terça-feira, 9 de agosto de 2011

Um lugar ao Sol


Um lugar ao Sol














Por: Ane Halfen




Capítulo 1



O barulho irritante fazia minha cabeça doer. Abri os olhos com dificuldade e localizei o causador do meu tormento. Dei um tapa no despertador sem calcular a força, o fazendo se fragmentar em um monte de pó irreconhecível.

–Merda!- Exclamei me cobrindo novamente com a coberta.

levanta logo dessa cama!- ouvi uma voz muito familiar berrar do andar térreo da nossa casa em Londres. Como se fosse necessário gritar,já que eu ouvia muito bem.

– Ah, cala–boca!- reclamei me cobrindo mais com a coberta e colocando o travesseiro na cabeça que martelava com a ressaca.

– Deixa que eu falo com ela.

Um barulho de vento cortando e logo outra voz estava a centímetros de mim.

– Isso não é jeito de falar com sua mãe!

Apertei os olhos pra ver se assim a dor diminuía. Fitei aquele rosto angelical que me olhava serio. –Ok, vovô. - Respondi sarcástica.

, o que você esta fazendo com você mesma? Desse jeito nós vamos ter que te colocar em um colégio interno. - meu avô disse com a voz mais doce passando sua mão gelada no meu rosto. Encostei minha testa em seu braço torcendo que ele não percebesse que a minha intenção era somente aliviar a dor. Claro que eu não enganaria, já que ele tem o irritante dom de ler mentes. Edward torceu os lábios em desacordo.

– Mas não mesmo.- respondi jogando minhas pernas para fora da cama.- Vocês não vão se livrar de mim tão facilmente.- Disse rindo. – Eu vou melhorar! Completei com minha melhor imitação do gatinho do Shrek.

– Quantas vezes você já disse isso? E afinal você sabe que horas chegou ontem? –O tom de Edward ficando mais serio novamente.

– Esqueci meu celular em casa! –Sorriso colgate. Não funcionou.

– Três e meia. Ainda bem que seu pai não viu você saindo. – revirei os olhos.

– Vôzinho eu tenho que tomar banho.- Tentei desconversar. Foi quando um baque abriu a minha porta fazendo com que ela quase se soltasse das dobradiças.

– Que historia é essa Cullen Black?- Meu pai mais parecia um touro enfurecido. Claro que ele estaria ouvindo tudo.

Em menos de um segundo eu estava cercada por oito vampiros e mais minha mãe me defendendo da fúria assassina de meu pai.

– Jake, ela é só uma criança e esta passando por uma fase confusa!- Esme tentou me defender.

– Confusa? Eu sei bem o nome dessa confusão! Eu vou matar aquele garoto.- arregalei meus olhos, meu pai seria bem capaz de fazer isso mesmo.

– Eu não sai com o Rick. - menti. Mas o único que poderia me denunciar era meu avô. E ele não fez. Te devo mais uma.Pensei. Mas meu avô também seria capaz de fazer o serviço. Eu estava em pânico.

–Ela vai acabar se atrasando para aula. Porque nós não sentamos e conversamos sobre isso depois?- minha tia Alice veio em meu socorro.

Aproveitei a deixa e corri para o banheiro trancando a porta. Não que isso impedisse meu pai de entrar em me dar uma boa surra, por mais que nunca tivesse apanhado. Não que eu não merecesse.


Mas deixe eu contar minha historia primeiro:

Meu nome é Cullen Black, mas gosto que me chamem de . Tenho 9 anos, mas meu corpo não cresce como o das garotas normais, porque de normal eu não tenho nada. Então aparento ter no entre 17 e 18 anos. Eu sou o resultado da união entre os lobos Quileutes e os vampiros, mais exatamente os Cullens. Sim sou uma Cullen e uma Black também. Esquisita de todos os lados, eu sei. A mais bizarra entre a minha família estranha.

Vivo em uma casa enorme e linda em Londres desde os meus 3 anos, sempre tendo tudo do bom e do melhor. Mas é uma casa com oito vampiros, um transmorfo e uma meia–vampira. Esses dois últimos meus pais. Meus bisavós, Carlisle e Esme, meus tios Rosalie, Emmet, Alice e Jasper, meus avós Edward e Bella e meus pais Jacob e Renesmee. Eles não aparentam ter mais de vinte anos. Confuso né? Então imagine pra mim?

E eu o que eu sou? Essa é a pergunta que me fazia constantemente. E a que me entristecia também. A única pessoa que sabia da minha dor era meu avô Edward, por causa da sua capacidade de fuxicar nas minhas lamurias silenciosas. Por isso ele tinha tanta paciência comigo.

Eu não tinha nada de especial. Não era talentosa. Não era linda como o resto da minha família, apesar deles sempre dizerem ao contrario. Mas família sempre acha a gente bonita não é? Eu não tinha super poderes. Eu não tinha sede por sangue, isso puxei do meu pai. Outra coisa que puxei de meu pai era a fome, eu comia muito. O bom é que eu não engordava. Eu não envelhecia mais. Atingi a maior idade com 7 anos, assim como minha mãe.. Eu era mais rápida do que normal, menos que a minha família, mas mesmo assim rápida. Mas não tinha nenhum atrativo que me faria ser um membro especial na família Cullen. O único que me fazia me sentir mais normal era Rick meu namorado. Eu conseguia me sentir quase humana com ele. Apesar de não ser uma grande paixão. A gente apenas se entendia.

Abri a porta devagar espiando para dentro do meu enorme quarto branco. Nada. Não havia ninguém ali. Somente a roupa escolhida provavelmente pela minha tia Alice, estava em cima da cama já arrumada. Não disse que eles me mimavam? Ainda não? Pois é, eu era super mimada por todos. Muitos diriam que eu não tinha do que reclamar. Mas eu sou uma adolescente, oras!

Me vesti rapidamente e pulei pela janela. Minha saída habitual, já que se eu evitasse a porta, evitava perguntas e caras feias. Corri para a garagem, mas dei de cara com Alice.

– Não dessa vez mocinha.

– Droga!-exclamei. - Você também não, Alice!- ele não gostava que a chamasse de tia.

– Eu não vou te dizer nada demais, só quero te alertar que você esta muito encrencada. - engoli em seco. - Agora vai, porque daqui a cinco minutos Edward vai sair por aquela porta.

– Obrigada Alice. - dei um beijo em seu rosto e pulei em minha moto Suzuki GSX 1300R. Presentinho do meu tio Emmet. Acelerei na estrada ignorando minha barriga que roncava.

Eu amava o tio Emmett, ele era como aqueles irmãos mais velhos e divertidos. Ele me ensinou a gostar de esportes radicais em geral. Mas o amor por motos era herança de meu pai. Acelerei a moto, sabendo que em poucos segundos eles poderiam me alcançar. Outra característica estranha da minha vida: meus pais e meus avôs, assim como meus tios, eram meus colegas de aula. Eu estava no segundo ano, assim como minha mãe Nessie, meu avô Edward, minha avó Bella e minha tia Alice. Meu pai Jacob, meus tios Emmet, Jasper e Rose cursavam o terceiro ano. Estranho é pouco. Ninguém merece estudar com seus pais e avós!

Já na curva para a entrada do estacionamento do colégio, avistei Rick.

– Oi gata!- ele me disse sorrindo indo ao meu encontro. - Achei que não viria a aula depois da noitada de ontem.

– Oi Rick. -Eu não tinha tempo a perder. - Quer matar aula?

– Com você? – ele disse com um sorriso malicioso.

– Não, com a minha moto. - atirei as chaves pra ele – Vai logo, meus irmãos estão chegando e querem acabar com você!

Rick arregalou os olhos, na certa se lembrando do tamanho dos meus “irmãos”. Ele não era pequeno, pelo contrario, era capitão do time de futebol do colégio, mas perto do Emmett e de Jacob não tinha a menor chance.

– Eu te amo, gata! – ele disse me dando um beijo rápido e pulando em cima da moto.

Rick sumia depois da curva, quando o carro do meu avô apontou no estacionamento, logo atrás o jipe do Emmett. Acredito que foi por milésimos de segundos que eles não o encontraram. Sorri aliviada.

– Oi família!- exclamei faceira.

Edward foi o primeiro a sair, seguido por Bella, Alice e Jasper. No jipe estavam Emmett, Rosalie, Nessie e Jake. Tinha que me controlar para chamá-los pelo nome.

– Por que a pressa, não foi nem tomar café da manhã?- Bella perguntou e depois me deu um beijo na testa.

– Eu estava atrasada e vocês demoram muito. - respondi. Edward enrugou a testa pra mim, mas depois passou a mão na minha cabeça. Ele era o único pra quem eu não podia mentir. Alice, Jasper e Rose me cumprimentaram com um beijo também, mas meus olhos não saiam de Jacob.

– Desculpe Jake!- fiz minha cara de arrependida. Eu sabia como dobrar cada um daquela família, e com Jacob era isso que normalmente funcionava.

Ele me olhou serio por alguns instantes, depois deixou os ombros caírem, derrotado. – Eu te amo demais baixinha.

– Eu sei pai!- falei choramingando baixinho pra ninguém mais ouvir. - Eu prometo melhorar.- completei me enroscando os braços em sua cintura.

– Não é tão fácil assim, criança. Reunião hoje depois da escola. - ele disse. Merda! Reunião da família Cullen significava que eles já haviam decidido meu castigo e só estavam me participando. – E por falar nisso, onde está sua moto?- Jacob perguntou desconfiado.

Me soltei do seu abraço tentando ganhar tempo pra ter uma resposta melhor. Foi ai que o sinal tocou. Salva pelo gongo!

– Mais tarde, amor! – minha mãe falou no ouvido do meu pai e sorriu pra mim. O arrastando dali.

Eu não me dava tão bem com a minha mãe e minha avó, como me dava com meu pai e meu avô. Era difícil, já que elas se comportavam mais como irmãs mais velhas. Sempre disputando a atenção dos seus maridos comigo. Meus avós Carlisle e Esme, eram os que me davam uma estrutura paterna. Eles eram os únicos que eu podia chamar de pais pra não estragar o disfarce perfeito da família perfeita. Eu ficava completamente confusa com essa família.

Chegamos em casa após a aula. Graças que no final da aula minha moto estava no estacionamento com a chave dentro do capacete, o que evitou mais perguntas de Jacob. Desci da moto vagarosamente, enrolando pra prender o capacete que eu só usava pra evitar do meu cabelo virar uma juba com o vento. Todos já haviam entrado, e eu não tinha vontade nenhuma de fazer o mesmo. A idéia de fugir dali me pareceu interessante no momento.

– Me mandaram te buscar pra evitar que você fugisse.

Me virei pra voz atrás de mim, já sorrindo de antecipação – Você?- perguntei sorrindo pra Emmett. Se eu posso contar com alguém pra aprontar algo, esse era Emmett.

– Yep! E é exatamente isso que eu vou fazer! Porque da última vez que eu te ajudei numa dessas, eu fiquei sem meu videogame por um mês e ate hoje eu não sei onde foi parar meus CDs preferidos.

– Vampiros sabem ser cruéis. - eu disse rindo.

– Verdade!- ele concordou serio. O que me fez rir mais ainda. - E eu preciso do seu pai pra manter meu jipe em ordem.

– Você tem a tia Rose!- Tentei argumentar mais uma vez.

– Só que ela esta do lado dele dessa vez.

– Wow! Então a coisa tá feia pro meu lado.- disse preocupada.

– Se está! Então se mexa!

Marchei pra dentro da mansão pra receber minha punição. Não tinha mais escapatória.

Eles estavam sentados ao redor da mesa. Carlisle na ponta, os outros a sua volta. Ele fez sinal para que eu sentasse na ponta oposta. Senti o clima acalmar na sala e dei graças por meu tio Jasper estar ali presente nessa hora.

– Muito bem, qual é minha punição? – eu odiava aquele teatro todo, por que não diziam logo que eu iria pra um internato na Suíça e pronto.

– Não fale assim, minha filha. - Esme me disse– Tudo que estamos fazendo é pro seu bem.

, você exagerou dessa vez. - minha mãe falou.

– Desculpe mamãe... ops, quer dizer, Nessie.- falei sarcástica. O que fez minha mãe suspirar frustrada.

, minha filha, – Carlisle começou. - nós sabemos que é difícil pra você, só que você tem que entender que queremos o seu bem.

– Difícil? Eu não quero brigar com vocês, eu amo muito minha família, mas... – agora eu iria até o fim.- ... não me peçam pra gostar de ser uma experiência genética mal sucedida.

Todos os dez rostos lindos em minha volta abriram a boca em um “O” mudo por um segundo, para no outro estarem ao meu redor me confortando com palavras e carinhos. Mas o amor deles não mudava em nada o que eu realmente era.

– Muito bem!- eu não gostava que todos sentissem pena de mim. Pra isso já bastava eu mesma. – Qual é a punição? – falei em meio aos abraços gelados e quentes da minha família.

– Vamos pra Forks! – ouvi Carlisle falar.

– O que?- indignei. De repente a Suíça me pareceu uma idéia muito melhor, mas eu sabia que não tinha opção de voto.


Capítulo 2



Já fazia três dias que eu tinha recebido a noticia da nossa mudança. Esme e Carlisle haviam ido antes para Forks, para ajeitar nossa vida por lá. Eu estava de castigo, de novo, sem poder sair de casa, e dessa vez eu iria cooperar. Vai que eles se irritam mais e resolvem que somente eu iria ir para Forks. Acho que eu não conseguiria viver sem a minha família. Só que eu estava sem celular e sem meu note, já que tudo havia sido confiscado, e eu tinha que falar com Rick.

Abri a porta do quarto espiando pra ver se não havia ninguém. Silêncio. Forcei minha super audição mais um pouco. Nada.

Que estranho! Eles não me deixariam sozinha sem ninguém vigiando. Deixariam?Era um teste, eu tinha certeza.

Desci as escadas e vi um bilhete em cima do aparador.



Fomos todos caçar.

Voltamos à noite.

Por favor, se alimente.

E não se esqueça que estás de castigo.

Te amamos muito.


Edward


Ok. Agora eu tinha certeza, era um teste. Na certa eles estavam escondidos em algum lugar perto da casa, esperando pra ver se eu iria escapar.

Bom, as ordens eram claras, eu não poderia sair de casa, nem usar o celular nem o meu note. Ninguém falou nada do telefone convencional. Sorri feliz com a minha esperteza.

Eu olhava para o telefone do escritório de Carlisle, como se esperasse que ele me desse uma solução mágica. Precisava ligar e falar com Rick, não tinha como ir embora sem ao menos me despedir dele. Respirei fundo e digitei o número rapidamente, não tinha como adiar. Ele atendeu no segundo toque.

-Alô?

- Oi Gato!- isso não seria fácil.

-Gata! Onde você andava?Você não foi mais a aula, o celular só desligado. Porque não respondeu minhas mensagens?

- Aconteceram algumas coisas. E eu estou de castigo, sem celular, sem note, sem sair de casa. – Suspirei.

-Mas nem ir a escola você pode? Quanto tempo de castigo dessa vez?

- Yep! Na verdade as coisas são mais sinistras que isso.

-Como assim?

Suspirei. Era agora. – Nós estamos indo embora! – soltei de uma vez só.

-O quê?

- Estamos indo morar em Forks.

-Forks? Onde fica isso?

- Fica em Washington.

-Estados Unidos? -Ele parecia perturbado.

- Sim. Não pense que fiquei feliz por isso.

-E o que você vai fazer?

- Como assim? Eu vou ir. O que posso fazer?

-Você vai aceitar assim, tão fácil?

- Rick, eu não posso fazer nada! Você quer que eu fuja? E vou morar aonde? Acho que a sua mãe não ia me aceitar na sua casa. – mas as coisas eram muito mais complicadas que isso, e esse era o motivo que eu não me permitia amar Rick. Nós pertencíamos a mundos diferentes. – Acho melhor a gente terminar por aqui

Você está me dando um fora, é isso?- agora ele estava furioso.

- Eu não vejo como a gente pode continuar com isso.

-, você é MINHA,ouviu? MINHA! – e desligou o telefone.

Fiquei encarando o telefone por mais alguns segundos. É isso foi interessante!

- O que foi interessante? – uma voz conhecida surgiu atrás de mim respondendo meus pensamentos.

Vocês não voltariam só à noite? – pensei. Ainda bem que minhas conversas com Edward não precisavam ser verbalizadas.

- Eu fiquei preocupado! – ele respondeu colocando as mãos frias nos meus braços.

Eu sei me cuidar! Ou será que o motivo era pra ver se eu estava respeitando o castigo? Me virei para encarar seus olhos dourados. Ele riu.

- Também! Os outros voltam à noite. – ele respondeu. – Mas com quem você estava falando ao telefone?

Passei a conversa mentalmente dando ênfase na parte em que eu terminava com Rick. Edward me abraçou. – Foi melhor assim, meu amor!

- Eu sei!- suspirei e passei os braços por sua cintura.


Eu estava sentada no meu quarto, olhando a chuva que caia, pela enorme vidraça que ocupava quase a parede toda. Já tinha escurecido e eu não fazia questão nenhuma de acender a luz, preferia ficar nas sombras.

- ! – ouvi meu pai chamar. Logo as vozes dos outros se fizeram presentes, eles tinham chegado da caçada.

- Aqui no meu quarto. – falei em um tom de voz normal, já sabendo que qualquer um deles ouviria.

Logo ouvi a porta abrindo devagar.

- Oi! – meu pai disse apertando o interruptor, o que me fez piscar com a luminosidade repentina.

- Já receberam o relatório? Eu me comportei. – falei sem desviar os olhos da chuva.

- Ficamos felizes por isso. – minha mãe respondeu. – Sinal de que você merece isso de volta.

Olhei em direção aos meus pais parados na porta, minha mãe segurava meu note e meu celular nas mãos.

- Obrigada!- respondi desanimada, me levantando e indo até eles. Tentei sorrir, mas o máximo que consegui foi fazer uma careta.

- Quer ajuda para arrumar suas malas? Nosso vôo sai amanhã de manhã. – minha mãe disse.

- Não Nessie, elas já estão prontas. – falei fazendo um sinal com a cabeça em direção as cinco malas que estavam empilhadas no canto do quarto. O restante já havia sido enviado pela transportadora, junto com alguns veículos. Nisso incluía minha moto.

- Ok, qualquer coisa estou lá embaixo. – minha mãe disse saindo pela porta.

- Eu já vou. – meu pai disse, respondendo ao toque de Nessie, antes eu até me incomodava de ser excluída dessas conversas silenciosas de minha mãe, mas agora eu não fazia questão nenhuma de tentar decifrar.

- Filha eu sei que você está triste. – Jacob falou se aproximando de mim.

- Sério que deu pra reparar? Achei que estava disfarçando bem. – falei irônica.

- Tudo o que estamos fazendo é para o seu bem. - meu pai disse me abraçando, e eu me deixei envolver por seu abraço. Eu sempre me sentia protegida perto do meu pai.

- Eu sei pai. – falei tentando segurar o choro. Eu amava Londres, e deixar minha casa me fazia em pedaços.

- Você vai gostar de Forks.

Me afastei dele o suficiente para olhar seu rosto. – Gostar de Forks? Pai, isso já é forçar demais, não acha?

- Ok! – ele sorriu. – Mas você se acostuma.

Suspirei. – Vou trabalhar nisso.

- Vê se descansa filha! – ele disse me dando um beijo na testa.

- Boa noite, pai!

Me atirei em minha cama e liguei o meu celular. Haviam 27 mensagens não lidas, todas de Rick. Abri a última que tinha sido mandada a uns 4 minutos.

Você me tirou de um sonho para me colocar em um pesadelo.
Não pense que vai se livrar de mim tão fácil. Eu te amo.

Desliguei o celular novamente. Já estava difícil sem isso.


Capítulo 3


- São as cinco malas cor-de-rosa, Jazz. - falei pra Jasper, que só levantou uma sobrancelha em resposta. Ele já estava encarregado de retirar as dez bagagens de Alice, mais cinco não faziam diferença. Sorri e virei as costas pra eles.

Sai pelo portão 8 de desembarque do aeroporto de Seattle, antes de qualquer um deles e avistei Carlisle e Esme atrás da barra de contenção. Sorri e abanei para eles.

- Filha! – Carlisle me abraçou, depois Esme. Logo os outros já estavam ao nosso redor. Segui o caminho apoiada em Esme, eu estava exausta pelo vôo. Não tinha conseguido dormir direito todo o trajeto.

- Ela está muito abatida, Carlisle! – ouvi Esme sussurrar preocupada.

- Quando chegarmos eu a examino, Esme! – Carlisle respondeu.

Eu entrei no carro com Carlisle e Esme, os outros se dividiram em mais dois carros. Mal entrei no carro meus olhos pesaram e eu adormeci. Só o silêncio do motor fazia música de fundo para meu sono. Só acordei quando senti uns braços frios me pegando e me carregando, eu ainda estava com muito sono para tentar ver quem era. Mas logo a pessoa começou a cantarolar uma canção de ninar para mim, e eu tive certeza que era Edward. Adormeci novamente.

Abri meus olhos e fitei o teto branco do que eu supunha ser meu quarto. Olhei em volta tentando visualizá-lo melhor apesar da escuridão que vinha da janela. Meu quarto não era muito diferente da casa de Londres. A mesma grande vidraça, a mesma cor branca das paredes. Um espelho enorme que deveria ser a porta para o closet. Várias e várias almofadas douradas espalhadas pelo chão. Uma parede repleta de meus CDs preferidos. Uma TV enorme presa na parede. Sorri. Esme era maravilhosa, Ela tinha feito de tudo pra que eu me sentisse em casa. Ouvi uma batida de leve na porta.

- Entre. – falei.

- Desculpe filha!- Esme disse abrindo a porta devagar. – Edward havia dito que você já tinha acordado.

- Sim, mãe! Pode entrar. – Falei sorrindo. Esme realmente sempre fez o papel de minha mãe.

- Te achei tão magrinha, ! Então fiz esse lanchinho pra você. – ela me mostrou a bandeja que tinha nas mãos. Eu realmente não estava com fome, o que era surpreendente, mas não podia desapontar Esme.

Peguei somente uma maçã da bandeja repleta e a mordi sem vontade.

- Como ela está? – Rose apareceu na porta.

- Estou bem Rose!

- Que horas são? – perguntei.

- São quatro horas da manhã.- Rose respondeu.- Você dormiu oito horas somente.

- Onde estão meus pais? – perguntei.

- Seus pais estão dormindo, filha! Mas coma, não vou sair daqui enquanto não estiver satisfeita. – Esme disse. Dei um sorriso amarelo e peguei o copo de laranjada e tomei um gole.



Eu remexia meu prato intocado e suspirava de vez enquando. Eu sabia que todos estavam me observando preocupados, mas eu não conseguia evitar o desanimo.

- Quer aproveitar seu último dia antes de recomeçar suas aulas? Podemos dar uma volta?- Jacob perguntou se sentando na cadeira ao meu lado.

- Pra que, vai me mostrar as espécies de árvores nativas? – sorri irônica.

– Nós podemos visitar seu avô em La Push.

- Visitar Billy? – Billy deveria ter uns cem anos. Ok, estou exagerando, mas acho que devia ter mais de 70. Nesses anos que ficamos fora meus pais vinham visitar Billy e Charlie de tempos em tempos. Eu sempre ficava com Esme e Carlisle, já que eles aproveitavam e transformavam a viagem em outra lua-de-mel, longe dos ouvidos super sensíveis da filhinha pentelha. – Podemos ir de moto?

- Sim, ele sempre me cobra a sua visita! – ele respondeu sorrindo vendo minha animação repentina.

Jacob corria pelas estradas de Forks comigo agarrada em sua cintura. A minha idéia de sair com a MINHA moto não era exatamente com Jacob dirigindo, mas era isso ou de carona no carro e eu preferi a moto. Jacob pegou um retorno e logo eu pude sentir o cheiro forte de lobo misturado com a maresia. Estávamos em La Push.

Paramos em frente a uma casinha pequena de madeira, de cor salmão que outra vida deveria ter sido vermelha. Um senhor de longos cabelos brancos em uma cadeira de rodas estava parado na varanda como se já nos esperasse.

- Meu velho! – meu pai o saudou descendo da moto e caminhando em direção a ele com os braços abertos. O velho senhor sorriu destacando mais as rugas ao redor dos seus olhos. O sorriso era o mesmo de Jacob.

- Meu filho! – o velho respondeu visivelmente emocionado. Os dois se abraçaram sem jeito por alguns segundos depois se viraram para mim. Eu continuava parada ao lado da moto com o capacete na mão.

- Vem filha! Vem conhecer o seu avô! – Jacob me chamou. Fiquei surpresa dele me chamar de filha em voz alta em um lugar público. Mas aqui era La Push, aqui eu não precisava usar máscaras. Caminhei sorrindo para o velho senhor que me fitava curioso.

- Mas ela é linda, Jacob! – ele disse e depois sorriu. – Bem vinda minha neta! Fico feliz de finalmente te conhecer!

Era tão estranho, mesmo não conhecendo meu avô ainda, ele era igual como eu o invaginava. – Fico feliz de te conhecer também, Billy! – falei o abraçando apertado, o mesmo abraço de meu pai, mesmo ele sendo bem menor e mais frágil.

- Vamos entrar? – Billy convidou girando a cadeira.

- Na verdade eu vou dar uma volta para ver se encontro Sam. Quero ver como anda as coisas por aqui! Você fica bem, ?

- Claro pai!- respondi já empurrando a cadeira do meu avô casa adentro.

A casa de Billy era minúscula, acho que um pouco maior que meu próprio quarto, mas mesmo com toda a simplicidade eu achei linda. Em uma das paredes havia uma estante com várias miniaturas feitas de madeira, totalmente realistas e ricas de detalhes.

- Foi o senhor que fez?- perguntei a Billy segurando um lobo feito em uma madeira vermelha.

- Sim!- ele respondeu sorridente. – Gosta?

- Muito! – sorri. – Esse me lembra alguém! – mostrei o pequeno lobo em minhas mãos. – Na verdade, Bella tem um desses, só que um pouco menor, preso em uma pulseira.

Billy tossiu engasgado, o que me fez ficar desconfiada.

- É uma história antiga. – ele disse.

- Foi o senhor que fez aquele também?- instiguei.

- Não foi seu pai!- Meu pai? Ergui as sobrancelhas curiosa. – Mas como eu disse é uma história antiga, é melhor você perguntar ao seu pai, eu não sei de todos os detalhes.

Perguntar ao meu pai? Como se ele fosse me responder! Torci os lábios frustrada, mas um segredo da família perfeita. – Ok! O senhor me ensina a fazer?

- Agora? – ele perguntou sorrindo.

- Pode ser? – perguntei. Não tinha nada pra fazer de interessante, isso me distrairia um pouco.

- Claro, venha! – ele me levou até os fundos da casa, onde tinha uma espécie de estúdio precário. Vários pedaços de madeiras jaziam pelo chão. Ele pegou um e colocou em cima de um apequena mesa redonda, com o tampo de madeira todo riscado com marcas antigas. – Agora, feche os olhos e visualize algo que queira criar. – ele disse em uma voz calma e baixa. Logo uma figura de um cavalo selvagem veio a minha mente. – Conseguiu?

- Sim!- respondi pegando o pedaço de madeira e o formão que ele me oferecia. Fechei os olhos novamente e deixei minhas mãos trabalharem. Eu tinha consciência que a velocidade que eu movimentava e entalhava a peça era muito superior a de um humano normal, mas ali eu não precisava disfarçar. Abri os olhos crente que tinha transformado a madeira em algo indecifrável, mas a primeira coisa que vi foi o rosto de espanto de Billy olhando o que eu tinha nas mãos. – Ficou muito ruim? – perguntei antes de baixar o olhar, mas quando o fiz o que eu vi era exatamente o cavalo que havia aparecido na minha mente. Perfeito em seus mínimos detalhes. - Acho que não! – respondi a minha própria pergunta, já que Billy não tinha emitido nenhum som.

Olhei novamente sorrindo, pelo menos eu era boa em alguma coisa.

- Está maravilhoso!- ele disse finalmente, pegando a escultura das minhas mãos e a examinando perto dos olhos. – Incrível! – ele falou em um tom baixo. O que me fez sorrir mais ainda. – Isso tudo de olhos fechados! – ele me olhava orgulhoso.

Nós dois nos viramos ao mesmo tempo quando ouvimos a voz de meu pai falando ao longe. Billy também tinha uma boa audição.

Ele saiu empurrando as rodas da sua cadeira com meu cavalo em seu colo.

- Jake, você não acredita no que a fez!- Billy disse ao chegarmos na varanda e encontrarmos com meu pai.

- O que ela aprontou agora?- meu pai perguntou me encarando com a sobrancelha erguida.

Meu sorriso morreu. Poxa, será que eu não merecia nenhum pouquinho de crédito? Será que eu só poderia ter feito algo de ruim?

- Presta atenção, olha que maravilha... – Billy começou a mostrar a pequena figura para meu pai, mas eu não estava mais ouvindo. Porque no mesmo momento eu percebi que meu pai não estava mais sozinho. Quando eu levantei o olhar para o garoto que estava com meu pai, o mundo parou. Ele também me encarava surpreso. Seus cabelos negros e rebeldes até um pouco abaixo do queixo, seus olhos escuros um pouco puxados. A sua pele morena destacando os músculos bem desenvolvidos. Ele era alto, não tão alto quanto meu pai, mas mesmo assim alto. Era um anjo, por mais que eu ainda ouvisse seu coração bater acelerado! Anjos tinham batimento cardíaco? Pelo jeito sim.

Eu não queria me mexer com medo que meu anjo desaparecesse da minha frente. Meu Anjo! Ele também não se movia, nem desviava os olhos dos meus, o que me dava mais certeza de que ele não era real.

- Mais o que é isso, Seth? – a voz furiosa de Jacob me trouxe de volta a realidade.

- Jacob, vai dizer que já não viu isso acontecer antes! – Billy respondeu e caindo na gargalhada.

Seth, esse era o nome do anjo. Ele não desapareceu como eu previa, só abriu um sorriso lindo. Eu ainda piscava aturdida, sem entender o que estava se passando.

- Eu não acredito que eu a tirei de Londres, das garras de um gavião pra agora... – meu pai gesticulava indignado.

- Para largá-la na boca do lobo!- Billy completou gargalhando mais alto ainda.

- Me desculpe por isso, Jake! Mas você sabe como o Imprinting funciona! – o anjo falou para o meu pai sem ainda desviar os olhos dos meus.



Capítulo 4



Imprinting! Eu havia tido um Imprinting com o anjo! Eu sorri em resposta.

Eu estava fascinada. Eu não sabia como agir. Eu amava meus pais, meus avós, meus tios, mas o sentimento que eu tinha por esse garoto era muitas vezes maior. E isso eu não sabia como explicar, já que nem o conhecia.

Seth caminhou até a mim e segurou minha mão. Uma corrente elétrica passou pela minha pele. – Você demorou! – ele disse com a voz rouca, ainda sorrindo.

- Desculpe, não foi minha intenção!- respondi entrelaçando nossos dedos.

- Não tem problema, valeu a pena esperar!- o meu anjo respondeu me fazendo corar.

Eu nunca havia me sentido assim antes. Como se eu tivesse encontrado meu lugar no mundo. O pedaço que faltava no meu quebra-cabeça incompleto. Agora eu estava completa!

- ARG! , vamos embora AGORA! – meu pai urrou.

- Eu quero ficar com meu avô! – respondi desviando o olhar de Seth pela primeira vez.

- Sei bem o que você quer! Você está bem encrencada mocinha! VAMOS!- Jacob me puxou pela mão, fazendo com que eu soltasse a mão de Seth.

- O que foi que fiz?- perguntei indignada, já colocando o capacete na cabeça antes que Jacob decidisse fazer isso ele mesmo e aproveitasse a oportunidade para torcer meu pescoço.

- Jake, você mais que ninguém sabe que levá-la daqui não vai adiantar nada! – Billy veio ao meu socorro. Mas Jacob já dava a partida na moto.

- Eu sei. Só preciso de um tempo!- ele respondeu em um tom baixo.

Só tive tempo de acenar para Seth e me agarrar na cintura de Jake, antes dele acelerar completamente.

Em poucos minutos Jacob parava a moto na frente da casa dos Cullens. Em nenhum momento ele dirigiu a palavra para mim, mas eu também não me importei. Eu ria sozinha, pensando no momento mágico que acabara de passar. Meu pai entrou rápido pela porta, eu ainda enrolei para tirar o capacete e ajeitá-lo na moto. Tudo parecia em câmera lenta e eu sentia como flutuasse, mas tudo me puxava para o oeste, para La Push. Entrei em casa e percebi que todos me olhavam.

- O que foi que aconteceu filha?- Esme veio ao meu encontro.

- O que você aprontou dessa vez?- Renesmee estava com as mãos na cintura para da em minha frente.

Olhei ao redor e todos me encararam.

- Porque eu tenho que ter aprontado alguma coisa? – só eles mesmo para me tirar do meu transe.- Eu não fiz nada voluntário. – foi quando a visão de Seth veio a minha mente novamente e eu vi pela minha visão periférica Edward sentar no sofá com as mãos na cabeça.

- Seu pai estava furioso!- Nessie falou subindo as escadas em direção ao quarto onde provavelmente meu pai estava tentando não surtar.

- O que ela fez? – Emmet perguntou para Edward.

- Arg! EU NÃO FIZ NADA! – gritei subindo correndo as escadas e entrando no meu quarto.

- script> document.write(Anelise) teve um Imprinting com Seth!- Edward respondeu.

- O que?- Bella perguntou como se não tivesse ouvido perfeitamente e Emmet caiu na gargalhada.

- Mais um cachorro? Porque não abrimos um canil logo? – Rose estava indignada.

- Ela não tem culpa! – Alice interveio.

- Seth é um bom garoto. – Esme falou.

Bati a porta do meu quarto com tanta força que uma rachadura se formou de cima a baixo nela.

Eu não queria ouvir mais nada, coloquei os fones de ouvido e aumentei o volume do meu iPod ao máximo, tentando abafar as vozes do andar de baixo. Me sentei nas almofadas na frente da vidraça e passei os olhos pelo verde da floresta. Foi quando percebi o movimento em meio às árvores. De repente um enorme lobo cor de areia apareceu. Ele olhava diretamente para mim com seus imensos olhos castanhos. Soube na hora que era Seth. Eu poderia muito bem, pular a janela e fugir com ele, mas isso só pioraria a minha situação.

- Nem pense nisso! – Edward falou do andar de baixo. Seth choramingou e vários rosnados se seguiram de dentro de casa.

- ?

- Sim, Esme? – perguntei mais calma.

- Posso entrar?- ela pediu docemente.

- Claro, entre mãe.

Esme, abriu a porta com cuidado observando se ela não iria quebrar ao meio por causa da rachadura.

- Você não deve ter comido nada, então trouxe umas coisinhas para você. – ela carregava uma bandeja abarrotada das comidas que eu mais gostava.

- Obrigada, mãe, mas eu não estou com fome!- voltei a encarar o enorme lobo cor de areia. -Esme soltou a bandeja na mesa da cabeceira, e se aproximou da janela e sorriu para Seth. – Como está lá embaixo?

-Eles estão... surpresos!

- Surpresos? Acho que não é bem essa palavra, mãe.

Esme passou a mão na minha cabeça. – Carlisle já está chegando e logo tudo vai se resolver.

- Sim, eu vou para a Suíça! – suspirei. Involuntariamente minha mão tocou a vidraça, como se ela pudesse alcançar meu lobo.

- Acho que não meu amor. – ela sorriu.- Nós já passamos por isso antes, e tudo deu certo.

Um carro diminuiu na estrada e entrou na entrada que levava a casa. Era Carlisle com certeza. O carro parou em frente a casa.

- Me chame quando o massacre começar. – pedi para Esme antes dela sair.

Seth me olhou mais uma vez e depois se retirou para a floresta, voltando alguns minutos depois em sua forma humana. Eu sorri para ele e ele retribuiu com um sorriso maravilhoso. Então Edward o chamou e ele entrou em casa. Peguei meu celular e o liguei. Várias mensagens de texto e de voz. Abri a última.

Porque você não me responde, ?

Porque faz isso com a gente?

Ainda podemos dar um jeito.

Estou indo pra Itália ver meu pai, mas quando voltar vou dar um jeito de te ver.

Te amo!


Joguei o celular com força no mesmo instante que Alice abria a porta. Ela o pegou no ar.

- Que foi isso? – Alice perguntou.

- Nada! Alguns assuntos que não consigo resolver!

Ela me olhou desconfiada e de repente parou. Seus olhos fixos no nada.

- Alice? – chamei. – ALICE?

No mesmo instante Jasper invadiu meu quarto – Alice o que houve?

Ela piscou algumas vezes então o encarou com olhos arregalados.

- O que você viu? – perguntei.

- Vi que se você não descer agora, seu pai vem te buscar pelos cabelos. – ela me disse disfarçando.

- Rá! Você não pode me ver nem ver Jacob. Essa não colou!

- Desce logo, !- Jasper ordenou. Ele nunca tinha falado comigo assim antes, na verdade ele sempre se mantinha meio afastado. Isso me magoou. Mas eu obedeci.

Desci batendo os pés, então quando estava no meio da escada eu o avistei. Seth estava sorrindo para mim, como se estivesse vendo a pessoa mais maravilhosa do mundo e eu esqueci de Alice e Jasper, eu esqueci do outros. Mas faltando alguns degraus eu parei. Eu não era a pessoa mais maravilhosa do mundo. E logo ele descobrira.

- filha, - Carlisle começou. – Nós conversamos, e estamos felizes que Seth seja parte de nossa família!

- Sério? – perguntei sorrindo.

- Ele é um grande amigo, nos ajudou bastante.- Esme disse.

- Sim, mas temos que esclarecer algumas coisas. – disse Nessie. Deixei meu corpo cair me sentando nas escadas. Sabia que vinha bomba.- Seth, você deve prometer que vai cuidar dela. Apesar de não parecer, ela só tem nove anos. – Pronto, agora ele saberia que sou uma anomalia.

- E ela já teve problemas com bebidas... e drogas. – Seth me olhou espantado. Eu não acreditava que meu pai tivesse dito isso. Queria cavar um buraco com minhas próprias unhas e me enfiar dentro.

- Seth, tem o direito de saber, já que ele vai fazer parte da sua vida. – Edward respondeu os meus pensamentos.

- O que vocês querem é que ele saia correndo! – acusei. – Vai Seth, aproveita enquanto você ainda tem chance. – me virei e subi correndo as escadas.

Seth foi atrás de mim. “Deixem eles conversarem.” Ouvi Carlisle falar no andar de baixo. Eu entrei no meu quarto e deixei a porta aberta para que ele entrasse.

- ...

- Seth, eu fiz muitas burradas na minha curta vida, mas eu estava confusa... eu estou confusa. Mas isso não quer dizer que eu vá fazer de novo.

- eu não me importo. Quer dizer eu me importo com que possa acontecer de ruim com você, me importo muito, mas isso não muda o fato de que eu te amo. – arregalei os olhos.

- Como você pode me amar se nem me conhece?- perguntei espantada.

-Você acha que eu não te conheço? – ele perguntou sorrindo. – Você não sente como se me conhecesse.

- Sim. – respondi. – Parece que eu te reencontrei.

- Pois então, nada vai me afastar de você. Só se você quiser é claro.

- Não Seth. – corri e abracei sua cintura. Só de pensar em me separar dele me causava dor física. – Eu te amo.

11 comentários:

Binhablack disse...

O Seth é muito fofo!!!
Estou adorando a fic e concerteza estarei acompanhando.
Não sei por que, mais sinto que meu ex, vai ser um grande problema.
Bjsssss!!!!!

Nannah Andrade disse...

Eu imagino como deve ser dificil pra vc fazer essa fic... Jake com Nessie?... Juro que eu estranhei, mas eu amei... Acho que já é do conhecimento de todas que leem minhas fics que depois do Jake meu lobo favorito é o Seth e eu estou adorando saber que vou fazer par romantico com ele... mas cá entre nós, Rick... hummm primeiro ele fala que eu SOU DELE, depois fala que 'nós' não podemos acabar assim, depois vai pra Itália?.... Alguma coisa ai não está cheirando bem... estou louca por mais, mas prometo esperar pacientemente.... Bjos!

Grasi disse...

- É a primeira fic que leio e o meu lobo é o Seth e não o Jake, mais já estou adorando!
- Humm, o que será que a Alice viu a ponto de deixar o Jasper daquele jeito? Algo relacionado com o Rick certo? Já vi que isso vai ser uma dor de cabeça para a família perfeitaCullen!
- Bebidas? drogas? nossa sou uma bad girl! [/suahus..
- Adoreei a fic! c:
Kiss kiss bye bye! sz

Miss Norra disse...

Uau... adoro o Seth como principal e as coisas estão melhores ainda comigo sendo uma bad girl... espero que o Rick de um tempinho afff odeio os italianos... Bleah!

Layra Cristina disse...

Oi^^
Tudo bem?
Nossa, eu amo completamente o Seth. Ele é muito fofo, lindo, maravilhoso... perfeito.
Bom, eu não sei não. Mas esse meu ex namorado não vai me deixar em paz. Ele vai para Itália e isso não está cheirando nada bem. Isso tem haver com vampiros italianos, não tem?
Eu já sei tudo. Mas, não vou falar aqui no comentário.

Sua fic está maravilhosa. Parabéns.

Continue nos encantando. Continue nos viciando em suas fic.

ever disse...

adorei a fic. quando tem mais quero ver como eles vão lidar com essa descoberta.Beijos

Natalia disse...

Daora, uma excelente idéia fazer uma historia da filha do Jacob com a Nessie, só falta continuar \\o

Ruama Gomes disse...

É a primeiríssima fanfic Team Seth que eu leio, e devo admitir que está perfeita. Acho legal essa coisa da PP não amar tanto a mãe, que seria a Nessie, até porque eu não gosto muito dela HAHA. Continua logo, to muito ansiosa

caliandra disse...

quando é que vai ter att dessa fic? é linda. e já vejo que muitos problemas estão por vim.

Anônimo disse...

Omg to amando ! Continue pf ! Bjs

Anônimo disse...

Nossa!! Continua logooo