-Quem está ai? – perguntei, meu corpo formigando enquanto eu acumulava energia.


- Me desculpe não quis te assustar! – disse um vampiro de cabelos escuros e lisos, saindo da cozinha com as mãos levantadas em sinal de rendição. Ele usava calças jeans pretas, camiseta preta e jaqueta de couro.


- Quem é você? – perguntei dando um passo para trás instintivamente.


- Eu sou Damon! – ele disse e depois sorriu. – Seu tio.


Damon! Elena já havia me falado sobre ele. Stefan e Damon haviam brigado por ela há séculos atrás. Mas me parecia que Elena nunca tinha realmente esquecido Damon. Eu não relaxei.


- O que você quer? – perguntei, mas antes que ele tivesse a chance de responder ouvimos a aproximação de mais vampiros. Os Cullens. Em segundos cincos vampiros invadiram a sala onde estávamos, rosnando e mostrando os dentes.


- Opa! – Damon disse com as mãos levantadas em rendição e um sorriso irônico. – Vim em missão de paz!


Os Cullens estavam em minha volta, então Edward me puxou para trás dele, se pondo entre mim e Damon.


- Quem é você?- Edward sibilou. – E o que você quer?


- Sou Damon Salvatore, irmão de Stefan. E só vim visitar o meu irmão, e conhecer minha linda sobrinha. - Damon deu um passo à frente, totalmente relaxado, ignorando os cinco vampiros que continuavam em posição de ataque. Ele levou a mão a frente e se inclinou. – Só quero te cumprimentar, linda ! – disse.


Por um momento ignorei todos os meus instintos de autopreservação e desviei de Edward, colocando minha mão sobre a de Damon. Edward rosnou. Damon baixou o rosto, beijando demoradamente meus dedos.





- Muito bem, agora saia! – Edward exigiu.


- Espera um pouquinho Edward!- indignei. – Essa casa ainda é minha!- Edward desviou os olhos furiosos de Damon, e me olhou intensamente.


- Não se incomode com isso, . Eu não quero te trazer perturbações. – Damon disse fazendo Edward rosnar mais uma vez. Damon ignorou. – Eu volto quando meu irmão estiver em casa. Muito prazer! – ele disse se virando para os Cullens que agora estavam um pouco mais relaxados. – Não sabia que em Forks existiam vampiras tão lindas! – Damon sorriu e um coro de rosnados altos saíram de Edward, Emmet e Jasper.


Damon foi embora.


- Do que se trata tudo isso? – perguntei a eles.


- Desculpe ! – Alice disse dando um passo a frente. – Eu devo ter interpretado mal minhas visões!- ela falou constrangida.


- Não!- Edward disse descrente. – você não pode confiar nele!


- E eu posso confiar em quem, em você?- perguntei irônica.


- Desculpe mais uma vez !- Alice pediu. Assenti. – Vamos? – ela disse se dirigindo aos outros. Edward não se mexeu. Continuou parado me olhando enquanto os outros iam embora.


- Você já pode ir também, Edward!- falei indicando a porta.


- Você disse que ia para a minha casa.


- Eu mudei de ideia.


- não é seguro...


- Não me venha com essa conversa de protetor. – cuspi. – Eu já não preciso disso há muito tempo. Não preciso da sua ajuda agora.


Edward deu um passo me segurando forte pelo braço. Seus olhos prendendo os meus. – É mais forte do que eu. – ele disse baixinho.



- Eu não quero sua piedade!- sussurrei. Edward se aproximou mais. Seus olhos mudavam entre meus olhos e minha boca.


- Eu não estou fazendo nada por piedade. – ele sussurrou. Seu halito doce batendo em meu rosto, me deixando zonza. Mas então me dei conta de nossa proximidade.


- Me solta! – ordenei.


- Não antes que você me escute!


Tentei forçar ele me soltar, mas Edward me segurou mais forte, me forçando para trás até sentir a parede pressionando as minhas costas. Tentei lutar mais uma vez, mas ele, muito mais forte que eu, segurou minhas duas mãos em cima da cabeça. Bufei frustrada.


- Me larga!- falei entre dentes mais uma vez.


- Pare de lutar e me escute!- ele disse, nossas respirações ofegantes. – Eu li os pensamentos dele, ! Ele é perigoso.


- Qual de nós não é?- respondi. Eu não queria acreditar nas palavras de Edward, não queria confiar nele, assim como não queria me sentir atraída por ele do jeito que estava. O pior era que ele lia meus pensamentos. Ele via minha imaginação correndo, enquanto sentia todo o corpo dele pressionando o meu.


- Me solte! – ordenei novamente.


- Você quer mesmo que eu te solte? – ele disse com um sorriso torto brincando em seus lábios.


- Sim! – respondi com raiva, mas com mais raiva de mim, por ser tão fraca e permitir que ele se aproximasse desse jeito.


Ele sorriu mais, lendo meus pensamentos. – Se você não me quer tão próximo, - Edward disse subindo uma mão pela minha cintura, enquanto a outra prendia meus pulsos acima da cabeça. Ele deslizou mais um pouco levantando com ela a barra da minha blusa e tocando minha pele. Ofeguei no mesmo instante. – porque não usa seus poderes em mim?


Aquela pergunta me pegou, eu realmente não sabia a resposta. Será que eu queria essa proximidade toda? Edward sorriu mostrando os dentes perfeitamente brancos, lendo meus pensamentos.


Aquilo me irritou profundamente.


- Já que você pediu. – falei antes de deixar a formigação correr pelo meu corpo a partir de minhas mãos e explodir em forma de energia, lançando Edward pela sala, onde ele bateu contra a parede a derrubando e indo parar no escritório de Stefan. – Saia da minha casa! – sibilei. Meu corpo todo vibrava.


Edward se sentou sacudindo o resto de caliça de seus cabelos. Ele me olhou angustiado.


- Não enquanto você não me prometer que vai manter distância de Damon.


- Eu não vou te prometer nada Edward! E eu não quero te machucar, então saia!


- Você não vai me machucar! – ele afirmou se levantando e parando a centímetros de mim. Sem hesitar ele levou a mão aos meus cabelos. – Como eu não quero te machucar mais.- ele disse com olhos intensos.


Eu deixei a energia morrer. Totalmente entregue aquele toque.


- Saia, - sussurrei, totalmente sem vontade.


As mãos dele foram para o meu rosto.


- Me perdoa? Eu não sabia o que estava fazendo. – Edward falou em tom implorativo.


Fechei os olhos sentindo a minha raiva se esvair.


Edward levantou o meu rosto seus lábios a centímetros dos meus como se pedissem licença. Lancei minhas convicções às favas, porque tudo o que eu queria era sentir o seu gosto. Me beije! pensei.


Edward atendeu o meu pedido, encostando sua boca de leve na minha, com gentileza. Mas esse não era meu estilo. O agarrei pelo colarinho da camisa impecavelmente branca, forçando seus lábios, ele correspondeu me puxando pela cintura, sua língua preenchendo os espaços da minha boca, me provando. As mãos de Edward dançavam pelo meu corpo, enquanto os meus dedos se emaranhavam em seus cabelos. Ele desceu sua boca pelo meu queixo, indo pelo meu rosto até que mordeu de leve o lóbulo da minha orelha. Não consegui evitar gemer no seu ouvido, o que fez Edward estremecer de leve. Ele se afastou de mim por um instante, e puxou a barra da camisa do cós das calças, abrindo os botões rapidamente. O ajudei a tira-la dos ombros, deixando que Edward a atirasse de lado. Mordi o lábio enquanto corria os olhos pelo seu peito nu. Meus dedos deslizaram por sua pele, sentindo seus músculos bem definidos.


Eu nunca tinha deixado nenhum homem me tocar desse jeito, nunca tinha me exposto dessa maneira a ninguém. E agora eu estava me entregando a Edward Cullen.


Edward ouviu meus pensamentos.


- ! - ele segurou minhas mãos com força, um brilho torturado nos olhos dourados. – Se você não quiser..?


Novamente eu não sabia a resposta, todo meu corpo queimava clamando pelo dele. Com um empurrão Edward acabou caindo sobre o sofá, fazendo o móvel ceder o encosto. Engatinhei sobre ele e os destroços, tentando ignorar minha consciência que berrava que eu iria me arrepender daquilo mais tarde.


Me sentei em cima de seu quadril, uma perna de cada lado, então puxei a minha blusa a tirando pela cabeça. Os olhos de Edward ardiam, sua respiração ofegante.


- Você é tão linda, tão perfeita! – ele disse se sentando e colocando uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha. Sua voz rouca de desejo.


Então lentamente ele começou a beijar minha pele acima do decote do sutiã. Estremeci quanto senti o contato de sua boca. Impaciente, levei minhas mãos às costas abrindo o fecho da peça. Edward deslizou as alças pelos meus ombros. Seus olhos brilharam, as pupilas dilatando um pouco mais. Sua boca ávida, voltou a sugar minha pele


Então novamente minha consciência gritou, trazendo com ela todo o sofrimento do inicio da minha segunda vida. Edward congelou embaixo de mim. Me afastei para ver em seus olhos uma dor alucinante. Ele parecia sentir a minha dor.


- Não posso! – falei saindo de cima dele. Eu não podia me entregar para ele, não podia me permitir confiar nele. Isso tudo devia ser só uma maneira de me persuadir.


- Eu nunca vou me perdoar pelo o que te fiz.- ele sussurrou com os olhos fechados. – mas eu vou te provar que o que sinto por você é verdadeiro.


Vesti minhas roupas rapidamente.


- Sai! – falei de costas para ele. Como ele podia sentir algo por mim se ele mal me conhecia?


- Eu não sei como, mas eu sei que eu sinto, e não é piedade ou compaixão. É muito forte! Eu não consigo deixar de pensar em você.- ele parecia angustiado procurando as palavras.- Eu nunca senti isso antes.


Ele estava de pé, próximo as minhas costas.


- Sai, Edward! – respirei fundo. – Por favor! Eu preciso de um tempo.


- Eu espero! – ele afirmou. Ouvi o vento cortando quando ele saiu correndo, indo embora.



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