quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sol e Chuva PARTE II

Sol E Chuva















Capítulo 37



N/A Oi meninas, nessa segunda parte eu tenho dois personagens novos entrando na historia de Sol e Chuva. São os irmãos Aiyana e Kauã, primos da team. Espero que vocês curtam. Bjs.


Kauã


Aiyana

Dei mais uma olhada em volta e constatei que meu quarto já estava pronto pra ser dividido com a Aiyana. Jacob havia me ajudado a colocar uma cama sobressalente. Seria a primeira vez que eu dividiria meu quarto com alguém além de Jake. Seria difícil não dividir minha cama com ele por um tempo, mas nós sempre teríamos a casa de Billy.

Larguei tudo quando ouvi o motor de uma caminhonete se aproximando.

Meu primo Kauã, irmão mais velho de Aiyana, iria trazê-la de Makah, já que o Condado não ficava a mais que duas horas de carro de La Push.

Desci as escadas correndo com o Lobo ao meu encalço.

- Deixa que eu abro!- gritei para John passando correndo pela sala.

Abri a porta sorridente, mas estaquei no momento em que coloquei o pé para fora da soleira e o cheiro tão comum, mas totalmente diferente, era notório. Era um lobo, mas não um lobo conhecido.

Aiyana sorria ao descer da caminhonete e Kauã também havia parado, segurando as três mochilas da irmã com uma mão só. Os olhos arregalados dele também demonstravam que ele havia me descoberto.

- Oi prima! – Aiyana sorria parada na minha frente, seus dentes brancos contrastando com a pele acobreada.

Mas eu não respondi, não tinha reação. Pois parado logo atrás dela não era mais somente meu primo, era um lobo macho, adulto, de um bando desconhecido. Eu esperava que o sangue falasse mais alto que o territorialismo, afinal ele também era um Quileute, mas todo meu corpo estava tenso e os espasmos já começavam a se manifestar em meu corpo. Assisti as narinas dele inflarem várias vezes. Certamente Kauã também sentira o cheiro de Jake em mim.

- Garota como você cresceu! – John falou atrás de mim, cumprimentando Aiyana com um abraço.

Meus olhos ainda estavam fixos em Kauã, observando qualquer tipo de reação que ele poderia ter. Então ele sorriu. Mas não um sorriso de cumprimento, e sim de alivio. Todo meu corpo relaxou. Já que não havia nem um traço de agressividade nele.

- Hey, não vai me cumprimentar, não? – Aiyana perguntou colocando as mãos na cintura.

- Desculpe prima. Claro que sim! – respondi a puxando para um abraço, no mesmo momento meu celular vibrou em meu bolso. Atendi sem nem olhar o visor, eu já sabia quem era.

- Oi Jake!

-! – ele disse aliviado. – Você está bem? Aconteceu alguma coisa?

Fiquei espantada com a pergunta. Então Jake havia pressentido tudo que eu havia passado. Aquela constatação me fez fechar os olhos e suspirar.

-Sim, estou bem Jake, mas acho melhor você e o Sam virem para cá, agora!- respondi séria.

- Estamos a caminho!- ele disse ainda preocupado. - Mas você está bem mesmo? O que está acontecendo?

-Sim Amor, estou bem. Mas você tem que vir ver pessoalmente.

Estou chegando!

-Ok te espero!- Sorri novamente. – Te amo!

- Eu também te amo, ! - Ele respondeu e eu desliguei.

- Hummm! Namorando hein? – Aiyana falou.

- Vamos entrar! – falei rindo envergonhada. – Vai ficar ai parado, primo? – perguntei me virando para Kauã que continuava parado no mesmo lugar.

- Claro que não prima!- Kauã disse cobrindo o espaço que nos separavam e me abraçando forte. Foi só tocar a pele dele que tive todas as confirmações. Ele também era um lobisomem.

Quando nos viramos para entrar, tentei dar uns olhares de avisos para John que estava distraído conversando com Aiyana na entrada da sala. Revirei os olhos. Quando eu precisava que John prestasse a atenção em mim, ele nem me olhava.

- E aí garoto, como vai? – John estendeu a mão para cumprimentar Kauã, e quando ele apertou a mão do rapaz seus olhos arregalaram e sua boa se abriu de leve em sinal de espanto.

- Tudo bem, tio! – Kauã respondeu, mas John estava catatônico.

- Pai, vamos entrar? – perguntei colocando a mão em seu ombro e assentindo de leve para que ele entendesse que eu já estava a par de tudo. Ele assentiu, conduzindo os dois para a sala, eu segui atrás.

Pelo jeito que Aiyana se portava, ela não tinha consciência da natureza do irmão. Mal tínhamos sentado e minha prima, começado a tagarelar sobre as ultimas noticias de minha tia quando ouvi o chamado dos garotos.

Me levantei rapidamente para abrir a porta.

Jake já estava parado na frente dela, com as duas mãos apoiados em cada lado do batente. Quil e Embry estavam com ele. Sorri quando o vi, fazendo meu coração acelerar absurdamente. Jacob me observou por alguns instantes, talvez se certificando que estava tudo bem.

- Oi!- ele disse e depois sorriu, o calor irradiou dele me fazendo tontear.

- Oi! – respondi.- Oi meninos.- falei desviando os olhos de Jake por poucos segundos. Jacob flexionou o maxilar e suas narinas inflaram. Ele sentiu o cheiro de Kauã. Quil e Embry se entre olharam assustados. – Calma gente, é meu primo!

Jake me olhou com as sobrancelhas juntas. A expressão séria. – Está tudo bem mesmo? – perguntou.

-Sim! Mas acho que vocês tem muita coisa pra conversar com ele. Me afastei para permitir que eles entrassem e os levei até a sala. Kauã arregalou os olhos quando viu os três garotos. Eu rezava para que nada desse errado, mas eu tinha que tirar Aiyana do meio deles. – Prima, vamos deixar suas coisas lá em cima? – perguntei já pegando a suas bagagens e me direcionando até a escada. Mas Aiyana não se mexeu. Na verdade estava quieta demais. Ela não tinha fechado a boca nenhum segundo desde que havia chegado.

Me virei para ver o porque minha prima estava tão inerte. Aiyana estava paralisada encarando Embry. Por outro lado, Embry não parecia ter percebido a presença dela.

- E ai, garotos?- John cumprimentou. – Esses são meus sobrinhos, Kauã e Aiyana.

Os garotos estavam tensos demais se cumprimentaram com somente com um aceno de cabeça. Só Embry estava relaxado, olhando fixamente para a Aiyana que agora sorria.

- Eu não acredito! – disse Quil.

- Aiyana esse é Embry! – eu disse. Jacob coçou a nuca e me olhou. Sua expressão me dizia que o que eu achava que estava acontecendo realmente era verdade.

Embry parecia nem ter ouvido o que eu dizia. Passou por mim e foi direto para ela, parando em sua frente. Eles se olhavam intensamente. Embry levantou a mão tocando o rosto de Aiyana de leve. Ela fechou os olhos com o toque dele. Um frio correu minha espinha, um misto de ciúmes, felicidade e vazio se misturando em meu estômago. Embry agora estava saindo da minha vida.

- O que está acontecendo aqui? Posso saber? – exclamou Kauã, se levantando do sofá. As mãos fechadas em punhos ao lado do corpo, tremendo de leve.

- Calma rapaz! – meu pai disse, estendendo a mão na frente dele.

, leve a sua prima daqui. – Jake ordenou.

Peguei a mão de Aiyana, sem me importar nos protestos dela, e comecei a puxá-la escada acima. Senti a tensão de Embry em se separar de seu Imprinting, mas a segurança dela estava em primeiro lugar.

- por favor, o que está acontecendo? – Aiyana perguntou assim que entramos no quarto e fechei a porta.

- Desculpe Aiyana, mas só o Embry pode te explicar tudo!

- O Embry! – ela se sentou em minha cama e sacudiu a cabeça, balançando os cabelos escuros e lisos. – , esse garoto... – ela parou confusa.

- Mesmo sem você o conhecer direito, mesmo sem você entender como, ele é a coisa mais importante de sua vida, mais importante que o ar que você respira. – falei em um sussurro.

- Como você sabe ?- ela me olhou com os olhos arregalados.

- Porque é assim que eu me sinto em relação ao Jake. – falei me sentando na poltrona e sorrindo.

- Mas prima, eu não conheço esse rapaz e nesse momento tudo que quero é sair correndo e me abraçar a ele.

- Não se preocupe tudo vai ser explicado. -Ouvi o barulho dos garotos. Sam havia chegado. - E eu estou tão feliz por vocês. Mas agora nós temos que esperar, logo você vai saber de tudo. – O fato que agora Aiyana era o Imprinting de Embry, fazia com que ela fizesse parte do segredo do bando.

Bateram de leve na porta, e logo ela se abriu. Embry colocou a cabeça pra dentro do quarto.

- Com licença , será que posso conversar com a Aiyana? – ele perguntou.

- Claro Em, entra.- levantei quando ele entrou e o abracei forte. – Estou muito feliz por você. Embry.

- Obrigada ! – ele respondeu retribuindo o abraço. Sai do quarto antes que as primeiras lágrimas escapassem.

Encostei as costas na parede do corredor fechando os olhos e colocando as mãos sobre o rosto. Porque eu estava chorando? Eu não sempre quis a felicidade do Embry? Porque essa sensação de vazio? Mas o embrulho no meu estômago, não tinha nada a ver com ciúmes, mas sim com enorme medo que eu tinha de que Jacob tivesse um Imprinting com outra pessoa.

- ? – a voz de Jake me trouxe de volta. Enxuguei as lágrimas rapidamente. – Você está chorando. – não foi uma pergunta.

- Não é nada Jake. É besteira minha. – respondi passando meus braços em volta da sua cintura.

Jake me abraçou, mas ainda continuava tenso.

- É por causa do Embry?- ele perguntou me observando com as sobrancelhas unidas.

- Não exatamente.

Ele me observou por mais alguns instantes, levantando o meu rosto delicadamente com as pontas dos dedos.

- , você minha vida! Porque você não acredita no nosso Imprinting?

Deixei mais algumas lágrimas caírem. – Eu acredito em nós, Jake.

- Você está ligada a mim pro resto da sua vida, não adianta querer fugir. – Jake disse fazendo graça, me puxando mais para ele.

Não consegui evitar de sorrir. – Como foi à conversa com Kauã? – perguntei mudando de assunto. Me afastando somente o suficiente para poder olhar seu rosto.

- Ele ficou muito aliviado de saber que não é o único esquisito – Jacob faltou rindo abafado.

- Vamos descer pra falar com ele e deixar os pombinhos em paz? – perguntei já puxando Jake pela mão, mas ele não se mexeu. – Que foi?

- Não antes disso. – Jake disse me puxando para ele e colocando sua boca quente na minha. Minhas mãos, como sempre foram direto para sua nuca, me fazendo ficar na ponta dos pés. As mãos de Jake seguravam minha cintura, me segurando junto a ele. Quando nossas línguas se encontraram, um frio desceu pela minha espinha. E as tão conhecidas borboletas começaram a bater asas no meu estômago. Jake largou minha boca em direção ao meu pescoço e eu consegui fazer com que o oxigênio voltasse a circular no meu cérebro, e eu consegui raciocinar novamente.

- Jake... meu pai.. melhor descer. – consegui colocar para fora antes de perder a razão.

Jake suspirou e assentiu. – Mais tarde você não me escapa. – ele sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar.




















Capítulo 38



Eu olhava para todos sem entender nada. Meu pai estava parado com a expressão séria encarando Kauã. Jacob ao meu lado segurava forte a minha mão.

- Você tem certeza disso Kauã?

- Sim, Sam! Por enquanto eu não posso me juntar ao bando. Eu tenho uma vida, e é preciso tempo para colocar tudo e ordem antes de poder deixar tudo e vir morar em La Push.

Então era esse o motivo do estresse? Kauã não viria se juntar ao bando, pelo menos não por agora.

- A escolha é sua. O bando sempre estar aberto para lhe receber. – disse Sam.

- Sobre a minha irmã, eu vou falar com minha mãe. – Sam iria falar, mas Kauã continuou. – Pode deixar que serei discreto. – ele assegurou. – Mas ela é menor e minha mãe ainda responde por ela.

- Pode deixar que disso eu cuido. – John falou.

Ouvi a porta do meu quarto se abrir e logo Embry e Aiyana desceram as escadas de mãos dadas. Minha prima ainda olhava para todos com os olhos assustados com toda a informação que ela tinha recebido. Embry soltou sua mão, as colocando em seus ombros a reconfortando e ainda mantinha um sorriso enorme no rosto. Ele estava feliz e isso me aqueceu por dentro.

Kauã atravessou a sala rapidamente e se abraçou a irmã.

- Porque você não me contou nada? – Aiyana perguntou a ele.

Ele sorriu triste e passou as costas da mão de leve no rosto da irmã. – Como você queria que eu contasse uma coisa dessas?

-Você deve ter sofrido tanto, guardando isso para você. – ela respondeu.
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- Mas agora está tudo bem, tudo explicado. – ele suspirou aliviado. Depois de dirigiu a Embry. – Cuide bem da minha irmã. – falou colocando uma mão no ombro de Embry.

- Não se preocupe com isso. – Ele respondeu esfregando as mãos nos ombros de Aiyana.

Depois das despedidas e da saída de Kauã , os meninos foram embora, ficando somente Embry e Jake. John já estava fazendo cara feia para a melação de Aiyana e Embry no sofá. Até Jake já parecia meio enjoado com as declarações açucaradas dos dois. Me virei para Jake passando os braços por sua cintura e encostei o rosto em se peito ouvindo seu coração bater.

- Vamos dar uma volta, Jake?- perguntei, mas quem respondeu foi John.

- Ótima idéia! E aproveitem e levem o novo casalzinho aqui, antes que comecem a atrair formigas pra dentro de casa. – ele disse mal humorado, sem desviar os olhos do jornal.

Depois de alguns minutos de discussão decidimos ir à praia. Saímos nos quatro, Aiyana e Embry de mãos dadas iam a frente, eu e Jake mais atrás. Jake passou o braço pelos meus ombros e me puxou para mais perto dele.

- Sam pareceu não gostar da decisão de Kauã. – falei.

- Acontece , que não é muito seguro que um lobisomem viva sozinho, sem um bando.

- Você está falando caso ele se depare com um... – um arrepio desceu pela minha espinha. – frio?


- Sim! – Jake respondeu sério. Suas sobrancelhas juntas mostrando que também compartilhava da mesma opinião de Sam. Fechei os olhos desejando que Kauã mudasse logo de idéia e se juntasse a bando.

oOo

Eu tinha passado quase a tarde toda ouvindo Chris descrever com detalhes as qualidades de Jonny, o seu novo namorado. Só há pouco tempo a chuva forte que caia em La Push tinha dado uma trégua e o movimento da loja tinha aumentado um pouco, mas nada que fizesse nós dois ficarmos ocupados de verdade.

- Dá uma olhada nesse sapato! – Chris disse me virando a revista de modas que ele estava foliando entediado, enquanto um velho gordo olhava as prateleiras sem se decidir o que realmente queria levar.

Olhei a foto da modelo sorridente da propaganda, mas o que me chamou a atenção não foi o sapato vermelho que ela usava e sim o seu piercing que ela usava no umbigo.

Meus olhos brilharam.

- Que lindo! – exclamei, puxando a revista pra mim.

- Gostou tanto assim? – perguntou Chris.

- Gostei do piercing. – respondi.

- E porque você não coloca um? – perguntou Chris parando atrás de mim. Eu realmente não tinha um bom motivo para não colocar um.

oOo

Eu estava preocupada! Claro que tinha vários problemas sérios para ocupar minha cabeça, mas no momento outra coisa mais banal enchia meus pensamentos. Eu sempre fui doida pra colocar um piercing no umbigo, mas nunca tinha tido coragem por causa da dor. Mas agora com meus super poderes de loba, eu tinha mais resistência e colocar me pareceu uma boa idéia. Mas seria boa idéia para Jacob? Eu estava com medo da reação dele.

Eu observava a minha barriga no espelho. Tinha ficado tão bonitinho! Mas eu precisava que Jacob gostasse. Então eu precisaria usar de psicologia com ele. – Que você achou? – perguntei para Aiyana que estava sentada na minha cama com as pernas cruzadas.

- Eu também quero um. – ela choramingou.- Mas tenho medo do Embry implicar.

Revirei os olhos, como se eu também não precisasse da aprovação de Jacob. Baixei minha blusa. – Vamos ver o que Jake vai dizer! – falei para Aiyana antes de me despedir e lhe assoprar um beijo, peguei minha mochila e desci as escadas.

- Diz pro Embry me ligar quando terminar a reunião. – Aiyana disse ainda dentro do meu quarto.

- Até parece que é necessário, mas tudo bem eu digo! – falei rindo.

Faltava algumas horas para a reunião que Sam marcara na casa de Emily para reorganizar as duplas de vigília. Estava tudo calmo, mas Sam não relaxava então as obrigações do bando continuavam.

Saí de casa quando ouvi a moto de Jake, fazendo a curva para pegar o caminho da minha casa. Ele parou na minha frente como o sorriso de sol iluminando meu dia.

–Quer dar uma volta antes da reunião? – ele me disse sorrindo.

– Claro que quero! – falei pulando na carona da moto. Não perderia nenhuma oportunidade de ficar junto dele. Me agarrei na sua cintura, fechei os olhos encostando o rosto nas suas costas. Aspirei fundo sentindo seu cheiro maravilhoso.

Ele me levou no pico do penhasco mais alto. Lá embaixo as ondas batiam nas pedras. Desci da moto e me sentei perto da beira, olhando aquela imensidão de água e a linha que ela fazia ao se encontrar com o céu. Ele se sentou no meu lado, encostando o lado do seu corpo no meu. Incrível como nós estávamos sempre buscando nos tocar, mesmo que involuntariamente. Éramos como imãs. Senti os olhos de Jacob em mim e dobrei as pernas passando os braços em volta dos joelhos.

– Algum problema, ? – ele perguntou notando o meu silêncio.

Suspirei. Era agora!

– É que eu fiz uma coisa e queria muito que você aprovasse. – falei sem desviar os olhos do horizonte.

– O que você fez? – ele perguntou curioso.

– Faz tempo que eu queria fazer, então... eu coloquei um piercing.– Me virei para observar sua reação.

–Você fez o que? – ele disse incrédulo.

– É que como eu já tinha uma tatuagem, achei que colocar um piercing no umbigo não fazia tanta diferença assim.

, a tatuagem que você tem no braço é marca do nosso bando, não um enfeite. A outra eu gosto muito. – os cantos do seu lábio se levantaram em um meio sorriso. - Agora um piercing! – ele disse mais incrédulo ainda. Ai estava à reação que eu temia, agora teria que usar a psicologia. – Deixa eu ver!

– Não!– falei jogando a isca e voltando a olhar o horizonte.

– Como é?

– Eu disse que queria a sua opinião e você já deu. Sem ao menos olhar, mas já deu. Então vou pedir a opinião de outra pessoa que pelo menos olhe primeiro. – falei tentando manter a fachada séria.

– Eu quero ver!

– Não, Jake!

, por favor! – ele disse num tom carinhoso tentando me convencer.

– Outra hora, agora nós temos que ir na Emily. – falei me levantando e limpando as minhas calças com as mãos.

– ARG! – Jake grunhiu se jogando pra trás. Ele levantou num salto. Eu já estava ao lado da moto esperando.

Quando chegamos todos os garotos já estavam espalhados pela sala da pequena casa de Emily.

– Eu não acredito, olha quem apareceu!– disse Emily vindo me dar um beijo. – Você precisa aparecer mais! Só vem aqui quando tem reunião. – Ela se queixou.

- Desculpe Emily! Prometo ser mais social.

– Oi !- disse Quil.

- Oi Quil! – respondi e me virei para Embry, - Aiyana pediu para que você ligasse pra ela depois da reunião. – falei.

- Acabei de falar com ela. – ele disse me mostrando o celular. Ri abafado. Não sei por que ainda perdia tempo dando esse tipo de recado.

Sam começou a repassar os novos planos de rota e a dividir novamente os grupos. Me levantei e me sentei a mesa, pegando mais um punhado de pipoca no caminho. Os garotos estavam ainda, distraídos com o jogo na TV. Embry tinha saído mais cedo para se encontrar com Aiyana. E eu batucava os dedos na mesa e observava Emily indo de um lado para outro arrumando e limpando sua casa impecável. Paul levantou e foi até a geladeira pegar mais uma lata de refrigerante. Era agora.

Caminhei até a cozinha como se não quisesse nada e me sentei na bancada ao lado da geladeira. Senti o olhar de Jacob me queimando as costas.

– Paul, eu queria a sua opinião sobre uma coisa! –eu disse séria dando seguimento ao meu plano.

– Ah não quer não!– a voz de Jacob soou atrás de mim. Paul nos olhava com os olhos arregalados e um muffin inteiro na boca.

– Eu só queria mostrar... – comecei a levantar a blusa, mas Jacob me impediu. Os olhos de Paul pareciam que iam saltar para fora. – Jake!

– Eu disse não!– Todos agora nos olhavam. – E está na hora de ir!– Jake me arrastou pela mão porta fora.

– Que isso, Jake? Você nem deixou eu me despedir do pessoal!– ele já estava na moto.

– Sobe! – seu tom era furioso. Eu subi, claro. Era exatamente essa reação que eu esperava de Jake. Ele acelerou a moto. Meu estômago ficando pra trás. Ele só parou quando chegamos a minha casa. – Desce!

É talvez eu tenha exagerado. Eu desci e ele partiu. Eu fiquei parada olhando ele se afastar. Ok, eu exagerei!

– Pai! – falei ao entrar em casa. Não recebi resposta. Nem Lobo estava, John devia ter o levado junto. Aiyana estava com Embry. Eu estava sozinha em casa. Sozinha e frustrada que a minha pequena provocação não tinha surgido o efeito esperado em Jacob. Subi as escadas me arrastando para o meu quarto. Amanhã teria que consertar o estrago e arrancar o piercing idiota.

Abri a porta do quarto e dei de cara com Jake encostado na parede. Ele deu dois passos em minha direção me pegando pela cintura, colando o meu peito no dele. Colocou a sua boca na minha forçando a passagem para sua língua quente invadir minha boca. Passei minhas mãos em sua nuca, puxando ele ainda mais pra mim, o que era praticamente impossível, já que nós estávamos o mais colado que nossa posição permitia.

Depois ele desceu pelo meu queixo beijando meu rosto, descendo até o pescoço e depois contornou com a língua a linha do maxilar até meu ouvido.

– Você me deixa louco, sabia?– ele murmurou próxima a minha orelha, me fazendo estremecer.

– É bom saber que eu tenho certos efeitos em você.

– Mais do que você pode imaginar. Mas agora...– ele me deu outro beijo no rosto.– eu quero ver.– eu ri, sabia que ia dar certo. Jake era pior que criança.

- Ok, só que ele vem com um acompanhamento. – me livrei dos braços de Jake indo até meu armário e escolhi uma lingerie preta que seria a próxima a sacrificar sua curta vida, mas era por uma boa causa. –Só um momento!– Jake se deitou na minha cama. Corri para o banheiro me trocar. Ainda bem que o espelho era pequeno e eu só via meu rosto muito vermelho, se não perderia a coragem. Me enrolei em uma toalha. Para com isso ! Até parece que é a nossa primeira vez! Respirei fundo, era sempre Jake que tomava as iniciativas. Agora seria a minha vez. Entrei no quarto ficando de costas para ele. Respirei novamente, meu coração aos pulos, larguei a toalha.

– E aí? Ficou tão ruim assim?– eu perguntei sem jeito.Os olhos escuros de Jake estavam arregalados e em brasas. Ele levantou da cama com uma rapidez que me deixou tonta. Sua boca colou na minha me beijando com urgência, agarrei seus cabelos, o puxando mais e mais pra mim, ele gemeu contra meus lábios, e senti suas mãos em minhas coxas, me puxando pra cima, entrelacei minhas pernas no quadril dele e pude sentir toda a sua vontade. Jake em dois segundos transformou minha linda lingerie em tiras.- Droga Jake, era minha preferida!– eu disse rindo.

– Era linda mesmo.– ele respondeu também rindo. Ele me colocou na cama e ficou me observando por uns instantes. Senti meu rosto corar mais um pouco. Meu coração delator, estava batendo tão forte que achei que fosse saltar do meu peito.– Você tem noção de quanto te amo, ?

Não consegui evitar o sorriso que se abriu nos meus lábios em resposta.

– Não mais do que eu amo você!– ele abriu meu sorriso de sol me aquecendo ainda mais.

Jake se deitou mais sobre mim. Foi quando ouvimos o click da chave abrindo a fechadura da porta da frente. E a voz de Embry e Aiyana chegaram até nós.

- ! Tá em casa? – Minha prima gritou do andar de baixo.

- Merda! – Jake exclamou deitando de lado e passando a mão pelo rosto frustrado.

Acho que John tinha outras intenções quando trouxe Aiyana para morar aqui. Pensei – Billy está em casa? – perguntei ainda sem fôlego.

- Sim! – Jake respondeu tirando as mãos do rosto e afastando uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

Me levantei resignada colocando o primeiro vestido que achei.




















Capítulo 39



Olhei meu reflexo no espelho. Os meus olhos brilhavam, minhas bochechas estavam coradas e um sorriso bobo teimava em se formar nos meu lábios. Apaixonada! Totalmente apaixonada! Estava escrito em minha cara com letras garrafais. Puxei o cabelo pra cima para prendê-lo. De camiseta branca, jeans e tênis estava pronta para meu primeiro dia de aula.

- , eu preciso usar o banheiro! – Aiyana bateu na porta.

- Tô saindo! – falei antes de abrir a porta. Agora que meu pai tinha convencido minha tia a deixá-la terminar os estudos em La Push,eu tinha que me acostumar a dividir tudo com ela. Até minha privacidade. Abri a porta e sorri para cara emburrada de minha prima. Uma coisa que aprendi nesse pouco tempo em que convivo com ela é que Aiyana sempre acordava de mau humor. Mas isso terminava no momento em que ela coloca os olhos em Embry.

- Já sei, estou atrasada! – ela disse antes de bater a porta do banheiro nas minhas costas.

Coloquei meus cadernos na mochila e desci. Eu já tinha colocado a mesa para o café da manhã e John já estava sentado lendo jornal e tomando seu café puro habitual.

- Bom dia pai! – cumprimentei John.

- Bom dia garota! – ele me disse jogando um pedaço de pão para Lobo que o observava atento.

- Pai, ele tem a ração dele. – fui até a cozinha e enchi a tigela do filhote que veio correndo quando ouviu o som dos bits caindo no seu prato.

-E a sua prima?

- Já está descendo. – falei enquanto me servia do meu café da manhã.

Não cheguei a tomar o terceiro gole de meu leite, quando a campainha tocou. Corri para atender. Respirei fundo umas três vezes antes de abrir a porta, tentando acalmar as borboletas que revoavam no meu estômago. Podia passar o dia com o Jake, mas meu corpo sempre reagia com a expectativa de revê-lo novamente. Abri a porta tentando controlar a minha cara de abobada e sorri quando meus olhos se encontrara com os dele.

- Pronta? – Jake perguntou deslizando a mão pelo meu braço até encontrar a minha e entrelaçar os nossos dedos.

- Carram! – Embry pigarreou chamando a minha atenção. Desviei os olhos de Jake, percebendo pela primeira vez que Embry também estava ali. – Oi ! E a Aiyana?

- Oi Embry! Ela já está descendo. – respondi, mas logo voltei meus olhos para Jake. – Só vou pegar minha mochila.- me afastei, mas Jake não soltou minha mão me puxando para um beijo rápido. – Já volto! – disse deixando os garotos na sala. Corri colocando a louça suja na pia.

- Não vai nem terminar o café?- John perguntou torcendo a boca em desacordo.

- Não dá, senão vamos chegar atrasados.- falei dando um beijo em sua cabeça. – Até mais tarde. – ouvi os passos apressados de minha prima no andar de cima, depois o barulho dela descendo as escadas.

- Vamos? – ela perguntou pegando uma maça e dando uma abraço em Embry.

oOo

Eu e Jake estávamos juntos em quase todas as matérias. O que na verdade não ajudava muito na minha concentração, já que ele sempre dava um jeito de encostar a perna ou o braço em mim, durante a aula.

– Jake, você sabe que não tem nenhuma obrigação de ir nesse sábado, se isso te incomoda tanto!– falei pra ele durante o almoço no refeitório da escola.

– Talvez eu só passe lá no final da festa!– ele me disse me encarando. Será que ele ainda esperava que eu desse um piti por causa dessa obsessão dele por Bella? Pensei incrédula. Não que eu já não esteja de saco cheio disso tudo, mas...!

– Mas você não se importa que eu vá com Seth, não é?

– Me importar não me importo, só não entendo. – ele respondeu dando de ombros.

– Eu vou porque acho que tá na hora de acabar com essa rixa com os Cullens. – ele desviou os olhos mostrando claramente que queria acabar com o assunto. E assim eu fiz.

oOo

Eu já estava pronta, dei mais uma olhada no espelho. O vestido cor pêssego de seda e os sapatos altos tinham ficado bem em mim. Prendi meu cabelo deixando só alguns cachos soltos e fiz uma maquiagem leve. Melhor que isso era pedir demais. Peguei minha pequena bolsa e saí.

Me despedi de John, Aiyana e Embry que ficaram estavam vendo televisão na sala. Bom, John estava, Aiyana e Embry estavam de risadinhas e carinhos, o que pela cara de John não ia durar muito, logo eles seriam corridos dali. Ainda tinha que passar na casa de Sue pegar Billy, Sue e Seth.

oOo

Nós quatro estávamos sentados em uma das fileiras de cadeiras na imensa sala branca da casa dos Cullens. A decoração estava linda apesar do cheiro.

Algumas pessoas eu conhecia de vista de Forks. Alguns vampiros desconhecidos também faziam parte do grupo, o que fazia minha nuca se arrepiar e meus braços tremerem de leve.

A vampira loura estava ao piano e Edward estava no altar com a aparência nervosa. Um súbito ruído de juntou à música e todos se viraram para a escada. Alice, a vampira de aparência de fada, desceu as escadas como se dançasse. Logo Bella apareceu no topo ao lado do chefe Swan. Ela estava muito bonita em um vestido modelo antigo.

Um passo de cada vez ela foi ao encontro de Edward que parecia que tinha olhos só para ela. O juiz disse algumas palavras, terminadas em “enquanto nós dois vivermos.” Eles fizeram os votos e se beijaram demoradamente, arrancando risinhos da platéia. É realmente estava lindo.

Nós nos levantamos para cumprimentar os noivos. Seth foi o primeiro, ele parecia muito à vontade com os Cullens. Dei um abraço em Bella sem jeito, com o máximo de simpatia que pude. Edward me abraçou forte e eu tremi quando suas mãos frias tocaram meu vestido.

–Obrigado por vir, . Foi muito importante para nós! – ele disse no meu ouvido.

– Muitas felicidades, Edward. – eu o respondi com um sorriso sincero.

A recepção do casamento fluiu bem. Terminou exatamente ao por do sol. Sue estava tensa, agarrada a mim e a Seth que guiava Billy.

– Calma Sue, está tudo bem!– falei segurando sua mão depois que nos sentamos em muita das muitas mesas.

– Isso mãe, relaxa! – falou Seth já com um prato enorme de comida na sua frente. Ela respirou fundo.

Quando a música começou, nós assistimos a noiva dançar trocando de mão em mão. Depois que as pessoas começaram a dançar também, Seth me estendeu sua enorme mão que eu aceitei de imediato, ele me puxou desajeitadamente para seus braços me fazendo rir.

– Credo Seth, vou ter que te dar umas aulas, senão você vai espantar todas as garotas desse jeito. – Billy e Sue riram alto e ele revirou os olhos me carregando até a pista de dança.

Depois de dançar com mais alguns que eu não conhecia. Seth me convidou de novo. Talvez querendo sua primeira aula. Mas algo apertou meu estomago me fazendo levar minha mão para segurar minha barriga. Eu olhei para Seth que me encarou com os olhos arregalados.

– Que foi, ? Você está pálida!

– Jake! – foi só o que consegui dizer, algo não estava bem. Seth me sentou novamente na cadeira. Ele passou os olhos na floresta além da festa.

Então nós ouvimos a voz de Jacob ao longe, ele estava discutindo. Se não fosse por nossa audição apurada nunca poderíamos ter percebido em meio a musica e toda a conversa. O mais rápido que pudermos sem dar na vista nós fomos em direção ao tumulto que se fazia escondido na escuridão da floresta.

As mãos enormes de Jacob agarravam os ombros de Bella. Ele sacudia violentamente. Aquela cena me chocou.

―Tire as suas mãos dela!– A voz de Edward era fria como gelo, afiada como navalhas.

Atrás de Jacob, houve um rosnado que saiu da escuridão da noite, e depois outro, mais alto que o primeiro.

―Jake, mano, se afasta.– Seth pediu passando a minha frente. ―Você está perdendo o controle. – Eu estava congelada, e lagrimas enchiam meus olhos.–―Você vai machucá-la– Seth sussurrou. ―Solte-a.

―Agora!– Edward rosnou.

As mãos de Jacob caíram dos lados do seu corpo. Edward agarrou Bella e voou com ela dali. E Seth - o grande Seth, de apenas quinze anos - passou seus braços longos ao redor do corpo trêmulo de Jacob, e estava puxando-o para longe. Se Jacob se transformasse com Seth tão perto dele…

―Anda, Jake. Vamos.

―Eu vou matar você– Jacob disse, a voz dele estava tão esganiçada de raiva que era apenas um sussurro baixo. Seus olhos, focados em Edward, queimavam de fúria. ―Eu vou matar você com minhas próprias mãos! Eu vou fazer isso agora!– Ele tremeu convulsivamente.

Sam na forma de um enorme lobo preto, rosnou alto.

―Seth, saia do caminho.– Edward assobiou.

Seth puxou Jacob novamente. Jacob estava tão acometido de raiva que Seth conseguiu arrancá-lo mais uns metros pra longe. ―Não faça isso, Jake! Pensa na . Vamos embora. Anda!

Foi quando os olhos de Jacob se focaram em mim, percebendo pela primeira vez que eu assistia a tudo. Desviei os olhos pro chão, deixando as lagrimas grossas derramarem pelo meu rosto. Eu não sabia o porquê da briga, mas também não queria nem saber. Tudo aquilo tinha me machucado demais.

Sam em forma de lobo se juntou a Seth nessa hora. Ele colocou sua cabeça enorme contra o peito de Jacob e empurrou.

Eles três - Seth puxando, Jacob tremendo, e Sam empurrando - desapareceram rapidamente na escuridão.

Eu fiquei parada no mesmo lugar, totalmente sem reação. Sozinha. Quando senti as mãos de Embry nos meus ombros.

–Vamos, eu te tiro daqui!

– A minha bolsa!– eu falei por meio as lagrimas.

– Sue leva depois!– ele disse esfregando meus ombros. Embry abriu a porta do carro pra mim e eu me enfiei dentro querendo desaparecer



Embry me deixou em casa, depois que convenci que poderia ir embora, ver Jacob. Eu queria ficar sozinha.

Me tranquei no meu quarto tirando os sapatos com um chute. Tive problemas em abrir o zíper nas costas do meu vestido que se rasgou um pouco com a minha impaciência. Não me importei, não pretendia usá-lo de novo mesmo. Soltei os cabelos e os cachos caíram nas minhas costas. Me atirei na cama aos prantos.

Lá fora a ventania que tinha começado a pouco, se transformava em chuva forte e um uivo solitário soou na floresta. Coloquei os fones do meu iPod e levantei para trancar a janela. Voltei para a cama. Não queria saber de Jacob tão cedo. Que droga de imprinting era aquele.




















Broken-Hearted Girl


You're everything

I thought you never were


Você é tudo o que eu achava que nunca seria
Não é nada como um pensamento do que poderia ter sido
Mesmo assim, você vive dentro de mim
Então me diga como é isso?

You're the only one
I wish I could forget
The only one
I'd love to not forgive
And though you break my heart
You're the only one

Você é o único que eu desejo poder esquecer
O único que eu amo para não perdoar
E apesar de você quebrar meu coração
Você é o único.

And though there are times
When I hate you
'Cause I can't erase
The times that you hurt me
And put tears on my face

E apesar de existir momentos que eu odeio você
Porque eu não posso apagar
Os momentos que você me machucou
E pôs lágrimas no meu rosto

And even now
When I hate you
It pains me to say
I know I'll be there
At the end of the day


E até agora, quando eu odeio você
Me dói dizer
Eu sei que estarei aqui
No final do dia


Eu nunca fui normal mesmo. Não pertencia realmente aquele lugar. Era completamente diferente das pessoas dali, com sua pele dourada, seus cabelos lisos e seus olhos escuros. Era uma ET. Claro que o meu imprinting também teria que ser falho, já que eu não passava de uma mestiça.




















I don't wanna be without you, babe
I don't want a broken heart
Don't wanna take a breath
Without you, babe
I don't wanna play that part
I know that I love you
But let me just say
I don't wanna love you
In no kind of way, no, no
I don't want a broken heart
And I don't wanna play
The broken-hearted girl
No,no, no broken-hearted girl
I'm no broken-hearted girl

Eu não quero ficar sem você, amor
Eu não quero um coração partido
Não quero respirar sem você, amor
Eu não quero ter esse papel
Eu sei que amo você
Mas me deixe dizer
Eu não quero amar você
Em nenhuma maneira, não não
Eu não quero um coração partido
Eu não quero ser a garota de coração partido
Não, não, nenhuma garota de coração partido
nenhuma garota de coração partido


Estava cansada daquela louca vida que tinha começado no momento em que coloquei os pés em Forks, no lugar onde lendas são reais.




















Something that I feel I need to say
Up'til now I've always been afraid
That you would never come around
And still I wanna put this out
You say you got
The most respect for me
But sometimes
I feel your not deserving of me
And still your in my heart
But you're the only one
And yes, there are times
When I hate you
But I don't complain
'Cause I've been afraid that
You would walk away
But now I don't hate you
I'm happy to say
That I will be there
At the end of the day
I don't wanna be without you, babe
I don't want a broken heart
Don't wanna take a breath
Without you, babe
I don't wanna play that part
I know that I love you
But let me just say
I don't wanna love you
In no kind of way, no, no
I don't want a broken heart
And I don't wanna play
The broken-hearted girl
No, no, no broken-hearted girl
Now I'm at a place I thought I'd never be
I'm living in a world that all about you and me
Ain't gotta be afraid, my broken heart is free
To spread my wings and fly away, away with you

Uma coisa que eu sinto que preciso dizer
Mas até agora eu sempre tive medo
Que você nunca chegasse perto
E eu ainda quero botar isso pra fora
Você diz que tem o maior respeito por mim mas
As vezes eu sinto que você não me merece
E ainda assim você está no meu coração
Mas você é o único
E sim, há momentos em que eu odeio você
Mas eu não reclamo
Porque eu tive medo de que
Você fosse embora
Oh, mas agora eu não odeio você
Eu estou feliz em dizer
Que eu estarei aqui
No final do dia
Eu não quero ficar sem você, amor
Eu não quero um coração partido
Não quero respirar sem você, amor
Eu não quero ter esse papel
Eu sei que amo você
Mas me deixe dizer
Eu não quero amar você
Eu nenhuma maneira, não não
Eu não quero um coração partido
Eu não quero ser a garota de coração partido
Não, não, nenhuma garota de coração partido
nenhuma garota de coração partido
Agora eu conheço um lugar que eu nunca pensei que estaria (ooh)
Eu estou vivendo em um mundo que é tudo sobre você e eu, (yeah)
E eu não terei medo, meu coração partido está livre
Para abrir minhas asas e voar para longe, para longe com você


Bom se ela começou aqui, aqui deveria ficar. Eu falaria com Sam na primeira oportunidade. Ele não poderia se negar a me liberar do bando. E minha mãe certamente me receberia de braços abertos no Brasil.




















Capítulo 40


Ouvi a porta se abrindo de leve e uma faixa de luz invadiu o quarto escuro. Mantive meus olhos fechados e a respiração controlada.

- E aí? – a voz sussurrada de John perguntou.

- Acho que ela está dormindo. – Aiyana respondeu baixinho.

- Melhor assim, vamos deixá-la descansar. – ele respondeu antes da porta ser fechada e a escuridão tomar conta novamente do quarto. Agucei meus ouvidos tentando decifrar as vozes que vinham do andar de baixo.

- Ela está dormindo. – John informou a alguém.

- Vamos voltar amanhã – Embry disse com um tom de voz que queria convencer alguém. Meu coração acelerou e eu aspirei o ar, tentando confirmar o que eu já sabia.

- Eu preciso falar com ela. Eu preciso que ela me escute. Preciso... – eu podia perceber a angustia na voz de Jake. Podia visualizar suas mãos nervosas trêmulas, maltratando os cabelos negros, enquanto caminhava de um lado ao outro da sala.

A vontade de descer as escadas correndo e segurar aquelas mãos gigantes entre as minhas, até que elas parecem de tremer por completo, era enorme. Mas eu era teimosa demais, e estava magoada demais. Suspirei e puxei as cobertas até cobrir minha cabeça por completo e coloquei novamente os fones nos ouvidos, deixando a música abafar a conversa do andar debaixo. Adormeci.

oOo

- Bom dia! – Aiyana disse quando me viu piscar os olhos por causa da luminosidade que vinha da janela.

- Bom dia! – respondi sem vontade. Esfregando as costas das mãos nos olhos. Me sentei e estiquei minhas costas, sentindo os músculos alongarem.

-Como você está?- ela perguntou se sentando na cama ao lado que me parecia não ter sido tocada durante a noite.

- Você não dormiu aqui? – perguntei de volta, ignorando a sua pergunta.

- Dormi no Em. – ela respondeu com um sorriso travesso. – Mas você não respondeu. – apontou.

- Como você acha que estou me sentindo?- perguntei me levantando e pegando uma muda de roupa para tomar um banho.

- Prima,você acha mesmo que o Jake ama essa garota? – ela me perguntou com uma expressão incrédula, como se aquilo fosse à coisa mais absurda de acontecer.

- Não. Sim. Não sei! – admiti derrotada.- Mas como você se sentiria se o Embry não parasse de perseguir uma garota que ele já havia gostado muito?

- Você está me perguntando o que eu faria se o Em não parasse de TE perseguir?

Parei por um instante olhando para Aiyana. Pela primeira vez me dando conta como aquela situação deveria ser estranha para ela. – Mas o Embry nunca me tratou com tanto zelo que nem o Jake trata a Bella, depois que te conheceu. – E no entanto o Embry que me buscou na festa, se preocupou comigo, e ela não estava dando um piti na minha frente. Será que eu era tão ciumenta assim? Não, era diferente. Não era? Aiyana sabia que eu nunca daria em cima do Embry. E eu não confiava nem um pouco na Bella.

- Porque ele sabe que você tem o Jake, e o Em confia nele. Olha bem , eu não estou dizendo que se você não tivesse o Jake, o Em fosse dar em cima de você. Estou falando sobre o carinho e a amizade que ele sente por ti. – Ela levantou da cama parando em minha frente. – Não sei. É fácil falar quem está observando de fora. Mas não duvide do amor do Jake por você, ok? Pense bem. - assenti e ela saiu do quarto me deixando sozinha com os meus pensamentos.

oOo

Aiyana iria passar o dia na casa do Embry. Passei o domingo de assistindo TV. com meu pai. Eu só disse a ele que não queria falar com ninguém, ele já devia saber de tudo por Sue ou Billy, porque não me perguntou o motivo. Então eu só ouvia John dando desculpas o dia inteiro, quando o telefone tocava. Mas eu nem queria saber quem era.

– Acredito que uma hora ou outra você vai ter que falar com eles.– ele disse depois de atender o telefone pela milésima vez. ELES!?! A torcida pró-Jake devia estar participando das ligações também.

– Não pai, ainda não estou pronta. – John suspirou, e passou a mão pela minha cabeça.

- Uma hora ou outra você vai ter que conversar com o Jake. – John disse se sentando novamente na poltrona.

Já estava anoitecendo e eu quase adormecendo no sofá, quando a campainha tocou.

– Pai, vou para o meu quarto. Não quero falar com ninguém! – repeti frisando minha vontade.

Subi correndo as escadas e fechei a porta atrás de mim. Ouvi algumas vozes lá embaixo. Eu reconhecia todas. Sam falou primeiro, depois Seth, Quil e Embry. A comitiva toda veio.

, querem falar com você!– gritou John do andar de baixo.

Droga, droga, droga, será que era tão difícil assim fazer o que eu pedia? Bufei, enquanto pensava em uma solução. Eu queria falar com Sam, não queria? Então essa era a hora.

– Ok, pai. Peça pro Sam subir, por favor!

Ouvi os passos de Sam subindo as escadas e quando ele demorou um segundo para abrir minha porta, entrando sem jeito no meu quarto. Diferente dos meninos, Sam era muito mais sério e era a primeira vez que ele estava ali.

– Oi Sam!

– Oi ! Acho que nós temos que conversar!

– Ok!

– Eu acho que está na hora de interferir, eu fui com Jacob na festa e o motivo da briga foi...

– Desculpe, Sam!– eu o interrompi. – Mas realmente o motivo não me interessa. Na verdade eu até sei como ele vai justificar. Só que eu sei o que eu vi, e pra mim foi o bastante. Você pediu para tentar, dar uma chance a ele. Eu fiz Sam, por mais que ele tenha me magoado. Eu fiz porque eu precisava dele também. – senti meu rosto molhado, só então vi que estava chorando. – Mas não dá mais! Com imprinting ou sem, é muita loucura. Isso é doentio! Eu não quero mais fazer isso, então queria te pedir... não... te implorar pra me liberar disso. Eu queria deixar o bando! – coloquei pra fora em um sopro

Sam arregalou os olhos.

–Como é que é? Você vai ter coragem de virar as costas pra sua família? Pro Jacob?

– Eu não acredito que eu tenha muita importância. –falei respondendo as duas perguntas. Toda insegurança e baixa auto-estima de uma vida vindo a tona.– Sam, eu não sou pura, por isso que comigo dá tudo meio errado.

– Se você não tivesse o gene, isso nunca iria acontecer com você, . Quantas garotas Quileutes são lobas? Somente duas. Tem noção de quanto você é importante? Mas se você ainda quer ir, eu posso chamar os garotos e você se despede deles. Que acha?

A dor remoeu mais ainda a ferida no meu peito.

– Isso é golpe baixo, Sam.

– Ué. Você quer ir embora sem se despedir deles, ou de Jacob? Tente . Duvido que você seja capaz. – E eu não era mesmo, só o pensamento de deixar os garotos, minha família, machucava mais a minha ferida.– Pense nisso! Mas eu vim aqui para falar que você deve conversar com Jacob. Nem que eu tenha que reforçar isso. – eu entendi bem o que ele quis dizer, nem que ele tenha que dar uma ordem.

–Ok. Onde ele está? – a dor se transformando em raiva. De novo sem opção.

– Ele está lá fora.

– Rá! E ele mandou vocês virem aqui?– ri sarcasticamente.

– Não, ele queria meter o pé na porta e entrar assim mesmo. Nós que não deixamos.– ele disse me fazendo arregalar os olhos

– Precisa ser hoje, Sam? –Meu estomago deu um nó. Eu ainda não estava preparada pra falar com Jacob. Tentei me concentrar fechando os olhos para parar as malditas lagrimas. Não queria demonstrar fraqueza. Eu tinha que ser mais forte que o imprinting. – Eu preciso de um tempo.

– Não precisa ser hoje, mais se vocês não se resolverem logo, eu vou me intrometer de novo. – eu assenti e Sam se virou saindo do quarto me deixando sozinha.

Passei a noite me revirando na cama. A mágoa a muito já tinha se transformado em raiva. Se eu não podia escolher, Jake iria. Era hora de dar um basta nessa situação. Eu sempre tive medo de colocá-lo contra a parede, mas eu não iria mais aceitar esse tipo de atitude dele. Tomei um banho demorado para acalmar meus músculos tensos e acabei me atrasando para a aula. Me vesti rápido e sai de casa, Aiyana já estava impaciente me esperando do lado de fora com Embry e ... Seth?o.O

– Hey ! – ele disse.

– Seth!? O que você esta fazendo aqui, não vai à aula?

–Uh!! É exatamente o que eu estou fazendo, indo a aula com você!

– Então Jake te mandou aqui? - Ele sorriu seus grandes olhos negros se apertando. – Desde quando eu preciso de babá?

–Bem as ordens de Jake são bem persuasivas, entende? Então acho que sou uma babá meio estranha!

– Você é lindo, Seth. Mesmo de babá. –falei me esticando pra beijar o seu rosto.– Mas realmente não precisa, eu já aprendi o caminho do colégio já faz é tempo. E eu tenho a companhia deles. – apontei para o casal atrás de nós, mas acabei fazendo uma careta. Se já estávamos atrasados, eles pioravam a situação. A cada passo que Aiyana e Embry davam, eles paravam para se beijar, assim não chegaríamos nunca. Revirei os olhos.

Mas Sam tinha razão, eu nunca conseguiria dizer adeus aos garotos. Até do irritante Paul e Leah na sua eterna TPM, me fariam falta. Caminhávamos em silêncio pela trilha que cortava a floresta. Só ouvindo as risadinhas do casal feliz atrás de nós. Até que Seth suspirou.

Eu olhei pra ele sabendo que queria falar algo.

– Que foi Seth? Desembucha logo.

– Sabe , eu acho que você deve dar uma chance pra ele.

– Mais uma chance você quer dizer? Me diz uma coisa ser cabo eleitoral do Jacob é um bom emprego, ou é só algo que você faz voluntariamente?– Nisso ouvi um passo amassando as folhas secas no meio da floresta. Era um lobo. Era Jacob. – Bom, avise a ele que se não parar de me seguir, vou abrir a temporada de caça ao lobo sarnento. John deve ter alguma arma escondida em casa. – Seth riu.

– Sério vocês têm que se acertar, nenhum dos dois pode viver um sem o outro.

Seth tinha razão, não tínhamos como ficar separados, era impossível. Mas um gelinho não ia fazer mal a ele, iria?

A minha primeira aula era de Literatura Inglesa, com Jacob é claro. Pensei em sentar em outro lugar e não na nossa mesa de sempre, mas achei que era criancice demais. Me sentei e espalhei meus livros sobre a mesa, me debruçando sobre o meu caderno deixando que meus cabelos formassem uma cortina entre eu e o lugar que Jacob se sentaria. Ouvi Jake arrastar a cadeira ruidosamente ao meu lado, mais barulhento que de costume. Não levantei o rosto dos rabiscos que fazia no caderno. Ele se sentou praticamente se atirando na cadeira. Senti seus olhos queimando meu rosto, mas não me mexi.

Jacob era tão sacana que esticou as pernas encostando uma delas na minha. Meu coração disparou com o toque. Maldito coração dedo-duro! É claro que ele ouvia e deveria estar se divertindo com a minha reação. Senti meu rosto corando, mas continuei rabiscando a folha, tentando ao máximo me concentrar no padrão do desenho que eu fazia. Ele se aproximou mais de mim, e eu acabei perdendo uma onda deixando o desenho desalinhado. Larguei a caneta e me afastei, mas ele compensou a distancia encostando a perna de novo. A raiva borbulhando na minha cabeça. Bufei.

Virei a cabeça, olhando pra ele com a cara mais brava que consegui.

–Me enxergou?– ele disse, como se fosse possível não ter notado sua presença.

– Qual é o seu problema? – falei entre dentes.

– Eu quero falar com você!

– Nós estamos no meio da aula. Não percebeu?– falei olhando ao redor.

– Depois?– não pretendia responder, mas ele pressionou a perna na minha mais uma vez.

–Ok. – falei deixando os meus cabelos caírem de novo, entre nós.

O Sr Smith chamou a atenção da turma para a matéria e eu tentei o máximo me concentrar no que ele dizia, tentando esquecer a presença de Jacob tão perto.

A aula foi longa demais, ou eu estava nervosa demais, juntei minhas coisas o mais rápido que consegui, assim que o sinal tocou, e sai voando pela porta, tentando o máximo não chamar a atenção pra minha velocidade anormal. Minha próxima aula seria geografia e essa Jacob não fazia parte, mas chegando à porta da sala vi Embry parado encostado na parede. Embry tinha esse período comigo.

Pronto mais babás!

Passei por ele sem falar nada, mas o sentia nos meus calcanhares. Sentei na nossa mesa, me lembrando ao máximo que eu não tinha motivos para descontar a minha irritação em Embry, por mais que a minha vontade fosse essa. Abri um sorriso forçado.

– Como você está, ?– ele perguntou depois de se sentar ao meu lado.

–O que você acha?

–Já falou com o Jake?

Olhei de soslaio pra ele espalhando meus cadernos na mesa.

– Ainda não.

– Mais vai falar?

–Sim, foram às ordens, não foram?

Me virei para o outro lado, dando fim a conversa. A professora estava absorta em seus pensamentos, rabiscando alguma coisa no quadro, e nem se importava com a conversa dos alunos que enchiam a sala.

oOo

Acompanhei Embry até a sala da Aiyana, que já nos esperava do lado de fora. A conversa dos dois era só um zumbido nos meus ouvidos, já que eu estava ocupada demais pensando na conversa com Jake pra prestar a atenção nos dois. Em poucos segundos senti os outros garotos se juntarem ao grupo. Jacob seguia atrás de nós.

Entramos na fila para pegarmos nossos almoços. Aiyana tagarelando na minha frente, Jacob grudado atrás de mim.

Peguei só uma limonada enquanto Jake enchia a bandeja dele.

– Você não vai comer?– ele se abaixou falando na minha orelha com sua voz rouca, me fazendo arrepiar ao sentir seu hálito contra a minha pele.

– Não!– falei sem conseguir evitar olhar seu rosto. Ele juntou as sobrancelhas.

– Vamos sentar ali. – ele apontou para uma mesa vazia no canto do refeitório, e praticamente me empurrou para lá. Eu só pude abanar para os garotos.

–Porque você faz assim?– falei indignada.

–Porque você está me evitando!– ele se sentou fazendo sinal pra que eu me sentasse a sua frente.

Sentei totalmente contrariada, segurando minha raiva ao máximo, antes que ela se esvaísse.

– O que você quer Jacob?

– Quero conversar com você. – ele disse colocando sua mão em cima da minha.

– Fala!– me encostei na cadeira puxando minha mão e cruzando meus braços sobre o peito.

Ele ficou parado com a mão estendida por sobre a mesa.

– Você não vai comer?– ele perguntou mostrando a limonada na minha frente.

– Não. E você?– mostrei a montanha intocada de comida na frente dele. Ele empurrou a bandeja na minha frente.

– Pega alguma coisa. – ele empurrou mais a bandeja. Eu fiz uma negativa com a cabeça. Ele entortou a boca em desgosto.

– Fala logo que você quer Jacob!

, não era pra você ter visto aquilo.

–Ah, então se eu não tivesse visto não teria problema?– eu fiz uma cara de desdém.– Jacob eu nem falo da sua obsessão por Bella, e sim pelo seu ódio pelos Cullens.

– Isso é mais forte do que eu.

– Qual dos dois, a obsessão ou o ódio?– eu estava irritada e respirei fundo tentando me acalmar.

- O que aconteceu não tem nada a ver com nós dois. – Jake disse enterrando a cabeça nas mãos.

- Que estranho, Jake! Tudo na minha vida tem a ver com você.– Falei tentando segurar a máscara de calma em meu rosto, mas as lágrimas queimavam os meus olhos. Respirei fundo. - Você nem se lembrou de mim. – desabafei. A mágoa quebrando as palavras em partes estranhas. Isso era o que mais me machucava, ter sido completamente ignorada por ele.

Jake não disse nada! Não disse que eu estava errada e que aquilo era uma grande bobagem minha! Que ele pensava em mim todos os segundos, assim como eu pensava nele. Ele nem levantou o rosto das mãos para me olhar.

A raiva borbulhava na minha cabeça.Pois ele que fosse a merda! Tirei com dificuldade a pulseira de compromisso que ele havia me dado já que minhas mãos tremiam. Ele franziu as sobrancelhas. Seus olhos se abriram mais em espanto. – Eu quero te devolver isso. – estendi o braço com a mão segurando a pulseira para que ele a pegasse.

Jake puxou os braços, colocando as mãos embaixo da mesa. Ele balançou a cabeça em negativa. – Não!- foi só o que ele disse. Seus olhar endureceu.

- Não deixe as coisas mais difíceis pra mim do que já estão. - pedi.

Jake continuou me encarando, seus olhos escuros se apertados em riscos estreitos. – Se você me disser que não me ama mais, eu aceito ela de volta. – ele atirou.

- Você sabe que não posso dizer isso. – falei derrotada, deixando meu braço cair na mesa. Toda a força se esvaindo. Tudo o que queria era que ele me puxasse pros seus braços e me fizesse esquecer toda aquela mágoa. Mas ele não fez. – Eu até entendo a Bella. – falei em um tom tão baixo que achei que ele não ouviria mesmo com sua audição aguçada. Aquela afirmação surpreendendo até a mim.

– Como é que é? – ele perguntou, suas sobrancelhas juntas.

– Se fosse comigo, se você fosse um... Cullen, eu aceitaria qualquer coisa para ficar contigo. Até me transformar em um deles. – baixei os olhos para minha limonada intocada. Era verdade eu faria qualquer coisa por Jacob, até passar por cima dos meus sentimentos.

O sinal tocou. Eu levantei em um salto e comecei a caminhar em direção ao corredor. Ainda esperei que Jake viesse atrás de mim, segurasse meu braço e me puxasse para ele. Mas ele continuou sentado observando eu me afastar.






































Capítulo 41


Eu tinha trabalho de literatura para fazer para outra semana, apesar de ser sábado, decidi não deixar para ultima hora. Espalhei meus livros pelo chão, tentando ao máximo desvendar o que Edith Warthon havia escrito em A Idade da Inocência. Mas as palavras não faziam sentido algum. Claro que não faziam, se meu maldito cérebro não parava de pensar em Jacob. Fechei o livro com força desnecessária. O que será que ele está fazendo agora? Bufei. Isso não é mais da minha conta, não é mesmo? Pensei.

Abri outro livro.

“O rosto de bigode preto olhou para baixo em todos os lugares de comando. Havia um na casa da frente, imediatamente oposta. O GRANDE IRMÃO TE OBSERVA, a legenda disse, enquanto os olhos escuros olharam profundamente os de Winston. Abaixo do nível da rua, outro cartaz, rasgado num canto, agitou errático ao vento, alternadamente cobrindo e descobrindo a única palavra: INGSOC. Distante, um helicóptero des- “

Com um suspiro fechei o meu exemplar de 1984! Não adiantava. Meu cérebro não funcionava sem o Jacob.

- Eu não acredito que você vai passar o sábado trancada no quarto, estudando! – Aiyana disse ao entrar pela porta do quarto. – Em e eu vamos até a praia, quer ir?

Ir de vela do casal açúcar? Preferia ficar estudando!

- Acho que não! – falei desanimada.

- , presta atenção. - ela caminhou até a janela e abriu bem as cortinas. – Olha só! Sol! Quanto tempo faz que não tem um dia lindo desses em La Push? – sem esperar minha resposta, Aiyana respondeu a própria pergunta. - Séculos! Então vamos! Mexa-se!

- O Jake não vai estar lá, não é? – perguntei sem saber se a resposta que eu queria era sim ou não.

- Não! – ela respondeu sem desviar os olhos da gaveta, onde ela escolhia um biquíni para pôr – Quer dizer... – ela continuou, me fazendo parar de juntar os livros e olhar pra ela. - ... a praia é pública, nada impede que o Jake passe por lá! – sorriu.

Estreitei os olhos. Eles bem que seriam capazes de formar um plano para me deixar sozinha com o Jake, e colocar abaixo todo o esforço que fiz de fugir dele durante a semana.

- Ok! Vou convidar o Chris, então!

Aiyana deu de ombros. – Ok! Mas leve o violão! – ela disse e depois marchou até o banheiro.

Levar o Kurt!?!o.O

oOo

- Ok, qual é o plano? – Chris sussurrou em meu ouvido. Chris estava sentado na areia ao meu lado. Os olhos cobertos com um óculos escuros. Usava uma bermuda estampada e uma camiseta branca.

Enterrei meus pés mais na areia, vendo Embry passar protetor solar nas costas da Aiyana.

- Plano? – perguntei me fazendo de desentendida.

Ele levantou os óculos só o suficiente para que eu visse seus olhos girando.

- Você me convidou pra que, exatamente? Não que eu não goste da idéia. Afinal praia mais sol, igual a homens sarados, semi-nús. – ele baixou os óculos até a ponta do nariz, olhando em volta, para os turistas que passavam por nós, aproveitando os últimos dias de verão.

Ri, dando uma cotovelada de leve em suas costelas.

- Autch! – ele disse esfregando o local com a mão.

- Eu só quero que você não me deixe sozinha!- falei olhando pra ele com carinha de cachorrinho.- E bem que você poderia disfarçar um pouquinho! .

– Vai dizer que você não me chamou aqui para fazer ciúmes?- ele perguntou. Fiz uma negativa com a cabeça, lançando um olhar de “Como você pensa isso de mim?”. Ele riu. – E quanto a disfarçar, Anjo! Nem que eu quisesse. Olha só! – Chris disse me fazendo olhar na direção em que ele olhava.

Paul, Jared de mãos dadas com Kim, Seth, Kevin e Brad estavam se juntando a nós. Claro que os garotos estavam sem camisa.

- Onde está o Quil?- perguntei a eles depois de tê-los cumprimentado.

- Com Claire! – Jared respondeu a minha pergunta óbvia.

- Quem é Claire? É a namorada do Ateara? – Chris perguntou.

- Não! – respondi. Pelo menos não por enquanto!

- Vamos jogar?- Paul nos perguntou, mostrando a bola de futebol americano de borracha entre as mãos.

- Footboll? – perguntei decepcionada.

- Ah é verdade a joga Soccer! – Seth lembrou e eu sorri para ele.

- Eu tô dentro!- gritou Aiyana.

No fim só eu, Kim e o Chris ficamos de fora. Sentados os três, observando.

- Vamos esperar o Jake, pra ficar em número par. – disse o Seth segurando a bola que Paul tinha lançado.

Só a menção do nome do Jake já me causou uma revoada no meu estômago.

- E lá vem ele!- Chris disse por baixo da respiração.

Quando nossos olhares se cruzaram, Jake sorriu. Uma sensação de formigamento percorreu meu corpo, e antes que eu pudesse evitar, sorri de volta.

- E quem é ela?- Chris perguntou se referindo a garota ao lado de Jake. Baixei meus óculos escuros os colocando nos olhos. Não queria olhar, ele podia sair com quem quisesse, não é? Mas a raiva borbulhava em minha cabeça. Como ele podia fazer isso? Não fazia uma semana que tínhamos terminado. Terminado não, dado um tempo!

Eu não usava a pulseira mais no meu pulso, mas a carregava sempre comigo. Nesse momento ela pareceu pesar quilos no bolso traseiro do meu shorts.

Fechei a cara. Eu não ia ficar ali assistindo aquela palhaçada!

- Vem Chris!- levantei puxando ele pela mão.

- A onde? – ele me perguntou alarmado.

Passei meu braço pelo dele. – Vamos dar uma volta! – falei tomando o caminho que me faria passar bem ao lado de Jacob e a tal garota. E ela parecia ser mais velha que ele! Jake e sua obsessão por garotas mais velhas!!! Eu estava com tanta raiva que pontos vermelhos se formavam em meus olhos.

- Você acha que é seguro? – Chris perguntou. – Pois eu acho que minha vida corre perigo aqui. – Chris diminuía tanto o passo, que eu tive quase que carregá-lo.

- Como assim?- falei puxando ele pela mão.

- Olha a cara do Black! – Chris tremeu.

- Ele que se atreva! – resmunguei enquanto passava de mãos dadas com Chris, por um Jake com cara de poucos amigos.

- ! – a garota exclamou, assim que ia passando por eles. Seu tom era de que me conhecia. Me virei para olhá-la. Ela sorriu. Um sorriso conhecido.

- Rachel?- Ou será, que era Rebecca? Ela sorriu mais, era Rachel com certeza.

-Garota como você está linda! – ela disse me puxando para um abraço.

- Obrigada! – Agradeci.- Você também está linda!

- Jake não exagerou nenhum pouco! – ela falou me examinando de cima a baixo, meus olhos correram para Jake que também me encarava. Sua feição indecifrável. Senti meu rosto esquentar na mesma hora. Jake, falou de mim?

- Esse é o Chris! – puxei ele pela camiseta, assim tiraria o foco de cima de mim.

Enquanto Chris conversava e fazia amizade com a irmã de Jacob, ele me puxou pro lado se curvando para falar. Seu rosto na altura do meu, sua boca a centímetros da minha.

- Onde você ia com ele? – Seu hálito doce e quente batendo no meu rosto, me dando água na boca. Jake perguntou com seu tom mais calmo, mas eu sabia que ele fazia esforço para não demonstrar o que sentia.

- Só ia dar uma volta! – respondi e depois mordi o lábio. Eu não tinha o porquê dar explicações a ele, não é mesmo?

Pisquei várias vezes para tentar fazer meu cérebro voltar a trabalhar. Dei um passo para trás, me livrando do campo gravitacional que me atraia para ele. Mas Jake segurou minha mão.

- Me parece que ele desistiu do passeio. – ele disse indicando o Chris conversando com Rachel. - Se você quiser eu vou com você. – seus olhos em um negro liquido.

- Não obrigada! – falei puxando minha mão, cortando a corrente elétrica que passava entre nós dois.

- ! Por favor! – ele pediu, mas antes que eu caísse em tentação, dei meia volta e fui atrás de Chris, que já estava de volta sentado no mesmo lugar ao lado de Jared e Kim, com Rachel. Eles conversavam como se fossem velhos amigos. Esse era o poder de Chris. Empatia. Me sentei ao lado deles respirando fundo tentando me recompor.

Jake parou em nossa frente. Sua sombra projetando sobre mim.

- E aí Jake, vamos jogar? – Paul perguntou atirando a bola para Jake que pegou num movimento ágil.

- Depois cara! – Jake devolveu a bola que acabou acertando com tudo a testa de Paul, que nem pareceu sentir. Não tinha como Paul não ter pego aquela bola, não com sua habilidade de lobo.

Todos olharam para Paul sem entender nada. Todos menos Chris e Rachel que conversavam animadamente sem se dar conta do que estava acontecendo. Paul os olhava fascinado. Olhava fixamente para Rachel.

- Ah não! –Jake urrou colocando as duas mãos na cabeça e jogando ela para trás, chamando a atenção de Chris e Rachel.

Todos os do bando sabiam o que estava acontecendo, menos os dois.

- O que aconteceu?- Rachel perguntou para Jacob.

Ele não respondeu, mas sua cara dizia tudo. Tudo que Jake não queria era ser cunhado do Paul.

- Rachel, eu sou Paul.- Paul disse estendendo a mão para ela. Ela sorriu. Mas quando suas mãos se tocaram, os olhos de Rachel se arregalaram. – Quer dar uma volta?

Rachel assentiu, se levantando e saindo caminhando ao lado de Paul.

- Outro?- Seth perguntou meio chateado, mas ninguém respondeu. Um silêncio se apoderou do grupo. Todos observavam a reação de Jacob. Mas ele só largou os braços, os deixando cair ao lado do corpo.

- Vamos jogar! – Jake ordenou ainda meio irritado. Mas o que ele poderia fazer? Ele mais do que ninguém, sabe que não se escolhe essas coisas.- Pensei. - No inicio ele também não teria me escolhido. Um arrepio percorreu a minha pele. Abracei os meus braços, enquanto observava os garotos jogando e o sol se pondo atrás deles.

- Com frio? – Chris perguntou, mas antes que eu tivesse a chance de negar, ele passou os braços pelos meus ombros me puxando mais pra ele. – Pronto, fiz a minha parte! Se você não levar flores no meu tumulo eu venho puxar o seu pé! – reprimi um riso. – Agora me conte, o que houve com aqueles dois? – ele perguntou indicando o local em que Rachel e Paul haviam desaparecido. – Parece que pude ver a eletricidade passando pelos dois quando se tocaram.

Um imprinting não era uma coisa que eu podia explicar para o Chris, mas antes que eu pudesse abrir a boca para dar uma desculpa, um barulho de balão estourando e ar escapando, nos chamou a atenção.

-Ah Jake! Você acabou com a bola! – Embry reclamou.

- Desculpe ai! – Jake disse vindo em minha direção, sua mandíbula rígida as sobrancelhas juntas. Tranquei a respiração e me afastei dos braços de Chris, mas Jake só se jogou na areia ao meu lado.

- Anjo, eu tenho que ir! Nos falamos depois? – Chris perguntou.

-Sim! – respondi antes dele depositar um beijo na minha testa. Chris se levantou e saiu se despedindo do pessoal.

-Anjo? –Jake perguntou,mas eu não sabia se era comigo que ele falava ou ele só estava fazendo contestações erradas. Virei o rosto para o outro lado, sentindo seu olhar queimar meu rosto.

Fiquei sentada ao lado de Jake, sentindo todo o calor que emanava de seu corpo, me atraindo como imã. Os garotos decidiram por fazer uma fogueira, já que estava anoitecendo. E quando eu vi Embry e Jared já estavam trazendo salgadinhos e refrigerantes.

- A trouxe o violão! – cantou Aiyana. Eu arregalei os olhos. Ah não! Ela não ia me fazer cantar, ia? Claro que ia.

Respirei fundo, colocando o violão encaixado na minha perna e tentando fazer com que o sangue que se concentrava em meu rosto se dissipasse. A noite já tomava conta e só uma faixa de luz iluminava o céu no horizonte acima do mar.

Peguei o Kurt e comecei a dedilhá-lo. Jacob se levantou caminhando até outro lado da fogueira e se sentando junto com Jared e Kim, levando todo o calor com ele.






















Mi Sol


Eres el regalo que nunca pedi

La porción de cielo que no mereci

Todos mis añelos se han cumplido en ti

Y no quiero perderte No lo quiero asi


Você é o presente que eu jamais pedi

A porção de céu que eu não mereci

Todos meus desejos foram em você

E não quero te perder não quero isso assim


Te deje tan sola me senti sin ti

Y no quiero de nuevo estar así, así

Tomame en tus brazos, soy parte de ti

Soy parte de ti



Te deixei tão sozinha me senti sem você

E não quero de novo estar assim, assim

Leve-me em seus braços, eu sou parte de ti

Sou parte de ti


Eres mi sol luz calor y vida para mi

Eres tú, mi sol la estrella que a mi vida sustento

Eres tú, Mi sol

Lo que quiero ahora es perderme en ti

Y ser envuelta en todo lo que eres tú (ser envuelta en todo lo que eres tú)


Você é meu sol, luz calor e vida para mim

Você é, meu sol, a estrela que minha vida ajudou

É você meu sol

O que eu quero agora é me perder em ti

E ser envolvida em tudo que você é (ser envolvida em tudo que você é)


Te deje tan sola me senti sin ti

Y no quiero de nuevo estar así, así

Tomame en tus brazos, soy parte de ti

Soy parte de ti


Te deixei e tão só me senti sem ti

E não quero de novo estar assim, assim

Leve-me em seus braços, eu sou parte de ti

Sou parte de ti


Eres mi sol luz calor y vida para mi

Eres tú, mi sol la estrella que a mi vida sustento

Eres tú, Mi sol



Você é meu sol, luz calor e vida para mim

Você é, meu sol, a estrela que minha vida ajudou

É você, meu sol


N/A quero agradecer a Amanda linda que mandou essa musica pra colocar em S&C. Obrigada flor por acompanhar a fic! Bjs




















Capítulo 42



POV Jacob Black

Eu a vi no momento em que coloquei os pés na praia. Meu coração acelerou no mesmo instante.

Ela ria. Os cabelos se mexiam com o vento, presos somente pelos óculos que usava na cabeça.

Meus olhos encontraram a sua boca e vi quando ela umedeceu os lábios antes de falar, coisa que ela fazia sem perceber e que me deixava louco.

Sua boca!

Não consegui evitar que minha mente trouxesse a memória do gosto daqueles lábios. Engoli em seco quando a lembrança das vezes que a tive em meus braços, encheu a minha mente. Ela era minha. Ela foi minha. E agora eu sentia que ela escapava por entre os dedos. Por culpa minha!

Como eu me odiava por todas as vezes que vi a magoa nos seus olhos. Mas se ela pudesse entender que o que aconteceu não tinha nada a ver com o que eu sentia por ela. Como ela ainda podia duvidar que era tudo pra mim. Eu amava essa garota mais que tudo na minha vida! Se ela apenas me escutasse! Mas ela estava me evitando a semana toda.

Cheguei a duvidar do plano da prima dela. Mas agora ela estava na minha frente. Como Aiyana tinha me prometido.

- Ela é linda, meu irmão! Você tem bom gosto! – Rachel me disse. Claro que Billy tinha aberto sua enorme boca, assim que Rachel colocou os pés em casa. Não que eu ficasse chateado com alguém a elogiando, mas o velho podia ter deixado pra eu fazer isso.

levantou o rosto me olhando com aqueles olhos azuis, senti meu corpo formigar e quando me dei conta já estava com um sorriso idiota no rosto. Por algum motivo ela sorriu de volta me dando esperança que esse plano idiota pudesse dar certo. Mas antes que eu ficasse muito animado, fechou a cara, colocou os óculos escuros e se levantou. Só então eu vi que ela estava acompanhada.

Cravei as unhas na palma das mãos para aliviar o tremor de raiva. Eu não podia fazer algo que deixasse ela com mais raiva de mim. Matar o magricela seria uma dessas coisas.

Observei as mãos dela deslizarem pelo braço dele e se encaixar na mão, enquanto ela se aproximava. Aquilo me revoltou mais ainda. Será que ela já havia me trocado? Tão rápido?

- ! – Rachel a chamou, quando ela ia passando. parou, suas sobrancelhas juntas. Vi de cara que ela não havia reconhecido Rachel. Mas ela sorriu novamente.

- Rachel?- ela perguntou com um pouco de duvida.

-Garota como você está linda! – Rachel disse a puxando para um abraço.

- Obrigada! – Ela agradeceu ficando um pouco corada.- Você também está linda!

Eu sabia exatamente, o quanto ela ficava sem jeito quando era elogiada.

- Jake não exagerou nenhum pouco! – Rachel continuou. Os olhos de vieram direto pra mim. Ela corou mais ainda. Segurei o riso porque sabia que isso iria a deixar aborrecida.

- Esse é o Chris! – ela puxou o garoto pela camiseta. Eu tinha que virar o jogo. Então aproveitei que Rachel e o magricela estavam papeando e puxei para perto. Eu tinha que senti-la então me aproximei o máximo que podia.

- Onde você ia com ele? – Falei tentando disfarçar minha raiva e a vontade de beijá-la.

- Só ia dar uma volta! – ela respondeu e depois mordeu o lábio. Seu rosto endureceu.

Eu senti que ela ia se afastar, mas eu não estava pronto para deixá-la ir. Segurei sua mão.

- Me parece que ele desistiu do passeio. – eu disse indicando com o queixo o outro garoto conversando com Rachel. - Se você quiser eu vou com você.

- Não obrigada! – ela disse secamente e puxou a mão da minha.

- ! Por favor! – pedi, mas ela simplesmente se virou e foi se sentar ao lado do tal de Chris. Eu vi que não seria fácil, então a única coisa que pude fazer foi segui-la.

Parei na sua frente, tentando mostrar que não desistiria facilmente.

- E aí Jake, vamos jogar? – Paul perguntou me atirando a bola.

- Depois cara! – respondi devolvendo a bola, mas o panaca não reagiu e ela acabou acertando sua testa. De inicio achei que tudo não passasse de brincadeira dele, mas quando vi que seus olhos estavam fixos na minha irmã, percebi tudo. O imbecil do Paul tinha tido uma imprinting com a Rachel. - Ah não! –urrei jogando minhas mãos pra cima.

- O que aconteceu?- Rachel me perguntou. Mas eu mal ouvi, porque tudo que eu pensava era que se alguém lá em cima estava de gozação comigo. Ótimo! Pensei irônico. Minha vida não está uma merda suficiente?

Observei Paul se aproximar de Rachel e se apresentar, e a mágica estava feita. Os olhinhos da minha irmã brilhavam. Os dois saíram caminhando, e eu não podia fazer nada para impedir.

- Outro?- ouvi Seth perguntar. Era uma coisa que ninguém podia ir contra. Larguei os ombros vencido.

- Vamos jogar! – falei, minha voz ainda saindo frustrada.

Lancei a bola em uma distância maior que o necessária. Seth teve que correr um pouco mais rápido que o permitido em publico. “Calma ai cara!” – Embry sussurrou pra mim. Fazendo sinais com as mãos para que eu diminuísse a força. Recebi a bola de volta e olhei ao redor para ver pra quem lançaria.

- Com frio? – ouvi o magricela perguntar para a passando os braços pelos ombros dela. Só percebi que estava concentrando minha raiva nas mãos quando senti a bola esvaziando.

-Ah Jake! Você acabou com a bola! – Embry reclamou.

- Desculpe ai! – falei. Mas eu não me importava nem um pouco. Tinha que acabar logo com os planos do frangote antes que fosse longe demais.

Me sentei ao lado dela lançando todo o meu olhar de ódio no Salsicha. Quem ele achava que era pra tentar ficar com uma garota como a ?

- Anjo, eu tenho que ir! Nos falamos depois? – ele disse pra ela.

-Sim! – ela respondeu e ele encostou aquela boca suja nela. Respirei fundo tentando me convencer que atitudes violentas só deixariam a com mais raiva de mim ainda!

-Anjo? – Pensei alto. Pelo jeito o negócio era pior do que eu pensava. Eu tinha que colocar o tal plano em ação.

- A trouxe o violão! – falou Aiyana. Essa era a minha deixa.

Me levantei e fui sentar do outro lado da fogueira ao lado de Jared. – E ai. Tudo pronto? – perguntei assim que me sentei. Não me agradava muito a idéia de pagar um King Kong desses, mas se o plano fosse trazer a de volta, eu topava.

- Tudo certo! É só a terminar a música que a gente pode começar.

- Espero que esse plano doido dê certo! – disse. Enquanto ouvia a voz doce da começar a cantar. Eu não entendia muito de espanhol, mas o que consegui entender me deu esperanças.

- Pelo jeito vai dar certo sim! – Kim disse. Fiquei mais aliviado,torcendo que a letra da música significasse o que ela realmente sentia.

Fim POV Jacob Black


POV

Quando terminei a música, os garotos aplaudiam e assobiavam, me fazendo ficar envergonhada. Agradeci mesmo sabendo que aquele exagero todo era só pra me deixar constrangida.

- Outra! – pediu Brad, e eu olhei em volta a procura de socorro.

- Depois! – Aiyana atendeu o meu apelo mudo.- Deixa minha prima beber alguma coisa!

- Obrigada! Mas eu queria ouvir mais gente cantando também. - falei me levantando e indo em direção a caixa com os refrigerantes. Ouvi um cochicho baixo entre eles, mas ignorei.

Remexi nas latas a procura de alguma gelada, mas isso seria pedir demais não é mesmo? Peguei uma quente, já que era o que restava. Enquanto procurava algum pacote de salgadinhos de marca conhecida, ouvi as cordas do Kurt sendo tocadas. Alguém estava começando uma canção. Me virei pra ver quem era e percebi que todos me encaravam sorrindo.

Procurei quem estava com o violão e não pude evitar que meu queixo caísse. Jared estava tocando o violão e quem ia cantar era o Jake! O.O





















Aiyana me puxou mais eu travei, não conseguia mover minhas pernas. Então ela praticamente me empurrou fazendo com que eu ficasse parada na frente do Jacob. Eu estava em choque, não sabia o que dizer. Mas não consegui evitar de sorrir.

Jake dizendo que sentia minha falta, que precisava de mim, era tudo que eu queria ouvir.

Ele segurou minha mão e aproximou e sussurrou no meu ouvido. – Quer dar uma volta?- eu assenti. Fazendo com que os garotos batessem palmas. Escondi o rosto no ombro de Jake encabulada.

- Por favor! – pedi rindo, sentindo minhas bochechas quentes. Jake gargalhou e me puxou para que o acompanhasse.

Caminhamos por um tempo, pela praia escura, até que a fogueira não era mais do que um ponto brilhante ao longe.

- Onde você andou se escondendo essa semana? – Jake perguntou, quebrando o silêncio. Jake ainda segurava a minha mão e eu percebi que ele ainda usava a nossa pulseira de compromisso.

- Jake... – eu comecei, mas ele me interrompeu.

Ele parou tocando meu rosto com a mão, levantando meu queixo.

– Você é tudo pra mim, ! Não duvide disso. Nada que eu fiz foi querendo te magoar.

- Eu sei disso Jake. – falei desviando o olhar dele. – Eu estava estudando.

- O que? – ele perguntou com as sobrancelhas juntas sem entender o contexto da minha frase.

- Você perguntou onde eu tinha estado essa semana, eu estava na biblioteca estudando.

-Estudando? – ele entortou a boca como se não acreditasse muito. – Mas o ano letivo a recém começou!

Como ia explicar a ele os meus planos? – Jake, depois que os Cullens forem embora e essa loucura toda tiver fim, eu... – mordi os lábios tentando ter coragem pra terminar minha frase. – eu vou seguir minha vida, ir pra faculdade... no Brasil. Lá o vestibular é puxado, por isso estou estudando.

Jake ainda me encarou por um tempo como se o que eu falava não fizesse sentido. – Eu vou junto. – ele disse rapidamente. – Não importa pra onde, nem se você vai me querer como namorado ou como amigo. Eu simplesmente não posso te deixar. – fechei os olhos para segurar as lágrimas.

– Não, Jake! O seu lugar é aqui– eu disse.

Ele me puxou para cima passando a outra mão pela minha cintura nos aproximando, mas eu coloquei a mão em punho em sua barriga restringindo seu movimento.

– O meu lugar é com você! E eu vou te conquistar de novo, !– ele falou colando sua testa na minha e fechando os olhos.

Eu tinha toda a certeza que sim, mas naquele momento minha teimosia era maior.



















Capítulo 43


POV Jacob Black


Cheguei em casa depois da ronda, tarde da noite. Entrei devagar sem fazer barulho, já que Billy e Rachel deveriam estar dormindo. Automaticamente passei a mão no prato servido dentro do forno e coloquei no microndas. Todo meu corpo funcionava como um robô, fazendo as obrigações que estavam programadas, porque minha mente viajava até algumas semanas atrás, na noite da festa na praia. Passando uma vez atrás da outra a cena dela me deixando, como em um filme.

Mesmo com toda a música e declaração, tinha pedido mais um pouco de tempo. E eu não estava em posição de exigir nada dela.

A campainha do forno soou, me trazendo para a realidade. Peguei o prato quente com uma mão, sem me importar com a ardência que ele causava. Logo a queimadura estaria curada mesmo. Comi rapidamente e larguei o prato na pia. Amanhã daria um jeito nele.

Me atirei na cama, sentindo todo o meu corpo cansado, mas minha mente não sossegava. Eu tinha que dar um jeito de ter a de volta.





















Sentei na cama, e coloquei a mão na nuca tentando aliviar a tensão. A angustia não me deixava dormir. Meus olhos voaram para o celular em cima da cômoda. Passei a mão no aparelho e sem nem pensar direito no que estava fazendo, e disquei o número dela. Esperei um, dois, quatro toques. Achei que acabaria na caixa postal, mas ela atendeu com a voz sonolenta.

-Jake?- Ouvir a voz dela era tudo que eu queria, mas como eu explicaria aquela ligação?

- Oi! – falei simplesmente, meio envergonhado por estar ligando tão tarde.

- Aconteceu alguma coisa Jake? - ela perguntou alarmada.

- Não! Não aconteceu nada!É só que...

- Você está bem?

- Não, eu não estou bem!- respondi sem pensar.

-Jake!- ela falou baixinho, esperei que ela dissesse mais alguma coisa. Rezei para que ela dissesse que eu estava perdoado, mas ela não disse mais nada.

- Tudo bem, ! Desculpe eu ter te ligado tão tarde! – falei tentando engolir o bolo que se formava em minha garganta.

- Não Jake! Eu gostei de você ter me ligado!- ela suspirou baixinho. – A gente se vê amanhã?

Eu já não sabia se ela falava aquilo para ser educada, ou porque queria me ver mesmo. – Claro, claro!- respondi desanimado, achando a primeira opção a mais provável. – Boa noite, !

- Boa noite Jake!- e ela desligou.

Fechei a mão com força transformando o celular em um monte de pedaços.

N/A Muito bem flores, a partir daqui o texto é uma adaptação de Amanhecer. Segue assim por alguns capítulos, até que volta a ser meu texto novamente. Então contém spoliers e toda a semelhança não é mera coincidência. Bjs.

Acordei com uma risada alta vindo da sala. Saí do meu quarto vendo que o sol já estava alto. Eu tinha dormido demais.

-Jesus, Paul, você não tem uma casa própria?

Paul, ocupando todo o meu sofá enquanto descansava, assistindo a algum jogo estúpido de baseball, na minha merda de televisão, sorrindo maliciosamente para mim e aí - bem devagar - ele pega um Doritos do saco em seu colo e coloca inteiro em sua boca.

-É melhor que isso tenha vindo com você.

Crunch. (mordida) -Não– ele disse enquanto mastigava. -Sua irmã me disse para ir em frente e pegar o que eu quisesse.

Eu tentei fazer com que a minha voz soasse como se eu não estivesse prestes a socá-lo. -A Rachel está aqui agora?

Isto não funcionou. Ele ouviu aonde eu ia e empurrou o pacote para suas costas. Ele crepitou enquanto Paul a esmagava contra a almofada. Os chips se desmancharam em pedaços. As mãos de Paul se ergueram em punhos, perto de seu rosto como um boxeador.

-Venha, criança. Eu não preciso da Raquel para me proteger.

Eu bufei. -Certo. Como se você não fosse chorar para ela na primeira chance.

Ele gargalhou e relaxou no sofá, deixando as mãos caírem. -Eu não vou tagarelar com uma garota. Se você tiver sorte, isto ficará somente entre nós. E vice-versa, certo?

Legal da parte dele me dar um convite. Eu relaxei meu corpo como se eu tivesse me rendido. -Certo.

Os olhos deles se voltaram para a TV. Eu me lancei. O nariz dele fez um satisfatório som de algo quebrando, no meu primeiro golpe. Ele tentou me agarrar, mas eu saí fora de seu caminho, antes que ele pudesse me segurar, o pacote de Doritos em minha mão esquerda.

-Você quebrou meu nariz, seu idiota.

-Apenas entre nós, certo, Paul?

Eu fui guardar o chips. Quando eu voltei, Paul estava reposicionando seu nariz antes que este pusesse sarar torto. O sangue já tinha estancado; parecia que não tinha origem, enquanto escorria pelos seus lábios e queixo. Ele amaldiçoou, estremecendo enquanto ele puxava a cartilagem.

-Você é tão chato Jacob. Eu juro, eu prefiro ficar com a Leah.

-Ouch. Wow, eu aposto que Leah realmente vai gostar de ouvir que você quer passar um tempo com ela. Isto irá aquecer o fundo de seu coração.

-Você irá esquecer que eu falei isso.

-Claro. Eu tenho certeza que isso não vai escapar.

-Ugh,- ele grunhiu, e então voltou para o sofá, esfregando o que sobrou do sangue no colarinho da sua camisa. -Você é rápido, criança. Eu admito. – Ele voltou sua atenção ao indistinto jogo.

Eu fiquei lá por um segundo, e aí eu fui a passos largos para meu quarto, murmurando sobre abduções alienígenas. Antigamente, você sempre podia contar com Paul para uma luta. Você não tinha que acertar ele - qualquer insulto mínimo faria. Não precisava de muito pra tirar ele do sério. Agora, claro, quando eu realmente queria uma boa luta confusa, rasgante, de derrubar árvores, ele tinha de estar todo meloso.

Já não é ruim o bastante que outro membro do bando tivesse tido um imprinting que funcionasse! Porque só o meu não deu certo? Fazia um mês que eu tentava conquistar a de volta, e o máximo que eu consegui foi me transformar em melhor amigo dela. Eu era tão estúpido que tinha perdido a melhor coisa que aconteceu na minha vida! E ainda para piorar Paul tinha tido o imprinting com a minha irmã!

Quando Rachel chegou de Washington no final do semestre de verão - graduada mais cedo, a nerd - minha principal preocupação tinha sido manter o segredo, ia ser difícil com ela aqui. Não estava acostumado a esconder coisas na minha própria casa. Isso me fez verdadeiramente compreensivo com as crianças, como Embry e Collin, cujos pais não sabiam que eles eram lobisomens. A mãe de Embry pensou que ele estava passando por algum estágio de rebeldia. Ele estava sempre de castigo por constantes fugas, mas, claro, não havia muito o que ele podia fazer sobre isso. Ela checava seu quarto todas as noites e, todas as noites, ele estava vazio de novo. Ela tinha gritado e ele escutado em silêncio, e então passava por isso novamente no outro dia.

Nós tentamos convencer Sam a dar uma trégua a Embry e deixar sua mãe saber, mas Embry disse que ele não importava. O segredo era muito importante.

Portanto eu estava sendo totalmente adequado em manter o segredo. E então, dois dias depois de Rachel chegar em casa, Paul gamou nela na praia. Bada bing, bada boom - amor verdadeiro! Nenhum segredo é necessário quando você encontra a sua outra metade! Claro que foi mais fácil com a , já que ela também é uma loba. Perfeita até nisso. E o retardado aqui deixou ela escapar por causa daquele sanguessuga engomadinho.

Rachel ficou sabendo de toda a história e eu ganharei Paul como cunhado algum dia. Eu sabia que Billy não estava muito emocionado com isso, também. Mas ele lidou com isso melhor do que eu. Claro, ele tinha escapado pra a casa dos Clearwaters com mais freqüência que o normal nesses dias. Não vi onde isso foi tanto melhor. Nenhum Paul, mais abundância de Leah.

Eu me perguntei - uma bala pela minha têmpora de fato me mataria ou somente iria deixar uma grande sujeira para eu limpar?

Me joguei na cama. Estava cansado - não tinha dormido direito desde minha última patrulha - mas eu sabia que não iria dormir. Minha cabeça estava muito cheia. Eu só pensava na , e em como fazer para ela me perdoar de vez. Não que ela me tratasse mal, mas aquela distancia que ela insistia em manter estava me matando! Será que ela não sentia minha falta também? Fora toda aquela aproximação com o imbecil do Chris. Minha vontade era esmagar o crânio dele na parede. Mas claro que isso só iria piorar minha situação. Os pensamentos balançavam no interior do meu crânio como um enxame desorientado de abelhas. Barulhento.

De vez em quando elas ferroavam. Deviam ser vespas, não abelhas. Abelhas morrem depois de uma ferroada. E os mesmos pensamentos estavam me ferroando de novo e de novo.

Outra coisa que estava me atordoando era a proximidade da quebra do acordo e toda essa espera. Como será que a noticia chegaria?

Charlie soluçando ao telefone - Bella e seu marido perdidos em um acidente. Uma queda de avião? Essa seria difícil de fingir. A menos que os sanguessugas não se importassem de matar um bando de espectadores curiosos para autenticá-lo, e por que eles iriam? Talvez um pequeno avião. Provavelmente eles teriam um de reserva.

A estória seria trágica - Bella perdida em um terrível acidente. Vítima de um assalto que deu errado. No jantar sufocando até a morte. Um acidente de carro, igual ao da mamãe. Tão comum. Acontece o tempo todo.

Será que ele a traria pra casa? Enterrá-la em consideração a Charlie? Cerimônia com o caixão fechado, é claro. O caixão da minha mãe tinha sido pregado.

Eu poderia apenas esperar que ele voltasse aqui, dentro do meu alcance.

Talvez não fosse existir nenhuma estória. Talvez Charlie ligasse para perguntar ao meu pai que ele tinha ouvido alguma coisa do Dr. Cullen, que não apareceu pra trabalhar apenas um dia. A casa abandonada. Nenhuma resposta de nenhuma ligação nos telefones dos Cullen. O mistério pego por algum programa de segunda categoria, suspeita de jogo sujo…

Talvez a grande casa branca queimasse por completo com todos dentro. Claro, eles precisariam de corpos pra isso aí. Oito humanos de tamanhos aproximadamente iguais. Queimados além do reconhecimento - além do reconhecimento da arcada dentária.

Pelo menos essa loucura teria um fim e eu poderia tentar seguir minha vida em paz com a , se ela ainda me quisesse é claro. Eu odiava saber que eu podia estar perdendo minha chance. Se ela entendesse que a Bella era como se fosse minha irmã. E o que me matava era a ver desistindo da vida por um assassino!

Nós poderíamos acabar com isso logo. Ir à noite. Nós poderíamos matar cada um deles que pudéssemos encontrar.

Eu gostava dessa idéia do plano por que eu conhecia Edward bem o suficiente pra saber que, se eu matasse qualquer da sua corja, eu teria a minha chance de pegá-lo também. Ele viria por revanche. E eu daria isso a ele - eu não deixaria meus irmãos matá-lo no pacote. Seria apenas eu e ele. Que o melhor homem vença.

Mas a não me perdoaria por isso. Ela com essa maldita compaixão pelos parasitas!

E Sam também não escutaria. Nós não vamos quebrar o acordo. Deixe que eles o façam. Apenas porque nos não tínhamos a prova que os Cullen não fizeram nada de errado. Ainda. Você tinha que adicionar o ainda, porque todos nos sabíamos que seria inevitável. Bella voltaria como uma deles ou não voltaria. De qualquer jeito seria uma vida que tinha se perdido. E isso significava fim do jogo.

Na outra sala, Paul urrava como uma mula. Talvez ele tivesse mudado pra um canal de comédia. Talvez o comercial fosse engraçado. Isso atacou meus nervos.

Eu pensei em quebrar o seu nariz de novo. Mas não era com Paul que eu queria brigar. Realmente não.

Eu tentei ouvir os outros sons, o vento nas árvores. Não era o mesmo, nem através de ouvidos humanos. Tinha milhões de vozes no vento que eu não conseguia ouvir nesse corpo.

Mas essas orelhas eram sensíveis o suficiente. Eu podia ouvir das árvores até a estrada, os sons dos carros vindo através da última curva onde você poderia finalmente ver a praia - a vista das ilhas e das pedras e do grande oceano azul que cobria o horizonte. Os policiais de La Push costumavam ser bem rigorosos naquela parte. Turistas nunca percebiam o sinal para reduzir a velocidade no outro lado da pista.

Eu podia ouvir as vozes fora da loja de souvenires na praia. Eu podia ouvir o sino ressoando enquanto a porta era aberta e fechada. Eu podia ouvir a mãe de Embry no caixa, imprimindo um recibo.

Eu podia ouvir a maré batendo contra as pedras da praia. Eu podia ouvir os gritos das crianças enquanto a água gelada vinha rápido demais para que elas pudessem sair do caminho. Eu podia ouvir as mães reclamando das roupas encharcadas. E eu podia ouvir uma voz familiar, a voz que preenchia meus sonhos, que acalmava meu coração.

Eu estava tão concentrado ouvindo a voz da , ao longe na praia que a repentina explosão da risada de asno de Paul me fez pular pra fora da cama.

-Saia da minha casa!–, eu resmunguei. Sabendo que ele não iria prestar nenhuma atenção, eu segui o meu próprio conselho. Eu abri minha janela com violência e pulei pela parte de trás da casa, assim eu não veria Paul de novo. Seria tentador demais. Eu sabia que eu o socaria de novo, e Rachel já estaria irritada o bastante. Ela veria o sangue na blusa dele, e ela me culparia na mesma hora sem esperar por provas. Com certeza, ela estaria certa, mas, ainda assim…

Eu marchei para a costa, meus punhos em meus bolsos. Ninguém olhava pra mim duas vezes quando eu entrei no estacionamento sujo da First Beach. Essa era uma das vantagens do verão - ninguém se importava se você não estivesse vestindo nada mais além de shorts.

Eu seguia a voz familiar que ouvi, mas encontrei Quil antes. Ele estava na parte sul da praia, evitando a maior parte da multidão de turistas. Ele soltava um constante rio de avisos.

-Fique fora da água, Claire. Vamos. Não, não. Oh! Ótimo, criança. Sério, você quer que Emily grite comigo? Eu não vou te trazer de volta pra praia de novo se você não - Ah é? Não - ugh. Você acha engraçado, é? Hah! Quem está rindo agora, huh?

Ela tinha um balde em uma mão, e seus jeans estavam encharcados. Ele tinha uma mancha gigante causada pela água na parte da frente de sua camisa.

-Cinco dólares na garotinha– eu disse.

-Hey, Jake.

Claire gritou e jogou seu balde nos joelhos de Quil. -Desce, desce!

Ele a colocou cuidadosamente de pé e ela correu na minha direção. Envolvendo minha perna com seus braços.

-Tio Jay!

-O que tá acontecendo, Claire?

Ela riu. – Quiu tooodo molhado agora.

-Eu posso ver isso. Onde está sua mãe?

-Foi, foi, foi– Claire cantou. -Claire brincou com Quiu tooodo dia. Claire nunca voltar pra casa.

-Parece que alguém entrou nos terríveis dois anos.

-Três, na verdade.– Quil corrigiu. -Você perdeu a festa. Tema de princesa. Ela fez com que eu usasse uma coroa e então Emily sugeriu que todos eles testassem a maquiagem nova dela em mim.

-Wow, eu realmente lamento não ter estado perto para ver isso.

-Não se preocupe, Emily tem as fotos. Na realidade, eu pareço um gostosão.

-Você é tão babaca.

Quil encolheu os ombros. -Claire se divertiu. Esse era o objetivo.

Eu revirei os meus olhos. Era assim mesmo para quem tinha tido uma impressão difícil. Não importava em que estágio eles estavam - já apertando o laço como Sam, apenas uma babá excessivamente abusada como Quil ou sendo somente melhores amigos como no meu caso é claro.

– Quil você viu a por ai? Eu achei que tinha ouvido a voz dela aqui na praia.

– Ela estava mesmo, ficou aqui por um tempo, mas ... – Quil fez uma pausa me observando. – dois amigos dela passaram e ela saiu com eles.– Pela cara de Quil, não devia ser coisa boa.

– Amigos?– falei disfarçando minha preocupação.

–É, um deles eu não conheço, o outro era o... – ele me olhou serio- ... o Chris.–Respirei fundo tentando acalmar a raiva que surgiu.– Eles só foram dar uma volta, Jake. Daqui a pouco ela está de volta.

Claire se pendurou em nos ombros de Quil e apontou pra o chão. -Pega a peda, Quiu! Pa mim, pa mim!

-Qual das pedras, pequena? A vermelha?

-Vemelha não.

Quil dobrou os seus joelhos - Claire gritava e puxava seus cabelos como uma rédea de cavalo. E eu já estava ficando impaciente, minha vontade era sair correndo atrás da .

-Essa azul?

-No, no, no…–a garotinha cantava entusiasmada com seu novo jogo.

A parte estranha era: Quil estava se divertindo tanto quando ela. Ele não tinha aquela expressão tão presente que os pais e mães relaxados tinham - aquela cara de quando-é-a-hora-da-soneca?. Você nunca veria um pai de verdade tão animado ao brincar de qualquer estúpida brincadeira infantil que seu filho pudesse pensar. Eu tinha visto Quil brincar de pique - esconde por uma hora inteira sem sinais de chateação.

E eu nem poderia tirar um sarro dele - eu o invejava tanto, pelo menos o imprinting dele havia dado certo.

Apesar de eu achar que seria péssimo o fato dele ter uns bons 14 anos de atitudes inconvenientes pela frente até que Clair tivesse idade - para Quil, pelo menos, era bom lobisomens não envelhecerem. Mas mesmo todo esse tempo não parecia deixá-lo muito preocupado.

-No, no amaelo!‖ Claire exultou. –Pega a peda! Pega a peda!– Claire gritava quando ele não ofereceu a ela outra chance.

-Desculpe Clair - ursinho. E essa linda pedra roxa?

-Não.– ela deu risinhos -Não, oxo.

-Me dá uma pista. Estou implorando, garota.

Claire pensou. -Veide.– ela finalmente disse.

Quil fitou as rochas, estudando-as. Ele pegou 4 pedras em diferentes tons de verde ofereceu a ela.

-Eu a peguei?

-Sim.

-Qual delas?

-Tooodas elas.

Ela fez uma concha com suas mãos e Quil colocou as pequenas rochas dentro dela. Ela sorriu e imediatamente fez sons metálicos sobre a cabeça com eles. Ele estremeceu teatralmente e depois começou a caminhar em direção ao estacionamento do lote. Provavelmente preocupado com ela pegar um resfriado com suas roupas molhadas.

Ele era pior do que qualquer paranóica e superprotetora mãe.

-Jake eu acho que vocês dois vão acabar se acertando.

-É, um dia!

-Eu aposto que a está disposta a te dar outra chance.

-Não sei, talvez eu fale com ela novamente.

Ele não disse nada alem disso.

Longe, muito baixo para qualquer um, exceto nós, ouvir sobre o som das ondas, um uivo passou pela da floresta.



















Capítulo 44


POV Jacob Black

―Droga, é o Sam,– Quil disse. Suas mãos voaram para tocar Claire, como se fosse para ter certeza que ela continuava ali. ―Eu não sei onde a mãe dela está.

―Eu irei ver o que é isso. Se eu precisar de você, eu o deixarei saber.– Eu corri pensando nas palavras. Elas vieram para fora ligadas. ―Hey, Porque você não a leva ela para os Clearwaters? Sue e Billy conseguem manter o olho nela se eles precisarem. Eles podem saber o que esta acontecendo, de qualquer jeito.

―Ok - saia logo daqui, Jake!

Eu fui correndo, não pelo caminho sujo pela sebe cheia de ervas daninhas, mas pelo caminho mais curto em direção à floresta. Eu passei primeiro pelo caminho da madeira flutuante e logo cortei o meu caminho pelas roseiras bravas, ainda correndo. Eu senti pequenas lágrimas quando os espinhos cortaram minha pele, mas eu as ignorei. A dor causada por eles seria curada assim que eu contornasse as árvores. Cortei caminho por trás da loja e me lancei através da estrada. Alguém buzinou atrás de mim. Uma vez na segurança das árvores, corri mais rápido, tomando passos largos. As pessoas não me olhariam se eu ficasse longe do espaço aberto. Pessoas normais não podiam correr assim. Algumas vezes eu pensei que seria divertido participar de corridas - você sabe. Como nas Olimpíadas ou coisa assim. Seria legal ver as expressões nas caras daqueles atletas super stars quando eu passasse voando por eles. Eu tinha certeza que a prova que eles fazem para assegurar-se que você não toma anabolizantes revelaria provavelmente alguma merda realmente peculiar no meu sangue.

Logo que vi que estava dentro de uma verdadeira floresta, sem estradas ou casas por perto, eu derrapei para parar e chutei meus shorts fora. Com rápidos, práticos movimentos, eu os enrolei e amarrei a corda de couro em volta do meu tornozelo. Eu ainda estava amarrando a corda apertada quando eu comecei a tremer. O fogo passou por debaixo da minha espinha, arremessando os espasmos ao longo dos meus braços e pernas. Levou apenas um segundo. Vislumbrei o que me fez algo mais. Lancei minhas patas pesadas contra a terra coberta de folhas e estiquei em um longo giro. A transformação era muito fácil quando eu estava concentrado como estava. Não tinha mais dúvidas quanto ao meu temperamento. Exceto quando eu perdia o controle. Durante uma metade de segundo eu me lembrei do momento terrível daquela piada ainda mais terrível e inexprimível do casamento. Eu tinha sido tão insano com a fúria que eu não podia fazer meu corpo funcionar direito. Eu tinha sido pego em uma armadilha, tremendo e queimando, incapaz de mudar e matar o monstro que estava a apenas alguns passos de mim. Eu estava tão confuso. Morrendo para matá-lo. Meus amigos no caminho. E quando eu finalmente fui capaz de me concentrar para tomar a forma que desejava, eu vi o rosto da , e toda a dor que estava causando a ela.

Eu me odiava pelo sofrimento que eu lhe causei naquela noite. Eu odiava o sentimento de ter a magoado. De saber que ela tinha motivos pra não me querer.

Então eu percebi que tinha público. Eu não estava sozinho nos meus pensamentos.

Tão absorvido em seus pensamentos o tempo todo , Leah pensou.

É, sem nenhuma hipocrisia, Leah, Eu pensei de volta.

Já estou chegando, Sam, pensou. Eu ouvi os pensamentos dela e meu coração acelerou. Ela devia ter escutado também.

Claro que escutou seu idiota , Leah pensou.

Foco garotos, Sam disse

Nós sentimos o silencio, e eu senti Leah estremecer com a palavra garotos. Sentimental, como sempre.

Sam não quis notar. Onde estão Quil e Jared?

Quil está com Claire. Ele esta a levando para os Clearwater.

Bom. Sue vai tomar conta dela.

Jared estava com Kim.
Embry pensou. Boa oportunidade de não ter que escutar.

Houve um rosnado baixo através do bando. Gemi junto com eles.

Quando Jared finalmente apareceu, não havia dúvidas de que ele ainda pensava em Kim. E ninguém queria um replay do que eles tinham feito agora mesmo.

Sam se sentou de novo deixando outro uivo rasgar no ar. Isso era um sinal e uma ordem.

O bando foi reunido a algumas milhas ao leste de onde eu estava. Passei pela floresta grossa em direção a eles. Leah, Embry e Paul estavam todos trabalhando, um pouco mais a frente Leah estava próxima - eu logo poderia ouvir seus pés pisando não muito forte entre a floresta. Nós continuamos numa linha paralela, escolhendo não correr juntos. já havia se juntado a Sam. Onde será que ela andava?

Bem, não esperaremos por ele o dia todo. Ele vai ter que saber depois.

O que foi, chefe?
Paul queria saber.

Precisamos conversar. Alguma coisa aconteceu. Eu senti os pensamentos de Sam voltados pra mim - e não apenas os de Sam, mas os de Seth, Collin e Brady também. Collin e Brady - os garotos novos - estavam rondando com Sam hoje, então eles deviam saber tudo o que Sam sabia. Eu não sabia por que Seth já estava aqui, e consciente. Não era a vez dele hoje. Seth, diga a eles o que você ouviu. Eu acelerei, querendo estar lá. Eu ouvi Leah se mover mais rápido, também. Ela odiava ficar pra trás. Ser a mais veloz era a única coisa que ela era melhor.

Reclame disso, estúpido , ela assobiou, e então ela realmente acelerou. Eu afundei minhas garras no chão e apressei o passo. Sam não parecia disposto a tolerar nossa competição.

Jake, Leah, dêem um tempo. Nenhum de nós desacelerou. Sam grunhiu, mas deixou pra lá. Seth?

Charlie ligou pra todo mundo até que encontrou Billy na minha casa.

É, eu falei com ele ,
Paul completou. Eu senti um solavanco quando Seth pensou no nome de Charlie. Era isso. A espera tinha acabado. Eu corri mais rápido, me forçando a respirar, embora meus pulmões parecessem paralisados. Qual história seria?

Assim, ele estava todo enlouquecido. Adivinhem, Edward e Bella voltaram semana passada, e…

Meu peito aliviou-se.

Ela estava viva. Ou ela não estava morta morta pelo menos. Será que ela havia mudado de idéia, e viveria feliz com o marido sanguessuga dela? Um alívio momentâneo tomou conta do meu peito.

Eu senti os pensamentos de se voltando para mim e tentei me concentrar em Sam.

Sim, cara, e aqui está a má notícia. Eu falei com Charlie, e ele disse que ela está mal, que está doente. Carlisle disse a Charlie que ela pegou uma grave doença quando estava na América do Sul. Charlie está enlouquecendo! Porque ele ainda não está autorizado a vê-la, ele diz que não se importa se também ficar doente, mas seriam cuidados dobrados para Carlisle. Nada de visitas. Charlie disse que é muito grave, mas que Carlisle está fazendo o possível. Charlie estava se remoendo sozinho todos os dias, mas só agora resolveu ligar pra Billy. Ele disse que ela piorou hoje.

O silêncio mental de Seth quando terminou de contar, foi profundo. Então todos compreenderam.

Então ela iria morrer desta doença, era o que Charlie sabia. Será que eles deixariam que ele visse o cadáver? O pálido, perfeitamente não-respirante corpo? Eles não poderiam deixá-lo tocar a pele fria - ele poderia notar o quão duro era. Eles teriam que esperar até que ela pudesse ficar parada, pudesse se privar de matar Charlie e os outros convidados do funeral. Quanto tempo isso levaria?

Será que ela iria ser enterrada? E depois iria cavar para sair, ou seus amiguinhos sugadores de sangue a tirariam de lá?

Os outros ouviram a minha especulação em silêncio, inclusive . Eu estava com este pensamento muito mais presente do que eles.

Leah e eu entramos na clareira praticamente ao mesmo tempo. Ela tinha certeza que seu faro tinha nos conduzido. Ela largou seu quadril ao lado de seu irmão enquanto eu trotava para ficar ao lado direito de Sam. Paul me deu espaço.

De novo Leah pensou, mas eu mal a escutei.

Eu me perguntava por que eu era o único que estava em pé. Meus pêlos estavam de pé nos meus ombros, eriçando-se com minha impaciência.

Bem, pelo que nós estamos esperando? Eu perguntei.

Ninguém disse nada, mas eu pude ouvir o sentimento de hesitação deles.

Ah, qual é! O trato foi quebrado!

Nós não temos provas - talvez ela esteja doente…

OH, POR FAVOR!

Ok, então a circunstancias são realmente fortes. Mas… Jacob .
Sam pensou vindo devagar, hesitante. Você tem certeza de que é isso o que você quer?Realmente isso é a coisa certa? Todos nós sabemos o que ela queria.

O tratado não menciona nada sobre a preferência das vitimas, Sam!

Ela é realmente uma vitima? Você a rotula desse jeito?
pensou.

Sim!

Jake ,
Seth pensou, Eles não são nossos inimigos.

Cale a boca, garoto! Só porque você teve algum tipo de trabalho doentio de herói com aquele sugador de sangue, isso não muda a lei. Eles são nossos inimigos. Eles estão em nosso território. Eu não ligo se você teve um briga divertida ao lado de Edward Cullen uma vez.

Então o que você irá fazer quando Bella lutar ao lado deles, Jacob? Huh?
Seth exigiu.

Ela não é mais a Bella.

Você vai ser aquele que vai acabar com ela?


Eu não pude me controlar ao recuar.

Não, você não pode. Então o quê? Você vai fazer um de nós fazer isso?

E em seguida ficar se lamentando com quem quer que seja para sempre?

Eu não faria…

É claro que não. Você não está pronto para essa luta, Jacob.


Meu instinto assumiu, e eu segui em frente, resmungando para um lobo magro cor de areia no círculo.

Jacob! Sam questionou. Seth, cale a boca por um instante!

Seth balançou sua grande cabeça.

Droga, o que eu perdi? Quil disse em pensamento, e foi correndo para o lado de fora. Ouvi algo sobre um telefonema do Charlie…

Estamos prontos para ir ,
eu lhe disse. Por que você não arrasta o Jared para fora da casa de Kim com os dentes? Nós vamos precisar de todos!

Venha até aqui, Quil . Sam ordenou. Não decidimos nada ainda.


Eu rosnei.

Jacob, eu tenho que pensar no melhor para o grupo. Tenho que escolher a decisão que melhor nos protege. Os tempos mudaram desde que nossos antepassados fizeram o acordo. Eu…. bem, eu não acredito que os Cullen sejam um problema para nós. E nós sabemos que eles não ficarão aqui por muito mais tempo. Certamente quando eles resolverem sua história, eles venham a desaparecer, e assim, poderemos voltar ao normal.

Normal?

Se nós desafiarmos eles, Jacob, eles vão se defender também.

Você está com medo?

Você está disposto a perder um irmão?
Ele parou. Ou uma irmã? Ele mudou a direção para a por um segundo.

Eu não tenho medo de morrer.

Eu sei disso, Jacob. Mas você já não acha que esse seu pensamento já atrapalhou muito sua vida, e a da também.


Olhei para e ela encarava o chão com seus imensos olhos azuis. Nenhum pensamento vinha dela. Me bloqueando como sempre

Ela tem que entender a razão de eu questionar seus pensamentos sobre isso… , levantou a cabeça me encarando com os olhos duros. Eu me voltei para encarar os olhos negros de Sam. Você irá honrar o pai do tratado, ou não?

Eu honro o meu grupo, e faço o que é melhor para ele.

Covarde.

Seu focinho ficou tenso, colocando para fora seus longos dentes.

Chega, Jacob! Isto está anulado. A voz mental de Sam mudou, aquele timbre que eu não podia desobedecer. A voz do Alpha. Ele encontrou o olhar de cada lobo no círculo.

O grupo não irá atacar os Cullen se eles não provocarem. O espírito do tratado continua. Eles não são um perigo para o nosso povo, nem são um perigo para a população de Forks. Bella Swan fez sua escolha, não vamos punir nossos aliados pela escolha dela.

Escute, escute.
Seth pensou entusiasmado.

Eu pensei que tivesse dito para você se calar, Seth.

Oops Sam, desculpa!

Jacob, onde você acha que você está indo?


Eu saí do círculo, indo para o oeste, para que eu pudesse me transformar de volta. Eu vou dizer adeus para o meu pai. Aparentemente não há propósito algum para que eu fique aqui parado.

Aw, Jake - não faça isso!

Cala a boca, Seth ,
a vozes severas disseram juntas.

Jake! A voz de implorando em meus pensamentos me fez parar. Não vá!

Venha comigo!
Pedi a ela

não se mexa! O timbre Alpha de Sam forçando ela a parar. Aquilo me revoltou. Sam estava usando contra mim. Não queremos que você vá, Sam disse para mim em seu pensamento, mais suave do que antes.

Então me force a ficar também, Sam. Tire de mim minha escolha. Faça de mim um escravo.

Eu não farei isso. Só não posso deixar que você coloque a vida da em risco

Então não há nada mais a dizer.
Falei sabendo que Sam tinha razão, eu não poderia arriscar a vida dela assim.

Eu fugi deles, tentando seriamente não pensar no que viria depois. Em vez disso, me concentrei nas minhas memórias de lobo, de deixar a minha humanidade sangrar para fora de mim, até que eu fosse mais lobo que humano. Vivendo o momento, comendo quando sentia fome, dormindo quando sentia sono, e correndo - correndo só por correr.

Porém, logo quando eu estava perto de casa, eu voltei a minha forma humana. Eu precisava ser capaz de pensar na minha vida, em particular. Desamarrei minhas calças e as puxei com força, já voltando para casa. Eu não fiz nada. Eu estava escondido para pensar, e era bastante tarde para o Sam mandar em mim. Ele não podia me ouvir agora.

Sam havia feito uma decisão muito clara. O grupo não iria atacar os Cullen. Tudo bem.

Ele não tinha mencionando um indivíduo agindo isoladamente‘.

Não, o grupo não iria atacar ninguém hoje.

Mas eu iria.

ficaria segura no bando, e caso eu não voltasse, o que era certo, ela seguiria a vida dela novamente, sem toda a loucura que a minha vida tinha imposto a ela.

Fim POV Jacob Black



















Capítulo 45



– Ti!! – Claire gritou assim que me viu colocar os pés na areia.

– Oi Claire! – me abaixei para pegar a menina nos braços. – Oi Quil,aproveitando o calor?– eu tinha ido a praia caminhar. Fazia quase um mês que eu e Jacob estávamos tentando ser só amigos. É claro que a eletricidade entre nós atrapalhava muito. Eu até pensei em ir a casa de Jacob, mas sabendo da possibilidade de Paul estar lá mudei de idéia.

–É, Claire quis vir a praia. – Claire estava toda molhada até a camiseta, começou a sacudir os pés para que eu a descesse indo direto para a água. – Claire saia da água, ursinha! Olha só criança, você se molhou mais ainda. - Peguei Claire por uma mão e Quil pegou a outra, a levando até a areia, não antes que Claire jogasse água em Quil.– Boa essa Claire! – ele disse passando a mão em sua camiseta. Eu ri.

Imaginei uma cena diferente, eu, Jacob e uma criança. Uma cena impossível que me fez suspirar.

– E Jake?– Quil perguntou adivinhando meus pensamentos. Dei de ombros.

– Por ai!

– Acho que vocês deviam se acertar. Vocês estão sofrendo, !

– Eu sei.– falei desanimadamente.

- E o que impede? – Quil perguntou colocando Claire sobre os ombros. Abri minha boca e fechei algumas vezes, mas nada saia porque eu realmente não sabia a resposta. – Isso ainda é sobre a Bella?- ele adivinhou colocando Claire de volta no chão.

- Pega aleia pa mim, Quiu? – Quil se abaixou enchendo o baldinho da menina com areia.

- Não é só isso Quil, é tudo! – tentei explicar.

- Pra mim isso se chama ciúmes! – ele apontou. Por mais que quisesse eu não podia argumentar contra isso. Essa era a verdade!

!– uma voz conhecida me chamou ao longe, era Chris. Sorri ao ver que ele estava ao lado de Jonny. Eu achava que eles combinavam e ficavam muito fofos juntos. O mesmo estilo de cabelo com a franja repicada. Só que Chris era loiro e Jonny havia pintado o seu de preto azulado. Eu já estava feliz por eles terem se acertado e estavam se dando muito bem. – Quer ir até as piscinas com a gente?– as piscinas naturais era um lugar maravilhoso, mas ir como vela não fazia muito meu estilo. Mesmo achando que Chris não iria abraçar seu namorado em publico, não em La Push.

- Não sei! – respondi indecisa.

– Vamos Anjo, vai ser legal.- Chris insistiu.

– Ok! Tchau Quil! Tchau Claire!– Mas Quil mal me ouviu correndo atrás de Claire que já subia em uma pedra alta demais para o tamanho dela.

– De longe achei que fosse Jacob. – disse Jonny, fazendo minhas sobrancelhas se juntarem. Ele já havia me visto com Jacob algumas vezes na loja, quando tinha ido buscar Chris. Mas como ele poderia confundir os dois? Jacob era bem maior que Quil. Talvez minha visão superdesenvolvida me ajudasse a notar mais as diferenças.

– Não, eu não vi Jacob hoje.

– Vocês ainda não voltaram?– Jonny perguntou.

– Não, é um pouco mais complicado.

– Afff Jonny, nem tente entender esses dois. – Chris emendou.

Eu não respondi, não teria como dizer que eu estava esperando que meu namorado acabasse com a obsessão louca dele em matar vampiros, mesmo sendo bons ou maus. Acho que seria informação de mais para eles. Eu invejava a ignorância dos dois.

Estávamos quase no alto das pedras que davam para as piscinas, quando um uivo passou pela da floresta. Merda! Pensei.

– Gente eu me esqueci que tinha prometido algo para meu pai! – sai correndo pulando as pedras sem esperar pela resposta.

Desci as pedras em saltos sem errar nenhum, espero que tenha sido humana suficiente para não levantar suspeitas. Corri devagar até a floresta. O chamado era ao leste, então ainda teria que atravessar o estacionamento e a estrada. Corria rápido quando sabia que ninguém me via, mas tinha que reduzir quando estava a vista. Isso era frustrante Cortei caminho indo pela costa e atravessei a estrada, agora só tinha floresta a minha frente. Parei para retirar meu shorts e meu biquíni. Droga, não havia trazido minha mochila. Teria que vir buscar minhas roupas depois. Saltei no ar deixando o fogo tomar conta do meu corpo caindo em quatro patas. Eu cravava as unhas no chão para aumentar a velocidade.

Eu estava tão confuso. Morrendo para matá-lo. Meus amigos no caminho. E quando eu finalmente fui capaz de me concentrar para tomar a forma que desejava, eu vi o rosto da , e toda a dor que estava causando a ela. Os pensamentos de Jacob chegaram a minha mente fazendo meu coração acelerar. Ele pensava sobre o casamento. Meu medo sobre o que Sam queria comunicar aumentaram. Eu me odiava pelo sofrimento que eu lhe causei naquela noite. Eu odiava o sentimento de ter a magoado. De saber que ela tinha motivos pra não me querer. O fato dele estar pensando em mim me alegravam mas seus pensamentos eram tristes.

Tão absorvido todo o tempo , Leah pensou se dirigindo a Jacob..

É, sem nenhuma hipocrisia, Leah, Ele pensou de volta.

Já estou chegando, Sam, Pensei para alertar minha presença.

estava ouvindo. Não pude deixar de não sorrir com esse pensamento de Jacob.

Claro que escutou seu idiota , Leah pensou.

Foco garotos, Sam disse

Ficamos em silêncio.

Onde estão Quil e Jared?

Quil está com Claire. Ele esta a levando para os Clearwater.
Jacob pensou.

Bom. Sue vai tomar conta dela.

Jared estava com Kim.
Embry pensou. Boa oportunidade de não ter que escutar.

Agradeci por não ter pensamentos reais do que os dois estavam fazendo. Jared não costumava se importar em repartir esse tipo de intimidade.

Os outros concordaram

Sam se sentou de novo deixando outro uivo rasgar no ar, calando totalmente o pessoal. Cheguei ao grupo sentando ao lado de Seth, assim ficaria a frente de Sam e Jacob. Já que temia sua reação. Tratei de bloquear meus pensamentos.

Onde a estava? Pelos pensamentos de Jacob, vi que ele já sabia que eu estava com Chris.

Bem, não esperaremos por ele o dia todo. Ele vai ter que saber depois.

O que foi chefe?
Paul perguntou.

Precisamos conversar. Alguma coisa aconteceu. Seth, diga a eles o que você ouviu

Reclame disso, estúpido
, Leah gritou para Jacob, quando ela acelerou mais que ele em uma disputa. Essa rixa dos dois cansava.

Jake, Leah, dêem um tempo. Sam gritou, mas nenhum dos dois desacelerou. Sam grunhiu. Seth?

Charlie ligou pra todo mundo até que encontrou Billy na minha casa.

É, eu falei com ele ,
Paul completou.

Assim, ele estava todo enlouquecido. Adivinhem, Edward e Bella voltaram semana passada, e…

Vi os pensamentos de alivio de Jacob o que me aliviou também, pelo menos ainda não teríamos luta..

Sim, cara, e aqui está a má notícia. Eu falei com Charlie, e ele disse que ela está mal, que está doente. Carlisle disse a Charlie que ela pegou uma grave doença quando estava na América do Sul. Charlie está enlouquecendo! Porque ele ainda não está autorizado a vê-la, ele diz que não se importa se também ficar doente, mas seriam cuidados dobrados para Carlisle. Nada de visitas. Charlie disse que é muito grave, mas que Carlisle está fazendo o possível. Charlie estava se remoendo sozinho todos os dias, mas só agora resolveu ligar pra Billy. Ele disse que ela piorou hoje.


Seth ficou em silêncio, então nós todos compreendemos. Bella havia sido transformada. A angustia começou a tomar conta do meu corpo.

Então ela iria morrer desta doença, era o que Charlie sabia. Será que eles deixariam que ele visse o cadáver? O pálido, perfeitamente não-respirante corpo? Eles não poderiam deixá-lo tocar a pele fria - ele poderia notar o quão duro era. Eles teriam que esperar até que ela pudesse ficar parada, pudesse se privar de matar Charlie e os outros convidados do funeral. Quanto tempo isso levaria? Será que ela iria ser enterrada? E depois iria cavar para sair, ou seus amiguinhos sugadores de sangue a tirariam de lá? Os pensamentos de Jacob me enchiam a mente. Sua raiva crescente também.

Ele entrou na clareira junto com Leah . E foi se sentar ao lado de Sam, sem ao menos me dirigir um olhar.

Bem, pelo que nós estamos esperando? Jacob perguntou.

Ninguém disse nada, mas eu não iria fazer. Minha consciência não iria permitir, não era certo!

Ah, qual é! O trato foi quebrado! Jacob urrou.

Nós não temos provas - talvez ela esteja doente…

OH, POR FAVOR!
Os pensamentos de Jacob eram como lâminas.

Ok, então a circunstancias são realmente fortes. Mas… Jacob . Sam pensou. Você tem certeza de que é isso o que você quer?Realmente isso é a coisa certa? Todos nós sabemos o que ela queria.

O tratado não menciona nada sobre a preferência das vitimas, Sam!
Respondeu Jacob.

Ela é realmente uma vitima? Você a rotula desse jeito? Eu não conseguia mais ficar calada.

Sim! ele me respondeu.

Jake , Seth pensou, Eles não são nossos inimigos.

Cale a boca, garoto! Só porque você teve algum tipo de trabalho doentio de herói com aquele sugador de sangue, isso não muda a lei. Eles são nossos inimigos. Eles estão em nosso território. Eu não ligo se você teve um briga divertida ao lado de Edward Cullen uma vez.

Então o que você irá fazer quando Bella lutar ao lado deles, Jacob? Huh?
Seth exigiu.

Ela não é mais a Bella.

Você vai ser aquele que vai acabar com ela? Não, você não pode. Então o quê? Você vai fazer um de nós fazer isso? E em seguida ficar se lamentando com quem quer que seja para sempre?

Eu não faria…

É claro que não. Você não está pronto para essa luta, Jacob.
Eu concordava com tudo que Seth dizia.

Jacob avançou sobre Seth ao meu lado, e eu estava pronta a me colocar entre eles, protegendo Seth.

Jacob! Sam pensou. Seth, cale a boca por um instante!

Seth balançou sua grande cabeça.

Droga, o que eu perdi? Quil disse em pensamento, e foi correndo para o lado de fora. Ouvi algo sobre um telefonema do Charlie…

Estamos prontos para ir , eu lhe disse. Por que você não arrasta o Jared para fora da casa de Kim com os dentes? Nós vamos precisar de todos!
Pensou Jacob.

Venha até aqui, Quil . Sam ordenou. Não decidimos nada ainda.

Jacob rosnou.

Jacob, eu tenho que pensar no melhor para o grupo. Tenho que escolher a decisão que melhor nos protege. Os tempos mudaram desde que nossos antepassados fizeram o acordo. Eu…. bem, eu não acredito que os Cullen sejam um problema para nós. E nós sabemos que eles não ficarão aqui por muito mais tempo. Certamente quando eles resolverem sua história, eles venham a desaparecer, e assim, poderemos voltar ao normal.

Normal?
Jacob pensou.

Se nós desafiarmos eles, Jacob, eles vão se defender também.

Você está com medo?

Você está disposto a perder um irmão?. Ou uma irmã?
Os pensamentos de Sam vieram até a mim.

Eu não tenho medo de morrer.

Eu sei disso, Jacob. Mas você já não acha que esse seu pensamento já atrapalhou muito sua vida, e a da também.

Jacob me encarou e eu desviei os olhos para o chão, tentando esconder minha dor.

Ela tem que entender a razão de eu questionar seus pensamentos sobre isso… Eu encarei Jacob novamente, naquela hora eu vi que ou eu ficaria ao lado dele independente de qualquer coisa ou o deixaria para sempre. Ele voltou a encarar Sam.

Você irá honrar o pai do tratado, ou não?

Eu honro o meu grupo, e faço o que é melhor para ele.
Sam gritou.

Covarde.

O focinho de Sam ficou tenso, colocando para fora seus longos dentes.

Chega, Jacob! Isto está anulado. A voz mental de Sam mudou para o timbre Alpha, e ele olhou em volta para cada um de nós.

O grupo não irá atacar os Cullen se eles não provocarem. O espírito do tratado continua. Eles não são um perigo para o nosso povo, nem são um perigo para a população de Forks. Bella Swan fez sua escolha, não vamos punir nossos aliados pela escolha dela.

Escute, escute.
Seth pensou entusiasmado.

Eu pensei que tivesse dito para você se calar, Seth.

Oops Sam, desculpa!

Jacob, onde você acha que você está indo?

Jacob se levantou e começou a se retirar da clareira.

Eu vou dizer adeus para o meu pai. Aparentemente não há propósito algum para que eu fique aqui parado.

O que? Jacob iria embora? A dor rasgou meu peito reabrindo a ferida. Nesse momento eu tomei minha decisão, que ficaria ao lado de Jake, mesmo que isso ferisse meus princípios.

Aw, Jake - não faça isso!

Cala a boca, Seth
, todos pensaram ao mesmo tempo.

Jake! Não vá! Eu implorei. Era insuportável demais vê-lo partir.

Venha comigo! Ele me pediu e eu me lancei pra frente sem pensar em mais nada. Mas a voz de Sam preencheu meus pensamentos.

não se mecha! O tom Alpha travou minhas patas, me forçando a parar. Eu queria morrer. Querendo ir, mas sendo impedida. Não queremos que você vá,Sam disse calmamente se dirigindo a Jacob.

Então me force a ficar também, Sam. Tire de mim minha escolha. Faça de mim um escravo. Jacob cuspiu.

Eu não farei isso. Só não posso deixar que você coloque a vida da em risco

Então não há nada mais a dizer.


E ele se foi, me deixando pra trás. Meu corpo cedeu e eu caí. Minha cabeça pesando quilos.

Vamos, . Ele vai voltar! Os pensamentos de Embry chegaram até a minha mente. Eu me levantei.

No que Sam me liberou da ordem eu corri. Eu voava, as árvores parecendo somente um borrão. Cheguei onde minhas roupas estavam rapidamente. Me vesti. Eu tinha que alcançá-lo antes que ele partisse, e a maior chance seria Billy.

Corri o mais rápido que minhas pernas agüentavam, diminuindo o ritmo quando cheguei perto das casas. Cortei o caminho pela floresta até que cheguei no terreno de Billy. O avistei sentado na varanda, seu rosto sério.
Era tarde demais.




















Capítulo 46


POV Jacob Black

Eu realmente não planejei dizer tchau para o meu pai.

Afinal de contas, uma ligação rápida para o Sam e o jogo teria terminado. Eles iriam me cortar e me fazer voltar. Provavelmente tentar me fazer ficar com raiva, me machucar, ou até meter a no meio - de alguma forma me irritar para Sam fazer uma nova lei.

Mas Billy estava me esperando, sabendo que eu estaria em algum tipo de estado. Ele estava no jardim, apenas sentado ali na cadeira de rodas com seus olhos justamente no ponto que eu surgi entre as árvores. Eu o vi julgando a minha direção - indo direto pela casa em direção a garagem.

-Você tem um minuto, Jake?

Eu derrapei quando parei. Olhei para ele e então para a garagem.

-Venha, garoto. Pelo menos me ajude a entrar.

Eu bati os meus dentes, mas decidi que era possível que ele causasse mais problemas com o Sam se eu não mentisse para ele por alguns minutos.

-Desde quando você precisa de ajuda, meu velho?

Ele riu a sua risada escandalosa. -Meus braços estão cansados. Eu vim sozinho todo o caminho da casa da Sue.

-É uma descida. Você desceu todo o caminho.

Eu empurrei a sua cadeira para cima da rampa que eu fiz para ele em direção a sala de estar.

-Você me pegou. Acho que eu cheguei a trinta milhas por hora. Foi ótimo.

-Você vai acabar com essa cadeira, você sabe. E então você vai ter que se arrastar pelos cotovelos.

-Sem chances. Seu trabalho vai ser me carregar.

-Bom, então você não vai para muitos lugares.

Billy colocou as suas mãos na roda e foi até a geladeira. -Sobrou alguma comida?

-Você me pegou. Paul ficou aqui o dia inteiro, então, provavelmente não.

Bill assentiu. -Tenho que começar a esconder as compras se a gente quiser evitar a fome.

-Diga a Rachel para ir para a casa dele.

O seu tom de brincadeira acabou, e seus olhos ficaram mais suaves. -A gente só tem ela aqui em casa algumas semanas. Primeira vez que ela veio em um longo temo. É difícil - as meninas eram mais velhas que você quando sua mãe morreu. Elas têm problemas em ficar nessa casa.

-Eu sei.

Rebecca não voltou aqui desde que se casou, apesar de que ela tinha uma boa desculpa. As passagens do Havaí eram bem caras. O estado de Washington era perto o suficiente para Rachel não ter a mesma desculpa. Ela vinha fazendo aulas direto através dos semestres de verão, trabalhando em dois turnos em uma cafeteria no campus. Se não fosse por Paul, ela provavelmente teria ido embora de novo bem rápido. Talvez fosse por isso que Billy não o expulsava de casa.

-Bom, eu vou ir trabalhar em alguma coisa…-Eu apontei a porta da frente.

-Espere um pouco, Jake. Você não vai me dizer o que aconteceu? Terei que ligar para o Sam para saber?

Eu parei virado de costas para ele, escondendo o meu rosto.

-Nada aconteceu. Sam vai dar as costas para eles. Aparentemente somos um bando de adoradores dos sanguessugas agora.

-Jake…

-Eu não quero conversar sobre isso.

-Você está indo embora, filho?

O aposento estava quieto por um longo instante enquanto eu decidia como dizer isso.

-Rachel pode ter o quarto dela de volta. Eu sei que ela odeia aquele colchão de ar.

-Ela preferiria dormir no chão a perder você. Eu também.

Eu bufei.

– Só cuide da , por mim, ok? – dizer o nome dela rasgou meu peito. Novamente eu a estava decepcionado.

-Jacob, por favor. Você sabe que ela vai atrás de você, não sabe?

-Sam a proibiu.

-Ela é esperta o bastante para dar um jeito. Jake olhe para mim.

Eu virei para trás devagar. -O que?

Ele olhou para os meus olhos por alguns minutos. -Onde você está indo?

-Eu não tenho nenhum lugar especifico na minha cabeça.

Ele balançou a cabeça para o lado e seus olhos diminuíram. -Não sabe?

Nós olhamos um para o outro. Os segundos passaram.

-Jacob -ele disse. A sua voz estava tensa. - Jacob, não. Não vale a pena.

-Eu não sei sobre o que você está falando.

-Deixe Bella e os Cullens. Sam está certo. Pense na !

Eu olhei para ele durante um segundo, e então atravessei a sala em dois longos passos. Peguei o telefone e desconectei o cabo da caixa e da tomada. Eu apertei a corda cinza na palma da minha mão.

-Tchau, pai. Diga pra que eu a amo, ok?

-Jake, espere-, ele me chamou, mas eu estava fora da porta, correndo.

A motocicleta não era tão rápida quanto correr, mas era mais discreta. Eu pensei em quanto tempo iria demorar para Billy ir com a cadeira até a loja e então conseguir alguém no telefone que poderia levar a mensagem para Sam. Eu aposto que Sam ainda estava na sua forma de lobo. O problema era se Paul voltasse para nossa casa rápido. Ele poderia se tornar um lobo em um segundo e deixar Sam saber o que eu estava fazendo. Ou se a desse um jeito de me seguir. Ela era teimosa o suficiente para isso.

Eu iria o mais rápido que conseguisse, e se eles me pegassem, eu lidaria com isso quando acontecesse.

Eu liguei a moto e então estava correndo através da rua suja de lama. Eu nem olhei para trás quando passei pela casa.

A rodovia estava cheia com o tráfego de turistas. Eu passei por eles e pelos carros, levando alguns xingamentos e dedos. Eu virei na 101 a setenta, nem me preocupando em olhar. Eu tive que prestar atenção por um minuto para evitar bater em uma minivan. Não que isso iria me matar, mas provavelmente iria me atrasar. Ossos quebrados - os grandes pelo menos - demoravam dias para sarar completamente, como eu já sabia.

O trânsito melhorou um pouco e eu acelerei a moto para oitenta. Eu ainda não havia tocado no freio até que estivesse na pista de acesso; eu imaginei que estivesse seguro agora. Sam não viria tão longe para me impedir. Era tarde demais.

Não era até aquele momento - quando eu tive certeza do que tinha feito - que eu comecei a pensar sobre o que exatamente eu estaria fazendo agora. Eu diminuí para vinte, fazendo as manobras por entre as árvores mais cuidadosamente do que eu precisava.

Eu sabia que eles me escutariam chegando, com moto ou não, não haveria surpresa. Não tinha como disfarçar minhas intenções. Edward poderia ouvir meus planos assim que eu estivesse perto o bastante. Talvez ele já estivesse escutando. Mas eu pensei que isso ainda poderia funcionar, porque eu tinha todo o seu ego do meu lado. Ele queria me enfrentar sozinho.

Então eu apenas caminhei, me lembrando do que Sam havia dito mais cedo, e então desafiaria Edward para uma briga.

Eu urrei. Provavelmente o parasita deixaria todo o drama de lado, indo direto ao assunto.

Quando eu terminasse com ele, eu pegaria o máximo do resto que pudesse antes que eles me pegassem. Huh - eu me perguntava se Sam consideraria minha morte uma provocação. Provavelmente diria que eu tive o que mereci. Não deveria querer ofender os seus chupadores de sangue.

Já tinha percorrido metade da pista e o cheiro me acertou como um tomate podre na cara. Ugh. Vampiros fedorentos. Meu estômago começou a embolar. O cheiro forte ia dificultar as coisas - sem estar misturado ao cheiro dos humanos como da última vez que eu vim aqui - embora não fosse tão ruim como sentir esse cheiro pelo meu nariz de lobo.

Eu não tinha certeza do que esperar, mas não havia nenhum sinal de vida em volta da grande cripta branca. É claro que eles sabiam que eu estava aqui.

Eu desliguei o motor e ouvi o silêncio. Agora eu podia escutar a tensão, murmúrios raivosos que vinham do outro lado das enormes portas duplas. Alguém estava em casa. Eu ouvi meu nome e sorri, feliz por pensar que estava causando um pouco de stress a eles.

Eu inspirei profundamente - só seria pior lá dentro - e subi pelas escadas da varanda num salto.


Fim POV Jacob Black

POV


– Billy! – minha voz saiu aguda por causa da aflição.


– Ele foi até eles, !– meus joelhos cederam, tentei controlar a minha respiração ofegante. Eu me ajoelhei ao lado da cadeira de Billy.

– Eu quero ir atrás dele, mas eu não posso! – A ordem de Sam ainda tinha efeito sobre mim.

– É melhor assim, querida, mas você deveria avisar Sam! – Eu assenti me levantando e correndo novamente. No que eu cheguei à floresta tirei minhas roupas e me transformei.

Sam! Por sorte ele ainda estava em sua forma de lobo. Jacob foi até os Cullens!

Temos que ir atrás dele!
Quil pensou

Temos que ir agora! Embry completou.

Quil e Embry, vocês vem comigo nós vamos até o limite do nosso território. Ninguém tem a permissão de atacar os Cullens. Vi os três partindo em direção a casa dos Cullens, tentar interceptar Jacob. , vá até a clareira e espere com os outros

Isso não é justo, Sam
me queixei

Agora!

Corri o mais rápido que pude. Me concentrando em que Sam via. Eles estavam dando a volta em toda a linha do limite, o cheiro de Jacob se misturava ao dos vampiros. Não fui rápida o bastante.

Não foi sua culpa, Seth veio em meu consolo. Mas eu não conseguia pensar nisso. Bloqueie meus pensamentos. A dor sangrando as bordas da ferida reaberta. Se Jacob morresse, eu também não iria querer sobreviver.

Eu me deitei sobre as minhas patas, tentando me concentrar só em que Sam via. Jacob não tinha se transformado, então das duas uma ou ele não tinha ido lutar, ou... a dor rasgando meu peito novamente, se tornando quase impossível respirar... ou os Cullens tinham o pego antes da transformação.

As horas se passavam, Sam ainda continuava rondando a fronteira do território,eu já não agüentava mais tanta espera. Na minha mente fervia a imagem de Jake e que a reação dele era ainda por causa dos sentimentos que ele tinha pela Bella, mas então um pensamento me ocorreu. Se a situação fosse com Chris eu agiria do mesmo jeito, sem nem pensar. Foi como se uma lâmpada houvesse sido ligada na minha cabeça clareando meus pensamentos. Claro que Jake era muito mais impulsivo! Me agarrei a esse pensamento com todas as forças.

Então Sam captou o cheiro de Jacob mais perto. Meu coração acelerou. Me coloquei em pé sobre as quatro patas, focinho virado para o lugar de onde o cheiro dele vinha. Ele se transformou.

Jacob, Jake, oito vozes em coro aliviadas.

Jake! Eu não consegui segurar o choro de alívio.

Venha para casa agora, a voz Alpha ordenou. Sam estava furioso.

Paul se transformou para avisar Billy e Rachel que Jacob estava vivo.

Ele estava vindo para casa. - eu podia ver a floresta embaçada passando por ele. Ele estava transtornado.

O bando todo viu o horror pela cabeça de Jacob - o estômago mosqueado de Bella; sua fraca voz,: ele é forte, isso é tudo; o homem queimado na cara de Edward: vendo ela doente e definhando… Ver isso machucando ela; Rosalie abaixando sobre o corpo mole de Bella: A vida de Bella não significa nada a ela - e pela primeira vez, ninguém tinha nada a dizer.

O choque deles era o meu também, completado pelo silêncio da cabeça de Jacob.

Sem palavras

!!!!

Eu corri para encontrá-lo, forçando minhas patas para frente com toda a força. Estava quase escuro - as nuvens cobriram o céu completamente. Arrisquei partir pela estrada sem ser vista, assim chegaria mais rápido.

Nos encontramos cerca de 10 milhas longe de La Push, numa clareira. Era fora do caminho, entre as montanhas, onde ninguém podia nos ver. Eu uma das primeira a chegar, depois de Sam, Embry e Quil, que estavam por perto. Ele veio em minha direção, colocando sua imensa cabeça por sobre a minha. Deixei toda a minha angustia passar para a mente dele.

Desculpe,

Só não me deixe de novo, Jake
Coloquei pra fora junto com algumas lágrimas de alivio.

Ele esfregou seu focinho no meu.

Todos nos alcançaram.

As falas na nossa mente estavam um caos total. Todos gritavam ao mesmo tempo.

Então nos sentamos um ao lado do outro.

Os pêlos do pescoço de Sam estavam totalmente eriçados, e ele estava rosnando num ritmo contínuo enquanto andava pros lados em torno do círculo. Paul e Jared se moveram como sombras atrás dele, suas orelhas rentes à suas cabeças. O círculo todo estava agitado, em pé e rosnando baixo.

Inicialmente sua raiva era indefinida, e eu pensei que fosse por Jacob.

Então a discussão de pensamentos sem foco começou a tomar um rumo único.

Como isso pôde acontecer? O que significa? O que será?

Não é seguro. Não é certo. Perigoso.

Não é natural. Monstruoso. Uma abominação.

Não podemos permitir.

O bando andava em sincronia, pensava em sincronia, menos eu, Jacob e Seth, que se sentou ao nosso lado, enquanto o bando andava em círculo a nosso redor.

O trato não cobre isso.

Isso coloca a todos em perigo.


Tentei entender a espiral de vozes, tentei acompanhar curva que os pensamentos faziam para ver onde ela levava, mas não fazia sentido. As imagens no centro de suas mentes eram as imagens da cabeça de Jacob - a pior delas. Os machucados de Bella, o rosto de Edward enquanto ele sofria.

Eles o temem também.

Mas não nos deixarão fazer nada a respeito.

Protegendo Bella Swan.

Não podemos deixar que isso nos influencie.

A segurança de nossas famílias, de todos aqui, é mais importante que um humano.

Se eles não o matarem, nós o faremos.

Proteger a tribo.

Proteger nossas famílias.

Temos que matá-lo antes que seja tarde demais.

Outra das memórias de Jacob, as palavras de Edward: A coisa está crescendo. Rápido.

Tentei me concentrar, identificar as vozes.

Sem tempo a perder, Jared pensou.

Isso vai significar uma luta, Embry apontou. Bem feia.
Estamos prontos,
insistiu Paul.

Temos o elemento surpresa a nosso lado, Sam pensou.

Se os pegarmos divididos, podemos dar conta deles em separado. Vai aumentar nossas chances de vitória, Jared pensou, começando a traçar uma estratégia.

Balancei minha cabeça, me levantando aos poucos. Me senti instável - como se o circular dos lobos me deixasse tonta. Jacob ao meu lado se levantou também. Seu ombro empurrou o meu, me ajudando a ficar em pé.

Esperem, Jacob pensou.

O círculo parou por um momento, e começou a andar novamente.

Temos pouco tempo, disse Sam.

Mas - o que você está pensando? Você não os atacaria por quebrarem o acordo esta tarde. Agora planeja uma emboscada, quando o tratado continua intacto?

Isso não é algo que nosso tratado antecipava,
disse Sam. Isso é um perigo para cada humano na área. Não sabemos que tipo de criatura os Cullen criaram, mas sabemos que é forte e cresce rápido. E será jovem demais para seguir o tratado. Lembra o recém nascido que lutamos? Selvagem, violento, fora do controle da razão ou de alguma forma de restrição. Imagine um desses, mas protegido pelos Cullen.

Nós não sabemos -
tentei interromper.

Isso! Nós não sabemos, Jacob concordou.

Não podemos arriscar a chance com o desconhecido nesse caso. Podemos permitir que os Cullen existam enquanto temos absoluta certeza de que podemos confiar que eles não causarão nenhum mal. Essa… Coisa não pode ser confiável. Disse Sam

Eles não sabem muito mais do que nós. Jacob

Sam pegou a imagem do rosto de Rosalie, sua posição protetora, da mente de Jacob, e mostrou aos outros.

Alguns estão prontos para lutar por isso, não importa o quê.

É apenas um bebê, meu Deus!
Eu gritei.

Não por muito tempo, Leah sussurrou.

Jake, meu amigo, isso é um problema, disse Quil. Não podemos apenas ignorá-lo.

Você está tornando a situação maior do que ela realmente é, Jacob argumentou. O único que corre real perigo é Bella.

Novamente por sua própria escolha,
disse Sam. Mas dessa vez, a escolha dela afeta a todos nós.

Eu não acho.
Eu disse dando um passo a frente.

Nós não podemos nos arriscar assim. Não vamos permitir um bebedor de sangue caçar nas nossas terras.

Então os mande embora,
Seth disse.

E provocar desgosto nos outros? Quando bebedores de sangue entram nas nossas terras, nós os destruímos, não importa onde eles pretendem caçar. Nós protegemos todos que podemos.

Isso é loucura, eu disse. Essa tarde você estava com medo de colocar o grupo em perigo.

Essa tarde eu não sabia que nossas famílias estavam em risco.

Não acredito nisso! Como você vai matar essa criatura sem matar a Bella?
Jacob perguntou

Não houve palavras, mas sim um silêncio cheio de significado.

Eu uivei. Ela também é humana! Nossa proteção não se aplica a ela?

Ela vai morrer de qualquer forma,
Leah pensou. Nós só vamos encurtar o processo.

Foi a gota d‘água. Jacob se esquivou de mim e Seth partindo pra cima dela, os dentes a mostra. Ele estava quase alcançando sua perna esquerda quando Sam agarrou Jacob pela cintura, o arrastando de volta.

Eu rosnei em fúria e me virei para ele para defender Jacob , mas ele se meteu entre Sam e eu, rosnando também.

Pare! Ele ordenou no timbre que era o dobro do Alpha.

Minhas pernas pareceram desaparecer debaixo de mim. Eu me joguei apenas conseguindo me manter de pé por força de vontade.

Ele tirou o seu olhar de mim e de Jacob que também estava paralisado. Você não vai ser cruel com a Bella, Leah, ele a comandou. O sacrifício de Bella é um preço muito grande e nós vamos todos reconhecer isso. É contra tudo que nós acreditamos tirar a vida de um humano. Fazer uma exceção nesse código é algo para se sentir pesar. Nós todos nos arrependeremos do que faremos esta noite.

Esta noite?
Seth repetiu, chocado. Sam - Eu acho que deveríamos falar um pouco mais sobre isso. Consultar com os Anciões, pelo menos. Você não pode estar realmente querendo que nós -

Nós não podemos arcar com a sua tolerância com os Cullens agora. Não há tempo para debates. Você fará o que for mandado, Seth.

Os joelhos de Seth tremeram e sua cabeça caiu ao peso do comando do Alpha.

Sam caminhou num círculo apertado ao nosso redor.

Nós precisaremos do grupo completo para isso. Jacob, você é o nosso lutador mais forte. Você vai lutar conosco esta noite. Eu entendo que é difícil para você, então você vai se concentrar nos lutadores deles - Emmett e Jasper Cullen. Você não precisa se envolver com a… Outra parte. Quil e Embry lutarão contigo.

Meus joelhos tremeram; Eu lutei para me manter de pé enquanto a voz do Alpha chicoteava no meu ser. Jacob já estava de pé, apesar da voz do Alfa ainda agir sobre ele.

Paul, Jared, e eu cuidaremos de Edward e Rosalie. Eu acho, pela informação que Jacob nos trouxe, que eles estarão guardando a Bella. Carlisle e Alice também estarão próximos, possivelmente Esme. Brady, Collin, Seth e Leah vão se concentrar neles. Quem quer que tenha o caminho livre para alcançar - nós todos ouvimos ele mentalmente hesitar ao nome da Bella - a criatura, vai cuidar dela. Destruí-la é nossa prioridade.

O grupo murmurou em uma concordância nervosa. A tensão conseguiu deixar todos de pêlos em pé. Os passos estavam mais rápidos e o som das patas contra o chão estava mais agudo, suas unhas entrando no solo.

Apenas Seth, eu e Jacob estávamos parados, os olhos mantidos no centro de uma tempestade de dentes a mostra e orelhas atentas. O nariz de Seth estava quase tocando o chão, submisso aos comandos de Sam. Eu senti sua dor com a deslealdade por vir. Para ele isso era uma traição - durante aquele único dia de aliança, lutando ao lado de Edward Cullen, Seth havia verdadeiramente se tornado o amigo do vampiro.

Não tinha resistência nele, de qualquer forma. Ele iria obedecer não importasse quanto isso o machucasse. Ele não tinha outra escolha.

E que outra escolha eu tinha? Quando o Alpha fala, o bando segue.

Sam nunca tinha levado sua liderança tão longe antes; eu sabia que ele honestamente odiava ver Seth ajoelhado perante ele como um escravo aos pés do mestre. Ele não o obrigaria se ele não tivesse outra escolha. Ele não podia mentir para nós, já que nossas mentes estavam ligadas uma a outra. Ele realmente achava que era nosso dever destruir Bella e o monstro que ela estava carregando. Ele realmente acreditava que nós não tínhamos tempo a perder. Ele acreditava tanto nisso que morreria para isso.

Eu vi que ele enfrentaria Edward ele mesmo. A habilidade de Edward de ler pensamentos fez dele a maior ameaça na mente de Sam. Ele até cogitou a idéia que eu pudesse ajudar nessa parte, já que Edward não poderia ler minha mente, mas Sam não me deixaria enfrentar tamanho perigo.

Ele via Jasper como o segundo maior oponente, e esse era o porquê ele encarregou Jacob de enfrentá-lo. Ele sabia que ele tinha a maior chance, dentre todos do bando, de ganhar esta luta. Ele deixaria os alvos mais fáceis para os mais jovens do bando e Leah. A pequena Alice não era perigo sem a sua habilidade de prever o futuro para guiá-la, e ele sabia, a partir da nossa antiga aliança, que Esme não era uma lutadora. Carlisle poderia ser mais um desafio, mas seu desgosto por violência poderia atrapalhá-lo.

Eu me senti pior do que o Seth quando eu vi os planos de Sam, tentando trabalhar nos ângulos para dar para cada membro do bando uma melhor chance de sobrevivência.

Eu não podia aceitar isso, era assassinato. Eles eram bons. Bons como qualquer humano que protegíamos. Talvez melhor. Isso era errado.

Recomponha-se, . Sam ordenou. A tribo vem em primeiro lugar. Eu estava tão nervosa que havia esquecido de bloquear o que pensava.

Eu estava errado hoje, Sam. Jacob disse concordando com meus pensamentos.

Suas razões estavam erradas, então. Mas agora nós temos um dever a cumprir.

Eu o confrontei. Não.

Jacob tomou a minha frente me protegendo de Sam fazendo coro ao meu pensamento. Não!

Sam rosnou e parou na frente dele. Ele olhou fixamente dentro dos olhos de Jacob e um rosnado passou por dentre seus dentes.

Sim, o Alfa decretou, sua voz dupla ressoou com o calor de sua autoridade. Não há escapatória essa noite. Você e a , vão lutar contra os Cullen conosco. Você, com Quil e Embry irão se encarregar de Jasper e Emmet. Vocês são obrigados a proteger a tribo. É por isso que vocês existem. Vocês vão cumprir com essa obrigação.

Meus ombros se arquearam quando o decreto me bateu. Minhas pernas caíram e eu estava sob a minha barriga.

Nenhum membro do bando podia se negar ao Alfa.

Jacob ainda se mantinha lutando para ficar em pé.



















Capítulo 47



Sam começou a mover os outros para a formação enquanto eu ainda estava no chão. Jacob estava ao meu lado junto com Embry e Quil, esperando eu me recuperar. Sam esperava que eu assumisse a minha posição ao seu lado, enquanto Jacob liderava Embry e Quil.

Eu conseguia sentir o impulso, a necessidade de me colocar em pé e me posicionar, mas como Jacob não se mexia eu também continuava onde estava.

Embry choramingou calmamente em minha orelha. Ele não queria ter que pensar nas palavras, com medo que isso atraísse a atenção de Sam novamente. Eu senti seu lamento silencioso para eu me levantar, para eu e Jacob nos esquecemos disso e fazer o que nós tínhamos que fazer.

Havia medo no bando, não tanto por si mesmo, mas no geral. Nós não conseguíamos imaginar que todos nós sairíamos vivos essa noite. Qual de nossos irmãos nós perderíamos?

Qual mente iria nos deixar para sempre? Por qual familiar nós iríamos nos lamentar e nos consolar na manhã seguinte?

Minha mente começou a trabalhar com as deles, a pensar em acordo, assim poderíamos dividir nossos medos. Automaticamente, eu me levantei do chão e sacudi o meu pêlo.

Jacob tocou seu focinho no meu lado uma vez.

As mentes dos garotos estavam lotadas com o nosso desafio, nossa tarefa. Nós nos lembrávamos da noite em que nós assistimos os Cullen praticamente para a luta com os recém-nascidos. Emmet Cullen era o mais forte, mas Jasper seria provavelmente nosso maior problema. Ele se movia como um raio - força e rapidez unidas em um só. Quantos séculos de experiência ele teria tido? O suficiente para que todos os demais Cullen o procurassem para a liderança.

Eu vou pelo meio, se você quiser ir pelos flancos. Quil ofereceu a Jacob. Havia mais excitação em sua mente do que na dos outros. Quando Quil assistiu as instruções de Jasper naquelas noites, ele estava morrendo para testar suas habilidades contra as dos vampiros. Para ele, isso seria uma competição. Mesmo sabendo que a vida dele estava em perigo, ele via isso dessa maneira. Paul também estava assim, e aquelas crianças que nunca estiveram em uma batalha, Collin e Brady. Seth provavelmente também estaria assim - se os oponentes não fossem seus amigos.

Jake? Quil cutucou o ombro de Jacob. Como você quer agir?

Eu e Jacob nos encaramos e eu bloqueei meus pensamentos para os outros deixando só Jacob me ouvir.

Jake, eu não quero fazer isso. Você sabe que é errado

Ele balançou a cabeça. Eu não conseguia me concentrar no que ele pensava, estava muito confuso- o impulso de seguir as ordens indo contra ao que ele queria.

Seth estava se arrastando atrás de Collin e Brady - Leah assumiu a liderança ali. Ela ignorou Seth enquanto planejava com os outros, e eu pude ver que ela preferia deixá-lo de fora da luta. Havia um lado maternal em seus sentimentos pelo seu irmão menor. Ela desejava que Sam o mandasse para casa. Seth não captou os pensamentos de Leah. Ele estava se ajustando às ordens, também.

Talvez se vocês parassem de resistir… Embry sussurrou.

, venha para cá Sam ordenou, eu obedeci, não antes de encarar Jacob mais uma vez. Você vai lutar ao meu lado, vamos tirar proveito da sua capacidade de bloquear os pensamentos de Edward. Disse Sam.

Eu tentava me concentrar nas explicações de Sam, mas não conseguia. Só a palavra errado, aparecia na minha mente bloqueada. Eu iria acabar fazendo o que Sam queria, se era essa a sua vontade. E era. Óbvio.

Havia uma boa razão para a autoridade do Alfa. Mesmo um bando forte como o nosso não teria tanta força sem um líder. Nós tínhamos que nos movimentar juntos, pensar juntos, tudo para sermos eficazes. E isso necessitava que o corpo tivesse uma cabeça.

Então e se Sam estivesse errado agora? Não havia nada que pudéssemos fazer. Ninguém poderia ir contra a sua decisão.

Exceto.

Então aí estava – me concentrei em mandar um pensamento para Jacob. Da nossa conversa há muito tempo atrás, na sala da casa de Billy. Jacob recebeu esse pensamento com um , mais do que alívio, com uma alegria feroz.

Ninguém podia ir contra a decisão do Alfa - exceto Jacob.

Ele nunca quis liderar o bando. Ele nunca quis fazer isso. Ele não queria a responsabilidade de nossos destinos sob os seus ombros. Ele achava que Sam era melhor do que ele jamais seria. Eu devolvi o pensamento dele com um sonoro NÃO!

Sam estava errado essa noite.

E Jacob não havia nascido para se ajoelhar a ele.

Os laços se foram do corpo de Jacob no momento em que ele abraçou a minha idéia, o seu direito de nascença.

Eu podia sentir isso se reunindo dentro dele, ambos, uma liberdade e também um estranho e vazio poder. Vazio porque o poder de um Alfa vinha de seu bando, e ele achava que não tinha um bando. Por um segundo, uma solidão avassaladora caiu sobre ele.

Eu não tenho um bando. Ele pensou.

Jake, eu estou contigo até o fim.

A minha afirmação deu força a ele. Jacob andou até onde eu e Sam estávamos, direto e forte. Sam se virou para o som do avanço dele, e seus olhos negros se estreitaram.

Não,ele disse para Sam novamente.

Sam ouviu isso ao longe, ouviu a escolha que Jacob havia feito no som da voz Alfa em seus pensamentos.

Ele pulou meio passo para trás com um uivo chocado.

Jacob? O que você vez?

Eu não vou seguir você, Sam. Não para algo tão errado.

Eu me coloquei ao seu lado.

Ele nos encarou, atordoado. Vocês… Vocês escolheriam seus inimigos ao invés de sua família?

Eles não são -
Jacob chacoalhou a cabeça, esclarecendo isso - eles não são nossos inimigos. Eles nunca foram nossos inimigos. Até que eu realmente pensei em destruí-los, mas era apenas um pensamento, eu não previa isso.

Isto não é sobre eles,
ele rosnou para Jacob. Isto é sobre Bella.

Ela nunca foi a certa para você, ela nunca o escolheu, mas você continua destruindo sua vida para ela e agora levando a de com você!


Estas eram palavras duras, e eu sabia que eram para me atingir, também. Eu traguei uma quantidade grande de ar, inspirando.

Não fale por mim, Sam. Eu também não concordo com isso! Você vai destruir o bando além dela, Sam. Não importa quantos deles sobrevivam hoje à noite, eles sempre terão o assassinato em suas mãos.

Nós temos que proteger nossas famílias!

Eu sei o que você decidiu Sam. Mas você não decide para mim, não mais.
Jacob retrucou.

Nem por mim eu completei

Jacob, - vocês não podem dar as costas ao bando.

Eu ouvi o duplo eco do comando de Alfa dele, eu ainda cambaleava, mas estava mais leve agora. E já não se aplicava mais a Jacob. Ele apertou a mandíbula dele, enquanto tentava nos forçar a escutar suas palavras.

Jacob o encarou. O filho de Ephraim Black não nasceu para seguir o filho de Levi Uley.

E é isto, então, Jacob Black?
O pêlo de seu pescoço eriçou e seu focinho se enrugou mostrando os dentes. Paul e o Jared rosnaram e eriçaram ao lado dele. Até mesmo se você puder me derrotar, o bando nunca o seguirá,só a você levará para sua ruína, mas somente porque ela está presa a você!

Jacob deu um pulo para trás.

O derrote? Eu não vou lutar com você, Sam.

Então qual é seu plano? Eu não estou saindo, de forma que vocês possam proteger a cova de vampiros à custa da tribo.

Eu não estou dizendo para você sair fora.
Jacob falou

Se você ordena que eles o sigam -

Eu nunca levaria qualquer um para longe de você. está indo porque quer, mas eu também não vou forçá-la a nada.

O rabo de Sam chicoteou de um lado para outro enquanto ele recebia o julgamento das palavras de Jacob. Então ele deu um passo adiante de forma que eles ficaram com as patas juntas, os dentes deles a centímetros de distância do focinho de Jacob. Eu não tinha notado até este momento que ele tinha crescido e ficado mais alto que Sam.

Não pode haver mais de um Alfa. O bando me escolheu. Você nos separará hoje à noite? Você abandonará os seus irmãos? Ou você terminará esta loucura e nos unirá novamente? Toda palavra foi dita com comando, mas não pôde tocar Jacob. Sangue de Alfa corria não diluído nas veias dele. Eu já não sentia quase.

Há só um Alfa para este bando. Eu não estou contestando isso. Eu só estou escolhendo seguir meu próprio caminho.

Você e a agora pertencem a um bando de vampiros, Jacob?


Jacob vacilou.

Eu não sei Sam. Mas eu sei isto. -

Sam se encolheu enquanto sentia o peso Alfa no tom de Jacob. Ele o afetou mais do que quando o de Sam o tocou, porque Jacob nasceu para liderar sobre Sam.

Eu me colocarei entre você e os Cullens. E não apenas assistirei enquanto o bando mata inocentes. O bando é melhor que isso. Os conduza na direção certa, Sam.

Jacob deu as costas para Sam, e um coro de uivos rasgou no ar ao nosso redor. Eu o acompanhei.

Cravando minhas unhas na terra, eu corri atrás de Jacob para longe do alvoroço que nós tínhamos causado.

Você não precisa fazer isso,

Jake, juntos até o fim

Juntos até o fim
ele confirmou meus pensamentos.

Nós não tínhamos muito tempo. Pelo menos Leah era a única que poderia nos alcançar, e estávamos um pouco mais à frente.

O uivo enfraqueceu com a distância, e eu me confortei com o som que continuou rasgando a noite quieta. Eles não estavam atrás de nós, ainda.

Nós tínhamos que advertir os Cullen antes que o bando ficasse sabendo e tentasse nos impedir. Se os Cullen estivessem preparados, poderiam dar para Sam uma razão para repensar nisso antes que fosse muito tarde.

Corremos para a casa branca, enquanto deixávamos nosso lar para trás. Nosso lar não pertencia mais a mim nem a Jacob. Mas estando com Jake eu estava em casa.

Jake, está muito silencioso, não acha? Corri minha mente abrindo todas as comportas, mas não havia nada. Somente Jacob. Somente os uivos enchiam a noite ao longe.

Você tem razão o que será que significa?

O som que nós temíamos suspendeu nossos pensamentos, era o impacto macio de patas grandes contra o chão, enquanto nos perseguiam. Jacob acelerou esperando que eu acompanhasse.

Não Jake, não é Leah! É Seth!

Você tem certeza?

Eu reconheço os passos de todos os garotos! É Seth!

Meu passo largo vacilou. Eu cambaleei dois passos antes que se igualassem novamente.

Esperem. Minhas pernas não tão longas quanto às de vocês.

SETH! O que você pensa que está FAZENDO? VÁ PARA CASA!
Jacob gritou

Ele não respondeu, mas eu pude sentir a excitação dele enquanto ele estava atrás de nós. Eu pude ver nos olhos dele como ele pôde ver nos nossos.

Eu não tinha percebido que estava reduzindo a velocidade, mas de repente ele estava em meu encalço, correndo ao meu lado.

, vamos! Jacob ordenou.

Espere por ele, Jake!

Eu não estou brincando, Seth! Este não é lugar para você. Cai fora daqui.

O lobo magrelo bronzeado bufou. Eu dou cobertura, Jacob. Eu acho que vocês têm razão. E eu não vou ficar junto de Sam quando -

Oh sim, o inferno que vai não ficar junto de Sam! Volte com sua bunda peluda a La Push e faça o que Sam lhe disser para fazer.

Não.

Vá, Seth!

Isso é uma ordem, Jacob?


A pergunta dele pegou Jacob desprevenido. Eu parei de uma vez, deslizando, minhas unhas fazendo sulcos na lama. Jacob que estava já a nossa frente também parou dando meia volta.

Jake, escute ele!

Eu não estou ordenando ninguém para fazer coisa alguma. Eu estou apenas lhe contando o que você já sabe. , ele não vai com a gente!

Jacob parou abruptamente ao nosso lado.

Eu lhe contarei o que eu sei - eu sei que está terrivelmente quieto. Vocês não notaram? Eles não planejaram isso, Seth disse.

Eu sabia disso. O bando estaria em alerta vermelho agora. Usariam a ligação de mentes para ver dos dois lados igualmente. Mas eu não podia ouvir o que eles pensavam. Eu podia ouvir apenas Seth e Jacob E mais ninguém.

Parece-me que bandos diferentes não têm a ligação. Huh? Acho que nunca houve razão para nossos pais saberem disso antes. Porque nunca houve razão para bandos diferentes antes. Nunca houve lobos suficientes para dois. Nossa. É realmente muito quieto. Meio estranho. Mas também é bom, não acha? Aposto que era mais fácil, assim, para Ephraim e Quil e Levi. Sem tanto falatório, só os três. Ou dois.

Cale a boca, Seth.
Jacob ordenou.

Sim, senhor.


Pare com isso! Não existem dois bandos. Existe O bando, e existe eu e a . E só. Então você pode ir pra casa.

Se não houvesse dois bandos, então por que podemos nos ouvir, mas não ao resto? Acho que quando você virou suas costas para Sam, aquilo foi um gesto significativo. Uma mudança. E quando nós te seguimos, isso foi significativo também.
Eu afirmei, concordando com Seth

Vocês têm razão, Jacob acabou concedendo. Mas o que pode mudar, pode vir a mudar novamente.

Ele se levantou e começou a trotar para o leste. Sem tempo para discutir sobre isso. Devíamos ir agora mesmo antes que Sam…

Ele estava certo nessa parte. Não havia tempo para essa discussão. Comecei a correr novamente, não me forçando tanto. Seth estava logo atrás de nós.

Não havia som de perseguição, mas nós três aceleramos um pouco ao mesmo tempo. Eu estava preocupada agora. Se nós não conseguíamos observar a mente do bando, isso tornaria tudo mais difícil. Não saberíamos mais sobre a hora do ataque do que os Cullen.

Vamos fazer patrulhas, Jacob respondeu ao meu pensamento.

E o que faremos se o bando nos desafiar? Meus olhos se estreitaram. Atacar nossos irmãos?

Não - soamos um alarme e vamos embora.
disse Seth

Boa resposta. Mas e depois? Não acho… disse Jacob

Eu sei, Seth concordou. Menos confiante agora. Não acho que eu possa lutar contra eles também. Mas eles não estarão felizes com a idéia de nos atacar tanto quanto nós não estamos felizes com a idéia de atacá-los.

Isso pode ser o suficiente para pará-los. Além do mais, só tem oito deles agora.
disse

Parem de ser tão… Jacob levou um minuto para decidir a palavra certa. Otimistas. Estão me dando nos nervos.

Sem problemas. Quer que a gente fique trágico e lamuriento, ou apenas quieto?
Disse Seth.

Apenas fiquem quietos.

Isso eu posso fazer.
Disse Seth


Sério? Não parece. respondeu Jacob

Nós nos calamos.

E então estávamos cruzando a estrada e nos movendo para a floresta que circundava a casa dos Cullen. Será que Edward já pode nos ouvir? Perguntei

Talvez nós devêssemos pensar algo como “viemos em paz”. respondeu Seth

Vá em frente. disse Jake.

Edward? Seth chamou, numa tentativa. Edward está aí? Tá, agora me sinto meio estúpido.

Você soa estúpido também. respondi

Nós estávamos a menos de uma milha de distância.

Ei, Edward. Se você pode me ouvir - está vagando em círculos, Sugador de sangue. Você está com problemas. disse Jacob.

NÓS temos um problema, Corrigi.

Então nós passamos pelas árvores em direção ao grande gramado. A casa estava escura, mas não vazia. Edward estava parado na sacada acompanhado de Emmet e Jasper. Eles estavam brancos como a neve na pálida luz.

-Jacob? ? O que está havendo?

Eu diminui o ritmo, e voltei alguns passos. O cheiro era tão forte, que entortei o nariz, para não queimar tanto. Seth continuou quieto, hesitando, e então ele sentiu depois. Jacob tomou a frente.

Para responder a pergunta de Edward, Jacob deixou a mente voltar ao confronto com Sam, lembrando da briga. Eu e Seth pensamos junto, com intervalos, mostrando a cena por outro ângulo. Nós paramos quando chegamos na parte sobre -abominação, por que Edward sibilou furiosamente e saltou da sacada.

-Eles querem matar a Bella?- sem rodeios ele rosnou.

Emmet e Jasper, decididamente não ouviram a primeira parte da conversa, tomando sua inofensiva pergunta como uma afirmação.

Eles estavam exatamente ao lado dele em um piscar, com os dentes expostos, e se movendo em nossa direção.

E agora? Seth pensou, voltando para si. Eu dei um passo pra trás, indo pra frente de Seth, protegendo.

-Jazz-não eles! Os outros. O bando está vindo!

Emmet e Jasper voltaram como foguetes tropeçando em seus calcanhares; Emmet se voltou para Edward, enquanto Jasper ficou nos encarando.

-Qual é o problema deles? Emmet exigiu.

-O mesmo que o meu - Edward rosnou. -Mas eles se encarregaram de fazer seu próprio plano. Com os outros. Diga a Carlisle! Ele e Esme têm que voltar agora.

Eu senti um mal estar. Eles estavam separados.

-Eles não estão longe,- Edward disse na mesma voz morta de antes.

Eu estou indo dar uma olhada Seth disse. Também correrei pelo perímetro.

-Você vai correr perigo, Seth?- Edward perguntou.

Mas talvez eu deva ir. Só por precaução… Jacob disse.

Eu vou com ele. Você precisa passar as coordenadas para os Cullen. Afirmei, mas olhei para Jacob esperando sua aprovação

Eu e Jacob nos olhamos por algum tempo

Tome cuidado ele pediu. E ... não esqueça que eu amo você , ele acrescentou cauteloso me pegando desprevenida.

Não mais do que eu amo você. respondi.

Parem com isso. Seth reclamou, não é hora para melação.

Seth e eu trocamos um olhar. E começamos a correr.

Eles acham que isso é provavelmente um desafio para mim. Seth disse sarcasticamente depois que já estávamos afastados. Eu sou apenas uma criança para eles…

Você é apenas uma criança para mim, criança. Jake disse ao longe, mostrando que estava prestando atenção em nós.

Nós corríamos pela escuridão da floresta, não havia nem sinal de algum rastro de lobisomem.

Ninguém por aqui, Seth relatou. Tudo esta quieto na fronteira oeste.

Eles podem ter dado a volta. Jacob disse.

Eu vou fazer uma curva e ir pelo outro lado. Nos encontramos no meio Seth. Eu acrescentei, mas senti o vacilo de Jacob

Eu vou correr pelo perímetro contigo, . Jacob disse. Se eu ficar muito longe para que você ouça meus pensamentos Edward, ouça meu uivo.

Jake, é melhor você ir com Seth, eu me viro sozinha. Eu senti a relutância de Jacob. Nós nos encontramos no meio. Ele assentiu.

Eu ainda não encontrei nada, Seth disse.

Eu também não. Completei.

Eu cuidarei de metade do círculo. Se movam rápido - nós não queremos que eles tenham uma chance de fugir passando por nós. Disse Jake.

Seth desamparado seguiu adiante num rápido ímpeto de velocidade. Eu o imitei. Meu faro era o mais apurado do bando e como eu era mais ele também era veloz.

Nós corremos em silêncio, e os minutos passaram. Eu ouvi os barulhos ao redor deles, checando suas cabeças. Hey - algo está vindo rápido! Seth nos alertou depois de quinze minutos de silêncio. Em minha direção!

Mantenha sua posição - Eu não acho que seja o bando. É um som diferente. Jacob disse.

Seth - Estou quase ai. Apressei meus passos.

Mas Seth apanhava o cheiro que se aproximava na brisa, e eu li isso em sua mente.

Vampiro. Aposto que é Carlisle.

Seth volte. Pode ser alguma outra pessoa. Jacob ordenou.

Não, é deles. Eu reconheço o cheiro. Espere, eu vou me aproximar para explicar.

Seth, eu não acho – tentei argumentar.

Mas ele tinha ido. Cravei minhas unhas na terra, procurando por mais impulso.

Calma eu estou quase chegando. Jacob disse, mas eu via a preocupação na sua cabeça.

Pelo menos Seth foi rápido. Não foram nem dois minutos mais tarde quando eu o senti em minha cabeça novamente.

Sim, Carlisle e Esme. Cara, eles ficaram surpresos em me ver! Eles estão provavelmente lá dentro agora. Carlisle agradeceu.

Ele é um cara legal.
Jacob tinha um tom baixo.

Sim. Essa é uma das razões de estarmos certos sobre isso. falei.

Eu espero. disse Jake.

Nos encontramos no meio do caminho.

Por que você está tão pra baixo, Jake? Eu aposto que Sam não trará o bando esta noite. Ele não vai enviá-los numa missão suicida. perguntou Seth.

Jacob suspirou. Isso não parecia importar, de qualquer forma.

Isso não é muito sobre Sam, é Jake? perguntei

Você acha que Bella vai morrer de qualquer forma, Seth sussurrou.

Sim, ela vai. Jacob respondeu.

Eu sinto muito, Jake! Eu realmente sentia, sabendo de quanto isso machucaria Jacob. Pobre Edward. Ele deve estar louco. Acrescentei.

Literalmente. Jacob respondeu.

O nome de Edward trouxe outras memórias de Jacob à superfície. Eu e Seth lemos perplexos.

E então Seth estava uivando.

Oh, cara! De jeito algum! Você não fez isso! Isso é assunto passado! E você também sabe disso! Eu não posso acreditar que você disse que o mataria. O que é isso? Você tem de dizer a ele que não.

Seth! Gritei.

Cale a boca, seu idiota! Eles vão pensar que o bando está vindo! Jacob gritou.

Oops! Seth cortou um meio berro.

Jacob girou e começou a dar passos longos para a casa.

Alarme falso, alarme falso, Jacob pensou enquanto corria mais rápido. Desculpe, Seth é jovem. Ele se esquece das coisas. Nenhum ataque, alarme falso!

Eu voltei a correr farejando, quando vi o desespero de Jacob. Ele havia ido avisar Edward que o alarme de Seth, fora um engano e tinha visto que Bella piorara. Ele estava correndo em minha direção.

Jake! Nos encontramos no meio do caminho, ele deixou sua cabeça tombar para o chão, e eu coloquei a minha em cima da sua. Eu queria tanto poder te abraçar direito. Falei enquanto esfregava meu focinho na sua orelha.

Eu não sei o que eu faria se você não estivesse aqui, ! Ele passou sua imensa cabeça por cima da minha


















Capítulo 48



Eu havia dormido quase nada, mas rendi Jacob de madrugada, que deveria estar exausto apesar de não querer demonstrar. Seth estava fazendo o perímetro ao contrario da minha direção. Assim nos encontrávamos no meio.

O sol havia surgido por dentre as nuvens há uma hora atrás - a floresta estava cinza ao invés de negra. Ainda não havia nenhum sinal do bando. E pelo jeito que a cabeça de Jacob estava ele ainda não tinha conseguido dormir.

Então o uivo agudo de Seth quebrou cedo a quieta manhã.

Eu corri mais rápido em direção de Seth estava congelado, ouvindo com ele os passos de patas vindo em nossa direção., Jacob também já estava a caminho.

Jacob é Leah! Confirmei com a minha super audição.

Tem certeza, ? Seth estava paralisado de medo.

Dia, pessoal. A voz de Leah se fez ouvir em nossas mentes.

Um chocado lamento passou por dentre os dentes de Seth. Então nós três rosnamos como se nós lêssemos mais profundamente os novos pensamentos. Eu alcancei Seth me deparando a frente dele, mesmo sabendo que Leah nunca machucaria o irmão.

Oh, cara! Vá embora, Leah! Seth rosnou

Jacob chegou até nós.

Seth estava pronto para uivar novamente - desta vez para reclamar.

Corte o barulho, Seth. Gritei

Certo. Ugh! Ugh! Ugh! Ele choramingou e arranhou o chão, cavando buracos na terra.

Leah correu lentamente na vista, o seu pequeno corpo se teceu por dentre a vegetação rasteira.

Pare de choramingar, Seth. Você é tão infantil. ela disse.

Eu rosnei para ela, minhas orelhas se achataram contra o meu crânio. Ela voltou um passo automaticamente.

O que você pensa que está fazendo, Leah? Jacob perguntou.

Ela bufou um pesado suspiro. É um tanto quanto óbvio, não é? Eu estou entrando na sua droga de pequeno grupo renegado. Os cães-guardas dos vampiros. Ela latiu baixo, uma risada sarcástica.

Não, você não está. Dê a volta agora antes que eu rasgue os seus tendões. Jacob grunhiu.

Como se você pudesse me pegar. Ela riu e preparou seu corpo para se lançar em uma corrida. Quer correr, ó líder destemido?

Jacob, calma
falei.

É, escute a patroa, Jacob Leah respondeu.

Leah pare com isso! falei.

Jacob inspirou profundamente, enchendo os seus pulmões até que os lados de seu corpo crescessem. Então, quando ele teve certeza de que não iria gritar, exalou em uma rajada.

Seth, vá fazer com que os Cullen saibam que é apenas a idiota da sua irmã ele ordenou.

To indo! - Seth estava feliz em ir embora. Ele desapareceu em direção à casa.

Leah resmungou e se inclinou em direção a Seth, o pêlo de suas costas arrepiado. Você vai deixar que ele corra em direção aos vampiros sozinho?

Eu tenho certeza de que ele prefere eles a passar outro minuto com você.
Jacob respondeu.

Cale a boca, Jacob. Oops, me desculpe - Quero dizer, cale a boca, Alpha senhor.

Por que raios você está aqui?
Eu perguntei, já incomodada com o jeito dela.

Vocês pensam que eu vou ficar sentada em casa enquanto o meu irmãozinho serve de voluntário para ser um brinquedo de mastigar de vampiros?

Ele não precisa da sua proteção. Na verdade, ninguém quer você aqui.
Jacob respondeu.

Ui, aaai, isso vai deixar uma grande marca. Ha, ela latiu, me diga quem me quer por perto e eu caio fora daqui.

Esse comentário dela me comoveu. Jacob percebeu isso.

Isso não é sobre o Seth, é? Jacob perguntou.

É claro que é. Eu estou somente apontando que não ser bem-vinda não é uma coisa nova para mim. Não é de fato um fator que me motiva, se você entende o que eu quero dizer.

Jacob cerrou os dentes e eu tentava manter a minha cabeça no lugar.

Sam te mandou? ele perguntou.

Se eu estivesse aqui como uma mensageira do Sam, você não seria capaz de me ouvir. Minha aliança não é mais com ele.

Ela estava certa. Nós escutamos cuidadosamente aos pensamentos misturados com as palavras.

Se isso era uma distração ou um truque, a gente deveria estar alerta o suficiente para perceber. Mas não havia nada. A declaração não continha nada além da verdade. Relutante, quase desesperadora verdade.

Você é leal a mim agora? Jacob perguntou com sarcasmo. Uh-huh. Certo.

Minhas escolhas são limitadas. Estou trabalhando com as opções que eu tenho. Acredite em mim, não estou gostando disso mais do que você não está.

Aquilo não era verdade. Havia uma ponta de excitação em sua mente. Ela estava infeliz com isso, mas também estava numa espécie de êxtase. Vasculhei sua mente, tentando entender.

Ela se enfureceu, ressentindo a intrusão. Normalmente eu tentava manter Leah fora - nunca tentei entendê-la antes.

Fomos interrompidos por Seth, pensando em sua explicação para Edward. Leah lamentou ansiosa. O rosto de Edward, emoldurado na mesma janela da noite passada, não mostrava nenhuma reação às novidades. Era uma face vazia, morta.

Wow, ele parece péssimo, Seth murmurou para si mesmo. O vampiro não mostrou reação a esse pensamento também. Ele desapareceu para dentro da casa. Seth virou-se e voltou a nosso encontro. Leah relaxou um pouco.

O que está acontecendo? Leah perguntou. Me explique para que eu possa acompanhar.

Não há motivo. Você não vai ficar.
Jacob disse.

Na verdade, Sr Alpha, eu vou. Porque, aparentemente, eu preciso pertencer a alguém - e não pense que eu não tentei sair sozinha, você mesmo sabe o quão bem isso não funciona - eu escolhi você.

Leah, você não gosta de mim. Eu não gosto de você.

Obrigada, Capitão Óbvio. Isso não me importa. Fico com Seth.

Você não gosta de vampiros. Não acha que há um conflito de interesses aqui?
Eu acrescentei.

Você também não gosta de vampiros, . Nem de Bella. Então o que você está fazendo aqui?

Ela está por mim, Leah! E nós estamos comprometidos com essa aliança. Você não.
disse Jacob.

Manterei distância deles. Posso fazer patrulhas longe, como Seth. Leah disse determinada.

E eu devo acreditar em você nisso? disse Jacob.

Ela esticou o pescoço, ficando na ponta dos pés, tentando ficar tão alta quanto Jacob para o encarar nos olhos. Não vou trair meu bando.

Jacob ficou furioso. Este não é seu bando! Isso não é nem mesmo um bando. Isso era apenas e eu, sozinhos! O que acontece com vocês, Clearwaters? Por que não podem nos deixar em paz?

Seth, vindo logo atrás de nós agora, resmungou; Jacob o havia ofendido.

Eu tenho sido de grande ajuda, não tenho, Jake? resmungou Seth.

Você não tem sido muito insuportável, menino, mas se você e Leah forem um pacote só - se a única maneira de me livrar dela é você indo para casa… Bom, pode me culpar por querer que você vá embora? Jacob perguntou.

Ugh, Leah, você estragou tudo! Seth reclamou.

É, eu sei, ela lhe disse, e o pensamento estava cheio de seu desespero.

Senti a dor naquelas três pequenas palavras, e era maior do que eu havia imaginado.

Jake, pense bem! Eu tentei interferir.

Seth se sentia culpado também. Jake… você não vai realmente me mandar embora, vai? Leah não é tão ruim. Sério. Quer dizer, com ela, podemos alcançar um perímetro maior. E isso deixa Sam com apenas sete. Não tem como ele pensar num ataque estando tão em baixa no número de membros. Provavelmente é uma coisa boa…

Você sabe que não quero liderar um bando, .
Jake me olhava com seus olhos escuros e cansados

Então não nos lidere, Leah ofereceu.

Jacob bufou. Parece perfeito para mim. Corram para casa então.

Jake,
Seth pensou. Eu pertenço aqui. Eu gosto de vampiros. Os Cullen, pelo menos. São pessoas para mim, e vou protegê-los, porque é isso que devemos fazer.

Talvez você pertença, menino, mas sua irmã não. E ela vai estar em qualquer lugar que você-

De repente, quando Jacob disse aquilo, algo que Leah vinha tentando não pensar veio a tona.

Leah não ia a lugar algum.

Achei que isso fosse pelo Seth, pensei.

Ela hesitou. É óbvio que estou aqui pelo Seth.

E para ficar longe de Sam. Jacob completou.

Ela trincou o queixo. Não tenho que me explicar pra vocês. Só preciso fazer o que me dizem. Pertenço ao seu bando, Jacob. Fim.

Jacob caminhou para longe dela, rosnando. Eu segui ao seu lado.

Talvez seja melhor, Jake. Falei tentando melhorar seu humor enquanto caminhávamos em direção a casa.


Droga, . Eu nunca vou me livrar dela. Por mais que ela não goste de mim, que ela despreze os Cullen, que adorasse a idéia de poder matar todos os vampiros agora mesmo, por mais que ficasse irritadíssima por ter que protegê-los - nenhuma dessas coisas é nada comparado ao que ela sente ao se ver livre de Sam.

Acho que ela não vai dar tanto trabalho, Jake. Ela ainda ama Sam. E saber que ele quer que ela desapareça é a maior dor com a qual ela pode viver, agora que tem uma escolha. Ela teria escolhido qualquer outra opção. Mesmo se isso significasse se mudar com os Cullen como o cachorrinho deles.
Eu respondi.

Eu não sei se eu iria tão longe, Leah pensou. Sua intenção era fazer as palavras soarem agressivas, mas havia grandes fendas em sua dramatização. Eu tenho certeza que eu tentaria me matar algumas boas vezes antes.

Olha, Leah …
Jacob falou se virando para ela.

Não, olha você, Jacob. Pare de discutir comigo, isso não vai adiantar em nada. Eu ficarei fora por uns dias, ok? Farei tudo que você quiser. Exceto voltar para o bando do Sam e ser sua patética ex, a qual ele não pode se livrar. Se você quiser que eu vá embora - ela sentou em suas patas traseiras e olhou diretamente nos olhos de Jacob- você vai ter que me forçar.

Jacob rosnou por um longo minuto de raiva. Eu estou começando a sentir certa simpatia pelo Sam, mesmo depois do que ele fez comigo e com a . Não era de se admirar que ele estava sempre nos dando ordens. Como mais ele conseguiria fazer com que alguma coisa feita? Seth, você ficaria bravo comigo se eu matasse sua irmã?

Seth fingiu pensar por um minuto. Bom … sim, provavelmente.

Jacob suspirou.

Tudo bem, então, Srta. Faz-Tudo-Que-Eu-Quiser . Por que você não faz alguma coisa útil e nos diz o que você sabe? O que aconteceu depois de irmos embora ontem à noite? Jacob ordenou. E eu me sentei ao seu lado.

Muitos uivos. Mas você provavelmente ouviu essa parte. Foi tão alto que nos levou algum tempo até percebermos que não podíamos mais ouvir vocês. Sam estava… As palavras dela falharam, mas eu podia ver em sua cabeça. Eu e Seth nos encolhemos. Depois disso, ficou muito claro que nós teríamos que repensar em algumas coisas. Sam estava planejando falar com os mais velhos primeiro, essa manhã. Nós deveríamos nos encontrar e descobrir um plano de jogo. Eu posso dizer que ele não ia montar outro ataque logo de cara, é claro. Ele não é suicida a esse ponto. E sem você, Seth e a , que seria a peça chave contra Edward por causa desse troço doido que ela faz com os pensamentos, sem falar nos sugadores-de-sangue prevenidos. Eu não sei ao certo o que eles vão fazer, mas eu não andaria pela floresta sozinha se eu fosse um dos sanguessugas. É temporada aberta para vampiros agora.

Você decidiu faltar à reunião essa manhã?
Eu perguntei.

Quando nos repartimos para patrulhas ontem à noite, eu pedi permissão para ir pra casa, contar à mamãe o que tinha acontecido -

Merda! Você contou a mamãe?
Seth rugiu.

Seth, segura as pontas com a coisa de irmãos por um segundo. Continue Leah. Disse Jacob.

Então, quando eu voltei a ser humana, eu tirei alguns minutos para pensar… Bem, na verdade, eu tirei a noite inteira. Aposto que os outros pensaram que eu tinha adormecido. Mas toda essa coisa dos dois grupos separados, dois grupos de mentes separadas me ajudaram a peneirar meus pensamentos. No fim, eu pesei a segurança do Seth e, er, outros benefícios da idéia de se tornar um traidor e feder a vampiros por quem sabe quanto tempo. Você sabe o que eu decidi. Eu deixei um recado para minha mãe. Eu espero que ouçamos quando Sam descobrir…

Leah levantou uma orelha para o oeste.

Sim, eu espero que ouçamos, Jacob concordou.

Então isso é tudo. O que nós fazemos agora? Ela perguntou.

Nós três olhamos para Jacob.

Eu acho que nos só devemos manter os olhos abertos lá pra fora. Isso é tudo que podemos fazer. Você devia dormir um pouco .

Você dormiu tanto quanto eu.

Não era para vocês obedecerem ao que lhe fossem mandado?


Eu cerrei meus olhos, essa história de namorado-lider-alfa, não iria dar muito certo.

Só se isso for uma ordem, Jacob!


ARG!
Ele urrou Faça como quiser.

Eu não me importaria de dormir um pouco, Leah murmurou e depois bocejou. Bom, tanto faz. Eu não ligo. Vá você então, Leah. Jacob pensou.

Eu vou correr pelas bordas, Jake. Eu não estou cansado. Seth estava tão feliz por Jacob não ter os forçado a ir para casa que ele estava cheio de entusiasmo.

Claro, claro. Eu vou checar as coisas com os Cullen.

Quer que eu vá com você Jacob?

Não precisa , mas... fique por perto, ok?


Eu assenti e o observei indo em direção a casa.

Seth decolou ao longo do novo caminho indo pela terra úmida. Leah olhou para ele pensativamente.

Talvez um round ou dois antes que eu caia… Ei, Seth, quer ver quantas vezes eu consigo te lamber?

NÃO!


Após uma baixa risadinha, Leah se enfiou nas árvores, logo depois de Seth.

Eu protestei inutilmente. Pedir paz e quietude era muito.

Leah estava sendo ela mesma. Ela mantinha as zombarias no mínimo enquanto corria ao redor da pista, mas era impossível não notar sua presunção. Eu pensei no ditado de um é pouco, dois é bom…‘ Definitivamente ele não se aplicaria aqui, porque na cabeça de Jacob um‘ já era demais. Mas se tivesse que haver 3 de nós, seria difícil pensar em alguém que eu não trocaria por ela.

Paul? Ela sugeriu

Talvez, Eu permiti.

Ela riu para si mesma, muito elétrica e nervosa para se sentir ofendida. Eu me perguntei por quanto tempo mais aquela coisa toda de evitar Sam duraria.

A partir de agora, esse será meu objetivo - ser menos irritante que Paul.

Yeah, trabalhe nisso.
Disse Jacob.

Eu o segui mantendo alguns passos de distância. Jacob hesitou por um momento.

Por favor, Jake. Já esqueceu que eu já te vi sem roupa antes?

Aquela época nunca sai da minha cabeça.


Se eu pudesse eu tinha corado. Ainda mais as imagens que vieram a mente de Jacob.

É eu também sinto falta. Falei.

Ah gente, por favor! Tem menor presente, ok? Leah reclamou.

Jacob rosnou e depois se transformou num salto. Nós estávamos a alguns metros do gramado, então ele vestiu seu calção e começou a atravessar-lo.

A porta abriu antes que ele chegasse aos degraus, e eu fiquei surpresa por ver Carlisle não Edward a sair pra encontrar-lo- sua expressão me parecia exausta e derrotada. Por um segundo, meu coração congelou.

-Vocês estão bem, Jacob?- Carlisle perguntou me vendo sentada a alguns metros de distância.

-É a Bella?- Jacob perguntou.

-Ela está…. do mesmo jeito que estava noite passada. Eu o assustei? Me perdoe. Edward disse que você viria em sua forma humana, e eu sai pra cumprimentá-lo, já que ele não queria deixá-la. Ela está acordada.

E Edward não queria perder tempo algum que pudesse passar com ela, porque ela não tinha muito tempo restante. Carlisle não disse as palavras em voz alta, mas não precisava.

Jacob estava exausto fazia muito tempo que ele não dormia e agora seus olhos estavam se fechando.

Eu observava tudo ao longe, então me deitei sobre minhas patas, desejando que ele pudesse dormir um pouco.

Movendo-se sorrateiramente como somente um vampiro é capaz, Carlisle se sentou no mesmo degrau de Jacob, contra o outro corrimão.

-Eu não tive a chance de agradecê-lo noite passada, Jacob. Você não imagina como eu aprecio sua… compaixão. Eu sei que seu objetivo é proteger a Bella, mas, eu devo a você a segurança do resto da família também. Edward me disse o que você teve que fazer…
-Não mencione isto. - ele murmurou.

-Se você preferir. - Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes - Ela parece gostar muito de você? - Carlisle disse olhando diretamente para mim.

- É, talvez mais do que eu mereça. - Jacob respondeu. Eu não gostei do seu comentário. Tive vontade de lhe dar uma mordida.

Os olhos de Jacob se fecharam novamente, mas sua expressão era de dor. Eu choraminguei baixinho e ele abriu os olhos encontrando os meus. Jacob tentou sorrir, mas seu sorriso saiu triste. Eu me remexia impaciente, minha vontade de abraçá-lo e confortá-lo era muito forte.

-Ela é como família pra você?- Jacob perguntou a Carlisle.

-Sim. Bella já é como uma filha pra mim. Uma filha querida.

-Mas você vai deixar que ela morra.

-Eu posso imaginar o que você pensa de mim por isso - Carlisle disse depois de um tempo. -Mas eu não posso ignorar a vontade dela. Não seria certo tomar esse tipo de decisão por ela, forçá-la.

Ele estava certo, se essa era a vontade de Bella, ninguém poderia fazer nada. Pensei se eu estivesse no lugar dela, com um bebê de Jacob crescendo em minha barriga. Eu faria tudo por esse filho, até morrer por ele.

-Você acha que tem alguma chance dela conseguir? Digo, como uma vampira e tudo mais. Ela me contou… sobre Esme. - Jacob disse.

-Eu disse que existe uma chance remota nesse ponto- ele respondeu baixo. -Eu já vi o veneno dos vampiros fazer milagres, mas existem condições em que até mesmo o veneno não pode superar. O coração dela está se esforçando demais agora; se ele falhar… não vai haver nada que eu possa fazer.

-O que aquela coisa está fazendo com ela?- Jacob suspirou. -Ela estava tão pior ontem à noite. Eu vi… os tubos e tudo mais. Através da janela.

-O feto não é compatível com o corpo dela. Muito forte, para uma coisa, mas ela pode provavelmente durar por algum tempo. O maior problema é que isso não permite que ela tenha o alimento que ela precisa. O seu corpo está rejeitando qualquer forma de nutrição. Eu estou tentando alimentá-la através de forma intravenosa, mas ela simplesmente não absorve. Tudo sobre a sua condição está acelerada. Eu estou assistindo a ela - e não só ela, mas o feto também - morrer de fome a cada hora. Eu não consigo parar e eu não consigo diminuir o ritmo disso. Eu não consigo entender o que o feto quer. - A sua voz cansada vacilou no final.

Jacob fechou os olhos tentando se acalmar e controlar a tremedeira de suas mãos. Eu me levantei e dei um passo hesitante para ele. Eu o observei e caminhei mais em sua direção. Sem me importar com o cheiro que ardia meus pulmões, deitei ao lado da escada colocando minha cabeça em seu colo. Ele afundou sua mão nos pêlos do meu pescoço, se acalmando de vez.

Então nós ouvimos a voz de Edward dentro da casa e nós três paramos para escutá-lo.

-Eu já volto Bella. Eu quero falar com Carlisle por um momento. Na verdade, Rosalie, você se incomodaria em me acompanhar?-Edward soara diferente. Havia um pouco de vida em sua voz morta. Uma faísca de algo. Não exatamente esperança, mas talvez o desejo de esperança.

-O que é isso, Edward?- Bella disse rouca.

-Nada do que você precisa se preocupar, amor. Só vai levar um segundo. Por favor, Rose?

-Esme?- Rosalie chamou. -Você pode tomar conta de Bella para mim?

Eu ouvi o sussurro do vento quando Esme esvoaçava escada a baixo.

-Claro - ela disse.

Carlisle deslocado, torcendo-se ao olhar esperando na porta. Edward a atravessou primeiro, com Rosalie bem atrás dele. Sua cara, como sua voz, deixara de ser morta. Ele parecia intensamente focado. Rosalie o olhou suspeita.

Edward fechou a porta atrás dela.

-Carlisle - ele murmurou.

-O que é isso, Edward?

-Talvez nós tenhamos lidado com isso de uma maneira errada. Eu estava ouvindo vocês agora, e quando você estava falando sobre o que o… feto quer, Jacob teve um pensamento interessante.

Jacob? O que Jacob pensou?

-Nós não tínhamos realmente pensado por esse ângulo,- Edward falou. -Nós viemos tentando dar a Bella o que ela necessita. E seu corpo vem aceitando isso tão bem quanto um de nos aceitaria. Talvez nós devêssemos abordar as necessidades do… feto primeiro. Talvez se nos conseguirmos satisfazer isso, nós poderíamos ser capazes de ajudá-la mais efetivamente.

-Eu não estou te acompanhando, Edward,- Carlisle disse.

-Pense sobre isso, Carlisle. Se a criatura é mais vampiro que humano, você pode adivinhar o que ela anseia - o que ela não está conseguindo? Jacob adivinhou.

Eu olhei para Jacob. Ele parecia não entender o ponto de Edward. Seria o sangue?

- Isso, . - Edward aprovou.

Todos me olharam.

-Oh,- disse Carlisle em um tom surpreso. -Você pensa que isso é… sede?

Rosalie assobiou sobre seu fôlego. Ela não estava mais suspeitando. Sua perfeita cara revoltava foi toda iluminada, seus olhos cheios com excitação. -Claro - ela resmungou. -Carlisle, nós temos todo aquele tipo O negativo esperando para Bella. Essa é uma boa idéia,– ela adicionou, não olhando para mim.

-Hmm.- Carlisle colocou a mão em seu queixo, perdido em pensamentos. -Eu me pergunto… E depois, qual será o melhor jeito de administrar…

Rosalie balançou sua cabeça. -Nós não temos tempo para ser criativos. Eu digo que deveríamos começar com o jeito tradicional.

-Esperem um momento, - Jacob sussurrou. -Só espere um pouco. Você esta - você esta falando em fazer Bella beber sangue?

Aquela idéia me revoltou o estomago, eu franzi o focinho.

-Foi sua idéia, cachorro, - disse Rosalie, encarando Jacob de cara feia, mas sem realmente olhá-lo.

Eu rosnei baixo e Jacob passou a mão no meu pescoço.

-Isso é… - Jacob não achava a palavra certa.

-Monstruoso?- Edward sugeriu. -Repulsivo?

Eu concordei com as palavras.

-Bastante.- Jacob respondeu.

-Mas e se isso ajudá-la?- Edward suspirou.

-O que você vai fazer? Enfiar um tubo pela garganta dela?

-Eu planejava perguntar a ela o que ela pensa. Eu apenas quis passar primeiro a Carlisle.

Rosalie acenou com a cabeça. -Se você disser a ela que isso pode ajudar o bebê, ela vai estar disposta a fazer qualquer coisa. Mesmo que nós tenhamos que alimentá-los por um tubo. Bem, nós não temos tempo para sentar e discutir sobre isso - Rosalie disse impacientemente. -O que você acha, Carlisle? Nós podemos tentar?

Carlisle inspirou profundamente, e então ele se pôs em pé. -Nós vamos perguntar para Bella.

Jacob passou a mão na minha cabeça, dizendo um Já volto ! na minha orelha.


Arg! Que morbidez! Eu não acreditei que ele iria assistir. Me retirei para o mais o extremo oposto do gramado, me deitando enroscada. Comecei a prestar atenção nos pensamentos de Seth. Apenas um borrão das árvores, passava por seus olhos. Meus olhos também estavam se fechando, mas minha barriga vazia, não me deixava dormir.


















Capítulo 49



Eu já tinha pego no sono a algum tempo quando dois uivos perfuraram o ar matutino. Não havia nenhum erro na urgência do tom. Nenhum erro dessa vez.

Em um salto me levantei e me coloquei a caminho de Seth, sem nem a menos esperar por Jacob.

O que foi, Seth?

O que foi?
Jacob gritou assim que se transformou.

Estão se aproximando, Seth respondeu, na última árvore.

Eles se dividiram? Jacob perguntou.

Eu estou correndo em direção ao Seth na velocidade da luz, Leah prometeu. Eu pude sentir o ar bufando de seus pulmões enquanto ela se jogava em uma velocidade incrível. A floresta a chicoteava ao redor. Por enquanto, nenhum outro ponto de ataque.

Seth, não os desafie. Espere por nós.

Eles estão lentos. Ugh - é tão ruim não ser capaz de ouvi-los. Eu acho…

O que?
Eu perguntei.

Eu acho que eles pararam. Seth respondeu.

Esperando pelo resto do bando? Jacob perguntou.

Shh. Sentiu isso? Seth perguntou.

Eu absorvi suas sensações. O vislumbre lânguido, sem som no ar.

Alguém está se transformando? perguntei

Parece que sim, Seth concordou.

Leah voou no pequeno pedaço onde Seth esperava. Ela fincou suas garras no chão, virando-se como um carro de corrida.

Cuido de sua retaguarda, mano.

Eu tentei voar que nem a Leah. Era horrível estar longe de Seth e Leah com um perigo em potencial mais perto deles do que de mim.

Eu cheguei logo após, derrapando com a freada.

Eles estão vindo, Seth. Disse nervosamente. Devagar. Andando.

Quase aí,
Jacob disse para nós. Não tomem nenhuma atitude até eu chegar.

Olha só quem está ficando paternal,
Leah pensou de forma irônica.

Cabeça no jogo, Leah.

Quatro. Eu disse, já que minha audição era melhor. Três lobos, um homem.

Jacob chegou à pequena clareira então, movendo-se imediatamente ao ponto a frente de nós. Eu me coloquei ao seu lado direito. Seth suspirou com alívio e então se restabeleceu imediatamente ao lado esquerdo de Jacob. Leah se colocou ao meu lado direito com menos entusiasmo.

Agora eu estou em uma posição abaixo de Seth, ela reclamou com ela mesma.

Primeiro a chegar, primeiro a servir. Seth pensou de maneira convencida. E mesmo assim, você nunca esteve acima do terceiro lugar perto do Alfa. Ainda é uma promoção.

Embaixo do meu irmão bebê não é uma promoção.

Leah pode ficar no meu lugar se preferir, eu realmente não me importo. Falei.

Shh! Jacob reclamou. Eu não ligo para onde vocês estão, mas a fica ao meu lado. E calem a boca e fiquem preparados.

Eles apareceram em nossas vistas segundos depois, caminhando, como eu havia pensado. Jared na frente, humano, mãos levantadas. Collin, Paul e Quil em quatro patas atrás dele. Sua postura não era agressiva. Eles vacilaram atrás de Jared, orelhas levantadas, alertas, mas calmos.

Mas… Era estranho que Sam tenha preferido mandar Collin ao invés de Embry.

Não seria isso que eu faria se eu fosse mandar um tratado diplomático em território inimigo. Eu não mandaria uma criança. Eu mandaria um lutador experiente. Pensou Jacob.

Uma distração? Leah pensou.

Estariam Sam, Embry e Brady fazendo um movimento individual? Não parecia com isso. Jacob pensou.

Quer que eu vá conferir? Eu posso correr até a divisa e voltar em dois minutos. Pensei.

Devo avisar aos Cullen? Seth imaginou.

E se eles quiserem nos dividir? Jacob perguntou. Os Cullen sabem que tem alguma coisa acontecendo. Eles estão preparados.

Sam não seria tão estúpido
… Leah suspirou medo fragmentado em sua mente. Ela estava imaginando Sam atacando os Cullen com os dois restantes ao seu lado.

Não, ele não seria, Jacob assegurou a ela, se sentindo mal com a imagem em sua cabeça, também.

Nesse instante, Jared e os três lobos olharam para nós, esperando. Era estranho não escutar o que Quil, Paul e Collin estavam dizendo uns para os outros. As expressões deles estavam vazias - ilegíveis.

Jared pigarreou e acenou para Jacob.

- Bandeira branca da paz, Jake. Estamos aqui para conversar.

Acha que isso é verdade? Perguntei para Jacob.

Faz sentido, mas…

Sim,
Leah concordou. Mas.

Nós não relaxamos.

Jared franziu as sobrancelhas.

-Seria mais fácil conversar se eu pudesse ouvir você também.

Jake, espere até ter certeza do porque mandarem Collin falei

É isso que me incomoda

-Certo. Acho que vou só falar, então.– Jared disse. ―Jake, nós queremos que você volte.

Quil deixou escapar um leve lamento atrás dele. Apoiando a opinião.

-Você separou nossa família. Não é para ser desse jeito. Nós sabemos que você se sente… forte com a situação com os Cullen. Nós sabemos que isso é um problema. Mas você esta exagerando.

Seth rosnou. Exagerando? E atacar nossos aliados sem aviso não é?

Seth, nunca ouviu falar de cara de paisagem? Se acalme. Eu falei

Desculpe.

Os olhos de Jared se viraram para Seth e voltaram para Jacob. -Sam está disposto a levar isso com calma, Jacob. Ele se acalmou, conversou com os outros anciões. Eles decidiram que uma ação imediata não é a melhor coisa no momento.

Tradução: Eles já perderam o elemento surpresa, pensou Leah.

Era esquisito como os pensamentos da reunião eram. O bando já era o bando do Sam, já eram, eles para nós. Alguma outra coisa, de fora. Era especialmente esquisito que Leah pensasse desse jeito, ela sendo uma parte sólida do nós.

- Billy e Sue concordam com você, Jacob, que nós podemos esperar por Bella… Estar separada do problema. Matá-la não é algo que qualquer um de nós de sente bem em fazer.

Embora eu tivesse acabado de reclamar com Seth sobre isso, não pude conter um resmungo próprio. Então eles não se sentiam bem com assassinatos, é?

Jacob rosnou concordando comigo.

Jared levantou as mãos novamente. - Calma Jake. Você sabe o que eu quis dizer. A questão é, nós vamos esperar e avaliar a situação. Decidir depois se há alguns problemas com… a coisa.

Rá. Que ônus. Pensei.

Você não acredita?

Eu sei o que eles estão pensando, Jake. O que o Sam está pensando. Eles estão apostando que a Bella morra de qualquer jeito. E eles acham que você ficará tão bravo…

Que eu mesmo vou liderar o ataque.

Eu irei te lembrar de quem eles são,
Seth sussurrou.

Sei que vai, garoto. A questão é se eu vou escutar você.

-Jake?- Jared perguntou.

Eu bufei de raiva.

Leah vá fazer uma ronda - só para ter certeza. Eu vou ter que falar com ele, e quero ter certeza de que nada aconteça enquanto estiver transformado.

Dá um tempo, Jacob. Você pode se transformar na minha frente. A pesar de meus melhores esforços, eu já vi sua bunda pelas memórias da várias vezes.


Eu fiquei chocada com o comentário dela.

Eu não estou tentando proteger a inocência dos seus olhos, estou tentando proteger nossas vidas. Saia daqui.

Leah fungou uma vez e disparou para a floresta. Eu podia ouvir as garras dela cortando o chão, empurrando-a para frente.

Jared e os outros estavam olhando para o lugar onde ela tinha desaparecido com expressões desconfiadas.

- Onde ela está indo? - Jared perguntou.

Jacob fechou seus olhos se concentrando. Ele se apoiou nas patas traseiras, no exato momento em que estava totalmente em pé enquanto mudou para humano.

-Oh - Jared disse. -Oi, Jake.

-Oi, Jared.

-Obrigado por falar comigo.

-É.

-Queremos que você volte, cara.

Quil lamentou de novo.

- Não é assim tão fácil Jared.

-Venha para casa - Ele disse, se inclinando. Suplicando. -Nós podemos arrumar isso. Você não pertence a esse lugar. Deixe , Seth e Leah voltarem para casa também.

Jacob riu. –Certo. Como se eu não estivesse implorando para que eles fizessem isso desde o começo.

Seth bufou ao meu lado. Aquilo me machucou um pouco também.


Até parece que eu quero voltar Seth disse.

Eu rosnei. Sim e me transformar em uma escrava assassina.

Jared avaliou isso, seus olhos cautelosos de novo. –E agora, então?

–Eu não sei. – Jacob falou. –Mas não tenho certeza se as coisas podem voltar ao normal, de qualquer jeito, Jared. Não sei como funciona - não parece que eu possa simplesmente ligar e desligar essa coisa de Alpha de acordo com meu humor. Parece que é permanente.

–Seu lugar ainda é conosco.

Como? Sam vai aceitar destronar? Indaguei

Duvido! Leah respondeu. Ela já estava quase de volta, a floresta voava por ela.

–Dois Alfas não podem ficar no mesmo lugar, Jared. Lembra-se como chegou perto na noite passada? O instinto é muito competitivo.

–Então vocês vão ficar com os parasitas pelo resto de suas vidas?– ele reclamou. –Você não tem casa aqui. Já está sem roupas.– ele lembrou. ―Vai ficar como lobo o tempo todo? Você sabe que a Leah não gosta de comer desse jeito.

–Leah pode fazer o que ela quiser quando ficar com fome. Ela está aqui por escolha própria. Eu não estou falando a ninguém o que fazer.

Jared suspirou. –Sam sente muito pelo que fez a você e a .

–Eu não estou mais nervoso.

–Mas?

–Mas não vou voltar, não agora. Nós vamos esperar e ver como as coisas acontecem também. E vamos prestar atenção nos Cullen pelo tempo que for necessário. Porque, ao contrário do que você pensa, isso não é só sobre a Bella. Nós estamos protegendo aqueles que devem ser protegidos. E isso vale para os Cullen, também. Pelo menos um número pequeno deles, de qualquer modo.

Seth uivou levemente em acordo.

Jared franziu as sobrancelhas então me olhou analisando.

–Você não acha que já causou sofrimento demais a , Jacob. – Ai que golpe baixo, rosnei.– Depois de tudo que ela sofreu, você continua com essa obsessão.– Rosnei mais forte ainda, achatando minhas orelhas no crânio.

– Acredito que isso seja problema meu e dela, você não acha?

Jared me olhou mais uma vez e depois voltou a olhar Jacob.

–Acho que não há nada que eu possa dizer para você, então.

–Não agora. Vamos ver como as coisas caminham.

Jared se virou para Seth, se concentrando nele agora, separado de mim. –Sue me pediu para lhe dizer - não, para lhe implorar, para vir para casa. Ela está com o coração partido, Seth. Toda sozinha. Não sei como você e Leah conseguem fazer isso com ela. Abandoná-la desse jeito, quando seu pai acabou de morrer.

Seth choramingou.

–Devagar, Jared.– Jacob avisou.

–Só o deixando ver como é.

Eu bufei. Sue era mais durona do que qualquer outra pessoa que eu conhecia. Mais durona que meu pai, mais durona que eu. Durona o suficiente para brincar com as emoções dos filhos se isso os fizesse voltar para casa. Mas não era justo culpar Seth desse jeito.

–Certo.– disse Jacob –―Sue já sabe sobre isso há quantas horas? E a maior parte do tempo que ela passou com Billy, o velho Quil Ateara, John e Sam? É, tenho certeza de que ela está só se acabando na solidão. Claro que você está livre para ir se quiser, Seth. Você sabe disso.

Seth fungou.

Então, um segundo depois, eu ouvi Leah vindo do norte. Nossa, ela era rápida. Duas batidas, e Leah derrapou para uma parada leve a alguns metros de distância. Ela trotou, ficando na frente de Seth. Ela manteve o nariz no ar, obviamente não olhando na direção de Jacob.

Eu gostei disso.

–Leah?– Jared perguntou.

Ela encontrou o olhar dele, seu focinho virando um pouco sobre os dentes.

Jared não pareceu surpreso pela hostilidade dela. -Leah, você sabe que não quer ficar aqui.

Ela rangeu os dentes para ele. Sim, e meu lugar predileto é com você de certo

Leah calma
eu falei

Jacob lançou a ela um olhar de aviso que ela não viu. Seth lamentou e a cutucou com o cotovelo na altura dos ombros.

–Desculpe.– Jared disse. –Acho que não devia presumir. Mas você não tem nenhuma ligação com os sugadores de sangue.

Eu estou aqui pó eles Leah deliberadamente olhou para seu irmão e depois para mim.

–Então você quer tomar conta de Seth, eu entendo isso. – Jared disse. Os olhos dele se viraram para mim e então para ela. Provavelmente se perguntando sobre aquele segundo olhar - assim como eu estava. –Mas Jake não vai deixar nada acontecer com ele, e ele não está com medo de ficar aqui.– Jared fez uma careta. –De qualquer modo, por favor, Leah. Queremos você de volta. Sam quer você de volta.

Ah sim, eu imagino o quanto ele me quer de volta.

A cauda de Leah se debateu.

-Sam me disse para implorar. Ele me disse literalmente para me ajoelhar e implorar. Ele quer você em casa, Lee-Lee, onde é o seu lugar.

Eu vi Leah encolher-se quando Jared usou o antigo apelido que Sam dera para ela. E então, quando ele adicionou aquelas três últimas palavras, os pêlos do pescoço dela se eriçaram.

Diga aquele cachorro sarnento que eu quero mais que ele vá para o inferno, o que ele está pensando que eu sou? A quem ele pensa que engana?

Calma Leah é só uma estratégia


Ela estava uivando uma longa corrente de reclamações através de seus dentes. Jared não precisava estar na cabeça dela para ouvir as maldições que ela estava lançando, e nem Jacob.

Jacob esperou ela acabar. –Eu vou tirar conclusões e dizer que o lugar de Leah é onde ela quiser que seja.

É isso mesmo! Sam não manda mais em mim! Leah rosnou encarando Jared.

Jared assentiu e virou os olhos pra mim novamente.

- , até quando você vai continuar agüentando ver Jacob correr atrás de Bella?

O que!!!!! Eu segui meu próprio conselho e mantive a aparência séria, mas minha vontade era arrancar a cabeça de Jared nesse exato momento.

- Espera um pouquinho, Jared!– Jacob deu um passo para frente.

- Desculpe, eu só estava curioso!– Jared falou ainda me encarando.

Enfie essa sua curiosidade no.... bolso!

-Olha, Jared, nós ainda somos da família, certo?- Jacob continuou mais calmo - Nós vamos superar essa rixa, mas, até que o façamos você provavelmente deva ficar em sua terra. Só para que não haja desentendimentos. Ninguém quer briga entre família, certo? Sam também não quer isso, quer?

-Claro que não,– rebateu Jared. –Nós ficaremos em nossas terras. Mas onde é a sua terra, Jacob? É a dos vampiros?

–Não, Jared. Estou sem casa, no momento. Mas não se preocupe - isso não vai durar para sempre. Não há tanto tempo assim… sobrando. Está bem? Então os Cullen provavelmente vão partir e Seth e Leah vão voltar para casa.

Leah e Seth protestaram juntos, seus narizes se virando para Jacob em sincronia.

–Mas e você e a , Jake?

– Nós temos nossos planos.– Aquelas palavras aliviaram um pouco a minha angustia.– Eu não posso ficar por La Push. Dois Alfas significam muita tensão. Além disso, era o que nós pretendíamos fazer mesmo. Antes dessa confusão.

–E se precisarmos conversar?– Jared perguntou.

–Uive, mas fique de olho na linha, tá bem? Nós iremos até você. E Sam não precisa mandar tantos. Não estamos procurando por uma briga.

Jared olhou feio, mas acenou em afirmação. Ele não gostava que Jacob estivesse colocando condições para Sam. –Vejo você por aí, Jake. Ou não.– Ele acenou indiferentemente.

–Espere Jared. Embry está bem?

Surpresa passou por seu rosto. –Embry? Claro, ele está ótimo. Por quê?

–Só pensando no porquê de Sam enviar Collin.

Eu observei a reação dele, ainda suspeitando de que algo estava acontecendo. Eu vi o conhecimento passar rapidamente nos olhos dele, mas não era do tipo que eu estava esperando.

–Isso não é mais da sua conta, Jake.

–Acho que não. Só estava curioso.

Eu vi um movimento com o canto de meus olhos, mas fingi não vê-lo porque não entregar Quil. Ele estava reagindo ao assunto.

–Vou falar com Sam sobre suas… instruções. Adeus, Jacob.

–É. Tchau, Jared. Ei, diz ao meu pai que eu estou bem, certo? E que eu sinto muito, e que eu o amo.

–Vou passar isso à frente.

–Obrigado.

–Vamos caras.– Jared disse. Ele nos deu as costas, saindo de nossa vista porque eu e Leah estávamos aqui. Paul e Collin estavam logo atrás dele, mas Quil hesitou. Ele latiu suavemente e Jacob deu um passo em direção a ele.

–É, eu também sinto sua falta, irmão.

Quil cutucou, sua cabeça pendendo morosamente. Jacob bateu levemente em seu ombro.

–Vai ficar tudo bem.

Ele reclamou.

–Diga a Embry que sinto falta de vocês dois do meu lado.

Ele afirmou e então empurrou seu nariz contra a sua testa. Leah bufou. Quil olhou para cima, mas não para ela. Ele olhou diretamente para mim, e eu virei um pouco minha cabeça em demonstração de carinho. Depois ele olhou por sobre os ombros, para onde os outros tinham ido.

–É, vai pra casa.– Jacob disse a ele.

Ele ganiu novamente e então saiu atrás dos outros. Jared não estava esperando pacientemente. Assim que ele tinha ido, Jacob se transformou.

Achei que você ia dar uns amassos nele, já estava ficando com ciúmes. Leah zombou.

Nós a ignoramos.

Foi tudo bem? Jacob perguntou. Preocupava-me, falar por vocês daquele jeito, quando eu não podia ouvir exatamente o que estavam pensando. Eu não queria presumir nada. Não queria fazer como Jared. Eu disse alguma coisa que vocês não queriam que eu tivesse dito? Eu não disse algo que deveria?

Você foi ótimo, Jake!
Encorajou Seth.

Você poderia ter batido no Jared, pensou Leah.Eu não teria me importado.

E você ?
Ele falou se aproximando de mim.

Eu acho que você foi bem!

Não, estou falando do que ele disse.
Os olhos de Jacob estavam tristes novamente.

Jared é um idiota, Jake. Nada daquilo me atingiu. Bem, só uma coisa que você disse que..

O que?
Ele falou nervoso.

Você pensa mesmo em seguir com nossos planos?

Ele se aproximou mais, esfregando sua cabeça na minha.

É só com isso que eu sonho.

Nós ficamos assim um tempo até que um pensamento me veio a mente.

Acho que nós sabemos o porquê de Embry não ter sido autorizado a vir, pensei.

Não ter sido autorizado?

Jake, você viu Quil? Ele está bem dividido, certo? Apostaria que Embry está ainda mais chateado. E Embry não tem Claire. Aiyana é livre pra acompanhá-lo. Não tem jeito do Quil simplesmente escolher e se afastar de La Push. Embry poderia. Então Sam não vai arriscar a deixá-lo ser convencido a abandonar o navio. Ele não quer nossa matilha maior do que já está.

Sério? Você acha? Eu duvido que Embry se importe em triturar alguns Cullen.

Mas ele é seu melhor amigo, Jake. Ele e Quil prefeririam ficar ao seu lado a te confrontar em uma luta.

É e tem você também, . Bem, eu estou feliz por Sam mantê-lo em casa, então. Esse bando é grande o suficiente. Jacob suspirou. Ok, então. Nós estamos bem, por hora. Seth, você se importa em ficar de olho nas coisas por um instante? e eu, precisamos ir. Isso parecia ser certo, mas quem sabe? Talvez isso seja uma distração.

Sem problema!
Seth estava ansioso para fazer qualquer coisa que ele pudesse. Você quer que eu explique para os Cullen? Eles provavelmente ainda devem estar tensos.

Não eu falo. Eu quero checar as coisas de qualquer forma.


As imagens da memória de Jacob me reviraram o estomago.

Seth choramingou surpreso. Eca.

Leah sacudiu a sua cabeça para frente e para trás como se ela quisesse expulsar as imagens de sua mente. Essa foi facilmente a coisa mais estranhamente grotesca que eu já ouvi em toda a minha vida. Ui. Se tivesse alguma coisa em meu estômago, isso estaria voltando.

Eles são vampiros, eu acho.
Seth se permitiu após um minuto, compensando a reação de Leah. Isso faz sentido, eu quero dizer. E isso vai ajudar Bella, é uma coisa boa, certo?

Nós três olhamos para ele.

O que?

A mamãe o derrubou um monte de vezes enquanto ele era bebê,
Leah disse.

De cabeça, aparentemente. Eu disse.

Ele costumava roer as barras do berço, também.

Tinta com chumbo?
Jacob perguntou.

É o que parece, ela pensou.

Seth bufou. Engraçado. Por que vocês três não calam a boca e dormem?


















Capítulo 50



Eu me deitei em meio a floresta enrolando meu corpo. Tentando fazer minha cabeça parar de funcionar. Mas fiquei observando Jacob que atravessava o gramado indo em direção a porta. Ele parou e depois pegou uma sacola com algumas peças de tecido dentro com os dentes e veio em minha direção.

Que novidade é essa? Perguntei

Pelo fedor deve ser de roupas de vampiros.

Oh! Gentileza deles.
Me enrolei melhor tentando me afundar na inconsciência. Mas os movimentos de Jacob não ajudavam. Ele se transformou e depois vestiu as roupas doadas. Camisa e calças claras.

Lindo de qualquer jeito. Ele me deu um beijo no focinho e se afastou. Eu ainda o observei hesitando na porta por alguns segundos, para depois entrar. Fechei meus olhos pesados.

Eu já estava começando a relaxar quando ouvi o barulho da porta abrindo. Jacob saiu e pelo seu rosto Bella estava melhor. Ele desceu as escadas vindo em minha direção. Levantei minha cabeça para vê-lo melhor.

Edward saiu atrás dele.

Jacob parou no meio do caminho.

-Jesus, o que é agora?– Ele perguntou para Edward.

-Me desculpe.– Ele disse, e então hesitou, como se não soubesse colocar em palavras o que ele estava pensando.

- O que está na sua mente, Leitor de Mentes?

-Quando você estava falando com os representantes de Sam mais cedo, - Edward murmurou, -Eu estava dando uma representação passo a passo para Carlisle e Esme e o resto. Eles estavam preocupados

-Olha, nós não estamos abandonando nossa guarda. Você não precisa acreditar em Sam como nós acreditamos. Nós estamos mantendo nossos olhos abertos despreocupadamente.

-Não, não, Jacob. Não sobre isso. Nós confiamos no seu julgamento. No entanto, Esme estava preocupada sobre as dificuldades que isso faz com que seu bando tenha que passar. Ela me pediu para conversar particularmente com você sobre isso.

-Dificuldades?

-A parte do sem-teto, particularmente. Ela estava bastante perturbada que vocês estarem tão… desprovidos.

-Nós somos fortes. Diga a ela para não se preocupar.

-Ela ainda gostaria de fazer o que puder. Eu tive a impressão que a e Leah prefere não comer em sua forma de lobo.– ele falou apontando para mim.

-E?

-Bem, nós temos comida normal para humanos aqui, Jacob. Mantendo as aparências e, é claro, para Bella. é bem vinda para qualquer coisa que quiser. Todos vocês são.

-Eu passarei isso adiante.

-Leah nos odeia.

-E?

-Então tente passar o recado de uma forma que a faça considerar, se você não se importa.

-Eu vou fazer o que puder.

-E então tem a questão das roupas.

-Ah é. Obrigado.

Edward sorriu, só um pouco. Imagino o que Jacob deve ter pensado -Bem, nós somos facilmente capazes de ajudar com qualquer necessidade. Alice raramente nos deixa vestir a mesma coisa duas vezes. Nós temos pilhas de roupas praticamente novas que são destinadas a doação, e eu imagino que é bem próxima do tamanho de Rose…

Obrigada Edward! Eu agradeço a gentileza de vocês.

- Não há de que, !

-Não tenho certeza de como Leah vai se sentir sobre restos de sugadores de sangue. Ela não é tão prática como eu sou. Mas a , com você percebeu é mais civilizada do grupo.

Edward sorriu.

-Eu acredito que você possa apresentar a oferta na forma mais leve possível. Tanto quanto a oferta de qualquer outro objeto que vocês possam precisar, ou transporte, ou qualquer outra coisa mesmo. E banhos também, desde que você preferiu dormir do lado de fora. Por favor… não se considerem sem os benefícios de uma casa.

Ele disse a última frase mais baixo - não tentando manter segredo dessa vez, mas com algum tipo de real emoção.

-Isso, er, é legal da sua parte. Diga a Esme que nós apreciamos o, uh, pensamento. Mas o perímetro corta através de lugares com água, então nós estamos bem limpos, obrigado.

-Se você puder passar a oferta adiante, mesmo assim.

- Claro, claro.

-Obrigado.

Pode deixar que eu falarei com Leah, Edward.

- Obrigada .– Jacob se virou para mim, seus olhos piscando de sono.

De repente um choro de dor chega até nós vindo da casa. Me levantei num pulo. Edward já havia desaparecido e eu seguia Jacob. Fiquei parada do lado de fora da varanda. Andando de um lado para outro, sem saber o que fazer direito.

Eles ficaram lá dentro por um bom tempo até que Esme saiu da casa com uma roupa dobrada nas mãos.

- , eu sei que você está desprovida nesse instante. Eu separei essas roupas para você. Elas eram de Rose, acredito que são do seu tamanho. E também, se você precisar, nos temos chuveiros. Gostaria que se sentisse a vontade.

Eu assenti, pegando as roupas com a boca. Esme me fazia sentir falta de minha mãe. Me afastei até as primeiras árvores e me transformei. Estiquei minhas costas, era bom voltar a minha forma humana, nunca havia ficado tanto tempo em forma de loba. Me vesti com as roupas que Esme me dera. Eram uma calça jeans e uma blusa preta. Dei uma olhada em mim e achei que tinham ficado bem, apesar do cheiro eram roupas bonitas. Coloquei as botas que ela havia separado, trancei o cabelo tentando dar um jeito nos cachos que deveriam estar uma bagunça e fui em direção a casa.

A porta estava entre aberta e Jacob dormia encostado na parede. Bella estava sentada no sofá com Edward e Rosalie a sua volta.

- Com licença?– Falei sem jeito da porta.

- Entre,! – Alice veio me receber. Eu estranhei o jeito eufórico dela quando me viu. Caminhei até Jacob e me agachei ao seu lado.

- Ele acabou desmaiando ai!– ela me disse.

- É melhor deixá-lo dormir. – eu falei baixinho.

Me levantei e fui devagar até Bella.

- Como você está, Bella?

– Bem. – ela me respondeu com um sorriso forçado nos lábios. Reparei no seu tronco enfaixado e percebi que esse foi o motivo do grito. Edward torceu os lábios concordando.

– Que bom que você se sente melhor! –passei a mão pela sua cabeça e ela me retribuiu com um sorriso maior.

– Alice!

– Sim ?

– Será que eu poderia tomar um banho?

– Claro me acompanhe, por favor!

Alice me levou pela escada, indo por um imenso corredor. A casa era grande demais, branca de mais. Uma súbita saudade da pequena casa simples de John tomou conta de mim.

– Aqui! – disse ela me encaminhando para um quarto enorme. – Posso ficar com você, lhe fazendo companhia?

Eu arregalei os olhos surpresa. Ela me tratava como se eu fosse sua mais nova melhor amiga.

–Comigo? Claro, Alice!

Eu entrei no imenso banheiro de mármore branco, quase esperando que ela entrasse comigo.

- Vou esperar você aqui fora, ok?

- Ok. – suspirei aliviada.

Eu deixei a água morna cair nas minhas costas. Depois lavei meus cabelos tentando desfazer os nós, por fim me enrolei em uma enorme toalha branca e penteei meus cachos. Como era bom me sentir humana de novo. Vesti minhas roupas cedidas e calcei as botas. Quando sai do banheiro Alice continuava sentada em um sofá marfim.

– Eu posso conseguir outras roupas melhores para você.

–Não Alice, essas estão ótimas.

– Eu posso arrumar o seu cabelo. – ela disse entusiasmada.

– Não, obrigada, mas eu não vou ficar nessa forma por muito tempo.

– Ah– ela disse desanimada – mas você pode vir me ver mais vezes não é?

– Claro, mas ... Alice desculpe eu não estou entendendo.

– É que Bella está me dando dor de cabeça – eu juntei as sobrancelhas. – Bem, não Bella, o feto, e quando um de vocês está por perto a dor passa.

– Então pode contar comigo, eu venho sempre que puder.

– Ótimo!– ela disse - Agora venha comer alguma coisa!

Alice pegou minha mão com sua mão fria e me puxou escada abaixo em direção a cozinha. Jacob continuava dormindo.

oOo

Eu havia dormido um pouco em um dos grandes sofás brancos dos Cullens, mas o cheiro forte ardia, apesar de não estar incomodando tanto agora, só era um pouco doce demais. Acho que já estava me acostumando. Seth estava ao lado de Bella com um enorme prato de comida apoiado nas pernas. Logo iria amanhecer então pedi licença e saí, com um Volte logo de Alice. Jacob continuava apagado e roncando ao lado da porta. Passei devagar sem fazer barulho, ele precisava mesmo descansar. Daqui a algumas horas seria minha vez de fazer a ronda e render Leah, eu decidi espera no lado de fora.

Sentei em um dos degraus da varanda olhando as cores da noite mudarem para de um dia cinza a cima da floresta. Fechei os olhos encostando a cabeça na pilastra. Lá dentro ouvi a voz de Jacob, borboletas revoaram no meu estomago. Incrível que depois de tanto tempo ele ainda me causava esse tipo de reação. Acho que seria assim para o resto da minha vida. Ouvi ele perguntando sobre mim para Seth e não pude me impedir de sorrir.

Ele abriu a porta, caminhando devagar.

– Olá você!– sua voz ainda era grossa pelo sono.

Eu abri meus olhos e ele se sentou ao meu lado.

– Acordou Belo Adormecido?

– Sim, você dormiu? Comeu alguma coisa?

– Sim eu estou bem. Leah está de vigia e eu assumo daqui a umas duas horas.

-Leah está correndo em patrulha?

- Seth trocou com ela por volta da meia noite.

-Meia noite? Peraí, que horas são agora?

-Perto do amanhecer. – Apontei para o céu. Ele olhou para cima, checando.

-Droga. Desculpe por isso, . Você deveria ter me acordado.

-Não, que isso, você precisava dormir bem. Você não tirou uma pausa desde quando? Da noite antes da sua última patrulha para Sam? Tipo quarenta horas? Cinqüenta? Você não é uma máquina, Jake. Além disso, você não perdeu nada.

Ele passou sua mão pelas minhas costas nos aproximando. E eu deitei minha cabeça nos seu ombro. Jacob levou sua outra mão no meu rosto. Sua boca procurando a minha hesitante. Eu cobri a distância e nossos lábios se tocaram. Seu beijo era com urgência, com saudade. Foi então que me dei conta de como eu tinha sido idiota de me permitir ficar tanto tempo longe dos beijos de Jacob.

Meu coração batia acelerado e as nossas respirações estavam ofegantes.

– Quanto tempo ainda temos? – ele disse quando sua boca descia pelo meu pescoço.

– Jake, acho que não é uma boa hora.

– É verdade! – ele riu abafado contra meu pescoço.

Sua barriga roncou em protesto.

– Porque você não come alguma coisa, Jake? Edward fez bastante comida.

-O que Leah está comendo de café-da-manhã?

-Eu levei comida para ela depois que Seth chegou, ela disse que para comer prefere animais mortos. – Eu ri com a lembrança. Até que ter Leah no grupo era divertido.

-Eu vou caçar com ela, então. Não quer vir junto?

Eu assenti, mas quando nos levantamos para sair:

-Um momento, Jacob?

Era Carlisle perguntando, então nós nos viramos.

-Sim?– Jacob perguntou.

Carlisle aproximou de nós. Jacob segurou minha mão forte.

-Falando em caça– ele começou em um tom sombrio. -Esse vai ser um problema para a minha família. Eu entendo que a nossa preciosa trégua está inoperante no momento, então eu quero o seu conselho. Sam vai nos caçar se nós sairmos do perímetro que você criou? Nós não queremos ter uma chance para machucar ninguém da sua família - ou perder algum de nós. Se você estivesse no nosso lugar, como faria?

-É um risco – Jacob disse. -Sam acalmou por enquanto, mas estou bem certo que na sua cabeça o acordo está sem validade. Enquanto ele pensar que a tribo, ou qualquer outro humano, está em perigo real, ele não vai fazer perguntas primeiro, se você entende o que digo. Mas, apesar de tudo, a sua prioridade vai ser La Push. Realmente não tem suficiente deles para manter uma patrulha decente nas pessoas e também atrapalhar as nossas caças sem muito dano. Eu aposto que ele vai manter perto de casa. – Carlisle concordou pensando. –Então eu acho que eu diria para vocês irem juntos, como precaução. E provavelmente irem durante o dia, porque ele estaria esperando a noite. Coisa tradicional de vampiro. Vocês são rápidos - vão além das montanhas e cacem longe o suficiente para não ter chance de ele mandar alguém tão longe de casa.

-E deixar Bella para trás, desprotegida?

Jacob bufou. -O que nós somos, um pedaço de carne?

Carlisle riu, mas depois a sua cara estava séria de novo. -Jacob, vocês não pode lutar contra os seus irmãos.

-Eu não disse que isso não seria difícil, mas se eles realmente vierem para matá-la - eu seria capaz de pará-los.– Apertei sua mão inconscientemente. Aquela idéia me fez sentir náuseas. Jacob me olhou rapidamente, e alisou minha mão com seu polegar.

Carlisle balançou sua cabeça, angustiado. -Não, eu não disse que você não seria capaz. Mas que seria errado. Eu não posso ter isso na minha consciência.

-Não seria na sua, doutor. Seria na minha. E eu consigo agüentar.

-Não, Jacob. Nós vamos ter certeza que as nossas ações não farão disso uma necessidade. – Ele franziu a sobrancelha. -Nós iremos três de cada vez, – ele decidiu depois de um segundo. -Essa é provavelmente a melhor coisa para se fazer.

-Eu não sei doutor. Dividir no meio não é a melhor estratégia.

-Nós temos algumas habilidades extras que vai fazer isso ficar igual. Se Edward for um dos três, ele vai ser capaz de nos dar algumas milhas de segurança.

Nós três olhamos para Edward, através da porta aberta. A sua expressão fez Carlisle mudar de idéia rápido.

-Tenho certeza que existem outras maneiras, também. – Carlisle disse. –Claramente, não tinha necessidade real forte o suficiente para tirar Edward de longe da Bella agora. -Alice, eu imagino que você consiga imaginar quais rotas vão ser um erro?

-Aquelas que desaparecerem,– Alice disse, aparecendo pela porta. -Fácil. - Ela sorriu para mim e eu retribui o sorriso.

-Ok– Jacob disse -está combinado. Nós vamos indo então. – Ele me puxou descendo a escada. – Seth, eu te espero de volta no pôr-do-sol, então tire um cochilo em algum lugar, ok?

-Claro, Jake. Eu vou me transformar assim que acabar. – Seth gritou lá de dentro.

E então Esme saiu na varanda, com um prato cheio em suas mãos. Ela parou hesitantemente atrás de Carlisle, seus grandes olhos dourado escuros no meu rosto. Ela segurou o prato e deu um passo tímido para perto.

- ,– ela disse calmamente. -Eu sei que… não é apetitosa para você e Jacob a idéia de comer aqui, quanto tudo cheira tão desagradável. Mas eu me sentiria bem melhor se vocês levassem alguma comida com vocês quando vocês fossem. Eu sei que você não pode voltar para casa e é por nossa causa. Por favor, diminua um pouco do meu remorso. Pegue um pouco para comer.– Ela me entregou a comida, o seu rosto suave e pedinte. Eu não sei como ela fazia aquilo, porque ela não parecia mais velha que seus vinte e poucos anos, mas algo nela subitamente me lembrou novamente da minha mãe.

Eu olhei para Jacob sem reação. Ele também estava paralisado.

– Claro Esme, nós agradecemos muito.– Cutuquei Jacob com a mão.

-Huh, claro, claro.– ele resmungou. -Eu acho. Talvez Leah ainda esteja com fome ou algo do tipo.

Eu fui e peguei a comida com a minha outra mão. Eu sabia que Jacob iria jogar debaixo de uma árvore ou por ai. Mas eu não iria deixar de ser educada. Eu não queria que ela se sentisse mal.

-Obrigada, , Jacob – Esme disse, sorrindo para nós.

-Huh, obrigado a você – Jacob disse sem jeito me arrastando pelo gramado.

– Eu gosto deles, Jacob. – falei quando já estávamos mais afastados entrando nas primeiras árvores.

–Este é o problema de ficar com vampiros , você fica acostumado com eles. Eles começam a bagunçar a forma que você vê o mundo. Eles começaram a parecer amigos.
Eu ri da sua observação - Eles são amigos, Jake.


-Uh, é o que parece.– ele disse contrariado.

Eu parei me encostando em uma árvore, para retirar as botas, depois que larguei o prato em uma pedra. Jacob estava parado me olhando.

– Que foi?– perguntei.

Ele deu dois passos e se encostou em mim. Me segurando pela cintura. Sua respiração estava forte, sua expressão séria.

–Você sabe que eu quase morri de saudades de você. – Jacob falava com os olhos apertados e o maxilar contraído enquanto encostava sua testa na minha.

– Eu também, Jake.

– Então porque você demorou tanto?

– Desculpe, nunca mais eu vou me afastar desse jeito!

– Promete?

– Prometo!

Nosso beijo começou mais calmo dessa vez, agora que ele se sentia seguro. Eu coloquei minha mão nos seus cabelos, e ele subiu uma das mãos para minha nuca. Por mais que eu não quisesse, ainda não era hora.

– Jake– falei enquanto recuperava o fôlego.– Nós temos que ir. Leah.

Ele me soltou com um suspiro.

Eu me transformei logo depois de Jacob, minhas patas correndo tocando a terra fria.

Leah, já estamos chegando Jacob pensou

Ok, mas por favor evitem detalhes do que vocês estavam fazendo

Eu assumo, Jake. Você pode caçar com a Leah.

Carne crua, ótimo.
Leah pensou mal-humorada

Observei os dois se afastando enquanto eu corria o perímetro.

oOo

Ei, Jake, pensei que você disse que precisaria de mim ao anoitecer. Por que você não fez Leah me acordar antes? Ouvi Seth se queixando com Jacob.

Nos dois estávamos fazendo o perímetro juntos. Talvez fosse uma estratégia de Jacob, já que assim folgaríamos juntos também.

Porque eu ainda não precisava de você.

Ele ainda estava na metade norte do círculo. Nada?

Não. Nada, mais nada.

Vocês aumentaram o perímetro da patrulha?


Seth tinha pego o meu lado da floresta para patrulhar. Ele prestou atenção na nova trilha.

Sim, eu corri um pouco. Você sabe, só para checar. Se os Cullens vão fazer uma viagem de caça.

Boa idéia.


Seth olhou para o perímetro principal.

Nós três corríamos separados. Era mais fácil correr com os dois do que com Leah. Embora ela tentasse - tentasse muito - havia sempre algo em seus pensamentos. Ela não queria estar aqui. Ela não queria sentir a suavidade a respeito dos vampiros que se passava em minha mente. Ela não queria lidar com a amizade que eu e Seth tínhamos com eles, uma amizade que a cada dia ficava mais forte.

Talvez nós devêssemos fazer uma varredura pelo leste. Eu sugeriu. Ir mais adiante, ver se eles estão lá esperando.

Eu estava pensando nisso.
Jacob concordou. Mas vamos fazer isso quando estivermos todos acordados. Eu não quero abaixar nossa guarda. Porém nós devemos fazer isso antes dos Cullens tentarem. Logo.

Certo.
Seth respondeu

Nós corremos em silencio por alguns minutos. Eu comecei por uma nova linha, me dirigindo ao sul.

Não vá muito longe, . Seth disse

Por quê?

Alice quer você passe por lá. Ela diz que está cansada de ficar escondida como um morcego no sótão.
Seth tossiu uma risada.

Ok, eu vou mais tarde

Pode ir agora, . Eu vou daqui a pouco.

Certo, Jake.
Corri em direção as minhas roupas, eu gostava da sensação de liberdade que minha forma de loba me dava, mas eu precisava me sentir humana novamente. Nunca havia passado tanto tempo sobre quatro patas. Me transformei e me vesti rapidamente. Passei os dedos pelos cabelos acalmando os cachos, enquanto ia até a casa.

















Capítulo 51


Bella ainda estava sentada no mesmo lugar no sofá, com Edward e Rosalie ao seu redor. Esme veio me receber.

– Olá , entre. – Ela pegou minha mão com sua. Me esforcei para não tremer ao seu toque gelado.– Por favor se sente. Eu posso lhe oferecer alguma coisa.

– Não Esme, obrigada eu estou bem! – e estranhamente eu estava me sentindo bem ali, com todos me olhando sorrindo. Ela me acompanhou até uma das poltronas da sala me fazendo sentar.

– Finalmente! - Alice disse com um suspiro profundo. Ela veio descendo as escadas de nariz empinado, fazendo careta. Como se eu estivesse atrasada para um encontro marcado. E se sentou no chão ao meu lado.

Bella parecia bem melhor para mim. E a cara de Edward também mostravam isso.

– Sabe – Edward me chamou a atenção – Eu sempre fiquei curioso com a sua habilidade de bloquear pensamentos.

-E só um truquezinho que eu faço.

– Mas eu nunca tinha encontrado ninguém que pudesse fazê-lo, a não ser Bella é claro. Mas no caso de Bella é mais involuntário diferente do seu, não é?– eu olhei para Bella e sorri. Era algo que eu tinha em comum com ela.

– Bom, Edward, é uma coisa que eu faço só em forma de loba.– Carlisle se aproximou curioso com a conversa.– Eu realmente posso controlar a transmissão dos pensamentos e a recepção também. É muito útil quando se tem um monte de garotos xeretando sua mente. – Eles riram.

– Que interessante. – Carlisle disse. – E você é a única do bando?

– Sim, eu acredito que devo ser algum tipo de melhoria genética. – falei brincando. Mas Carlisle balançou a cabeça concordando

– Pode ser. – ele falou pensativamente.

– Rose!– Bella chamou e na mesma hora a loira já estava a ajudando a levantar a carregando para o banheiro.

Jacob entrou logo em seguida. Ele olhou para mim e depois varreu o lugar com os olhos.

– Ela está bem - Edward sussurrou. - Ou na mesma, devo dizer.

Edward estava no sofá com o rosto nas mãos; ele não olhou para cima para falar. Esme estava perto dele, suas mãos envolvendo fortemente os ombros dele.

–Olá, Jacob. - ela disse. - Estou feliz que tenha voltado.

-Uh, ok,– ele disse sem jeito.– Vindo se sentar ao meu lado no chão.

-Onde está a Bella?– ele me perguntou.

-Banheiro!

-Ah.– Ele falou encostando a cabeça nas minhas pernas. Edward levantou os olhos e observou isso. Eu comecei a passar os dedos nos cabelos desalinhados de Jacob.

-Oh, maravilhoso,– Rosalie murmurou. Eu e Jacob viramos a cabeça em direção ao corredor onde ela tinha Bella embalada suavemente nos braços dela, fazendo uma careta severa para Jacob. -Eu sabia que senti um fedor!

Aquilo me incomodou mesmo sabendo que ela não se referia a mim e sim a Jacob, mas era a mesma coisa. Eu tentei manter minha fachada, mas Jacob sentiu minha tensão e colocou a mão no meu joelho apertando de leve.

-Jacob,– Bella respirou. -Que bom que você voltou.

-Oi, Bells.

Esme e Edward ambos levantaram. Eu assisti como cuidadosamente Rosalie deitou Bella no sofá. Eu assisti como, apesar disso, Bella ficou branca e prendeu o fôlego - como ela se concentrasse em não fazer qualquer barulho, não importa o quanto doía.

Edward passou a mão dele pela testa dela e então ao longo do pescoço. Ele tentou fazer isto parecer como se ele apenas estivesse colocando para trás o cabelo dela, mas se parecia com o exame de um médico para mim.

-Você está com frio?– ele murmurou.

-Eu estou bem.

-Bella, você sabe o que Carlisle lhe falou,– Rosalie disse. -Não subestime nada. Isto não nos ajuda a tomar todo o cuidado necessário com você.

-Certo, estou com um pouco de frio. Edward, você pode me dar aquele cobertor?

Eu revirei meus olhos. -Jake, seja cavalheiro! – falei enquanto dava um tapa em seu ombro.

Jacob se levantou – Pode deixar Bells, pra que mais eu sirvo?

-Você entrou há pouco – Bella disse. -Depois de correr todo o dia, eu aposto. Ponha seus pés para cima durante um minuto. Eu provavelmente me esquentarei novamente num instante.– Ela disse me olhando.

– Nada disso, Jake por favor. – falei indicando que Jake ajudasse ela.

Ele se sentou no chão próximo ao sofá. Jacob parecia meio receoso como se tivesse medo de tocá-la devido sua fragilidade. Assim ele apenas se apoiou cuidadosamente ao lado dela, deixando seu braço descansar ao longo do comprimento do dela, e segurou sua mão.

-Obrigado, Jake,– ela disse, e depois sorriu para mim.

Me espantei como essa cena poderia me incomodar antigamente, no auge da minha insegurança, mas agora não mais. Edward sentou no braço do sofá aos pés de Bella, os olhos dele sempre a encarando.

Era esperar muito, com toda a super-audição no quarto, que ninguém notaria o estômago de Jacob roncando.

-Rosalie, por que você não pega algo para o Jacob comer?–Alice disse. Ela continuava sentada ao meu lado.

Rosalie encarou o lugar de onde a voz de Alice tinha saído com descrença.

-De qualquer maneira, obrigado Alice, mas acho que eu não iria querer comer algo em que a Loira cuspiu. Eu apostaria que meu organismo não aceitaria muito amavelmente o veneno. – Jacob respondeu e eu fiz esforço para não deixar o riso escapar.

-Rosalie nunca envergonharia Esme exibindo tal falta de hospitalidade.– Alice respondeu.

-Claro que não,– A Loira disse em uma voz melosa, da qual eu desconfiei imediatamente. Ela se levantou e voou para fora do cômodo. Eu e Jacob nos encaramos.

Edward suspirou.

-Você me falaria se ela envenenasse, certo?– Jacob perguntou a Edward.

-Sim,– Edward prometeu.

E por alguma razão Jacob acreditou nele.

Havia muito barulho na cozinha de metal protestando quando está sendo maltratado. Edward suspirou novamente, mas sorriu um pouco, também. Então Rosalie estava de volta antes que eu pudesse pensar mais nisto. Com um sorriso contente, ela colocou uma tigela prateada no chão próximo a Jacob.

-Aproveite, vira-latas.

Tinha sido provavelmente uma tigela de misturar grande, mas ela tinha dobrado a tigela para dentro até que tomou a forma quase precisamente de um prato de cachorro. Eu não consegui segurar o riso e fiquei impressionada com a habilidade dela também. Ela tinha arranhado a palavra Fido no lado. Caligrafia excelente.

-Obrigado, Loira. – Jacob agradeceu.

Ela resmungou.

-Ei, você sabe como se chama uma loira com um cérebro?

– Jake!– eu repreendi, mas ainda tentava segurar o riso sem sucesso.

-Um Golden Retriever.– ele emendou piscando o olho para mim.

-Já ouvi esta também– Rosalie disse, já não sorrindo.

-Eu continuarei tentando – Jacob prometeu, e então começou a comer.

Rosalie fez uma cara de nojo e rolou seus olhos. Então ela sentou-se em um dos braços da cadeira e começou a passar pelos canais da grande TV tão rápido que não tinha jeito de ela realmente estar procurando por algo para assistir.

-Então Bella,… hm… qual é, er, a data? Você sabe. – não conseguia completar a pergunta então apontei para sua enorme barriga, com medo de ter sido inconveniente.

– A data certa para o monstrinho nascer.– Jacob completou minha pergunta, e franzi as sobrancelhas para ele fechando a cara para o seu jeito, ou falta de jeito, de falar sobre a criança.

Bella bateu na parte de trás da cabeça dele.

-Eu não sei– ela murmurou. -Não exatamente. Óbvio que nós não estamos seguindo o modelo de nove meses aqui, e nós não conseguimos fazer um ultra-som, então Carlisle está montando uma estimativa a partir de quão grande eu estou. Pessoas normais supostamente atingem 45 centímetros aqui - ela apontou um dedo para o meio da protuberância no seu estômago-quando o bebê está totalmente crescido. Um centímetro por semana. Eu estava com 30 hoje de manhã, e eu estou ganhando dois centímetros por dia, às vezes mais…
Duas semanas para um dia, os dias voavam. Sua vida passava em alta velocidade. Quantos dias faltavam para ela, se ela estava esperando os 40? Quatro? Levei um minuto para acreditar. Jacob parecia espantado também.

O rosto de Edward estava voltado para longe de nós como se ele tivesse ouvido meus pensamentos, mas eu pude ver o reflexo de seu rosto na parede de vidro. Ele era aquele homem em chamas novamente.

– Porque você veio Jacob? – Bella perguntou um tempo depois e eu olhei para fora, pela grande muralha de vidro nos fundos da sala. Tentando dar o máximo de privacidade aos dois. Na verdade eu queria mesmo era sair, mas tinha medo que minha reação fosse mal interpretada.

-Por que não?– ele perguntou bruscamente.

-Você não é feliz aqui. Mas você veio de qualquer forma.

Ele demorou um segundo a mais para responder como se pensasse na resposta. Talvez estivesse me analisando, mas eu não olhei para conferir. A mensagem intrusa piscava na minha cabeça como uma placa em neon.

-Você faz parte da minha família, Bella.

Eu reprimi um suspiro e desviei o olhar para a TV. onde Rosalie já passava do canal 600.

-Você sempre foi parte da minha família, também. - ela passou a mão na cabeça dele e seus olhos fecharam, então um leve ronco veio da garganta dela.

-Ela está exausta.– Edward murmurou. -Foi um dia longo. Eu acho que ela teria dormido antes, mas ela estava esperando você, Jacob.

Eu não olhei para eles.

-Seth disse que a coisa quebrou outra costela.– Jacob perguntou a Edward, e eu fechei meus olhos tentando dormir, ou desaparecer.

-Sim, está ficando difícil para ela respirar.

-Que ótimo.– Jacob falou sarcasticamente.

-Deixe-me saber quando ela ficar com calor de novo.

-Está certo.

Eu abri meus olhos e notei que Bella ainda tinha arrepios no braço que não estava tocando o de Jacob. Eu mal tinha levantado minha cabeça para procurar um cobertor quando Edward pegou um do braço do sofá e o jogou para o alto, para que a cobrisse.

Ocasionalmente, a coisa de ler mentes poupava tempo.

-Sim.– Edward falou respondendo uma pergunta silenciosa de Jacob e eu novamente me senti uma intrusa. -Isso não é uma boa idéia.

-Então por quê? Por que Bella estava dizendo a seu pai que estava melhorando quando isso só o deixaria mais chateado?

Ah era sobre isso a conversa. Mas realmente eu não estava mais interessava, só esperava uma oportunidade para sair á Francesa.

-Ela não agüenta a ansiedade dele.– Edward respondeu.

-É muito melhor…

-Não. Não é melhor. Mas eu não vou forçá-la a fazer qualquer coisa que a deixe infeliz agora. O que quer que aconteça, isso a deixa feliz. Eu vou cuidar do resto depois. Ela tem bastante certeza de que vai sobreviver.– Edward disse.

Ela achava que iria sobreviver? Pensei.

-Não, não como humana. Mas ela espera ver o Charlie novamente, de qualquer jeito.– Edward respondeu ao meu pensamento.

-Ver. Charlie. Depois de tudo. Ver o Charlie quando ela está toda brilhante, pálida e com os olhos vermelhos. Eu não sou um sugador de sangue, então talvez esteja deixando algo escapar, mas Charlie não parece a escolha certa para a primeira refeição dela.– Jacob estava transtornado. E eu não agüentava mais tudo aquilo, estava sentindo falta de ar.

Edward suspirou. -Ela sabe que não será capaz de ficar perto dele por pelo menos um ano. Ela acha que consegue adiar as coisas com Charlie. Dizer a ele que tem que ir a um hospital do outro lado do mundo. Manter contato pelo telefone…

-Isso é maluquice.

-Sim.

-Charlie não é burro. Mesmo se ela não o matar, ele vai notar alguma diferença.

-Ela meio que está contando com isso.

– Com licença! – Eu falei me levantando e saindo quase correndo porta fora.

Eu precisava de ar. Respirar. Só parei quando alcancei as árvores e ergui a cabeça aspirando a maior quantidade de ar que conseguia. Eu me sentia uma intrusa, impotente. Mas mais que isso, eu achava que Bella estava certa. Eu também morreria por um filho meu e de Jacob. Sem nem pensar duas vezes.

Eu continuei caminhando a esmo, sem rumo.

Jacob me alcançou segundos depois, me envolvendo com os braços. Eu lutei para me soltar, mas ele não me largou.

, o que houve?

– Nada, Jacob só me deixe sozinha por um instante, ok?

Ele me virou até que eu ficasse de frente para ele.

– Por favor, ! Foi demais lá dentro? Me desculpe eu só...

– Não é isso, é que... – Eu não tinha como contar isso a Jacob, ele iria ficar furioso.

– É o que?

Eu olhei bem dentro dos seus escuros olhos e respirei fundo.

–É que eu não critico a Bella.

Ele me olhou por um momento, totalmente incrédulo enquanto processava o que eu tinha dito.

–Você o que?

– Eu acho que ela está certa.

– Como é?

Soltei o ar em uma bufada.

– Você só pode estar louca!– ele disse .– Diga que você não concorda com essa insanidade!– ele me sacudiu pelos ombros.– Será que isso não tem haver com o fato de que a Bella vai...

Aquilo me magoou profundamente eu fiquei chocada com a insinuação dele.

– É talvez eu esteja mesmo, talvez eu tenha ficado louca no momento em que pisei em Forks. E isso tudo não passe de alucinação minha. Mas mesmo assim eu não retiro o que disse. Eu não estou falando de Bella estou falando de mim. – falei me livrando de suas mãos. - Se fosse eu a estar grávida de você, eu faria tudo por essa criança até mesmo morrer por ela.

Sai correndo e me transformei sem me importar com as minhas roupas de segunda mão. Corri o mais rápido que pude deixando as arvores se transformarem em um borrão.

, onde você vai? Seth perguntou.

Os Cullens precisam caçar, eu vou ver até onde eles podem ir

Jacob sabe disso? É melhor você voltar

Jacob está ocupado no momento, então eu estou no comando

Ok, mas não acho que você tem que se afastar tanto

Quieto, Seth
E o pensamento dele se foi. Eu não queria saber de companhia agora.

Já estava correndo por entre as montanhas já fazia algum bom tempo, nenhum sinal de lobos por perto. Contornei o caminho virando para o leste, assim poderia voltar percorrendo um bom terreno. Nada. De repente uma lufada de vento mais forte trouxe o cheiro de vampiro para mim, me fazendo frear.

Desbloqueei rapidamente minha mente. Seth?!

o que você pensa que está fazendo? Volte já para cá. Jacob estava furioso, mas só até ele perceber o perigo. Saia daí agora,

Não vai dar tempo, Jake. Eles estão muito perto




















– Ora, ora, ora, mas o que foi que nós achamos. – Eu rosnei em direção a voz, e Jacob fez coro comigo na minha cabeça. Cerca de dez vampiros, todos com mantos escuros e olhos vermelhos apontaram em minha volta.

Onde você está ? Eu estou indo para ai Eu via a floresta voando pelos olhos de Jacob

São muitos, Jake

E eram. Eram muitos para um grupo pequeno que nem o nosso.

Você não se atreva, . É uma ord...

E eu o bloqueei antes que a ordem pudesse chegar até mim.

Eu te amo. Foi o último pensamento que permiti chegar até Jacob.

– Vejam só, mas que presente para Aro.– uma minúscula vampira falou. Meus pêlos estavam todos arrepiados e eu mantinha meus dentes a mostra em um rosnado. – O que você acha Felix? – ela perguntou a um vampiro enorme que estava ao seu lado, mas sem demonstrar interesse na resposta.

– Eu acho que ele vai adorar mais uma peça para sua coleção.

– Então peguem-na, que eu quero ir para casa.– ela disse fazendo um gesto de desdém para o meu lado.

Eu saltei no momento em que os outros avançaram em minha direção, mas então uma dor travou meus músculos e eu caí no chão. Todo o meu corpo se contorcia com a dor alucinante. Era como se eu estivesse sendo rasgada em pedaços. Assim como veio a dor se foi, e eu pude respirar. No mesmo instante me pus em pé e comecei a rosnar de novo.

– Vamos logo com isso, Felix!

Uma dor forte na minha nuca e eu não vi mais nada.

Acordei dentro de uma caixa, minha cabeça pesava horrores. Jacob?

, espere um momento
Leah falou

Ouvi pelos ouvidos de Leah o uivo de Seth

Jacob está reunido com os Cullens, eles estão vendo como nós podemos te buscar. Onde você está?

Leah, não...

!

Jake

Você está machucada?

Não muito
a dor na minha cabeça não estava tão forte.

, diga agora onde você está!

Eu não sei Jake, acho que é um avião


Eu olhei em volta, mas não via nada, só um barulho alto da turbina.

Jake, desculpe...

Não desista. Juntos até o fim. Lembra?

Juntos até o fim
eu repeti.

Eu vou dar um jeito. Os Cullens têm uma idéia de quem sejam

E quem são?

São um grupo de vampiros antigos, eles estão atrás de Bella

Bella de novo.

Alice não pode ver a aproximação deles por nossa causa
completou Seth

Eu repassei todo o confronto mentalmente para ele ter todos os detalhes.

Eu prometo que vou te buscar,

Não acho que seja possível, Jake, eles são muitos

, não! Confie em mim


Ouvi o barulho do trem de pouso.

Eu confio Jake, mas espere eu saber direito onde estão me levando

Não me bloqueie
ele implorou quase chorando

Eu te amo, Jake

O pensamento dele se foi. Por mais que me doesse não ter Jacob por perto, tranquei totalmente a minha mente para o caso daquela vampira sádica tentasse entrar novamente. Eu confiava em Jacob, mas tinha medo de colocá-lo em perigo por uma idiotice minha.

Eu tinha sido levada para uma espécie de porão fétido e úmido. O cheiro de vampiro ali era nauseante, muito mais forte que nos Cullens, fazendo com que fosse quase impossível respirar. Eu estava acorrentada pelo pescoço e patas, as correntes grossas presas na parede. Não tinha noção de que horas eram já que daquele lugar imundo e escuro, eu não via o dia.

– Vejam só! – vampiro com os cabelos negros e olhos leitosos falou praticamente se materializando ao meu lado.– Mas que belo presente você me trouxe minha querida. – suas mãos pousaram nos ombros da vampira sádica que estava parada ao seu lado. – Que magnífica criatura! Me pergunto o que ela seria.– ele pousou a mão branca no rosto.

– Não me parece uma filha-da-lua. Aro! – disse o outro vampiro também de olhos leitosos atrás dele.

– Não meu caro Caius, ela é diferente!

– Será que é inteligente, meu irmão?

Aro deu um passo em minha direção.

– Cuidado mestre!– disse Felix se pondo ao lado de Aro. – Ela deu trabalho.–eu apenas observava a tudo com a cabeça baixa. – Inclusive ela foi imune as últimas investidas de Jane.

A pequena vampira torceu os lábios por cima dos brilhantes dentes. Aro a olhou incrédulo.

– Mas que incrível coincidência. – ele disse batendo as mãos.– Duas exceções únicas, vinda do mesmo lugar.

– Deve ter mais iguais a ela vivendo por lá, meu irmão. – disse Caius.

– É mesmo, irmão. – ele voltou os olhos intrigados para mim.– Seria ela uma exceção a mim também?

Ele deu mais um passo, e eu rosnei.

– Mestre? – a voz tremula era de uma vampira que se mantinha com a mão pousada nas costas de Aro.

– Tenha confiança minha querida. Confie em você. – Ele deu mais um passo e tocou minha cabeça. Eu estremeci com o toque, mas sabia que não adiantaria revidar. – Interessante. – ele disse desanimado– E uma pena, muito nós teríamos em aprender se ela não tivesse esse poder.

Eu rosnei novamente e ele se afastou.

– Imagine as possibilidades meu irmão.– disse Caius.– Uma matilha de cães de guarda.

Eu rosnei mais ainda, não podendo evitar a reação.

– E é inteligente, me parece.– Aro completou.– Vamos estudar o assunto.– ele falou se retirando, os outros seguindo atrás, mas antes de sair ele se virou e disse: – Quero essa magnífica criatura viva. Custe o que custar.

-O que você é?- uma voz masculina grave, me perguntou após a saída dos vampiros. Levantei os olhos em direção ao canto escuro de onde ela saia. Era um homem, cabelos cumpridos e sujos. Suas roupas estavam rasgadas e ele estava sentado em um canto de uma enorme jaula. – Eu sei que você pode me entender.- Seu cheiro era forte, não tão insuportável quanto o dos vampiros, mas mesmo assim indicava perigo. Como eu não respondi ele continuou. – Meu nome é Lucian! – ele se levantou indo a ponta mais próxima de onde eu estava presa. – Sou líder dos lycans, um clã de lobisomens! Ou como esses sanguessugas chamam, filhos-da-lua. – ele sorriu amargo.



















Lobisomens?!? Ele não parecia em nada com os lobisomens que conhecia. Comigo própria! Éramos espécies totalmente diferentes. O jeito que ele chamava os vampiros de sanguessugas me lembrou de Jake.

- Você é das quietas, não é blueyes? – Lucian perguntou com um ar divertido. – Isso é bom, porque dividir a cela por não sei quantos séculos com uma mulher tagarela, ia ser insuportável. – ele gargalhou.

Me deitei sobre minhas patas, deixando meu corpo tombar. Séculos? Eu não agüentaria nem dias longe de Jake, imagina séculos?

- Blueyes? – a voz de Lucian me acordou. Eu não tinha certeza de quantas horas haviam se passado. Virei minha cabeça em sua direção. – Não desista blueyes, meu clã vai dar um jeito de me tirar daqui e eu vou te levar junto. Não desista! Nós vamos sair dessa! – ele afirmou, mas não havia muita certeza em sua voz. Parecia que ele precisava afirmar mais para si do que para mim.

oOo

Eu estava fraca. Fazia uma semana que estava trancada naquele lugar horroroso. Eu não comia nem bebia nada, por mais que eles oferecessem. Mas a fraqueza e a fome não era nada perto da falta de Jacob. Eu tinha medo de me comunicar com ele e causar mais sofrimento. Não queria que ele viesse até aqui, mas também não queria que ele achasse que eu estava morta. Então de tempos em tempos, eu mandava mensagens para ele através de Leah ou Seth. Somente um Diga a Jacob que eu o amo e que não faça nada estúpido, Eu vou voltar!Eu não esperava por respostas, não sabia que tipo de poderes extras esses vampiros tinham e tinha receio que eles pudessem descobrir sobre o bando pelos meus pensamentos. Mas eu já estava ficando fraca demais, e minhas mensagens as vezes não tinham muita força. Eu realmente não achava que fosse resistir por muito mais tempo, mas não queria que Jacob descobrisse isso.

Jacob! As lembranças da minha curta vida com Jake agora vinham vividas. Era como se eu as tivesse vendo em uma tela de cinema. Um filme que se repetia uma vez atrás da outra. E só isso ainda me mantinha viva. Eu já não sentia mais o tempo, não tinha noção de quantos dias já haviam se passado. Tudo que queria é estar cada vez mais perto de Jacob. Nem que fosse nos meus sonhos.

Um barulho me tirou dos meus pensamentos, mas eu mal mexi minha cabeça. Não queria atrapalhar a visão de Jacob que agora se manifestava na minha frente. Mas ele sumiu com a minha desconcentração. Isso me irritou profundamente.

- Blueyes? – Lucian! Virei os olhos,- Porque ele somente não calava a boca e me deixava em paz? Ignorei. Um prato de alumínio me atingiu. Levantei a cabeça com dificuldade. – Coma alguma coisa Blueyes!- ele gritou apontando o prato intocado ao meu lado.

- Blueyes! Por favor!- ele implorou. Nunca tinha ouvido Lucian usando esse tom de voz antes.

Mas ele não entendia. Eu não agüentava mais ficar longe do Jake! Uma lágrima gigante escapou rolando pelo meu focinho. Lucian se espremeu um pouco entre as grades, esticando o braço para tocar minha cabeça.

-Por favor! – ele sussurrou, enquanto as pontas dos dedos tocavam minha orelha. – Não desista Blueyes!

Minha visão ofuscou, e a voz de Lucian de repente estava longe. Eu ouvia seus gritos, o barulho das grades sendo balançadas. Mas a escuridão e o silêncio me chamavam.


– É você tem razão, Felix!– a voz de Aro vinha de longe – Ela não vai resistir por muito mais. Talvez a distância dos seus seja mortal para esse tipo de criatura. Eles devem viver em bandos. Isso me deu uma idéia. Preparem-na para viajar. Nós vamos levá-la de volta. Só espero que não seja tarde demais.

Isso me trouxe de volta dos meus devaneios. Voltar!

- ONDE VOCÊS A ESTÃO LEVANDO??? NÃO! BLUEYES!! BLUEYES!! – Os gritos de Lucian ficaram distantes. Senti por ele continuar preso naquele lugar e eu não poder fazer nada. Mas eu estava voltando para casa e para Jake.



















Eu agora estava deitada sobre as folhas secas da floresta, os sons e cheiros familiares me trouxeram de volta da escuridão. Me esforcei para abrir os olhos, tive que me concentrar, parecia que meu cérebro não comandava mais o meu corpo. Jake! Um único pensamento foi de um esforço incrível. Abri os olhos e olhei em volta, sem conseguir levantar a cabeça.

! Estou quase ai Seus pensamentos eram de alívio e angustia misturados.

Não sei quanto tempo se passou até que ouvi o barulho familiar de patas amassando as folhas. Um lobo, depois dois, seis! Seis lobos! Junto com eles o som de vento cortando. Senti várias mãos me tocando. Umas quentes outras frias. Não conseguia comandar meus músculos para reagirem.

, eu estou aqui!

Jake!

– Jacob, eu preciso examiná-la!– a voz de Carlisle encheu meus ouvidos, eu tentei focalizar os rostos em minha volta, mas minha visão estava embaçada.– Será que você consegue convencê-la a se transformar, Jacob!

amor! Você está ouvindo?

, você está ouvindo?! A voz de Embry veio a minha mente.

Embry! Embry ganiu.

, você tem que se transformar, meu amor.

Tentei me concentrar em reunir o pouco de forças que eu ainda tinha. Senti o fogo descer pelas minhas costas e o frio tomou conta do meu corpo. Frio! Isso não era normal, eu nunca sentia frio. Senti os braços febris de Jacob passando pelo meu corpo inerte e me levantando. Era tão bom sentir o calor do corpo dele de novo, seu coração batendo. Ele beijava minha testa, enquanto me carregava.

– Não eu a levo!- ele disse.

– Vai ser mais rápido se eu a levar, Jacob! – ouvi a voz de Edward.

– Não! – consegui soltar com a minha voz fraca.

Senti Jacob hesitando – É só por um momento! – Ele disse,mas eu não sabia se era para mim ou para ele próprio que dizia.

Os braços quentes de Jacob se foram e no lugar os braços gelados de Edward me pegaram. Eu tremi, estava congelando e o vento cortante da corrida de Edward não ajudavam a manter minha temperatura. Eu só senti que tínhamos parado quando o vento parou, eu já não estava mais conseguido manter a consciência.

– O que está acontecendo, doutor? – A voz agoniada de Jacob estava próxima de mim e ele segurou minha mão com a sua quente.

– Acho que a estamos perdendo! – Carlisle falou num tom baixo. – Tenho que tentar aumentar a temperatura dela.

– Então faça logo. – a voz dele era ríspida e isso me incomodou, mas eu não conseguia raciocinar mais. A escuridão me engolia.– , você prometeu que não me deixaria mais. Então lute! Você é forte, você consegue! – ele implorava no meu ouvido.

Eu prometi. Mas a voz dele estava longe e eu flutuava na escuridão.

















Capítulo 52



POV Jacob Black


Não! Não! Não! Era só o que eu repetia enquanto corríamos para onde o cheiro da nos levava. Alguns segundos mais tarde o cheiro se misturou ao fedor de vampiros.

Eles a levaram, Jake! Os pensamentos angustiados de Seth invadiram minha cabeça.

Não pode ser, eles devem estar por perto

Leah se concentrava em localizar qualquer tipo de pista para onde tinham levado a . Mas o cheiro deles desaparecia mais ao norte.

Como pode? ela se perguntou frustrada.

Talvez eles tenham voltado pelo mesmo caminho Seth disse tentando criar um pouco de esperanças.

Não, senão a gente tinha pego algum rastro, eles devem ter ido pelo mar.

Tudo que passava em minha cabeça era que mais uma vez eu tinha falhado, e agora ela se fora.

Não Jake você não teve culpa

Cala boca garoto, você não sabe de nada! Mas logo me arrependi de ter descontado a raiva que tinha no Seth, só eu merecia a ira.

Tudo bem Jake, mas ela vai voltar Suspirei rezando para que ele tivesse certo. Acho que é melhor você falar com os Cullens

E com... senti a hesitação na cabeça de Leah, mas ela estava certa. O bando era mais forte junto. Tinha que falar com Sam. Nem que eu tivesse que rastejar para pedir sua ajuda.

Ele gosta da ele não vai se negar pensou Seth.

Certo, não temos tempo a perder Minha cabeça começou a trabalhar em busca de uma solução, assim seria o único jeito do desespero não tomar conta do meu corpo. Seth, vai falar com os Cullens, eu vou falar com Sam. Leah você continua com a patrulha, qualquer pista que você achar me avise

Claro, Jake


Ainda fiquei um tempo olhando para o oceano esperando que ele pudesse me dar uma pista de como trazê-la de volta.


















Corri o mais rápido que pude em direção a La Push, meus pensamentos indo das imagens da , da nossa briga estúpida, até o que Leah via. Nesse momento o bando estar separado só dificultava as coisas. Se Sam pelo menos pudesse me escutar.

Jacob?

A voz de Sam entrou em minha cabeça. Mas eu não tinha tempo para perder pensando em como.

Sam a foi raptada No momento em que pensei naquela palavra uma dor me atingiu me fazendo perder uma passada, por pouco não cai, mas me recuperei novamente mantendo o ritmo.

Raptada por quem? Ele perguntou.

Por um bando de vampiros

Sam analisou aquela informação por um instante, Raptada! Sem entender o que aquilo queria dizer. Porque o normal, se caso ela se encontrasse sozinha com um grupo grande de vampiros, era que ela fosse... Ele não terminou o pensamento, mas não precisou. Aquilo me atingiu como se eu tivesse levado um tiro. Desculpe Jake! Ele pediu sincero, sabendo como quilo deveria ser insuportável para mim.

Tudo bem Sam pensei no momento em que cheguei a clareira onde eles já estavam reunidos.

Onde aconteceu?

Perto do Lago Pleasant

Bom, teremos que atravessar o território dos Cullens

Eu não posso responder por eles, mas acredito que não terá problemas se nós estivermos em meio a uma trégua

Nesse momento a é nossa prioridade Sam pensou.

Muito bem, eu vou falar com eles e te aviso.

Olhei a linha do restante dos garotos, Quil, Embry e um lobo esbranquiçado, que eu supunha ser Kauã, pisoteavam a grama nervosamente, seus olhos angustiados em mim. Eu ainda não podia ouvi-los, mas sabia que eles estavam preocupados.

Quem quiser seguir o Jacob, está liberado Sam pensou, enquanto eu tomava o rumo da casa dos Cullens.

Os três lobos me seguiram.


Entrei na casa dos Cullens em minha forma humana. Seth continuava lá, seus olhos angustiados encontram os meus.

- Sinto muito Jake! – Bella choramingou, ela ainda estava sentada no sofá com Edward e Rosalie a consolando. Eu assenti. Não queria desmoronar naquele momento.

- Edward sabe quem pode ter sido!- Seth falou.

- E quem são? – perguntei dando um passo a frente.

- Volturis! – Edward disse simplesmente.

- Desculpe Jacob! Eu não vi! – Alice contorceu o rosto agoniada.

- Não é sua culpa Alice! - Esme a socorreu. -Suas visões estão prejudicadas. – Claro que Esme não iria dizer que a culpa pela falha da visão de Alice era por nossa culpa, mas era verdade.

- Como eles roubam um dos nossos debaixo dos nosso narizes? – O vampiro grandão Emmet urrou. Isso fez com que ele ganhasse alguns pontos comigo, vendo a como parte do grupo dele.

- Seth vá ajudar sua irmã! – ordenei. Seth baixou a cabeça e saiu. - Bom então é simples! É só ir pegá-la! – falei com misto de esperança e raiva, depois de algum tempo de silêncio.

- Não é tão simples Jake! – Carlisle falou sua mão estendida como se fosse colocar em meu ombro.

- Como não é tão simples! Eles são italianos, não são? Foi onde a Bella foi te buscar não foi? – perguntei para Edward exasperado.

- Sim, mas isso não quer dizer que eles estão na Itália.

- Precisamos que a nos dê uma dica!- Carlisle falou.

- Sim, se ela não fosse teimosa o suficiente para me manter de fora! – Urrei.

Então um uivo rasgou a floresta. Sem nem me importar com nada me transformei assim que meus pés tocaram o gramado.

Leah, não... A voz da me atingiu como um balsamo.

!

Jake

Você está machucada?
Perguntei.

Não muito Senti uma raiva imensa ao ver que alguém tinha tocado nela.

, diga agora onde você está!

Eu não sei Jake, acho que é um avião. Jake, desculpe...
ela choramingou, fazendo meu coração arder.

Não desista. Juntos até o fim. Lembra?

Juntos até o fim
ela respondeu.

Eu vou dar um jeito. Os Cullens têm uma idéia de quem sejam Falei.

E quem são?

São um grupo de vampiros antigos, eles estão atrás de Bella

Alice não pode ver a aproximação deles por nossa causa
completou Seth

começou a repassar todo o confronto mentalmente, o que fez meus pelos arrepiarem no mesmo instante.

Eu prometo que vou te buscar, Falei.

Não acho que seja possível, Jake, eles são muitos O desanimo de seus pensamentos me angustiou

, não! Confie em mim

Eu confio, mas espere eu saber direito onde estão me levando

Não me bloqueie
Implorei

Eu te amo, Jake Ela pensou antes de seus pensamentos sumirem.


oOo

Meus pés me levaram até os degraus onde eu desabei.

- Jacob! – Edward disse atrás de mim. Não levantei minha cabeça das mãos onde ela estava enterrada.

- A Bella está bem? – perguntei sem olhá-lo.

- Sim, na mesma! – ele respondeu.

Edward estendeu as mãos como que para oferecer suporte, mas depois ele pensou melhor sobre isso e abaixou suas mãos.

-Desculpe-me,- ele sussurrou. -Eu sinceramente sinto muito pela dor que você está passando, Jacob. Embora você me odeie, eu devo admitir que não sinto o mesmo por você. Eu penso em você como um… um… irmão de várias maneiras. Um companheiro de luta, pelo menos. Eu lamento seu sofrimento mais do que você pensa. Mas eu queria que você tivesse a certeza que minha família vai fazer tudo pra te ajudar a trazer a de volta. Você pode não acreditar, mas ela é como uma das nossas também. -Ele provavelmente estava certo. Era difícil dizer. Minha cabeça estava rodando. - Então, eu odeio fazer isso agora, enquanto você está passando por isso. Mas eu preciso pedir uma coisa a você - implorar, se for preciso.

-Eu não tenho mais nada,- eu respondi chocado.

Ele levantou de novo sua mão, como se fosse colocá-la sobre meu ombro, mas depois a abaixou como antes e suspirou.

-Eu sei o quanto você tem se esforçado. - ele falou tranqüilamente. -Mas isso é algo que você tem. E só você tem. Eu estou pedindo isso para o verdadeiro Alfa, Jacob. Eu estou pedindo isso para o herdeiro de Ephraim.- Eu não consegui responder. - Eu quero sua permissão para desviar do acordo que fizemos com Ephraim. Eu quero que você nos dê uma exceção. Eu quero sua permissão para salvar a vida dela. Você sabe que eu farei isso de qualquer forma, mas eu não quero quebrar o acordo com você se tiver um meio de evitar isso. Nós nunca pretendemos voltar ao nosso mundo e nós não queremos fazer isso ilegalmente agora. Eu quero que você entenda Jacob, porque você sabe exatamente o porquê fazemos isso. Eu quero que o acordo entre nossas famílias sobreviva quando tudo isso acabar.

Eu tentei engolir. Sam, eu pensei. É o Sam que você quer.

-Não. A autoridade de Sam foi revogada. Ela pertence a você. Você nunca a tirará dele, mas ninguém pode concordar com o que estou pedindo a não ser você.

Essa decisão não é minha. Será que ele não entendia que eu já tinha muita coisa pra me preocupar?

- Desculpe Jacob, mas eu não tenho mais tempo, Bella não tem mais tempo. – Ele completou. – E é sim, Jacob, e você sabe disso. Sua palavra sobre isso nos condenará ou nos absolverá. Só você pode me dar permissão.

Eu não consigo pensar. Eu não sei.

-Nós não temos muito tempo.- ele repetiu e espiou a casa.

Eu não sei. Deixe-me pensar. Dê-me apenas um minuto aqui, tudo bem?

oOo

Três dias já tinham se passado. A filha de Bella já tinha nascido Bella estava se transformando, e nada da . De tempos em tempos ela mandava recados para Leah ou Seth, talvez evitando que eu desse uma ordem para que ela não me bloqueasse mais. Esperta! Porque era exatamente isso que pretendia fazer.


















- Jacob! – Esme chamou as minhas costas. – Você tem certeza que não quer comer nada?

Meu bando ainda estava de vigia, mais pelo desaparecimento de do que pela filha de Bella, que havia se mostrado inofensiva.

-Huh? Não obrigado! – respondi. Ela me olhou preocupada. – Como está a Bella?

- Está quase! – ela respondeu.

- Me avise quando terminar, sim?

- Claro Jacob!

Me levantei das escadas e comecei a caminhar pelo gramado, eu não agüentava mais. Não conseguia mais esperar, era desesperador saber que ela estava presa tão longe, sabe se lá passando pelo que. Comecei a correr assim que alcancei as árvores. Não iria me transformar porque não queria ninguém na minha cabeça.

Eu tinha que fazer alguma coisa, mesmo que isso não desse em nada!

Sorte minha meu pai não estar em casa. Entrei no Habbit e acelerei em direção a Port Angeles.

oOo

-Jake onde você foi?- Seth perguntou quando eu me aproximei da casa. Ignorei passando por ele, e entrando na sala sem fazer cerimônias.

Olhei em volta todos observavam pela parede envidraçada.

- Bella está bem?- perguntei.

- Sim, está caçado com Edward. - Carlisle respondeu.

- Bom. – respondi. Me aproximei do vampiro Emo que me olhou desconfiado, enfiei a mão no bolso trazeiro da bermuda e atirei o bolo de notas de dinheiro em cima da mesa do centro. – Isso paga minha passagem e meu passaporte? – perguntei.

-Jacob! – Carlisle voou até meu lado. – Não é o dinheiro. Nós entendemos o que você está passando, ela também é importante para nós. Eu sei que é frustrante, mas sem uma localização exata, não tem como fazermos nada! Temos que esperar.

-Fora que invadir Volterra desse jeito é suicídio, não ia ajudar a em nada. – Jasper disse.

Deixei meu corpo desabar no sofá e pela primeira vez nesses dias chorei, sem me importar com as aparências.

oOo

Eu já não me transformava mais, ficava em minha forma de lobo, caçando quando tinha fome, bebendo quando tinha sede e desabando quando meu corpo não agüentava mais.

Jake!

JAKE!

Que foi? Pensei de volta.

Acho que é a ....

Antes que Embry terminasse de dizer eu já estava correndo em direção ao cheiro dela.

. Jake! Ela disse. Sua fraqueza evidente.

! Estou quase ai

Todo o meu bando corria e junto os Cullens, em alguns minutos alcançamos o local onde ela estava deitada. Me transformei querendo senti-la nos meus braços, mesmo que isso me impedisse de ouvi-la. Sem em importar que eu estivesse nu, me debrucei sobre ela sentindo seu pelo.

Logo o restante do meu bando estava ao nosso redor junto com os Cullens.

, eu estou aqui! – falei.

Mas ela não se mexia.

– Jacob, eu preciso examiná-la!– Carlisle disse. Me afastei só o suficiente para que ele se aproximasse.– Será que você consegue convencê-la a se transformar, Jacob?

amor! Você está ouvindo?- perguntei. Embry ganiu indicando que ela havia respondido. – , você tem que se transformar, meu amor. - implorei

Ela demorou alguns segundos, a transformação mais lenta que o normal. E então ela estava ali. Pálida e fraca. Deitada nas folhas secas do chão.

Passei meus braços pelo corpo gelado de , tentando cobrir todo o corpo nu dela.

Edward se parou em minha frente, os braços estendidos.

– Não eu a levo!- disse. Só a idéia de me separar dela por pouco tempo era insuportável.

– Vai ser mais rápido se eu a levar, Jacob! –Edward disse.

– Não! – gemeu e eu apartei meus braços mais em torno dela.

– É só por um momento! – disse tentando me convencer que isso era o melhor pra ela.

Edward pegou o corpo cada vez mais inerte da . Ele correu. Vesti minhas bermudas rapidamente, sabendo que não o alcançaria.

Quando cheguei na casa já estava deitada na mesma cama hospitalar que Bella ficara.

– O que está acontecendo, doutor? – perguntei pegando a mão gelada e sem vida dela.

– Acho a que estamos perdendo! – Carlisle respondeu. – Tenho que tentar aumentar a temperatura dela.

Aquilo foi como um soco no estômago. – Então faça logo! – ordenei, enquanto ele colocava em seu braço uma agulha enorme conectada a um tubo, ligado a uma maquina. Me debrucei sobre ela. Ela não podia me deixar, ela não podia fazer isso! – , você prometeu que não me deixaria mais. Então lute! Você é forte, você consegue! – eu implorava no seu ouvido.

Mas ela não reagia.
















Capítulo 53


POV

Eu tentava me agarrar as lembranças de Jacob, mas a força que me puxava era muito forte. Então eu procurei meus braços e senti o calor das mãos dele nas minhas. Isso me deixou mais resistente e eu me agarrei a elas. Eu me esforçava para que meu cérebro comandasse meus músculos a reagir, mas eles não obedeciam. Eu senti a mão de Jacob apertando a minha, eu queria dizer que estava ali, que não tinha quebrado minha promessa, mas não sabia como fazer. Um esforço a mais e o máximo que consegui foi uma minúscula contração da minha mão em resposta. Jacob apertou minha mão novamente e eu respondi um pouco mais forte.

– Carlisle! – ele chamou, e o barulho do vento cortando se seguiu.

– Estou aqui!– Carlisle disse– Olha o coração está bem mais forte.

Senti as mãos frias tocando meu rosto.

– Ela está reagindo, doutor?

– Sim, Jacob ela está bem melhor. Isso me deixa muito surpreso com a rapidez que ela está melhorando.

– Coisa de lobo!– Jacob disse com alívio.

Coisa de lobo!– repeti mentalmente, mas eu estava cansada demais então amoleci novamente.

Não sei quanto tempo se passou até que comecei a voltar a consciência novamente. Forcei meus olhos a se abrirem, mas eles piscaram com a claridade. Tentei de novo e dessa vez eles permaneceram abertos.

–Jake?

– Estou aqui !– e seu sorriso- de –sol se iluminou me aquecendo com ele.

A mão dele foi para o meu rosto, e eu fechei os olhos com o toque.

– Você está se sentindo melhor?– Carlisle perguntou me examinando.

– Sim.

– Você me deu um baita susto sabia?– Jacob disse baixinho se aproximando para encostar a testa na minha.

– Desculpe por isso! – eu olhei em volta, Alice, Seth, Embry e Quil também estavam ao redor da cama. – E Bella?– olhei para Jacob assustada.

– Estou aqui! – uma voz de sino de vento soou. E eu vi a linda vampira que Bella havia se transformado. Suspirei aliviada.

E o bebê? Pensei.

– Renesmee está bem.– Disse Edward com um sorriso radiante.– Ela está lá em baixo com Rosalie.

– Fico muito feliz por vocês!– eu disse abrindo um sorriso sincero.

– Agora está tudo bem, ! – Esme disse pegando a minha outra mão.

Mas não estava tudo bem.

– O que foi?– Jacob perguntou, percebendo que eu havia ficado tensa.– Está sentindo alguma coisa?

– Não é isso. Vocês tem que entender, não está tudo bem. Os Volturis. – Ouvi os dentes de Jacob batendo.– Eles não simplesmente me largaram aqui, eles tem um plano.

– Que plano?– Edward se aproximou sem largar a mão de Bella.

– Eles estão se preparando, a intenção toda é de me rastrear até o bando. Eu não posso ficar aqui. – falei jogando minhas pernas para fora da cama.

Jacob me conteve. – Espere um pouco, ! Você sabe quando eles vão vir.

– Não! – eu disse sacudindo a cabeça em negativa.– Eles vieram ver se Bella já havia sido transformada, e o que eles viram foi Bella doente.

–E tiraram a conclusão de que ou Bella morreria ou eu a transformaria antes.– Edward falou entre os dentes, lendo meus pensamentos.– Mas eles não esperaram para ver o resultado.

– Isso, e então eles me encontraram quando estavam indo embora. E me levaram para Aro.

– Aro gostou da idéia de ter cães de guarda. – Edward completou. E eu senti Jacob e os outros garotos, se contraírem, tensos.

– E ele achou que eu poderia ser uma boa isca. – Editei a parte do sofrimento, pedindo para que Edward se calasse sobre isso. Ele assentiu rapidamente.

O maxilar de Jacob estava tenso. Ele olhava para baixo pensativo.

–Bom, nós temos que discutir sobre isso.– Carlisle falou cortando o silêncio.

– Eu posso levantar? – perguntei para Carlisle.

– Você se sente bem?

– Sim, só estou com fome. – todos relaxaram um pouco. Só Jacob continuava parado tenso, segurando a minha mão.

– Jake? – ele suspirou relaxando um pouco, mas seu rosto continuava sério, me apoiou me ajudado a ficar em pé.

Parei por um instante observando o quarto, as paredes continuavam no lugar, então eu estava bem.

– Impressionante! – disse Carlisle – Em menos de 72 horas, você se recuperou completamente.

– Coisa de lobo. – eu falei piscando para Jacob, que sorriu, mas seu sorriso não atingiu seus olhos.

!– a voz de John era de alívio. – Billy me avisou que você tinha acordado!

– Eu estou bem pai. Não precisa se preocupar mais.

– Garota que tremendo susto você me deu. – John disse me dando um abraço.

– Eu sei, me desculpe por isso.

– O importante é que tudo deu certo, filha!

–É! – eu não consegui modificar o tom de desanimo daquela falsa afirmação.

– Você já está pronta pra ir pra casa?

– Ainda não sei pai.– eu não sabia mesmo como estava a situação da divisão dos bandos.– Ainda não estou a par de tudo.

– Seu lugar é em La Push, filha.

– Meu lugar é com Jacob. Mas por hora eu preciso me trocar!– Afinal eu estava só de camisola. – Parei meu olhar em Alice.

–Ok, ok. Todos para fora! – Alice falou apontando a porta para os outros. Jacob não se mexeu do meu lado. Nós dois nos encarávamos, seus olhos estavam tristes de novo. – Vamos Jacob, eu prometo que não a deixo sumir de novo.

– Eu te amo. – Eu falei sem som.

–Eu te amo.– Ele me disse do mesmo jeito.

– Ela vai estar atrás da porta, Jacob. Um momento só e você terão séculos para ficarem juntos.

E ele se foi, parando para me olhar enquanto fechava a porta.

– Muito bem Alice, me conte tudo o que aconteceu!– eu falei a ela me sentando na cama de novo.

– Bom, tirando a parte de que Edward teve que quase amarrar Jacob em uma árvore, nós passamos planejando como faríamos para te buscar. Mas precisávamos de uma dica sua de onde você estava. Jacob queria começar pela Itália, mas Edward o convenceu que seria arriscado.

– Eu não estava na Itália, eu estava na França.

– Pois então, era essa informação que estávamos esperando. Sabe , o pior é que eu não podia ver Aro, já que ele estava com você. E isso foi frustrante.

– Mas agora eles vão vir para cá.

– É só que agora eu posso vê-los. – ela pisou um olho pra mim, enquanto escolhia uma roupa entre várias que havia separado. – Calma, . Agora deixe comigo. Confie em mim.

Eu já não sabia do que ela falava, se da roupa ou dos Volturis.

–Isso tudo é para mim?– apontei para a montanha de roupa em cima de uma poltrona.

– Sim se você não se importa, fiz umas comprinhas para você. Você vai adorar tenho certeza.

– Não sei não.

– Então vamos começar com uma coisa mais básica. Assim não assusto tanto você. – eu arregalei os olhos. E ela me mostrou uma calça jeans desbotada e uma blusa preta – Agora vai para o banho, que depois vamos arrumar o seu cabelo.

Jacob suspirou impaciente do lado de fora da porta. Eu tinha certeza que ele estava escutando nossa conversa. Segui para o banheiro.


– Jake!– Ele estava parado encostado na parede do corredor. Eu passei meus braços em volta da sua cintura e encostei minha cabeça no seu peito, depois que me livrei de Alice. Ele beijou meus cabelos e passou seus braços pelos meus ombros.

– Vamos dar uma volta?– ele disse.

– Só se for agora.

Ele me levou até a floresta. Jacob tinha o poder de fazer me sentir segura, por mais que mundo estivesse desabando ao meu redor. Se eu estivesse com ele, estava tudo bem. Com ele todos os problemas podiam esperar. Me sentia livre e completa.

Ele parou repentinamente e me puxou para os seus braços, sussurrando em meu ouvido me fazendo arrepiar:

, eu te amo.

– Eu te amo Jacob Black – essas palavras eram a única coisa que eu tinha certeza. Era isso que havia me trazido de volta. Eu não podia viver sem Jake, como não podia viver sem oxigênio. Ficar longe de Jake era a mina morte.

– Eu quase fiquei louco ! Porque você não falava comigo?– sua voz era cheia de magoa.

– Desculpe, meu amor, mas eu não podia pensar em te colocar em risco. Mas no final foi o que eu fiz, não foi?–falei em um sussurro.

– Você é boba e teimosa. O problema todo é que você não confia em mim. Mas tudo vai dar certo no final. Eu não vou deixar mais nada de ruim acontecer com você.

– Jake, nós vamos ter que conversar sobre isso.

– Ok, mas não agora.

Jacob passou a mão ao redor da minha cintura me deitando com cuidado em cima das folhas secas do chão da floresta. Ele olhou nos meus olhos, me deixando desnorteada. Fixei nossos olhares e Jacob abaixou a cabeça até seus lábios tocaram os meus com carinho. Minha mente se apagou e tudo o que eu pude pensar foi em como aquele contato era justamente o que eu precisava.




















POV Jacob Black


Sentir a sob mim novamente era uma sensação indescritível. Sentir seu gosto na minha boca, enquanto nossas línguas se entrelaçavam, me causava ondas de prazer. Aumentei o ritmo do beijo, colocando nele toda a angustia e o medo de perde-la que senti nesses dias. Ouvi o coração dela disparar fazendo coro com o meu.

baixou as mãos pela lateral do meu tronco, e começou a puxar a minha camiseta para cima. Reprimi uma risada quando vi que a sua ansiedade era do tamanho da minha. Eu também tinha pressa em sentir o calor da sua pele. Me afastei puxando a camiseta rapidamente e jogando-a de lado.

Ela entrelaçou as mãos em minha nuca me puxando para ela. Sua boca indo direto para o meu pescoço descendo pelo meu peito. Meu controle estava no limite. Quando ela deslizou os dedos pela mina barriga descendo até o cós da minha bermuda. Eu a parei.

- ! – segurei as suas mãos com força. Testando meu auto controle ao máximo.

- O que foi, Jake? – ela perguntou preocupada.

- Amor, eu estou preste a explodir em chamas e a gente mal começou.- Ela me fitou com um ar cauteloso, e aos poucos um sorriso travesso apareceu em seus lábios cheios. – Só quero ir com um pouco mais de calma pra te dar uma chance de igualar seu ritmo ao meu.

Ela fez uma negativa rápida com a cabeça. – Você não está entendendo. Eu também já estou queimando de desejo. – ela confessou e depois mordeu o lábio enquanto suas bochechas coravam.

– Você é tão linda, . –disse fazendo ela corar mais. – Como eu senti falta disso. - minha mão deslizou pelo seu rosto.

Devagar comecei a beijá-la novamente. Suas pálpebras, seus lábios, seu queixo. Sentindo cada pedacinho dela que me fez tanta falta. Quando minha boca deslizou pelo seu rosto, e mordi o seu lóbulo da orelha, senti ela estremecer embaixo de mim, quase acabando com a minha sanidade.

Respirei fundo antes de descer pelo seu pescoço descendo pelo decote da camiseta. Senti uma súbita vontade de arrancar sua roupa, mas eu queria fazer diferente dessa vez. Então lentamente puxei sua camiseta até tira-la por sua cabeça. me olhou admirada, como se não entendesse que novidade era essa. O que me fez rir abafado, já que mina boca já estava em sua pele novamente cobrindo a curva dos seus seios. Soltei o fecho do sutiã, os liberando. Minhas mãos foram atraídas direto para eles, sentindo a firmeza contra as minhas palmas.

Ela estremeceu quando comecei a massagear seus mamilos com o polegar. Instintivamente, arqueou as costas em um doce convite. Sem nem pensar me inclinei para sugar um mamilo e depois o outro.

- Oh Jake! – ela gemeu.

Deslizei a boca até seu abdômen. Ela levantou o corpo enquanto eu tirava sua calça e a calcinha. Logo minha boca estava sobre sua pele quente novamente. Comecei a traçar os contornos de seu umbigo com a língua, e depois mordiscar seu quadril, e a parte interna da coxa.

ofegou quando meus dedos a penetraram devagar inicialmente, aumentando a velocidade conforme seu corpo se contorcia. Eu a observava fascinado enquando ela cravava as mãos na grama. Seus lábios chamando meu nome em um sussurro.

Quando percebi que ela já estava totalmente entregue, substitui meus dedos bela boca, fazendo com ela delirasse mais. Quase deixei o restante do meu controle se esvaísse quando estremeceu de prazer em baixo de mim, o corpo tomado por incríveis espasmos. Ela era tão doce e receptiva que fez com que meus esforços para adiar meu próprio prazer fosse ainda mais difícil, mas a chance de testemunhar a expressão dela, que era um misto de paixão e entrega, enquanto abria os olhos azuis e me olhava, me deixava contente por ter esperado.

- Jake, eu te amo! – ela disse.

Eu não consegui evitar de sorrir, totalmente encantado por essa garota perfeita, que era minha. Somente minha.

Beijei a palma da sua mão. – Você é perfeita!

abriu um sorriso irresistível, e então me beijou com paixão. Sentou-se deslizando os lábios pelo meu pescoço, descendo pelo peito, enquanto suas mãos deslizavam pelas minhas costas.

-, você está me enlouquecendo!

- Ótimo. – ela disse descendo lentamente, beijando meu abdômen, então suas mãos foram para frente, abrindo os botões e o zíper da minha bermuda. Terminei de tirar a peça rapidamente.

- Você é tão bonito! – ela sussurrou, me observando.

Sustentei seu olhar, tomado por uma onda de desejo diante da expressão de apreciação naqueles olhos azuis. Mas quando me tocou com intimidade, eu estremeci e cerrei os dentes, precisando fazer um grande esforço para me controlar.

Eu queria ter mais forças, mas como podia com o corpo dela se encaixando tão perfeitamente no meu. Sua pequena mão me tocando, me envolvendo e me guiando para dentro dela. arqueou os quadris e eu não pude mais me controlar. Praguejei baixinho. Incapaz de me conter, segurei seus quadris e a penetrei com força. Minhas mãos seguravam sua cintura possessivamente. Eu faria de tudo para fazê-la feliz e nunca a deixaria correr perigo novamente. A senti estremecer enquando gritava meu nome, quando chegou ao clímax. Após mais algumas investidas foi minha vez de delirar de prazer. Ela se deitou sobre mim, respirando fundo até normalizar os nossos batimentos cardíacos.

– Essa é nova! – ela disse rindo.

– Gostou?

– Muito!– ela disse. Levantei seu rosto para a beijar mais uma vez. – Jake, eu sou sua. Você é meu. Eu não quero mais ter limites com você.

– Sem limites.– concordei lhe dando outro beijo.

FIM POV Jacob Black


Eu ainda estava sentada em seu colo, quando afastei meu rosto uma vez, ele caçou meus lábios me fazendo rir. Me distanciei novamente antes dele alcançar minha boca. Jake grunhiu e segurou com força meus cabelos, restringindo meu movimento. Ele me olhou intensamente antes de colar nossos lábios novamente, com vontade.

Jacob ajudou a juntar as minhas roupas que estavam espalhadas pelas samambaias. E eu me vesti e nós ficamos ainda sentados um tempo em um tronco rindo e tentando tirar as folhas dos meus cabelos.

–Jake, me conte o que aconteceu. O tratado. Porque Embry e Quil estão aqui?

– Quando Edward me pediu para abrir uma exceção ao tratado por causa da Bella, eu concordei. Bem eu não estava em condições de discutir. - Eu imaginei a dor que ele havia passado e me abracei a ele.- E como eu sou neto de Ephraim Black.– ele continuou dando de ombros.– Sam foi obrigado a aceitar. E a filha de Bella, é simplesmente única. – Ele riu.– Sabe que ela é muito inteligente pra idade? É cativante.

– Que bom que tudo deu certo para eles.

–É bom mesmo. E a Bella, continua sendo a Bella. Ela tem um super auto-controle, ou algo assim.

–E os garotos, Embry e Quil?

– Eles vieram se juntar ao nosso bando. Junto com o Kauã.– ele fez uma careta.

Meu queixo caiu. Me afastei para olhar em seus olhos. – Kauã, decidiu se juntar ao bando?

- Sim!- ele respondeu ainda torcendo a boca.

- Qual o problema?

- Bem, ele e a Leah tiveram um imprinting.

- Mas isso é ótimo, Jake! Você não gostou?

- Eu gostaria mais se eles fossem mais discretos. Eu tenho que ficar chamando a atenção dos dois o tempo todo. Fora que esse bando está grande demais.

– Ainda com problemas em ser chefe, Sr Alfa?– enfatizei o Sr alfa em um tom mais sexy que consegui, mas acabei rindo depois.

–Hmm gostei do apelido. Fale de novo!

–Sr Alfa.– Jacob rosnou e eu ri mais.

Ele sorriu e pegou a minha mão direita, entrelaçando nossos dedos, levantou o meu pulso até seu rosto, esfregando minha pulseira, que agora estava de novo em meu braço, em seu nariz.

, quer casar comigo?-O.O

–Eu acho que eu ainda estou alucinando.

–Você nunca pode me responder direito, não é? – ele disse rindo.

– É claro que eu quero seu grande bobalhão.

– Amanhã?

– Jake, você faz dezoito só em janeiro, daqui a quatro meses, e eu só em março.

– Não acredito que ninguém em La Push vá se importar com isso.

– Nós podemos voltar para La Push?

– Sim, só não seguimos mais as ordens de Sam. Mas você não me respondeu.

– Bom, minha mãe vai querer matar meu pai por permitir uma coisa dessas. Mas quem se importa.

– Será que é difícil eu receber somente um SIM?

– SIM! SIM! Pra você é somente SIM!

– Até parece. – ele disse me puxando pela cintura.– Vamos comer?

– SIM!– eu disse rindo.– Só que em casa. Chega de dar trabalho para os Cullens.

– Em casa, futura Sra Black!

– Eu posso me acostumar com isso.
















Capítulo 55



Sai da sala de aula e estranhei que Jacob não estava me esperando do lado de fora. Comecei a caminhar indo para o estacionamento olhando para todos os lados. Eu havia me atrasado na matéria, mas pelo menos os anciões interviram com a direção do colégio sobre as nossas faltas.

– Olá baixinha! – olhei de soslaio pra o Seth.¬¬

– Oi Seth!

– Cadê o Jake?

– Era o que eu estava tentando descobrir.

Caminhamos até o estacionamento parando quando avistei meu carro vazio. Levantei o rosto e deixei a chuva que caia, encharcar meus cabelos. Olhei em volta e vi Jacob encostado na parede conversando com uma das colegas dele. Ele era só sorrisos e ela estava se derretendo. Meu radar de piranha apitou. Meu sangue ferveu. Seth sentiu o clima.

– Er... ! Hãm ... controle, lembra?

Caminhei com passos duros até o local que aquela piranha estava dando em cima do MEU MARIDO.

– Olá– falei forçando um sorriso e olhando diretamente para a cara da perua.

– Oi amor, essa é a Pam. Ela é minha colega em história moderna e está com problemas com o carro, quer que eu vá dar uma olhadinha nele.– Jacob disse passando a mão no meu ombro.

Hmmm, quanta explicação!

– Quer é? Só que o meu marido está ocupado hoje e pelo resto da semana. E tem outra queridinha, se você quiser concerto, tem que levar o carro lá em casa e falar comigo antes, porque EU cuido da agenda dele. Entendeu?

Ela fechou a cara e me olhou de cima a baixo. Respirei fundo tentando me controlar.

– Tchau, Jake. – ela deu um sorrisinho e passou a mão no braço dele. Se virando e indo embora, sem antes me olhar com cara feia. O.O

O quê? Essa garota não tem medo do perigo, não? Dei um passo para frente e senti a mão de Jacob me segurando pela cintura.

– Paradinha ai! – ele disse no meu ouvido. Tentei me livrar do seu braço. – ,você é muito mais forte que ela.

– Eu não vou bater forte, prometo! – disse bufando – E o Sr me solte! – falei me livrando de seu abraço. – Não toque em mim. – Caminhei em passos largos em direção ao meu carro com a intenção de fazer Jacob voltar a pé.

– Espera um pouquinho, . O que eu fiz?– me virei para fitá-lo nos olhos e descarregar toda a minha raiva nele, mas acho que me virei rápido demais porque as paredes acompanharam o movimento e continuaram rodando. Tentei me recuperar me apoiando na parede, mas meus pés já não me obedeciam. A última coisa que senti foi as mãos de Jacob me segurando, antes de eu mergulhar na escuridão.

Acordei com uma coisa gelada tocando no meu rosto. Abri os olhos espantada.

– Carlisle?– estranhei.

–Olá , bem vinda de volta!

– O que houve?– olhei em volta e vi que estava no meu quarto.

!– Jacob disse aliviado entrando no quarto.

– O que aconteceu, Jake?

– Você desmaiou e eu te trouxe para casa.

–Ele me chamou porque estava preocupado, . Mas me diga como você está se sentindo?

– Eu estou bem.

– Então, doutor?– Jacob perguntou preocupado.

– Não sei, vou retirar um pouco de sangue para fazer alguns exames. Ela comeu hoje, Jacob?


– Sim, normal. Ela se queixou de tontura esses dias e náuseas também. – eu detestava quando falavam de mim como se eu não estivesse presente.

– Hey! Eu estou bem! – afirmei.

– Não sei não. Isso não é comum. – Carlisle colocou a mão no queixo. – Como está seu ciclo, ?

– E eu tenho isso? Desde que cheguei a Forks, meu corpo parou.

–Mas você tem que entender que o ciclo de loba é diferente, mais lento que o humano, mas não insistente. Quanto tempo faz?

–Uns sete meses, eu acho. Espera um momento, Carlisle,você não está achando que eu...?

– Acho possível que sim. Mas só terei certeza depois que examinar essa amostra. – ele falou guardando um vidrinho com meu sangue recém coletado. Eu olhei para Jacob que estava paralisado. – Bom, hoje a noite dou noticias.

Carlisle passou a mão gelada em meu rosto e depois pôs no ombro de Jacob que continuava parado no mesmo lugar fitando o nada, e saiu.

– Como ela está doutor?– ouvi meu pai falando na sala. Ele, como era de se esperar não ouviu nada. Diferente dos garotos que eu pude ouvir que estavam estranhamente quietos, em comparação com a bagunça que eles faziam anteriormente.

– Eu vou fazer uns exames e ligo a noite dando os resultados.

– Obrigado, doutor. – meu pai se despediu de Carlisle. E depois veio em direção ao quarto.

?

–Oi pai. Entra!– meu pai teve que quase empurrar Jacob, para poder passar.

– Como você está filha?

– Bem. Foi só um mal-estar passageiro. –menti.

– Boa pessoa o Dr. Carlisle.

–É mesmo, pai.

– Não acha Jacob? ... Jacob?

Jacob piscou os olhos voltando do choque: – É!– ele disse com a voz baixa.

– Pai, não deixa eles quebrarem nada. – apontei com a cabeça para a sala.

–Pode deixar. – meu pai me deu um beijo e sai empurrando Jacob para ter espaço de passar na porta.– Que você tem garoto?

– Nada!– ele respondeu simplesmente.

– Vocês vão ter que colocar tudo no lugar.– ouvi meu John dizer do lado de fora.

Me levantei da cama observando se as paredes iriam sair do lugar novamente, mas elas se comportaram e não se mexeram.

– Jake!– caminhei até ele, e segurei seu rosto entre as mãos. –Jake? – ele me olhou– Calma, ainda não sabemos. E não é uma coisa ruim. é?– uma das minhas mãos foram imediatamente até minha barriga como se para a proteger.

Ele se ajoelhou e encostou seu rosto na minha barriga.

– Eu não acredito que você esta me dando esse presente! – ele disse sorrindo e eu fechei os olhos aliviada.

– Nós ainda não sabemos! – falei passando a mão nos seus cabelos.

– É verdade, melhor esperar ter certeza.

– Mas você está feliz. Sr Black?

– Muito!– Jacob me ergueu pela cintura me levantando tirando meus pés do chão. Eu te amo tanto, !

Baixei a cabeça para encontrar sua boca.

– É mas agora eu me lembrei de uma coisa. – ele me baixou até o chão me fitando curioso. – Você tem algumas explicações para me dar!

– Tenho?- ele me disse curioso.

– Jacob, não se faça de sonso. Você sabe muito bem que eu me refiro aquela cena que vi no estacionamento do colégio. – ele riu. – Tá rindo do que? – falei entre dentes.

– Sabia que você fica linda com ciúmes.

– Isso não vai funcionar, Jacob. Você me deve explicações.

– Você acha mesmo que eu estava dando bola pra outra garota?

– E não? Então o que você estava fazendo?– falei cruzando os braços.

– Você é absurda!– ele disse fazendo uma negativa com a cabeça.

– Eu sou absurda?– indignei.

– Sim. Você acha mesmo que eu vou olhar para qualquer garota, tendo a mais linda do meu lado? Amor, eu não vejo mais o rosto delas.

– Jacob, você ainda não respondeu a pergunta. – tentei manter a cara fechada, mas ele já havia ganhado, então não consegui evitar um sorriso.

Jacob me puxou para seus braços sabendo que eu não estava mais brava, eu não resisti.

– Ele estava falando sobre carros, você sabe que eu não resisto a essa conversa.

–Sei. E pelo jeito ela também sabe. – falei passando minhas mãos pela sua cintura e encostando meu rosto no seu peito.

– Eu juro que não percebi que ela estava dando em cima de mim. – ele fez uma cara de inocente.

Sério, homens são tão burros. Então ouvimos barulho de algo se quebrando na sala.

–Melhor ir colocar ordem no canil, Sr. Alfa!

Jacob me soltou com cuidado rindo depois fechou a cara, fazendo cara de mau antes de abrir a porta.

– Que bagunça é essa aqui?– ele gritou para os garotos. Eu ri.

oOo

Eu alisava minha barriga, Jacob ainda estava sentado ao meu lado com o telefone nas mãos, depois da confirmação de Carlisle, um sorriso bobo nos lábios, mas eu estava preocupada. Muito preocupada. Varias coisas me passavam pela cabeça: os Volturis eram a preocupação principal, depois de como iríamos sustentar essa criança. O dinheiro que recebíamos por causa do bando, era pouco. Tinha o trabalho de Jacob como mecânico, era suficiente para nós, mas e para uma criança? Eu recebia uma mesada de minha mãe, mas Jacob não deixava mexer nela, disse que era para a faculdade. Como se eu se não tivesse dinheiro suficiente na poupança para isso. Orgulhoso demais! Mas me preocupava também minha mãe.

– O que se passa por essa cabecinha, minha esposa?– Jacob disse alisando a ruga no meio da minha testa.

– Acho que vou ter que visitar minha mãe, antes do que imaginava.

– Nós vamos juntos.– ele disse rapidamente, me puxando para os seus braços. – Mas era só isso?

– Só isso, Jacob? Ela vai me matar.

– Duvido muito. – ele disse rindo.

–É, talvez eu não, mas você e John com certeza.

Ele riu alto. – Ela vai me amar!

–Eu sei que vai!– dei um beijo nele e me aconcheguei em seu peito.

Acordei com a musica do meu celular tocando. Jacob o pegou rápido e deu uma olhadinha no visor.

–O que foi Edward?– ele disse depois de colocar o aparelho no ouvido.

Edward? Pisquei os olhos confusa com o sono.

–Alice viu o que?

Meu coração acelerou. Houve uma pausa.

– Estamos indo para aí! – Jacob desligou o celular. – , vamos. Temos que ir agora.

– Os Volturi?– perguntei e ele balançou a cabeça afirmando.

Respirei fundo tentando me acalmar. Era muita felicidade mesmo, acho que não era permitido tanto só para uma pessoa, algo tinha que contrabalancear. Jacob abriu a porta do carro pra mim, eu entrei e ele fechou dando a volta rápido.

– Não é mais rápido ir correndo como lobos?– disse enquanto ele girava a chave.

– Não quero que você corra! – ele respondeu enquanto manobrava o carro, acelerando na estradinha que levava até a auto-estrada.

– Eu não estou doente!– eu disse olhando pela janela.

, não discute!– o vi forçar suas mãos contra o volante, os nós de seus dedos ficando brancos. Ele uniu as sobrancelhas, parecendo pensativo, o velocímetro já marcava 150km/h.

Jacob parou o carro, depois deu a volta para abrir a minha porta, mas eu já havia saído. Ele não gostou.

–Jacob pelamor, esse monte de cuidados está me deixando louca. Eu não sou de vidro, sabe?

Ele suspirou fundo me guiando pela porta e entrando sem fazer cerimônias.

-O quê?– ele perguntou de maneira direta. -O que aconteceu?

- Eles estão vindo! – Carlisle falou.

– Vindo atrás do bando?

–Não!– Edward falou. –Todos nós, Jacob. Está acabado. Todos nós fomos sentenciados a morte.

Carlisle dificilmente conseguiu mover os lábios para explicar tudo para mim e Jacob.

–Eles estão vindo por Renesmee, por vocês e por nós também. Estão vindo todos.

– Por Renesmee? Mas Renesmee é só um bebê!– falei minha voz quebrando nos lugares errados, olhando para a criança que dormia no colo de Bella. Não pude de deixar de colocar minha mão em minha barriga.

– É, mas eles não sabem disso, eles acham que ela é uma criança imortal. Uma criança vampira. E isso é totalmente proibido na nossa sociedade. –todos pareciam se sentir pior; até mesmo Emmett estava calado e quieto.- Eles já estavam decididos a vir, só precisavam de um motivo que justificassem a invasão.

– Como eles ficaram sabendo sobre Renesmee? – Jacob perguntou a Carlisle.

– Irina! Irina é uma vampira do clã Denali, junto com suas irmãs Kate e Tanya, mais Eleazar e Carmem que se uniram a elas depois. Eles também seguem a nossa doutrina. Ela tinha uma magoa conosco, por causa da vez que seu bando matou Laurent. Ela não aceitou que nós tenhamos ficado ao lado de vocês.

– Mas aquele vampiro ia matar Bella! – Jacob disse alterando a voz.

– Sim,– Edward colocou a mão no ombro de Jacob.- E nós somos gratos pelo o que vocês fizeram. Mas isso não impediu dela se sentir traída por nós.

– Cadê Alice?– eu perguntei para Edward.

– Ela foi ver se consegue ver algo mais. Longe de interferências.

Os seis Cullens vampiros, mais Renesmee, eu e Jacob, ficamos sentados lá a noite toda, estátuas de horror e aflição, e a Alice nunca voltou.

Nós todos estávamos no nosso limite-frenético em quietude absoluta.

Quando amanheceu comecei a achar que Alice demorava demais. Jacob estava roncando no chão em forma de lobo, e eu estava com a cabeça encostada nele, mas não conseguia dormir. Sam soube de tudo - os lobos estavam se preparando para o que estava vindo.

-Alice,– Edward disse. E todos se viraram para ele.

O som da voz dele parecia gelo rachando quando derrete. Todos nós quebramos um pouco, amolecendo um pouco. Movendo novamente.

-Ela desapareceu por um bom tempo, – Rosalie murmurou surpresa.

-Onde ela poderia estar?– Emmett quis saber, dando um passo para a porta.

Esme pôs uma mão no braço dele. -Nós não queremos perturbar….

-Ela nunca demorou tanto antes, – Edward disse. Uma nova preocupação desfez a máscara que a face dele tinha se tornado. As feições dele estavam vivas novamente, seus olhos repentinamente abertos com medo fresco, pânico extra. -Carlisle, você não pensa - algo premonitório? A Alice teria tido tempo de ver se eles enviassem alguém para ela?

A face de pele translúcida de Aro encheu minha cabeça. Emmet amaldiçoou alto o bastante que Jacob se levantou em um pulo soltando um resmungo, me fazendo cair para trás. No quintal, o resmungo foi ecoado pelo resto do bando.

–Hey.- Reclamei olhando para ele séria. Ele me cutucou com o focinho. – Eu estou bem! – falei lhe coçando sua orelha. Jake me empurrou com a cabeça me ajudando a levantar. Apesar de não gostar de tanta bajulação eu deixei essa passar.

Os Cullens já estavam saindo.

-Fiquem com Renesmee!– Bella gritou para nós enquanto corria pela porta.

E eu me sentei ao lado de Renesmee que dormia no sofá, e afundei o rosto nas mãos. Tudo que eu mais temia estava por vir. Eu engoli o choro, não podia dar uma de fraca agora. Ouvi Jacob choramingar e eu soltei um Eu estou bem! , abafado. Ele colocou o focinho entre meus braços me fazendo mostrar meu rosto.

–Nós estamos bem, Jake! Eu só estou um pouco cansada. – ele choramingou um pouco mais. Ainda me olhando com seus imensos olhos castanhos. Então ele ergueu as orelhas e rosnou.

–O que foi?– perguntei assustada olhando para onde ele olhava. Ele deu um passo a frente, ainda prestando atenção.

–Ah. Isso me deixa louca!– Jacob se transformou e vestiu suas bermudas. Eu me atirei para trás, encostando as costas no sofá. – Jake, me desculpe. É melhor você ficar como lobo. Eu controlo minha curiosidade.

– Não se você não pode me entender.

–O que aconteceu?

– Alice foi embora!

– Alice o que?– eu falei um pouco alto, acordando Renesmee. – Desculpa meu amor, a tia não quis te acordar.

Ela veio no meu colo e colocou a mão no meu rosto. Onde está minha mãe? Veio em minha mente.

– Ela já volta minha linda. – eu falei acariciando seus cachos.

–O que houve?– falei baixinho para Jacob, mas fiquei com receio do que Renesmee pudesse entender.

-Logo depois da meia-noite, Alice e Jasper pediram permissão a Sam, para cruzar nossa terra para o oceano. Sam os escoltou até a costa. Eles entraram imediatamente na água e não voltaram.

Eu encarei Jacob com os olhos arregalados. Se o que Alice viu a fez ir embora, é porque nós não tínhamos chance nenhuma. Ele entendeu meu olhar e passou o braço pelo meu ombro me puxando para ele.

Os Cullens voltaram, com exceção de Edward e Bella.

– Alice nos deixou!– Carlisle disse derrotado.

– Eu já sei de tudo! – Jacob respondeu por sobre a respiração.

– Ela pediu para que juntássemos a maior quantidade de amigos que pudermos para ficarem ao nosso lado. Só assim poderemos frear os Volturi.– Carlisle falou me entregando um bilhete.















Não nos procure. Não há tempo para desperdiçar. Lembre-se:

Tanya, Siobhan, Amun, Alistair, todos os nômades que vocês podem achar,

Nós procuraremos Peter e Charlotte do nosso modo.

Nós sentimos muito por termos que os deixar deste modo, sem adeuses ou explicações.

É o único jeito para nós. Nós o amamos.

Alice




–Mais vampiros em Forks? – Eu falei e olhei para Jacob, mas ele concordou com Carlisle.

Em segundos os Cullens já haviam se trocado e vestiam roupas de caminhada. Havia um globo na mesa de centro, mas eles tinham parado de olhar para ele, estavam apenas esperando por Bella e Edward. A atmosfera agora estava mais positiva do que antes; fazia bem a eles estar em ação. As esperanças deles foram fixadas nas instruções de Alice.

-Nós teremos que ficar aqui?– Edward perguntou, olhando para Carlisle. Ele não pareceu feliz.

-Alice disse que o motivo que os Volturi estão usando para a invasão é Renesmee, então nós teríamos que mostrar Renesmee para as pessoas, e nós teríamos que ter cuidado sobre isto,– Carlisle disse. -Nós enviaremos quem nós conseguirmos achar para cá - Edward, você será o melhor no campo de batalha do que ajudando a procurar.

Edward deu um aceno afiado, ainda não feliz. -Há muito chão para cobrir.

-Nós nos separaremos,–Emmet respondeu. -Rose e eu estaremos procurando nômades.

-Você estará ocupado aqui,– Carlisle disse. -A família de Tanya estará aqui pela manhã, e eles não têm nenhuma idéia do por que. Primeiro, você tem que os persuadir a não reagir do jeito que Irina reagiu. – (Irina tinha visto Renesmee caçando com Bella e Edward, foi Irina que deu a falsa informação aos Volturi sobre a criação de uma criança-vampiro pelos Cullens.) –Segundo, você tem que descobrir o que a Alice quis dizer sobre Eleazar. Então, depois disso tudo, eles ficarão para testemunhar por nós? Começará novamente quando os outros for chegando - se nós conseguirmos persuadir alguém para vir para cá em primeiro lugar -. Carlisle suspirou. -O seu trabalho pode ser o mais difícil. Nós estaremos de volta para ajudar assim que pudermos.

-Boa Sorte,– Edward lhes disse.

-Para você também – Carlisle disse. -Nós todos precisamos disso.

Eu os assisti partir, desejando que eu pudesse sentir qualquer esperança sustentando eles. Renesmee se contorceu nos meus braços para tocar o rosto de Jacob.

-Eu não sei se os amigos de Carlisle virão. Eu espero que sim. Parece que nos estamos em número pequeno agora – Jacob murmurou para Renesmee.

Eu olhei para ele com as sobrancelhas juntas. Ele soltou um Quê? mudo e eu só balancei a cabeça negativamente. Então ela sabia. Renesmee já entendeu muito claramente o que estava acontecendo. Eu olhei cuidadosamente para a face dela. Ela não parecia amedrontada, só ansiosa e muito séria enquanto ela conversava com Jacob do jeito silencioso dela.

-Não, nós não podemos ajudar; nós temos que ficar aqui,– ele continuou. -Pessoas estão vindo para ver você, não a paisagem.

Renesmee fez uma carranca para ele.

-Não, eu não tenho que ir a lugar algum,– ele disse a ela. Então ele olhou para Edward, a face dele aturdida pela percepção de que ele poderia estar errado. -Eu tenho?

Edward hesitou.

-Diga logo! –Jacob disse. A voz dele crua com tensão.

-Os vampiros que estão vindo para nos ajudar não são igual a nós,- Edward disse. -A família de Tanya é a única além da nossa com uma reverência de vida humana, e mesmo eles não pensam bem sobre lobisomens. Eu acho que poderia ser mais seguro – ele olhou para mim.

Jacob concordou.

– Vamos, ? – ele falou ao meu ouvido. Eu passei Renesmee para o colo de Bella.

– Quanto tempo nós temos, Edward?– perguntei.

– Na visão de Alice, será no dia em que a neve tocar o chão da clareira. Um pouco mais de três meses.

Nos viramos em direção a porta. Então Edward chamou nos fazendo olhar novamente para ele. -Vocês deveriam contar para Sam o que está acontecendo. Poderá haver estranhos nos bosques logo.

-Bem pensado. Embora eu lhe deva um pouco de silêncio depois de ontem à noite. – Jacob respondeu.

-Escutar a Alice normalmente é a coisa certa. – Edward respondeu.

Os dentes de Jacob travaram, e eu pude ver que ele com que a Alice e Jasper tinham feito.














Capítulo 56



Horas mais tarde eu estava sozinha em meu quarto, Jacob havia ido se reunir com Sam e os outros e insistiu que eu dormisse um pouco. Hoje era terça feira e eu tinha faltado a aula novamente. Desse jeito eu não me formaria. Eu ri dos meus pensamentos, nem sei se eu estaria viva depois do Ano Novo. Minha mão pousou em minha barriga. Eu vou estar com uns quatro meses, na época da luta.

– Own meu filhote, que época você escolheu, hein?

Eu estava no meio da clareira. Estava correndo. Eu sabia que tinha que ser rápida, mas minhas patas não corriam mais, por mais que eu me esforçasse eu tinha certeza que não iria conseguir. O bando dependia de mim e eu estava falhando.

!– ouvi a voz apavorada de Jacob me chamando ao longe. Ele estava em perigo.

De repente um choro de bebê fez minhas patas travarem. Eu estava esquecendo algo. Tinha que voltar para buscar o bebê, só que não daria tempo para salvar Jacob e os garotos. Eu voltei o mais rápido que pude e peguei o pequeno bebê que estava embrulhado em um monte de panos. O coloquei cuidadosamente entre meus dentes e corri. Quando eu estava chegando perto do final da clareira, notei que a neve branca agora estava vermelha. Vermelha de sangue fresco. Eu tinha chegado tarde demais. Larguei o bebê com cuidado no chão, mas vi que ele também tinha desaparecido. Eu revirava o monte de tecido também sujo de sangue, mas não havia mais nada dentro. Eu havia perdido os dois.
.

Acordei gritando.

, calma amor, foi só um sonho! – Jacob me puxou para seus braços. Meu corpo todo tremia, e eu abafava os soluços no seu peito. – Shhh! Tudo vai dar certo, eu prometo. Eu não vou deixar nada de mal te acontecer.– Mas não era comigo que eu estava preocupada. Eu fiquei agarrada a Jacob até a sensação de perda ir embora. Mas eu precisava realmente sentir Jacob.

– Jake, eu te quero agora!– falei tentando parar as lágrimas.

Ele me olhou sério. Depois pousou a boca dele de leve na minha. No inicio o beijo foi suave, mas eu não queria suavidade, eu queria paixão. Eu forcei o beijo e ele correspondeu. Sua língua invadiu a minha boca, agora em um beijo intenso. Ele desceu pelo meu pescoço, lambendo, mordendo.

– Jake!– eu sussurrei no ouvido dele e ele gemeu.– Agora!

Eu sentei na cama e levantei os braços para ele poder tirar meu vestido. Deitei novamente e ele passou a mão pelo meu seio descendo pela minha barriga. Foi acompanhando com a boca, beijando. Eu já estava enlouquecendo.

– Jake!– choraminguei.

Ele me encarou divertido. – Estamos com pressa hoje, não é? – Mas eu não estava pra brincadeiras, eu precisava sentir Jacob dentro de mim. Ele notou meu humor e arrancou minha calcinha em um puxão. Em um segundo Jacob atendeu meu pedido.

– Mais forte Jake!– ele aumentou a velocidade das investidas me fazendo rapidamente ver estrelas. Ele continuou trabalhando até que gemeu alto no meu ouvido me fazendo estremecer.

– Quer continuar? – ele perguntou entre nossos beijos.

– Sim!– foi só o que consegui responder.

– Você é perfeita minha esposa...- ele sussurrou com sua voz rouca depois de ter me feito delirar de prazer mais três vezes.

– Nada comparado a você meu marido... - retruquei e me aninhei em seu peito logo em seguida

–Jake!– eu falei um tempo depois.

–Hmmm?– ele falou mordendo minha orelha.

– Eu vou lutar!

, não!– eu tinha certeza que ele estava planejando me tirar dessa. – Você vai estar de quatro meses, pense no nosso filho.

– Eu penso Jacob! Por isso estou dizendo. Por acaso você acha melhor eu ficar sozinha? – senti Jacob ficar tenso. – Ou você acha que eles não vão atrás de mim? Eles não são os recém-criados, Jake!

– Eu sei!- Jacob disse me apertando mais contra ele. Ele começo a beijar meu pescoço de novo e eu senti que ele ainda queria mais uma vez. Nós éramos fortes e quando começávamos era difícil parar a não ser quando a barriga reclamava. E foi o que a minha fez.

– Onde você vai?– Jacob perguntou enquanto eu me levantava e vestia uma camiseta dele.

– Eu estou com fome. – ele fez uma carinha de cachorrinho sem dono que me faz vacilar na porta, mas minha barriga roncou outra vez. – Alimentando dois, se lembra?

Abri os armários a procura de algo comestível.

– Sobrou alguma comida? – Jacob perguntou me abraçando por trás.

– Pelo jeito os garotos limparam tudo!– falei tentando me livrar do abraço, se eu deixasse ele começava de novo e não pararíamos tão cedo. Esse homem não cansa, não?– Bom, vou ter que ir ao mercado, vou aproveitar e passar na casa de Billy e depois de John para ver se eles na precisam de nada.

– Vou junto!

– Não precisa, Jake... – mas ele me interrompeu, chegando mais perto.

, eu sei que você é forte e não gosta que eu te trate como se não fosse. Mas eu me preocupo. – Jacob só usava uma calça de moletom preta. Tem coisa mais sexy? Eu tinha que me concentrar em manter meu raciocínio. Ele percebeu que eu já estava hiperventilando de novo, e abriu meu sorriso-de-sol, vindo me abraçar.

– Chega, Jake. Senão a gente não para hoje. – falei sem vontade nenhuma.

– Então, posso ir junto?– ele perguntou, sua voz rouca no meu ouvido, me fazendo estremecer. Ele sorria quando sua boca alcançou a minha.

– Cachorro idiota, isso é coação.– disse e ele riu ainda mais.

–Posso?– perguntou com uma carinha de cachorrinho sem dono me beijando de novo.

–Pode! – eu já nem me lembrava mais sobre o que eu estava discutindo. – Vou tomar um banho. – eu falei tentando recobrar minha consciência, interrompendo nosso beijo.

– Vou com você!– ele me pegou no colo e me carregou até o chuveiro. Quem sou eu pra dizer não!


Eu procurava uma musica decente entre os CDs que Jacob colocou em meu carro. Os meus CDs eu já não sabia onde estavam.

– Vamos a Port Angeles?– ele me perguntou me tirando dos meus devaneios.

Franzi a testa. – Pra que? Vamos a uma mercearia qualquer.

–Mas você não tem que comprar mais alguma coisa?

Revirei a minha memória tentando achar algo que poderia ter me escapado.

– Não.

– Você não tem que comprar um vestido?

– Vestido, pra que?

– Pro baile do colégio!– ele disse já sem paciência.

– Ah não, eu não vou nesse baile.

– Vai sim.– ele respondeu.

– Vou não.

– Vai, senão eu vou te comprar um vestido e te carregar a força.

– Você comprar um vestido, pra mim? Ah mais ai que eu não vou mesmo.

, seja razoável.

– O baile é esse fim de semana, não deve ter mais nenhum vestido. E eu não estou em clima de festa.

– É só para relaxar. Por favor. –ele pegou minha mão e fez a carinha de cachorrinho. A nova arma que Jacob descobriu para me dobrar.- Você nunca foi a um baile comigo, e nunca dançou pra mim como você dançou pro Embry.

-Eu dancei pro Embry?

- Dançou!- ele afirmou.

- Você estava me cuidando, é? – perguntei divertida.

- Você acha que eu fui naquele baile por quê?- Jake pegou minha mão e beijou meus dedos.

– E que roupa o Sr. vai usar? Você não vai usar a roupa do casamento Jacob!

–Porque não? Eu não tenho dinheiro para um terno.

– Deixa comigo.

– Não , você não vai gastar o seu dinheiro comigo.

– O meu dinheiro é o seu dinheiro, Jake. Se você quer que eu vá, é nessas condições.– ele bufou mas aceitou.



–Vamos Jake, só mais uma voltinha!– pedi tentando fazer a mesma cara de cachorrinho que ele.

– Ah chega, ! Já deu, é esse que vou levar!

– Eu sei, mas quero ver quanto tempo as duas vendedoras ali – apontei com a cabeça– levam para ter um ataque cardíaco. Elas já estão passando mal.– falei baixo, mas sabia perfeitamente que Jacob, me escutava.

– Arg!– ele rosnou revirando os olhos.

– Vamos rápido amor, que eu quero chegar em casa e te ver tirar toda essa roupa pra mim!– falei agora alto.Tentei me segurar para não soltar uma gargalhada, quando uma delas começou a hiperventilar.

Eu ainda ria quando saímos da loja e Jacob me lançou um olhar como se não estivesse entendendo minha reação. Ele colocou as sacolas no banco de trás do carro.

– Vamos comprar o seu agora?

– Eu já comprei. – falei desinteressada, entrando no carro e sentando.

– Quando?– ele me perguntou sentando no lugar do motorista.

– Quando você estava trocando de roupa.

– Tão rápido?- disse surpreso.

– Eu não levo muito tempo escolhendo roupa, eu coloco o olho e pronto. – falei dando um sorriso.

– Perfeita!– ele sussurrou abismado. Eu sorri mais ainda.



Estávamos indo ao mercado, quando uma loja me chamou a atenção. Jacob parou e olhou o que eu estava encarando. Era uma loja infantil. Várias roupinhas enfeitavam a vitrine. Minhas preocupações que eu tentava esconder, voltaram com força para a superfície.

– Hey! Vai dar tudo certo.– Jacob disse me abraçando, depois que percebeu a minha mudança de humor. – Não fique assim, amor.– eu assenti tentando sepultar as preocupações por enquanto.

– Vamos fazer essas compras logo e ir pra casa.– disse passando os braços por sua cintura.



Jacob estacionou o carro na frente de casa. De longe nós havíamos avistado Sam parado na varanda, os braços cruzados sobre o peito. Eu e Jacob nos encaramos. As luzes de casa estavam acessas. Dei a volta abrindo o porta-malas do carro tentando me proteger da fina chuva que caia e pegando um pacote de dentro. Jacob pegava o restante.

– Deixa comigo, . – Seth disse me retirando o pacote das mãos e pegando outros.

– Oi Sam.– falei ao passar por ele.

– Olá . Fiquei sabendo das novidades. Meus parabéns!– ele disse me dando um abraço. O meu relacionamento com Sam nunca mais foi o mesmo, desde aquela noite que Jacob assumiu ser alfa. E eu sentia muita falta dele.

– Olá Jacob, nós temos que conversar. – Sam disse sério.

Jacob abriu a porta de casa me dando espaço para que passasse primeiro. Lá dentro os outro sete garotos; Paul, Jared, Embry, Quil, Brady, Collin, Kauã e mais Leah já estavam espalhados pela minha pequena casa. Mais havia mais. Joseph, Georg, Kevin, Lucas, Phil, Douglas e Christian. Todos garotos de onze ou doze anos, Todos crianças. Eu não consegui evitar minha cara de surpresa e olhei para Sam. Ele assentiu respondendo minha pergunta muda. Todos haviam se transformado. É claro que a superpopulação de vampiros que os Cullens estavam recrutando, tinham que ter uma reação fazendo garotos jovens demais, crianças apenas, se transformarem antes do tempo.

Eu fui para cozinha onde Jacob havia deixado as sacolas, deixando Jacob e Sam conversando no canto da sala. Os outros garotos já começavam a atacar as compras.

– Esperem, vou fazer pipoca! – falei tentando enxotar eles de lá. Mas só consegui que saíssem depois que já estavam com os braços cheios de pacotes de bolachas e salgadinhos. – Não esqueceram do refrigerante, não? – falei ironicamente.

– É mesmo! – Seth me respondeu dando um giro e pegando desajeitadamente o pacote com as latinhas de refrigerante. Parando só para me dar um beijo na testa.

Eu amava esses bestas.

Coloquei o pacote de milho no microondas e esperei que eles estourassem, dando tempo para que Jacob se acertasse com Sam. Servi em várias tigelas de plástico, já que coisas quebráveis não tinham uma vida útil longa nas mãos dos meus irmãos. Distribui por eles e me sentei na bancada observando a bagunça.

– Bom, é o seguinte – começou Sam atraindo a atenção de todos – como vocês podem ver, nós temos mais acréscimos. – ele apontou para os novatos. – Vocês já sabem da situação dos vampiros convidados dos Cullens e de como a coisa vai ficar séria com a vinda dos Volturis. – Jacob observava tudo de braços cruzados no peito, mas seus olhos sempre iam para o meu rosto. – Então, eu acho melhor estarmos juntos, unidos como uma família de novo. Eu estou passando meu posto para Jacob, que é o líder por direito. – minha boca escancarou e a dos outro também.

– Só que Sam – continuou Jacob ignorando o murmúrio do grupo. – vai continuar no comando também. Quando eu não estiver é a Sam que vocês devem seguir. – eu sorri aliviada. Essa era realmente a melhor solução.

– Eu vou dar total apoio ao Jacob. – disse Sam por ultimo. Todos concordaram.

Então eles começaram com a aula sobre lobos e seus deveres para os novatos, que eu já conhecia de cor. Fui pegar meu notebook para começar o trabalho que tinha que entregar na segunda-feira. Sentei novamente na bancada com ele no meu colo. Notei que Seth se parou ao meu lado. Eu sorri para ele.

– Posso ficar aqui, ? Prometo não incomodar.

– Claro Seth! Ainda não sei o que vou escrever mesmo. – falei sorrindo e mostrando a tela vazia.

Seth se sentou ao meu lado. Incrível como desde ficamos juntos ao lado de Jacob e os Cullens, nos aproximamos mais. Não me lembro de nenhum dia sem que Seth não tenha vindo me visitar ou ficado comigo nos intervalos das aulas. Ele era o meu irmão mais novo preferido. Mas claro que eu não iria deixar isso escapar para os outros.

Decidi ler meus e-mails, já que não tinha inspiração para escrever nada na redação. Havia somente um e-mail interessante da minha mãe que dizia estar muito feliz com a visita minha e de Jacob no Natal. Eu respondi o e-mail dela, só com algumas linhas e depois desliguei.

– Quer? – Levantei o computador para o Seth e ele fez uma negativa com a cabeça. – Que foi Seth, algum problema? – perguntei ao perceber a ruga que se formou na testa dele enquanto ele me olhava. Passei meu braço pelas suas costas, já que Seth era bem mais alto do que eu. Mas ele era apenas uma criança e ver ele triste aflorava meus instintos maternos. – Sabe que pode contar comigo, não sabe? Pra qualquer coisa, Seth.

Ele fez uma afirmativa com a cabeça e me abraçou.

– Algum problema? – Jacob tinha se aproximado e agora encarava Seth com o peito estufado.

– Não, nenhum. – Seth respondeu todo sem jeito, com os olhos arregalados para Jacob tirando os braços rápido dos meus ombros e saindo porta fora.

– O que você fez a ele? – perguntei duramente.

–Eu, nada! Ainda!– Jacob disse friamente.

– Eu busco ele!– Leah disse saindo atrás do irmão. Todos nos olhavam.

Sam tossiu chamando a atenção de todos novamente.

– Vamos dividir as tarefas. Jacob?

Jacob assumiu a divisão, ficaríamos em grupos de três, sempre um novato e dois mais experientes. Fiquei feliz que eu fui inserida no grupo experiente. Sinal que eles confiavam em mim. Seth já tinha voltado e estava sentado ao lado de Leah que o olhava preocupada. Eu acabei ficando com Kevin e Jacob, claro que isso foi arranjado por ele. Mas eu não me importei nem um pouco, o turno era de quatro horas e de nós ficássemos em rondas separadas, iramos ficar mais de oito horas longe um do outro e isso era insuportável.



– Lembrem-se que La Push é nossa prioridade, nós só vamos escoltar para fora qualquer parasita que encontrarmos vagando por aqui e só atacaremos caso haja necessidade de defesa. Não queremos correr o risco de matar um dos convidados dos Cullens. – Jacob disse sério.



– Você sabe qual o problema de Seth? – perguntei para Jacob, horas depois enquanto recolhia a louça suja que os garotos deixaram espalhadas pela casa, depois que todos saíram.

– Não, mas desconfio!– Jacob disse tirando a louça da minha mão e levando até a pia.

Sentei na bancada enquanto o assistia lavar a louça.

– Do que você desconfia? – perguntei curiosa.

– Você não notou que ele não sai mais daqui de casa?

– Notei, mas agora que Leah esta namorando com Kauã, é normal Seth se sentir um pouco sozinho. Ele te admira muito, Jake.

– Não é em mim que ele anda pensando demais. – ele disse com dentes cerrados.

– Não seja bobo. – falei descendo da bancada e pegando um pano de prato para secar a louça.

– É, e depois sou eu que não enxergo quando dão em cima de mim, não é?

– Para Jacob, ninguém está dando em cima de ninguém. Não seja idiota.

– Você não, mas ele. Bom, ele realmente não está dando em cima de você, mas que tem algo ali, tem. E eu vou estar de olho.

Aquela conversa toda era absurda, eu sabia que tinha outra explicação melhor. Mas eu estava exausta e amanhã tinha aula, não queria mais discutir.

– Vou ver como posso resolver isso. Mas não agora, vou deitar. – falei largando o pano-de-prato em cima da mesa.
– Tá cansada? – ele disse enxugando as mãos.

– Um pouco. – respondi caminhando até o quarto e me jogando em cima da cama.

Chutei meus tênis longe e tirei a calça jeans, largando ao lado da cama, ficando só de camiseta, me afundei no travesseiro. Ouvi Jacob entrando no quarto e retirando a roupa. Ele se deitou ao meu lado me puxando para ele. Tirou meu cabelo do rosto, me dando um beijo. Boa noite, amor. Foi a última coisa que ouvi antes de apagar.



Eu estava novamente na clareira. Vários vampiros com seus mantos escuros me cercavam. Eu olhei para os lados e estava sozinha. Aquilo me tranqüilizou, só eu morreria ninguém mais. Mas então uma criança chorou e eu olhei para trás e vi Renesmee, ela estava com um bebê nos braços e eu me postei em sua frente tentando proteger os dois. Os vampiros se aproximavam, eles flutuavam por cima de pedras, mas a cena mudou e as pedras não eram mais pedras, eram corpos. Reconheci os corpos dos Cullens primeiro, depois de meu pai e ao lado de Sam, não quis olhar mais porque eu sabia que reconheceria os outros corpos, entre eles o de Jacob. Eu olhei novamente para trás para me certificar que Renesmee e o bebê estavam protegidos, mas eles não estavam mais lá. Haviam desaparecido e junto com eles os vampiros também. Comecei a correr procurando por eles, mas não via nada em meio a fumaça que tomava a clareira. Um barulho irritante soava em meus ouvidos.

Acordei e constatei que era o relógio marcava 6:30. Olhei para o lado e Jacob dormia. Respirei aliviada quanto constatei que era somente um pesadelo. Desliguei o despertador.














Capítulo 57



Me olhei de lado no espelho antes de colocar o meu vestido. Ainda não havia nada somente minha barriga lisa. Passei as duas mãos por ela e suspirei. Eu faria de tudo por essa criança que já amava. Imaginei seu rosto, a pele dourada, os cabelos negros escuros. Lindo que nem o pai. Me lembrei de Jake criança, desde pequeno já tinha um sorriso irradiante.

Podia ouvi-lo se movimentando na cozinha, abrindo e fechando a geladeira. Ele já estava pronto para a festa de encerramento do verão. Então puxei o vestido de cima da cama, e passei minhas pernas por ele, tendo um pouco de dificuldades para fechá-lo nas costas. Jake apareceu de repente, puxando o zíper do vestido, terminando o serviço.
















Vestido do baile


Ele afastou o meu cabelo, me dando um beijo no ombro. – Vamos? Você está linda!– ele sussurrou no meu ouvido, passando os braços pela minha barriga.

Me virei para olhá-lo. – Jake cadê a gravata? – perguntei.

- Ah não ! Ela me aperta. – reclamou.

- Ok, eu te libero dela então.

Jake entrelaçou deslizou sua mão pra dentro da minha entrelaçando nossos dedos.

- Eu só quero que você se divirta hoje, ! Vamos esquecer todos os nossos problemas, ok? Só pensa em nós três huh?- ele disse dentro do carro escuro. Assenti sorrindo de leve, mas me virei para olhar pela janela para que ele não visse uma lágrima solitária, que não consegui evitar que escapasse dos meus olhos.




– Olá! – ouvi a voz de Embry atrás de mim. Ele estava de mãos dadas com Aiyana. Atrás vinham Jared e Kim, Paul e Rachel, Seth, Collin e Brady.

Depois de cumprimentarmos todos, eles se sentaram a mesa conosco. Eu fiquei entre Jacob e Aiyana. Jacob o tempo todo com a mão na minha perna. Seth estava do outro lado da mesa quieto e evitava até olhar para mim, mal tinha me cumprimentado. Aquilo estava me incomodando.

– Cadê Quil? – perguntei a Embry.

– Ele não quis vir. Então ficou fazendo ronda com Sam.

- Prima, dá uma olhada. – Aiyana me puxou de lado levantando o braço e me mostrando a pulseira de compromisso que ela carregava.

- Eu não acredito! – exclamei. - Fico muito feliz por vocês dois!- falei sincera. A felicidade dos dois era visível, o relacionamento dos dois era fácil. Parecia ser só uma questão de tempo para que isso acontecesse. Tempo! Tempo era algo que nunca me preocupou, e agora parecia que ele corria contra todos nós.

- Hey! – Jake me chamou, pressentindo minha mudança de humor. Sua mão foi para o me rosto, afagando de leve. – Quer beber alguma coisa?

- Um suco de laranja. – falei. Ele me puxou para um beijo rápido antes de se levantar para buscar as nossas bebidas. Aiyana e Embry se levantaram para dançar, Paul e Rachel também. Busquei o olhar de Seth. – Oi! – falei quando consegui que ele me olhasse.

- Oi! – ele respondeu sorrindo tímido, mas logo baixou os olhos quando Jake chegou. Aquilo me entristeceu profundamente. Tudo que eu não queria era me afastar de Seth nesse momento, e eu o sentia se distanciando de mim.

- Que foi? – Jake perguntou me puxando para ele. Eu não queria chorar, eu tinha prometido.

- Nada! – falei me encostando em seu peito. – Vamos dançar? – pedi. Ele levantou meu queixo, tocando de leve com a mão, me olhando intensamente. – A gravidez deixa a gente chorona, só isso. – afirmei sorrindo.

- Vamos dançar!- ele disse me puxando pela mão.
















Como Jake tinha reclamado que eu havia dançado para o Embry na outra festa, o que não era verdade, mas tudo bem. Tentei me concentrar somente nele, me deixando levar pela música, fiz o que ele pediu. Tirei tudo da mente, deixei tudo de lado. Agora só havia eu e Jake no salão. Deixei meu corpo ondular, meus olhos fixos nos dele. Até que fiquei sem jeito do modo com ele me encarava e me aproximei dele pegando suas mãos e entrelaçando nossos dedos.

– Eu não sei dançar. – Jacob sussurrou no meu ouvido.

– Eu não me importo. – Falei baixo colocando suas mãos na minha cintura e depois me afundando em seu peito. Ficamos balançando totalmente fora do ritmo da musica.

–Agora você sempre vai dançar para mim ok?– eu sorri em resposta.

– Vem! Vamos sentar!– puxei a mão dele para a mesa.

Na mesa agora só estavam Seth e Collin. Sentei ao lado de Seth. Disposta a resolver toda essa situação essa noite.

–Oi, de novo! – falei olhando para Seth e abri um sorriso.

– Oi! – ele respondeu desviando os olhos de mim. Cutuquei seu ombro.

– Tá bravo comigo?– falei tentando buscar seus olhos.

– Não!– ele respondeu ainda me evitando. Olhei para Jacob que revirou os olhos.

– Então me responde direito!

– Não é nada, !

– Ah é sim! Vem vamos conversar em outro lugar! – levantei puxando a mão de Seth que não se mexeu. – Vem! – falei agora em um tom mais duro. Jacob fez menção de se levantar e eu fiz sinal com a mão que esperasse. – Você vai vir nem que eu tenha que te arrastar pela orelha! – falei no ouvido de Seth ele riu.

Seth suspirou e levantou sem vontade. Praticamente reboquei Seth para fora do salão.

– O que é, ?

– O que foi que eu te fiz afinal? – falei o encarando.

– Você não fez nada!– ele falou colocando as mãos nos bolsos e se encostando em uma pilastra.

– E porque está me tratando assim, Seth?

– Não é você , sou eu?

– Então fala, qual é o seu problema?

– Eu acho que estou ficando louco. – ele deu um sorriso triste. Eu não resisti e o abracei. – Eu não consigo parar de pensar em você.

Eu dei um passo atrás com o susto. – Seth!

– Não é desse jeito, . Eu só quero ficar perto de você.- ele jogou as mãos para o alto. - Imagina, você é mulher do Jake. Eu não sei... – ele balançava a cabeça angustiado.

– Calma Seth. Eu acho que você está confundindo as coisas. Nós nos damos bem, somos amigos. É só isso.– falei puxando ele para um novo abraço. – Vamos dar um jeito nisso, tá? Agora vamos entrar, afinal eu ainda te devo umas aulas de dança, não é?

Ele sorriu concordando.

Jacob me pegou no colo, assim que sai do carro. Eu suspirei me abraçando a ele. Abriu a porta e me levou até o sofá, voltando para fechar a porta que tinha ficado aberta.

- Com fome? – ele perguntou indo até a cozinha.

- Não! Só cansada. – falei me levantando e indo até o quarto.

Tirei os brincos, largando em cima da penteadeira. Jacob chegou por trás, já havia tirado a camisa. Eu afastei meus cabelos para que ele baixasse o zíper. Ele se encostou em mim, me pressionando no móvel. Suas mãos foram por baixo do meu vestido, deslizando sobre minhas coxas. Ele passou sua língua na minha nuca, me fazendo ofegar no mesmo instante. Uma das mãos subiu baixando o zíper, sua língua acompanhou a linha da minha coluna. Apoiei as mãos na cômoda, quando a sua boca chegou na minha lombar. Levantei os pés para que ele pudesse retirar o meu vestido atirando em cima da cama. Jacob continuava ajoelhado, quando puxou minha calcinha, fazendo o mesmo percurso que o vestido fizera. Ele se levantou deslizando sua mão pela lateral do meu corpo indo para em meus seios. Ele tentou me virar, mas eu resisti, virando o rosto para procurar sua boca. Nos beijamos com paixão, nossas línguas dançando juntas, enquanto as mãos dele passeavam pelo meu corpo. Estava tão entretida que nem notei que ele já havia tirado as suas roupas. Só quando senti sua vontade é que percebi que Jake estava nu. Ele se posicionou dentro de mim de forma urgente, quente. Eu me apoiava com as mãos espalmadas, enquanto ele se movimentava. Em pouco tempo já estava me retorcendo de prazer, gemendo alto. Jacob me amparou quando minhas pernas amoleceram. Ele gemeu alto, sussurrando meu nome no meu ouvido quando o prazer lhe atingiu também.



Acordei com a musica do celular tocando. Ouvi Jacob falar com alguém, mas estava tão cansada que acabei dormindo novamente.

Senti Jacob levantando da cama.

– Jake!– chamei com a voz rouca pelo sono. – Quem era?

– Edward. – ele disse com a voz sombria. – Ele quer uma reunião com os sanguessugas que ele convocou.

Me levantei de pressa indo para o banheiro.

– Ok.– disse enquanto ligava o chuveiro.

, você não precisa ir! – Jacob disse entrando no chuveiro comigo e colocando xampu no meu cabelo molhado.

Olhei de soslaio para ele ¬¬ . Quando ele ia parar de me tratar como se fosse de cristal!

– Não preciso, mas eu vou! – tirei o resto do xampu e não liguei quando ele bufou e saiu do banho. Passei meu creme vagarosamente nos cabelos desfazendo os nós dos cachos com os dedos. Fechei a água e me enrolei em uma toalha.

Sai do quarto secando os cabelos com uma toalha, depois de vestir com uma calça jeans e uma camiseta. Jacob estava parado encostado em na bancada, vestindo uma bermuda, camiseta e tênis.

Tomamos um café da manhã rápido.

– Vou aproveitar essa visita aos Cullens e vou pedir para Carlisle me fazer um ultrason.

– Porque você não vai ao hospital ao invés da mansão dos horrores?

– Jake! – ralhei sem conseguir evitar de rir do comentário.– Com a minha temperatura nos 45°, não vão me deixar sair do hospital tão cedo!

– Uh! – ele exclamou e fez uma cara de que tinha deixado passar uma coisa obvia.



O cheiro forte estava me dando enjôo. Eu respirava fundo tentando me concentrar em não vomitar, mas quanto mais próximo o carro chegava da casa dos Cullens, pior ficava.

– Tem certeza?– a voz de Jacob estava preocupada. Olhei para ele e seu nariz estava torcido também. – Cara, como fedem! – ele esbravejou.

– Vamos logo com isso! – falei tentando recompor minha cara e manter meu café da manhã dentro de mim. Jacob parou o carro na frente da mansão me analisando novamente.

, você está verde. Acho melhor a gente voltar. – ele disse colocando a perna pra dentro do carro de novo e fechando a porta.

– Vamos Jake! – abri a porta e sai, agradecendo pela brisa fresca que vinha do rio.- É impressão minha ou está pior?

– Está pior. Acho que o cheiro de parasitas assassinos é mais forte que o dos Cullens. – ele disse visivelmente concentrado, tentando controlar os espasmos das mãos. Pegou a minha mão ainda tremendo um pouco.

O cheiro além de arder nossos narizes causava espasmos nos nossos corpos. Uma reação de defesa. Tínhamos que nos controlar para não nos transformar em lobos.

– Olá! – Carlisle nos cumprimentou no alto da escada. – você está bem?– ele me perguntou assustado. Naturalmente notando minha cara esverdeada.

– Sim, um pouco enjoada. – respondi tentando sorrir.

– Carlisle, porque não examina a enquanto converso com Jacob sobre nossos planos?– Edward falou surgindo atrás de Carlisle.

– Você prefere aqui ou no hospital, ?

– Acho que no hospital é melhor, se você não se incomodar Carlisle.

Ele concordou notando meu desconforto. Jacob ainda segurava minha mão firme.

–Pode deixar que eu cuido dela, Jacob.- Carlisle falou notando o receio de Jacob em me deixar ir.

– Eu já volto. - falei lhe dando um beijo no rosto e livrando minha mão que ainda estava presa. Jacob assentiu com uma ruga na testa. Entrei no Mercedes preto de Carlisle e seguimos para o hospital.

– Jacob se preocupa muito com você. – Carlisle afirmou olhando fixo para a estrada

– É, às vezes demais. Garanto que ele só me deixou vir porque era com você, Carlisle. Qualquer outro ele não confiaria.- falei tentando ser o mais sincera possível.

– Você acha que ele não confia muito em nós?- ele perguntou preocupado.

– Claro que confia, mas o instinto é muito forte. Sabe como é?- falei desviando os olhos para janela.

– E você , confia em nós?- ele agora me fitava. Ele havia parado o carro na porta do hospital.

– Totalmente, Carlisle. Eu não vejo vocês como... você sabe. Eu não acho que vocês devem ser condenados por algo que não tem culpa nenhuma. E eu imagino a força que vocês fazem para serem diferentes.

Ele sorriu e colocou a sua mão gelada sobre a minha fervente.

– Vamos?- ele me sorriu sereno enquanto saia do carro. Eu o acompanhei.



Carlisle olhava um monitor serio, enquanto passava um aparelho por uma meleca verde que ele havia espalhado na minha barriga.

– Como você está se sentindo, ?

– Bem. – respondi preocupada enquanto tentava decifrar os borrões da tela.

– E os enjôos? – ele me perguntou sem desviar os olhos da tela.

– Quase não sinto, a não ser por hoje. –sorri sem jeito. – Tudo bem, doutor?

– Sim.- ele se virou sorrindo.- Quer ouvir o coração de seu bebê, ?

– Claro que sim. – respondi com um sorriso rasgando meu rosto. O ruído fez meu coração acelerar. – Forte, não é?- falei assombrada.

– Normal para um feto de 8 semanas. Em torno de 190 batimentos por segundo. Tamanho normal. Ele é bem saudável. Mas você tem que ter cuidados. Vou lhe passar algumas vitaminas. – ele disse enquanto limpava o gel da minha barriga.

– E para saber o sexo, Carlisle?

– Ah, isso é só depois de 18 semanas.- me respondeu tranqüilo.

Meu bom humor foi embora na hora. Dezoito semanas, quatro meses e meio. Eu teria esse tempo todo?

Carlisle percebeu minha tristeza. – . – ele falou segurando minha mão.- Tenha esperanças, você disse que confiava em nós, se lembra? – ele disse sorrindo.

Como eu poderia não confiar nele? Sorri de volta tentando absorver toda sua calma e confiança.



– Obrigada Carlisle! – falei enquanto descia do carro.

– Que isso, minha querida! Não fiz nada em comparação ao que vocês já fizeram por nós.

Jacob estava parado encostado no Impala com os braços cruzados sobre o peito. Sorriu aliviado quando me viu. Ele me puxou pela cintura me dando um beijo.

– Como foi?- me perguntou sem desgrudar a testa da minha.

Coloquei a mão no bolso de trás da calça tirando um papel de dentro.

– Quer ver a primeira foto do nosso bebê?

Seu sorriso se abriu mais ainda e eu lhe entreguei o papel do ultrason. Jacob virou o papel em varias direções, sem entender a figura borrada.

– Jake, é assim. - eu virei a foto no sentido certo. - Esse é o coraçãozinho dele. Foi incrível. Carlisle disse que ele é muito saudável.

– Ele?- Jacob não conseguia diminuir o sorriso.

– Não sei, ainda é cedo pra ver.

– Eu queria ter ido junto.

– Na próxima você vai. Vamos? Estou começando a ficar enjoada de novo.- falei tentando mudar de assunto, antes que a minha preocupação pelo pouco tempo se fizesse visível.

– Como foi a reunião? – falei quando já estávamos no carro a caminho de casa.

– Eles vão ter que arrumar um índice se quiser que eu grave o nome de todos aqueles sanguessugas. – Jacob cuspiu.

– São muitos? – perguntei curiosa.

– Uns vinte!- ele disse mal humorado

– E como você está a respeito disso?

―Como você acha?- Jacob respondeu azedo. ―Estou cheio de todos esses sugadores de sangue fedidos.- Ele viu minha expressão e falou antes que eu pudesse responder. ―Ta, eu sei, eu sei. Eles são os mocinhos, estão aqui para ajudar, vão salvar a todos. Etc, etc. Diga o que quiser, ainda acho que Drácula I e Drácula II são muito esquisitos.

– Eu dei uma olhadinha de longe neles, são de arrepiar mesmo.- Me encolhi com a lembrança dos dois vampiros de olhos leitosos parados atrás da vidraça.. Eu me deitei no seu ombro e ele encostou sua cabeça na minha. – Ai amor, você está fedendo. – abri a janela do carro e deixei a chuva cair no rosto, para aliviar o enjôo que começava novamente.

– Desculpe amor. Vou toma um banho e colocar essa roupa de molho, assim que chegarmos em casa.

–Me deixa na casa do John?- pedi.

– Por quê? – ele me perguntou confuso.

– Eu tenho que ver meu pai de vez em quando. E quero mostrar a foto do nosso bebê para ele. Depois você me pega para fazermos a ronda.

– Ok. - ele me disse, seu lábio inferior um pouco projetado. Deitei de novo em seu braço ignorando o cheiro.



– Oi pai! – gritei assim que abri a porta.

– Olá garota! Cadê o Jacob? – ele me disse enquanto me dava um abraço um pouco demorado demais. Sinal que meu pai estava com saudades, ou preocupado. Ou até os dois.

– Ele foi se reunir com Sam. Depois ele passa aqui. Olha pai! – mostrei a foto pulando de excitação.

No inicio ele pareceu não entender bem, virando em vários sentidos assim como Jacob fez. Depois ele se deu conta e um sorriso tomou conta de seu rosto, acentuando suas rugas na pele cor de bronze.

–Mas isso é o que eu estou pensando?

– Fotinho do seu neto! Ainda não sei se é um menino!- falei antecipando a pergunta que ele abriu a boca para soltar.

– Mas você acha que é? – ele me perguntou ainda olhando o papel.

– Não sei, qualquer sexo está bom.

Dei uma olhada em volta e vi que a casa estava uma zona.

– Como você está se virando, pai? A Aiyana não te dá uma mãozinha com a casa? – falei enquanto recolhia jornais velhos e louça suja da sala e levava para a cozinha.

– Ela passa a maior parte do tempo nos Call, e eu vou me virando, morei sozinho por bastante tempo, sabia? – ele disse divertido.

– Não sei como sobreviveu. – falei enquanto colocava detergente na esponja e começava a esfregar a louça acumulada.

– Tem falado com a sua mãe?- ele disse tentando disfarçar um desinteresse.

– Sim, tudo certo para a viagem. Eu e Jacob vamos passar uns dias com ela no Natal.

– Vai contar? – ele me perguntou pegando um pano de prato imundo para secar a louça. Eu tirei das mãos dele e entreguei outro limpo que estavam na gaveta. – Ah, então é ai que você escondia. – revirei os olhos.

– Não sei pai, acho que algumas coisas sim. Sobre o bebê. Acho que o casamento ainda não. Talvez um noivado seja mais fácil pra ela digerir.

Depois que almocei com meu pai e dei uma ajeitada na casa, subi para o meu ex quarto. Era tão estranho, parecia que ele fazia parte de uma outra vida, a milhares e milhares de anos. Deitei na cama, espalhando alguns CDs que eu havia deixado lá e colocando os fones do meu iPod nos ouvidos. Acabei adormecendo em cima dos CDs.

Acordei com uma mão quente tirando os meus cabelos do meu rosto. Não precisei nem abrir os olhos para saber quem estava ajoelhado ao lado da minha cama. Sua mão subiu pelas minhas costas por baixo da minha blusa deixando minha pele arrepiada com o toque dele. A música ainda tocava em meus ouvidos. Ele se aproximou mais beijando meu rosto, sua respiração quente em meu ouvido. Eu sorri.

– Acordou meu amor?

– Não sei, acho que ainda estou sonhando! – disse sorrindo me virando de lado e passando minhas mãos pelos seus ombros e puxando pra mim.

– Saudades dessa cama? – Jacob disse se deitando ao meu lado.

– Não, somente de você! – me aninhei mais no seu peito.

– Você está feliz, ?

Levantei os olhos para encará-lo e tentar entender o porquê da pergunta. Mas o rosto de Jacob estava sereno.

– Feliz com a nossa vida. Com você. Com nosso filho. Com nosso casamento. Não estou feliz com a ameaça dos Volturi. – ele me abraçou mais forte. – Porque você perguntou, Jacob? Você não está feliz?

– Muito. – ele me deu um beijo na minha testa. – Mas as vezes me pergunto se eu não estou acelerando a sua vida. Afinal você tinha tantos planos.

– Eu continuo tendo planos, Jake. Só que agora eles incluem vocês dois.

Ele sorriu o meu sorriso–de–sol. – É muito bom saber disso.- Jacob falou antes de colar sua boca na minha.

Sua mão subia pelas minhas costas por baixo da minha blusa as minhas passeavam livres pelas suas costas. Ele baixou uma das mãos pela lateral do meu corpo, deslizando pela minha perna e puxando para que ela se encaixasse no seu quadril. Eu sabia que tinha que parar antes que as coisas esquentassem demais. Mas cadê a vontade? Com um suspiro eu o empurrei de leve girando para fora da cama.

– Vamos? Senão nós vamos nos atrasar. - Jacob continuou deitado na cama. – Vamos, Jake! – falei o puxando com a mão, como se fizesse diferença. Ele se levantou me segurando para que eu não caísse de costas com a força contraria que estava fazendo.

– Vamos, mas depois você não me escapa. – ele disse me abraçando.

N/A Quero agradecer a Josi linda que me mandou essa música para colocar em Sol e Chuva. Obrigada flor, pela música e por acompanhar a minha fic. Fiquei muito feliz.














Capítulo 58



– Me explique isso direito, Jake. – falei passando a minha bolsa para ele colocar no compartimento de bagagens ao alto das nossas poltronas do avião. Queria terminar uma conversa que começamos na sala de embarque do aeroporto de Seattle.

– Ah não! – disse ele me puxando pelo braço, quando iria me instalar na poltrona do lado da janela. Olhei pra ele sem entender. – A janela é minha!

– Jake! – reclamei.

– Ah qual é! Eu nunca andei de avião antes. – ele disse com a carinha de cachorrinho sem dono.

– Não precisa chorar bebê, senta! – falei rindo. E ele torceu o lábio com a provocação – Vamos Jake, me explica. – insisti depois que ele se instalou na poltrona. Que bom que minha mãe mandou duas passagens de primeira classe. Não via como Jacob, iria caber na poltrona da classe executiva por praticamente 14hs.

– Bom... – Jacob começou mais foi interrompido por uma comissária de bordo sorridente.

– Olá! Vocês estão confortáveis? Precisam de algo mais. – ela parecia nem me notar sentada ali ao lado dela. Falava diretamente com Jacob, que não tirava os olhos de mim.

– Você quer alguma coisa, amor? – ele perguntou sem olhar para a moça simpática pegando na minha mão.

– Não, amor. Obrigada!

– Por enquanto nada! – Jacob respondeu seco. Quando ela se afastou ele continuou baixo o bastante só para eu poder ouvir. – Alguns dos convidados dos Cullens são habilidosos.

– Assim como Edward e Alice? – perguntei curiosa, sentindo uma pontada de dor quando pronunciei o nome de Alice.

– Mais! – ele respondeu e continuou quando viu minha cara espantada. – Tem uma que dá choque quando tocada, outra esquisita mexe com a nossa visão, tem um que consegue manipular o vento e outros elementos.

– Como é? A casa dos Cullens virou o Instituto Xavier? – falei assombrada.

Jacob gargalhou com a minha comparação.

– O mais impressionante é a Bella?- ele continuou.

– Bella! – exclamei. – O que ela pode fazer?- olhei para os lados para ver se alguém escutava, mas ninguém parecia interessado em nossa conversa. As comissárias faziam a apresentação das saídas de emergência e verificaram se os compartimentos das bagagens estavam trancados.

– Bella pode projetar o escudo da mente dela. Não muito, mas o suficiente para proteger algumas pessoas.- ele disse sussurrando quando o aviso de apertar os cintos ligou e o avião começou a taxiar na pista.

Bella podia projetar o escudo da mente dela! Seria uma boa se eu pudesse projetar o meu. Mas claro que comigo era impossível, afinal não sou uma vampira com super poderes. Quando a gente pensa que já viu tudo em matéria de loucura sobrenatural, surge algo mais esquisito ainda. Olhei para Jacob e ele estava fascinado olhando pela janela do avião vendo a cidade diminuir a distância, enquanto subíamos.


Depois de 12 hs no avião, descemos em Guarulhos, só deu tempo de atravessar o aeroporto e fazer o checking e embaraçar para um vôo de mais 2hs para Porto Alegre, onde minha mãe morava.

– Minha filha!- minha mãe gritou assim que nos viu saindo do portão de desembarque. – Você está tão linda!- ela disse enquanto me abraçava. Seus olhos azuis brilhavam.

– Que saudade mãezinha! Se lembra do Jacob!- me afastei o suficiente para puxar Jacob pelo braço. Ele sorriu e seu sorriso pareceu cativar minha mãe na hora.

– Como você cresceu menino!- ela disse puxando Jacob para um abraço. – Como vai Billy e as gêmeas?

– Estão bem, Lilian- Jacob respondeu.

– Mas olhe para você! – Carlos apareceu por trás de minha mãe. – Você parece mais alta, mais forte! Anda fazendo academia?- ele perguntou totalmente alheio a minha transformação.

- Carlos esse é Jake! Jake esse é meu padrasto, Carlos! – apresentei os dois, tentando mudar o rumo da conversa. Eles apertaram as mãos se cumprimentando.

– Mas não é que Forks fez bem pra você! – Lilian disse olhando para mim e depois para Jacob, voltando a olhar para mim.- Ou será que foi outra coisa?

– Vamos mãe, nós estamos exaustos. – falei.

– Claro, filha!

Começamos a caminhar com minha mãe meio dependurada o meu braço, já que eu estava alguns centímetros mais alta do que ela. Fomos de carro até a casa de Lilian, no caminho ela segurou a minha mão direita, para onde eu havia transferido a minha aliança de casada.

– Ora, ora,ora. Me parece que você anda escondendo coisas de mim, .

– Não estou escondendo mãe. Só queria contar pessoalmente. – menti.

– Bom, só espero que você esteja feliz, minha filha.

– Estou muito feliz, mãe.


- Jake, você vai adorar a cidade, é bem diferente de La Push...- Minha mãe tagarelava no banco da frente, enquanto eu observava a cidade iluminada contrastando com a escuridão do rio, por onde passávamos. Jake respondia a ela educadamente, mas eu estava imersa em meus pensamentos, vendo as paisagens tão conhecidas, mas que pareciam tão erradas para mim. A temperatura alta do verão brasileiro, ao contrario do frio do inverno americano que deixamos para trás.

Quando descemos na garagem do edifício e eu me abaixei para pegar uma das mochilas, Jake se apressou para retirá-la de minha mão. Enquanto o encarava contrariada o vento da noite bateu em nós, moldando o meu vestido em meu corpo. Lilian que observava a cena, atenta como sempre, arregalou os olhos quando viu a pequena barriga que já me aparecia. Ela ficou estática, o que me fez engolir em seco.

Um silêncio tomou conta do elevador, enquanto subíamos. Somente Carlos continuava me contando sobre o desempenho do meu time de futebol preferido nos campeonatos. Minha mãe apenas me fuzilava com os olhos. Eu e Jake continuávamos de mãos dadas e ele acariciava minha mão com o polegar, me dando apoio.

N/A Em negrito são as conversas em português que naturalmente o Jake não entende.

- Muito bem, Dona ! Agora pode me explicando que história é essa! – minha mãe esbravejou assim que entramos no apartamento.

Jake largou as bagagens ao lado da porta, passando as mãos pelos meus ombros.

- O que aconteceu?- Carlos perguntou.

- O que aconteceu? Ela está grávida! Isso que aconteceu! - Lilian respondeu.

- Será que dá para falar em inglês! – murmurei, detestava esse modo que minha mãe achou para excluir Jacob. Ele apertou de leve o meu ombro me confortando.

- Grávida?- Carlos perguntou.

- Falar em inglês! – Lilian desdenhou. –Pode deixar que ele também vai ouvir. De quanto tempo você está?

- Três meses e meio. – respondi.

- Eu queria que você soubesse, Lilian que eu amo muito a sua filha, e me responsabilizo totalmente por ela. – Jacob disse.

- Se responsabiliza garoto, você não passa de uma criança! – Carlos argumentou. – Eu posso não ser o pai da , mas é como se fosse, porque pra mim ela é uma filha.

- Ela tinha planos, Jacob!- minha mãe disse. – Antes de toda essa loucura.

- Mãe eu ainda tenho planos.

- A única coisa que quero é fazer a feliz. – Jacob disse.

- Feliz! Quero ver quando você se cansar, vocês são apenas crianças. Um dia você vai deixá-la. – Carlos falou.

- Não! – me apressei em dizer. – Jake nunca me deixaria. A gente nunca vai se separar.

Me virei para encarar Jake, esperando que ele confirmasse minha afirmação, mas ele não disse nada. Só me olhava com os olhos angustiados. Então a ficha caiu. – Você vai me deixar aqui? – perguntei. A angustia formando um bolo em meu estômago. – Você planejou isso. – afirmei. Claro que ele ia dar um jeito de me afastar de La Push. – NÃO!

- A gente conversa sobre isso depois. – ele sussurrou.

- NÃO! Você não pode me deixar Jake! Por favor! – eu já nem me importava que estava chorando. Eu só queria que ele não me abandonasse.

- Rá! – Carlos riu sem humor. Mas eu não estava mais nem ouvindo, o que ele continuou dizendo. Eu senti as minhas pernas amolecerem.

Jacob me segurou dando apoio. – Eu volto para te buscar. – ele disse.

- Não!- mas eu já estava com raiva, por ter caído nessa. – Tira as mãos de mim! – gritei me livrando de suas mãos e dando uns passos bambos. Como eu não tinha percebido?

- Vem filha, venha deitar um pouco, você está pálida! – minha mãe veio ao meu auxilio, já bem mais calma, me ajudando a me deitar na minha antiga cama. – O que está acontecendo ?- ela perguntou depois que eu desmoronei em cima das cobertas.

Se eu contasse para minha mãe tudo que estava acontecendo, ela iria apoiar o Jacob. – Jake acha que não é seguro eu ficar em La Push, até o bebê nascer.

- Ele pode estar certo filha!

- Mãe, eu simplesmente não posso viver longe do Jacob. – implorei em meio as lagrimas, colocando minha cabeça em seu colo.

- Vocês são aquele negocio de almas gêmeas, não é?

- Imprinting. – corrigi.

- Isso.

- Somos. E um não vive sem o outro. – falei. Ouvi minha mãe suspirar.

- Você está feliz, filha?

- Jacob me faz muito feliz, mãe. – falei, meus olhos pesados pelas lagrimas e pelo cansaço.

- Então eu te dou todo o apoio, minha querida. – ouvi ela dizer antes de praticamente desmaiar de cansaço.

Senti umas mãos quentes alisando os meus cabelos.

- Eu te amo tanto! – ele sussurrou em meu ouvido. – Não sei o que faria se algo de ruim te acontecesse.

- Então não me deixe.- murmurei. Me virei para encará-lo. – Por favor não me deixe! – implorei.

Jacob se deitou ao meu lado, me puxando para os seus braços. – Eu só quero que você fique segura. – ele disse.

Eu tinha que argumentar, tinha que fazer ele mudar de idéia. – Você disse que ficaríamos juntos para sempre. – falei. – E você sabe que eu sou teimosa o suficiente para ir atrás de você. Eu não vou ficar Jake!

Jake me apertou mais nos braços. - Eu conversei com a sua mãe e o Carlos, eles estão mais calmos.

- Verdade? – mas eu sentia que ele estava desconversando.

-Sim, eles até pediram pizza. – ele riu. – Não está com fome?

- Um pouco, mas quero tomar um banho antes. – disse jogando as pernas para fora da cama. Quando me levantei percebi que só minhas malas estavam no quarto. – Jake, onde estão as suas coisas?

- Sua mãe arrumou uma cama pra mim no outro quarto.- ele respondeu contrariado.

- Hã? Ah não!

- É, essa semana vai ser bem longa.- resmungou.

Jake me acompanhou até o banheiro abrindo a torneira para encher a banheira de água.

- Não sei sua minha mãe vai gostar de nós dois tomando banhos juntos.- disse.

- É acho que não. – respondi enquanto tirava a roupa para tomar um banho relaxante, sabia que a história dele voltar sozinho ainda não havia terminado, mas nada me convenceria de ficar no Brasil enquanto eles lutavam.

Minha mãe entrou no banheiro ficando um pouco incomodada de ver Jacob lá também.- Jacob, posso falar com minha filha? – ela perguntou séria. – Você pode esperar no quarto.

- Claro Lilian. – ele respondeu se retirando.

- Que foi mãe? – perguntei ainda dentro da banheira.

- Filha, eu e o Carlos conversamos com o Jacob. – ela disse.

- E?

- Eu sei que você o ama, sempre amou, não foi? – ela riu com as lembranças. – E ele te ama também, e pelo jeito vocês estão felizes, mas amada, nós podemos dar um jeito. Você pode fazer faculdade, eu te ajudo a cuidar do... bebê. Eu não acredito que você vai me fazer avó tão nova. – ela riu. – Mas se você esta feliz, eu fico feliz. Só não desista dos seus planos, ok?

- Eu estou feliz, mãe. E eu não vou desistir de nada.

- Fico feliz por ouvir isso. – ela se levantou da beirada da banheira onde estava sentada. – Eu li no jornal que vai ter um show amanhã. Bem que você e Jacob poderiam dar uma volta para apresentar a cidade a ele. Quem sabe vocês não se animam a vir estudar aqui, não é?

- Quem sabe. – respondi. - Mãe?- chamei antes que ela saísse.

- Oi?

- Será que Jacob pode dormir em meu quarto? - perguntei.

- Não sei se Carlos vai aprovar. – fiz bico. – Mas você sabe que ele não vai vir conferir. – ela disse sorrindo.

- Obrigada mãe. – agradeci antes dela sair e fechar a porta atrás de si. Pelo menos eu não teria que ficar longe de Jacob nesses dias.

Sai enrolada em uma toalha, dando de cara com Jake vasculhando minhas fotos.

- Hey! – reclamei.- O que o Sr está mexendo ai?

-Porque, aqui tem alguma coisa que não posso ver? – ele respondeu sorrindo.

- Não tem nada demais, só algumas fotos constrangedoras da minha adolescência.

- É? E essa? – ele levantou uma foto que estava abraçada a um ex colega.

-É só um amigo. – falei pegando a foto de sua mão.

- Você parecia feliz. – ele afirmou.

- Foi no meu aniversario de dezessete anos, há uma vida atrás. E eu não sabia o que era ser feliz naquela época. - Jacob sorriu me puxando para ele.

- Sua mãe tem razão. – falou mudando totalmente de assunto.

- Razão?

- Se você quiser passar um tempo aqui, estudar, fazer faculdade. Seria uma boa.- Meu estômago revirou. Ele estava planejando me deixar aqui até terminar a faculdade? Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu desviei os olhos dele magoada. – Que foi? Não gostou da idéia?

- Ficar longe de você nunca é uma boa idéia.- respondi tentando me livrar em vão de seus braços.

- Você não entendeu. – ele disse apertando mais os braços em torno de mim. – Eu não estava falando de ficarmos separados. Eu viria junto.

- Verdade?- falei animada com a possibilidade de Jake estar fazendo planos para o nosso futuro novamente. Me aconcheguei na curvatura de seu ombro. “Uhum” ele murmurou em meu ouvido, enquanto sua boca começou a caçar a minha até encontrar meus lábios. – Jake. – falei me afastando dele. – Minha mãe não é o John, ela tem a mania chata de entrar sem bater. E eu estou morrendo de fome. – me levantei o puxando pela mão em direção a porta.



Nós caminhávamos de mãos dadas pelo calçadão que costeava o rio. O por do sol ali era lindo, e mesmo com a noite chegando o calor era imenso. Jake andava sem camisa, fazendo as mulheres que passavam virar a cabeça deslumbradas. O que me fazia rir, ao invés de ficar irritada com aquilo, era o fato de Jacob nem notar que elas existiam.

No inicio da noite, o aglomerado de pessoas em torno do Anfiteatro Por do Sol já era gigantesco.

Jacob estava a minhas costas, com a mãos em volta da minha cintura e eu apoiava a cabeça em seu peito, quando o show do Papas da língua começou.





Um filme começou a passar em minha cabeça. Toda a minha historia com Jake desde o inicio quando cheguei em La Push. O sentimento de vazio e rejeição que senti, até a paixão desesperadora. – Não me deixe! – sussurrei abafado pela música alta.

- Oi?- Jake perguntou no meu ouvido.

Me virei para ele, encarado seus olhos. – Não me deixe! Não nos deixe. – corrigi.

Observei seus olhos se encherem de angustia. Ele suspirou, depois assentiu. - Juntos até o fim. – falou antes das nossas bocas se encontrarem.













Capítulo 59



O natal na casa de minha mãe era cheio de primos, tios e parentes de parentes. Uma família barulhenta, que parecia uma competição de quem falava mais alto. Eu observava, meio afastada, Jacob interagir com eles. Todos queria testar o inglês com ele e a conversa estava animada, ainda mais depois que passou a ser sobre a coleção de motos de Carlos.

Como Jacob estava enturmado, deixei a sala barulhenta e fui até a sacada observar os fogos de artifício que iluminavam a noite estrelada de Porto Alegre. Logo braços quentes já estavam em torno da minha cintura.

- Feliz Natal, minha linda esposa! – ele sussurrou no meu ouvido.

- Feliz Natal, meu marido! – respondi sorrindo me virando para ele. – Eu tenho um presente para você. – falei indo buscar o presente que havia deixado dentro da sala barulhenta. Jacob continuou parado no mesmo lugar. Voltei com o pacote em mãos e o entreguei para ele.

- O que é? – ele perguntou sorrindo.

- Abra!

Ele abriu o pacote, rasgando o papel impacientemente. Logo a camiseta da seleção brasileira estava nas suas mãos.

Jacob sorriu mais. – Sabe que eu quase morri de ciúmes quando você deu uma dessas para o Embry?

Aquilo me surpreendeu, as imagens do que pareciam séculos atrás vieram em minha mente. Era estranho como minha vida se dividia em antes e depois de Jacob Black.

- Você parecia não pensar muito em mim naquela época. – reclamei. O fato da camiseta ser na verdade um presente para ele ao invés de Embry, era um fato que decidi deixar oculto.

Jacob riu sacudindo a cabeça em negativa. – Você ainda não entendeu, não é?

- O que eu não entendi? – perguntei.

Ele passou os braços pelos meus ombros me puxando mais para perto. – Você não sai da minha cabeça, desde a hora em que vi você na praia, naquela noite da sua festa. – ele disse. Eu já sabia disso, mas era tão difícil acreditar.

- Você fingiu bem. – apontei rindo.

- O Embry quase me enlouqueceu empolgado com a sua possível volta para La Push. E quando eu fui falar com você aquela noite, ele chegou. Vocês pareciam tão bem juntos.- Jacob subiu a mão colocando uma mexa do meu cabelo para trás da orelha. – Mas eu estava enganado. Você era minha.

- Convencido!- falei me aconchegando mais em seus braços.- Eu sempre fui sua. - confessei com o rosto enterrado em seu peito. Desviei os olhos para dentro da sala. A algazarra das risadas altas e conversas misturadas com a música do karaokê se misturavam no ambiente. Parecia outro mundo diferente do meu, uma vida paralela.

- Eu também tenho um presente para você. – Jake disse me trazendo de volta dos meus devaneios.

- Um presente?- perguntei levantando o rosto para encará-lo.

- Você achou que esqueci não foi? Só que ele não está aqui.- ele disse com um sorriso divertido nos lábios.

- Não está aqui? Então está a onde?- perguntei confusa.

Ele aumentou o sorriso. – Te esperando em casa. É que ele era muito grande para trazer.

- E o que é?- perguntei curiosa.

- Você vai ter que esperar pra ver.

- Isso não é justo! – resmunguei fazendo bico.

- Você não vai se arrepender por esperar, tenha um pouquinho de paciência. – ele disse convencido, me apertando em seus braços.

- Desculpe atrapalhar o casalzinho. – minha mãe disse rindo, colocando a cabeça pela porta da sacada. – Mas , você pode me dar uma mãozinha?

-Claro mãe!

- É que seu tio bebeu demais e está em cima da mesa, cantando no microfone, e só você consegue convencê-lo a descer. – ela disse sem jeito.

Suspirei alto. Todo ano a mesma coisa. A cena era a mesma, meu tio Ângelo vestido de Papai Noel, cantando no karaokê, ameaçando fazer um strip-tease em cima da mesa. Jacob se curvava de rir, junto com meus primos. Enquanto as mulheres tentavam convencer meu tio a descer, antes que ele conseguisse tirar as calças.

oOo

Eu estava morrendo de saudades da minha casa, do meu pai, dos meus irmãos e de La Push. E o que fez a semana ser mais difícil foi a marcação de Carlos em cima de mim e de Jake, não houve uma folga, mas claro que isso não evitou de que ele escapasse para o meu quarto no meio da noite. Nos despedimos de minha mãe no aeroporto com a promessa de que voltaríamos em breve e de que ela faria nossa festa de casamento.

Eu preferia ir correndo de Seattle até em casa, em forma de lobo, mas quem levaria as bagagens? -Eu não sou um burro de carga!- Jacob me disse quando lhe dei a idéia. Rolei os olhos divertida. Então combinamos de John ir nos buscar com o Impala.

– Pai!- Não me contive e corri para abraçar John. Engraçado que eu convivi anos com minha mãe e meses com meu pai, mas me sentia muito melhor ao lado dele. Talvez era meu gene de loba que me fazia sentir em casa. Somente em La Push eu me sentia assim.

– Olá, garota! Mas que saudades!- meu pai me abraçou forte depois me deu um beijo no rosto. Me soltando para cumprimentar Jacob.

Jacob parecia sentir o mesmo que eu. O brilho nos olhos voltou novamente. Parecia que todas as suas células reconheciam que estavam voltando para casa.

– Sabe pai, eu amo o Brasil, mas La Push sempre foi a minha casa! Como é bom voltar!

– Que bom que você pensa assim, filha!- ele me disse dando um novo abraço torto. – E você Jacob, gostou do Brasil?

– Muito, John.- Jacob disse. – Quem sabe no futuro a gente não fique um tempo a mais por lá.- Sorri para ele.

Foi eu sentar dentro do carro que meus olhos pesaram e eu dormi todo o caminho de Seattle até em casa. Senti os braços de Jacob me tirando do banco. Ele abriu a porta da nossa casa e me levou direto para a cama. Suspirei quando senti os meus lençóis embaixo de mim. Minha casa, minha cama, meu travesseiro e principalmente meu Jacob ao meu lado sem ter que fugir no meio da noite como um criminoso.

Ele tirou meus tênis e depois abriu o fecho da minha calça jeans, a puxando logo em seguida.- Vem!- o chamei sonolenta. Consegui abrir os olhos para ver Jacob se despindo e deitando ao lado de mim na cama. Ele me puxou para os braços e eu procurei seu rosto com as mãos, mantendo os olhos fechados, já que eu não tinha mais força para abri–los mesmo. Minha boca caçou a sua até que eu senti seu hálito e seu beijo quente. Forcei minha boca na dele aumentando a intensidade do beijo. Passei minha perna por sobre o quadril dele. Jacob me afastou delicadamente me olhando de maneira confusa.

, você está exausta! – ele disse rindo.

– De você eu nunca me canso!- Mas eu estava realmente exausta e as palavras saíram abafadas pelo sono.

– Dorme minha maluquinha!- ele disse me aninhando em seus braços e alisando meus cabelos. Em pouco tempo adormeci.


Perto do amanhecer acordei assustada com mais um pesadelo. Demorei para me sintonizar que estava de volta a La Push, de volta em meu quarto. Olhei para o lado e vi Jake dormindo tranquilamente. Então me lembrei do meu presente. Sai da cama o mais devagar possível, para não despertá-lo e fui até a sala. Não havia nada de diferente lá. Dei uma olhada na cozinha e também não achei nada. Abri a porta da rua deixando o ar gelado me acertar, mas também não havia nada de diferente a vista. Será um carro novo? Pensei. Entrei novamente para voltar para o quarto para poder me vestir e ir até a garagem, quando passei na frente do quarto extra. Normalmente ele estava cheio de tralhas e caixas e não era usado, a não ser para guardar a bagunça. Resolvi dar uma olhada, talvez Jake tivesse escondido meu presente lá dentro.

Quando eu abri a porta quase cai para trás.














- Então, o que você achou da surpresa? – Jacob disse chegando de mansinho e me abraçando por trás. Eu não conseguia responder, as palavras ficaram presas na garganta, trancadas pelo choro. – Tão ruim assim? – ele disse sorrindo ficando de frente para mim.Suas mãos tentando inutilmente secar as lágrimas que caiam pelo meu rosto, uma atrás da outra.

- Lindo! – consegui colocar para fora.

- Eu não quero mais que você aja como se você e o bebê não tivessem um futuro. –ele ficou sério, me encarando com seus olhos intensos. – Eu vou proteger vocês! Não vou deixar nada de ruim acontecer! Você está me entendendo? – disse me olhando nos olhos até que assenti. Ele sorriu girando o corpo para que nós dois ficássemos de frente para o quarto do bebê.

Dei dois passos, levantando a mão para alisar a madeira do berço. -Está perfeito! Muito mais bonito do que eu podia ter sonhado!- falei admirada.

oOo

– Hey Tio Billy!- gritei saindo do carro assim que o avistei na soleira da porta.

– Olá ! Que bom que veio me ver!- ele respondeu sorrindo. Revirei os olhos. Até parecia que eu não vinha todos os dias visitá–lo. – Como você está?

– Bem! – falei sentando ao seu lado na varanda e observando o céu. Os flocos de neve caiam, mas se dissolviam antes de chegar ao chão. É, só mais alguns dias. Suspirei. Billy percebeu meu humor e passou sua mão pelos meus cabelos.

– Vai dar tudo certo, ! Eu tenho certeza disso! – eu virei para olhá-lo melhor, seu rosto era sereno, mas havia uma ruga a mais em sua testa.

– É no que eu tento acreditar! – falei me encostando em sua cadeira.

– Onde está Jake? – ele disse depois de algum tempo em silêncio.

–Está com Edward e Carlisle na clareira. – Engoli o choro que se formavam em meus olhos. Por dois dias, Jacob, Edward e Carlisle ficaram na clareira onde Alice havia visto os Volturi chegarem. Era o mesmo campo de morte onde os recém nascidos de Victoria atacaram no verão passado. – Ele vai passar aqui daqui a pouco.

Não havia nada a fazer a não ser esperar.

O plano era que os Volturis seguissem a pista deles. Por mais que Jacob não quisesse, era insuportável pra mim ficar longe dele nesse momento. Por mais que ele tivesse tentado argumentar, eu não iria conseguir escolher, o destino dele era o meu também, e nada no mundo nos separaria.

Billy e eu olhamos ao mesmo tempo pra floresta, no exato ponto onde Jacob apareceu. Ele corria só de bermudas e tênis, apesar do frio, cabeça baixa. Sem olhar para frente. Eu me levantei. E ele levantou o olhar. No momento em que me viu seus olhos brilharam e ele estampou meu sorriso-de-sol no rosto.














Eu sempre me sentia adorada por Jacob. Eu sorri enquanto caminhava para ele. Seus braços me alcançaram e eu estremeci quando sua mão deslizou do meu ombro, pela lateral do meu corpo, parando na cintura. Minhas mãos foram para sua nuca, passando pelos seus cabelos macios e lisos. Nossos lábios se encontram em um beijo calmo. Jacob encostou sua testa na minha, ainda com os olhos fechados.

–Senti sua falta, sabia? – ele falou com sua voz rouca. Seu hálito quente e doce batendo em meu rosto me deixando zonza.

– Eu também senti a sua!- disse tentando colocar minha cabeça em ordem.

Ele me girou me deixando de frente para casa, seu braço foi para o meu ombro. Os meus ficaram entrelaçados em sua cintura. Nós caminhamos em direção a Billy.

A noite houve uma festa na aldeia. A desculpa era a comemoração antecipada do final do ano, mas todos sabiam qual era o real motivo. Talvez fosse a última noite de todos ali.

Todos riam e comiam, mas havia uma comoção no ar. Nós queríamos ficar juntos, o mais tempo possível. Até Emily que costumava ficar envolvida na preparação da comida, havia deixado tudo a cargo de Sue para poder ficar com Sam. Eu havia tentado me oferecer para ajudar, mas Sue tinha me dispensado com um “Vá ficar com Jake, minha querida.”

Voltei para junto da grande fogueira que havia no quintal de Sue. Uma imensa tenda tinha sido montada para proteger as pessoas do frio. As pessoas normais, porque olhando quem estava na festa dava para diferenciar quem era lobo de quem não era. Os garotos, estavam todos, sem exceção, somente de bermuda, raros usavam uma camiseta. Jake tinha me forçado a colocar um casaco, por mais que ele não fechasse mais na minha barriga, como a maioria das minhas roupas.

Me sentei ao lado de Jake que conversava com Billy e John. Ele sorriu e colocou sua mão na minha perna. Eu passei os olhos em redor, focalizando cada rosto. Kim estava chorosa e Jared a consolava. Aiyana parecia emburrada e Embry fazia graça em vão, tentando melhorar seu humor. Quil estava dentro de casa com Claire, já que lá era mais protegido. Kauã e Leah não estavam a vista, e eu não queria nem imaginar o que eles estavam fazendo. Meus olhos acabaram atraídos por outros pares de olhos escuros que me fitavam de volta. Sorri para Seth, fazendo sinal para que ele se aproximasse. Ele sorriu, mas não se mexeu. Suspirei alto. Jacob apertou a mão de leve na minha coxa, fazendo minha atenção voltar para ele. Ele olhou para mim e depois para Seth. Era incrível como eu e Jacob estávamos em tamanha sintonia, que raramente precisávamos de palavras para dizer o que sentíamos.

Jacob pediu licença para Billy e John e se levantou indo direto falar com Seth. Tentei não prestar atenção no que falavam dirigindo meu olhar para meu pai. Logo Jake e Seth estavam rindo e brincando como antes, o que me fez ficar mais aliviada. Ele fez sinal para que eu me aproximasse.

-Espero que você volte a nos visitar, cara! – Jake disse passando o braço pelos meus ombros, assim que me aproximei.

-Nós sentimos muita a sua falta, Seth. – falei.

Seth sorriu e assentiu, fazendo Jake colocar a mão na sua cabeça e bagunçar seu cabelo.



Na véspera do Ano Novo, a neve voltou, dessa vez cobrindo o chão. Pela manhã cedo, eu e Jacob fomos nos encontrar com o restante do bando. Todo o nosso grupo de dezoito lobos sentou em circulo, com Jacob mais a frente, Sam ao seu lado direito e eu ao seu lado esquerdo. Jacob olhou nos olhos de cada um.

Chegou a hora!- ele disse. Não! Sacudiu a enorme cabeça. Chegou a nossa hora! A hora de nós os filhos dos lobos nos manifestarmos e não admitirmos que invadam a nossa terra! Que persigam nosso povo Quileute e os nossos aliados! Os Reis dos Parasitas nos mandaram uma mensagem: Que podem tomar o que eles quiserem e ninguém pode impedi-los! Mas nós mandaremos uma mensagem a eles: Que nós voamos como o vento que nem eles! Que nós somos fortes que nem eles. Que nós também não temos medo! Digam a eles que Jacob Black os chama. Lutem agora, comigo! Meus irmãos e Irmãs! E mostraremos a esses vampiros que não podem tomar o que quiserem, e que esta é a nossa terra! Pelos filhos de nossos filhos!

O bando todo se animou com as palavras de Jake. Inclusive, eu!

Caminhamos em silêncio até a clareira. Os Cullens e os vampiros aliados já estavam reunidos. As mentes dos garotos eram um turbilhão de emoções com a expectativa das lutas. Varias e varias vezes as cenas da nossa batalha anterior passavam em minha mente, vindo da deles. Qual era as melhores estratégias e onde eles deveriam melhorar, era revisto mais uma vez. Ficamos atrás deles ainda escondidos sob a proteção das árvores. Edward e Carlisle estavam dando ordens aos outros numa formação solta, as testemunhas dos lados como galerias.











Capítulo 60



Dêem uma olhada nisso! Jared pensou.

Eles chegaram fluindo pelo outro lado da clareira. A formação elegante como se fosse uma parada militar. Chegaram em formação reta, até bonita. Mas não marchavam como soldados, seus movimentos eram sincronizados mais fluídicos. Uma mancha escura contrastando a neve branca. Por fora a formação tinha uma cor cinza que escurecia conforme chagava ao centro. Eles não hesitaram, seus rostos eram sem emoção. Em um movimento, a formação se abriu. Formando uma linha longa. As figuras cinzas–claras ficaram nas pontas enquanto os tons mais escuros ficavam mais próximos ao centro, tomado por figuras de mantos negros. Eles não tinham pressa, eles não tinham medo.

Nosso bando continuava atrás da linha das árvores. Camuflado.

Além dos nosso bando de dezoito lobos, ao nosso lado teríamos mais dezenove vampiros. Eles eram trinta e dois.

Estremeci quando as lembranças dos dias em cativeiro vieram em minha mente. Eu evitava pensar nisso quando estava em forma de lobo, mas dessa vez não consegui evitar. Jacob estremeceu comigo, vendo pelas minhas lembranças aqueles dias.

Lembrem-se que eles não são os recém-criados! Jacob pensou. Teremos que ser muito mais precisos.

Leah se incomodou com o pensamento, achando que se dirigia a ela, mas Jacob a ignorou.

–Os Ingleses estão vindo, os Ingleses estão vindo, – um dos vampiros aliados murmurou e então riu uma vez, talvez se lembrando da época em que vivera.

– Eles vieram,– o vampiro Romeno Vladimir sussurrou para o outro Stefan.

– As esposas, – Stefan assobiou atrás. – A guarda inteira. Todos eles junto. Ainda bem que nós não tentamos Volterra.

Aos poucos mais e mais vampiros começaram a aparecer por entre as árvores. Eles não eram organizados, o que mostrava que não faziam parte da guarda, e sim somente testemunhas.

Um murmúrio de angustia tomou o ar. Nós não tínhamos saída. Mas uma coisa era certa, o bando não se entregaria, nós lutaríamos até a morte. Até o fim.

Edward falou em um tom baixo.

– Alistair tinha razão, – ele murmurou para Carlisle.

– Alistair tinha razão ? – Uma vampira aliada sussurrou.

– Eles -Caius e Aro - vieram destruir e adquirir, – Edward tomou fôlego quase silenciosamente continuou; só nosso lado poderia ouvir. – Eles já têm muitas camadas de estratégia em prática. Se a acusação de Irina fosse provada ser falsa de alguma maneira, eles estavam cometidos a achar outra razão para levar ofensa. Mas eles podem ver Renesmee agora, assim eles estão perfeitamente seguros sobre o curso deles. Nós ainda poderíamos tentar defender contra os outros motivos inventados deles, mas primeiro eles têm que parar, ouvir a verdade sobre Renesmee ―. Então, mais baixo. – O que eles têm nenhuma intenção de fazer. Eles querem nos destruir e capturar o máximo de lobos que eles conseguirem.

Jacob a frente se projetou para fora das árvores. Todo o bando se moveu com ele. Ficamos em linha atrás dos vampiros aliados. E então, inesperadamente a procissão parou. Os Volturis congelaram em quietude absoluta como um só. Eles estavam parados a aproximadamente oitenta metros longe de nós. Nosso avanço tinha detido a proximidade dos Volturi. Naturalmente eles não esperavam um grupo tão grande como o nosso.

Vem, Jacob me disse indo para além da nossa linha. Eu hesitei por um segundo, mas o segui. Ele parou exatamente ao lado de Bella e Edward abrindo espaço para que eu ficasse ao seu lado, no meio.

O que você está fazendo? Indaguei, mas não obtive nenhuma resposta dele.

As faces sombreadas dos Volturis ainda eram a maior parte inexpressivas. Só dois pares de olhos traíram alguma emoção ao todo. bem no centro, de mãos dadas, Aro e Caius tinham pausado para avaliar, e a guarda inteira tinha pausado com eles, esperando pela ordem para matar. Os dois não olharam para um ao outro, mas era óbvio que eles estavam se comunicando. O outro vampiro, Marcus, segurava a outra mão de Aro, não parecia parte da conversação. A expressão dele não era tão descuidada como as dos guardas, mas estava quase como em branco. Ele parecia entediado.

As testemunha dos Volturis se inclinaram para nós, os olhos deles fixados furiosamente em Renesmee, mas eles ficaram próximos a beira da floresta, deixando um larga entre eles e os soldados de Volturi.

Só Irina pairou perto atrás dos Volturis, apenas a alguns passos longe das duas fêmeas anciãs de cabelos louros e pele pulverulenta e olhos nevoentos - e de seus dois guarda-costas volumosos.

Só havia uma mulher em um dos mantos cinzas mais escuros atrás de Aro. Era Renata, a guarda costas de Aro. Jane e Alec com seus mantos escuros estavam perto do centro da formação, ao lado de Marcos. Do outro lado estava Demitri.

Os olhos vermelhos de Aro e Caius chamejaram por nossa linha. Ele sorriu um pouco quando cruzou seu olhar com o meu e depois seguiu procurando. Eu li decepção na face de Aro enquanto o olhar dele perambulava novamente e novamente em cima de nossas faces, procurando por um que estava faltando. Apertando pesadamente os lábios dele. Ainda bem que Alice havia fugido.

-Edward? – Carlisle perguntou, baixo e ansiosamente.

- Eles não tem certeza de como proceder. Eles estão pesando opções, escolhendo objetivos fundamentais - eu, claro, você, Eleazar, Tanya. Marcus está lendo a força de nossos laços um ao outro, procurando pontos fracos. A presença dos romenos os irrita. Eles estão preocupados sobre as faces que eles não reconhecem - Zafrina e Senna em particular - e os lobos, naturalmente. Eles nunca estiveram em desvantagem antes. Isso é o que os parou.

- Em desvantagem?- Tanya sussurrou sem acreditar.

- Eles não contam as testemunhas deles , – Edward tomou fôlego. – Elas são nulidades, sem sentido a guarda. Aro apenas gosta de uma audiência.

-Eu deveria falar?- Carlisle perguntou.

Edward hesitou, então assentiu com a cabeça. - Esta é a única chance que você terá

Carlisle endireitou os ombros e deu vários passos à frente de nossa linha defensiva.

Ele espalhou os braços dele, segurando as palmas dele para cima como estivesse cumprimentando. - Aro, meu velho amigo. Fazem séculos.

A formação branca ficou em silêncio mortal por um longo momento. Dava para sentir a tensão de Edward enquanto ele lia avaliação de Aro para as palavras de Carlisle. A tensão aumentou enquanto os segundos passavam.

E então Aro saiu do centro da formação dos Volturis. O escudo, Renata, moveu com ele como se as pontas dos dedos dela fossem costuradas ao roupão dele. Pela primeira vez, a linha dos Volturis reagiu. Um murmúrio rolou pela linha, sobrancelhas abaixaram em carrancas, lábios enrolaram atrás dos dentes. Alguns dos guardas se agacharam adiante.

Aro levantou uma mão para eles. –Paz.

Eu me arrepiei ao ouvir sua voz novamente.

Ele caminhou apenas alguns passos mais, então levantou sua cabeça para um lado. Os olhos lácteos dele cintilaram com curiosidade.

-Palavras justas, Carlisle, - ele inspirou com sua voz magra, delgada. - Elas parecem fora de lugar, considerando o exército você juntou para me matar, e matar meus queridos.

Carlisle balançou a cabeça e esticou a mão direita adiante como se ainda não houvessem quase 80 metros entre eles. – Você só tem que tocar minha mão para saber que isso nunca foi minha intenção -. Os olhos astutos de Aro estreitaram. - Mas como sua intenção pode importar, querido Carlisle, em face ao que você fez?- Ele fez uma carranca, e uma sombra de tristeza cruzou as características dele, mas eu sabia que era falsa.

- Eu não cometi o crime para o qual você está aqui para me castigar.

- Então saia do caminho e nos deixe castigar esse responsável. Honestamente, Carlisle, nada me agradaria mais que preservar sua vida hoje.

- Ninguém quebrou a lei, Aro. Me deixe explicar -. Novamente, Carlisle ofereceu a mão dele.

Antes de Aro pudesse responder, Caius vagou rapidamente adiante para o lado de Aro.

- Tantas regras insensatas, tantas leis desnecessárias que você cria para você, Carlisle, – o ancião de cabelo branco assobiou. - Como será possível que você defende a quebra de uma que realmente importa?

-A lei não foi quebrada. Se você escutasse ...

- Nós vimos a criança, Carlisle, - Caius rosnou. -Não nos trate como bobos.

- Ela não é um imortal. Ela não é uma vampira. Eu posso facilmente provar isto em só alguns momentos ...

Caius o cortou. –Se ela não é uma da proibidas, então por que você reuniu um batalhão para a proteger?

–Testemunhas, Caius, da mesma maneira que você trouxe -. Carlisle gesticulou para a horda brava à beira dos bosques; alguns deles rosnaram em resposta. - Qualquer um destes amigos pode lhe contar a verdade sobre a criança. Ou você apenas poderia olhar para ela, Caius. Veja o rubor de sangue humano nas bochechas dela.

–Artifício!- Caius estalou. – Onde a informante está? A deixe avançar! Ele girou o pescoço dele ao redor até que ele viu Irina logo atrás das esposas. – Você! Venha!

Irina o encarou sem compreender, a face dela como de alguém que não despertou completamente de um pesadelo horroroso. Impacientemente, Caius estalou os dedos. Um dos guarda-costas enormes das esposas moveu ao lado de Irina e a cutucou rudemente nas costas. Irina piscou duas vezes e então caminhou lentamente para Caius em uma ofuscação. Ela parou várias metros perto, os olhos dela ainda encarando suas irmãs.

Caius fechou a distância entre eles e a esbofeteou na face. Tanya e Kate assobiaram em sincronização.

O corpo de Irina ficou rígido e os olhos dela finalmente se focalizaram em Caius. Ele apontou um dedo a Renesmee onde ela estava agarrada as costas de Bella. Um resmungo estrondeou pelo tórax de Jacob.

Eu vou fazer questão de estraçalhar esse sanguessuga. Jacob pensou.

– Esta é a criança que você viu?- Caius exigiu. – A que era obviamente mais que humana?

Irina nos investigou , examinando Renesmee pela primeira vez desde de que entrou na clareira. A cabeça dela inclinou para o lado, confusão cruzou o rosto dela.

–Bem?- Caius rosnou.

– Eu… eu não tenho certeza, – ela disse, seu tom perplexo.

A mão de Caius se contraiu como se ele quisesse a esbofetear novamente. - O que você quer dizer?- ele disse em um sussurro de aço.

– Ela não é a mesma, mas eu acho que é a mesma criança. O que quis dizer é que ela está mudada. Esta criança é maior que a que eu vi, mas ...

O suspiro furioso de Caius crepitou pelos dentes de repente descobertos dele, e Irina parou sem terminar. Aro voou para o lado de Caius e colocou uma mão em seu ombro.

–Fique composto, irmão. Nós temos tempo para ordenar isto. Nenhuma necessidade para ser precipitado –.

Com uma expressão mal-humorada, Caius deu as costas para Irina.

– Agora, querida, – Aro disse em um murmúrio morno, açucarado. –Me mostre o que você está tentando dizer –. Ele ofereceu a mão dele para a vampira confusa.

Duvidosamente, Irina segurou a mão dele. Ele a segurou por só cinco segundos.

– Você vê, Caius?- ele disse. – É uma questão simples adquirir o que nós precisamos.

Caius não lhe respondeu. Pelo canto de seus olhos, Aro olhou uma vez para audiência dele, a turba dele, e então retrocedeu a Carlisle.

– E então nós temos um mistério em nossas mãos, ao que parece. Parece que a criança cresceu. Mas ainda a primeira memória de Irina era claramente de uma criança imortal. Curioso.

– Isso é exatamente o que eu estou tentando explicar, – Carlisle disse, a sua voz aliviada.

Mas eu ainda não conseguia sentir alívio. Eu sabia que ainda não tinha terminado.

Carlisle ofereceu a mão dele novamente.

Aro hesitou por um momento. – Eu preferiria ter a explicação de alguém mais central na história, meu amigo. Eu estou errado ao assumir que esta infração não foi feita por você?

–Não há nenhuma infração.

– Seja que como for, eu terei toda faceta da verdade –. a voz emplumada de Aro endureceu. – E o melhor modo para adquirir isso é ter a evidência diretamente de seu filho talentoso.- Ele inclinou a cabeça dele na direção de Edward. – Como a criança agarra a companheira recém-nascida dele, eu presumo que Edward está envolvido.

Claro que ele quis Edward. Uma vez que ele pudesse ver na mente de Edward, ele saberia todos nossos pensamentos.

Edward se virou para beijar a testa de Bella e de Renesmee rapidamente. Então ele andou pelo campo nevado, batendo no ombro de Carlisle quando passou por ele. Jane sorriu quando Edward cruzou o ponto central na distância entre nós, quando ele estava mais perto deles do que de nós.

Ouvi Bella rir, e eu e Jacob a olhamos assustados. Edward parou alguns passos longe de Aro.

Será que ele vai ouvir? Jake me perguntou.

Não sei. respondi desconfiada.

Todo o bando estava silencioso. Aguardando.

O queixo de Edward ergueu arrogantemente, e estendeu a mão dele para Aro como se estivesse conferindo uma grande honra. Aro parecia apenas encantado com a atitude dele, mas o deleite dele não era universal. Renata tremulou nervosamente na sombra de Aro. A carranca de Caius estava tão funda que se parecia papiro, a pele translúcida dobrada permanentemente. Jane mostrou os dentes dela, e ao lado dela os olhos do Alec estreitados em concentração. Eles estavam prontos para agir.

Aro fechou a distância sem pausa -e realmente, o que tinha ele para temer? As sombras grosseiras dos mantos cinzas mais claros - os lutadores musculosos como Felix - estava apenas algumas jardas longe. Jane e o dom queimante dela poderiam lançar Edward no chão, se contorcendo em agonia. Alec tinha o poder de cegar e ensurdecer antes que Edward pudesse dar um passo na direção de Aro. Ninguém poderia fazer nada.

Com um sorriso calmo, Aro segurou a mão de Edward. Os olhos dele se fecharam com um estalo imediatamente, e então seus ombros se curvaram diante a quantidade de informação.

Todo pensamento secreto, toda estratégia, toda perspicácia - tudo que Edward tinha ouvido nas mentes ao redor dele durante o último mês - agora era de Aro. E mais adiante em todas as visões de Alice, todo o relacionamento com o bando. Toda a minha vida com Jacob. Tudo isso era de Aro agora, também.

Bella assobiou com frustração.

–Calma, Bella, – a vampira aliada Zafrina sussurrou para ela.

Eu tremi. Agora Aro sabia de tudo o que eu tinha escondido dele.

Aro continuou concentrando nas recordações de Edward. A cabeça de Edward se curvou, também, os músculos do pescoço se contraindo enquanto ele lia novamente tudo o que Aro tirou da mente dele, e a resposta de Aro para tudo isso.

Baixos murmúrios transpassaram a linha até que Caius latiu uma ordem afiada para silêncio. Jane estava indo adiante como se ela não pudesse se conter, e a face de Renata estava rígida com angústia.

Aro se endireitou, os olhos dele flamejando abertos, a expressão dele apavorada e cautelosa. Ele não libertou a mão de Edward.

–Você vê? – Edward perguntou, a voz aveludada dele calma.

– Sim, eu vejo, realmente, – Aro concordou, e incrivelmente, ele quase soou divertido. – Eu duvido se qualquer um entre deuses ou mortais já viu isso tão claramente.

Jacob suspirou aliviado. Mas eu conhecia Aro.

Ainda não terminou, Jake

Porque você pensa isso?

Porque eu conheço o desejo de Aro. Ele não vai aceitar tão rápido assim


O bando todo ficou tenso novamente.

As faces disciplinadas da guarda mostraram a mesma descrença que eu sentia.

– Você me deu muito a ponderar, jovem amigo, – Aro continuou. – Muito mais que eu esperei.- Ele ainda não libertou a mão de Edward, e a posição tensa de Edward era como de quem escuta. – E tem mais!- Aro se virou, seus olhos se encontrando com os meus. – Que ótima noticia que Edward me deu, ! – seus olhos flamejando de excitação.

Eu ofeguei dando um passo para trás instintivamente. Agora ele sabia da minha gravidez. Jacob se postou em minha frente, um rosnado alto saindo de seu peito.

Aro sorriu para nós e depois sua atenção se voltou para Edward novamente. –Eu posso conhecer a criança, Edward?- Aro perguntou. –Eu nunca sonhei com a existência de tal coisa por todos meus séculos. Isso que é uma adição para nossas histórias!

–Sobre o que é isto, Aro? – Caius perguntou antes de Edward pudesse responder. Bella passou Renesmee de suas costas para segura–la em seu peito.

– Algo com o que você nunca sonhou, meu amigo prático. Leve um momento para ponderar, a justiça que nós pretendemos entregar já não se aplica.

Caius assobiou em surpresa às palavras dele.

– Paz, irmão, – Aro advertiu ternamente.

Isso é o que nós queríamos. Mas Edward não relaxou o que afirmava as minhas suspeitas. Aro não iria parar.

–Você me apresentará a sua filha?- Aro perguntou novamente para Edward.

Caius não foi o único que assobiou perante esta nova revelação.

Edward assentiu com a cabeça relutantemente.

Aro ainda agarrou a mão de Edward, e agora ele respondeu uma pergunta que o resto de nós não tinha ouvido.

– Eu penso que um acordo neste ponto é perfeitamente aceitável, dado a circunstância. Nós nos encontraremos no meio.

Aro libertou a mão dele. Edward retrocedeu para nós, e Aro se uniu a ele, lançando um braço casualmente em cima do ombro de Edward como se eles fossem os melhores amigo de todo o tempo mantendo contato com a pele de Edward. Eles começaram a cruzar o campo de volta para nosso lado.

A guarda inteira entrou em passo atrás deles. Aro elevou uma mão impedindo o avanço sem olhar para eles.

– Espere, meus queridos. Honestamente, eles não pretende nos causar nenhum dano se nós formos pacíficos.

A guarda reagiu a isto mais abertamente do que antes, com rosnados e assobios de protesto, mas manteve posição. Renata, agarrando Aro mais perto, choramingou em ansiedade.

– Mestre,– ela sussurrou.

–Não se preocupe, minha querida, – ele respondeu. – Está tudo bem.

– Talvez você deveria trazer alguns membros de sua guarda conosco, – Edward sugeriu. – Os deixará mais confortáveis.

Aro assentiu com a cabeça como se esta fosse uma observação sábia que ele mesmo deveria ter pensado . Ele estalou os dedos duas vezes. Felix, Demetri . Os dois vampiros estavam instantaneamente ao lado dele. Ambos eram altos e com cabelos escuros, Demetri duro e magro como a lâmina de uma espada, Felix grosseiro e ameaçador como um ferro-eriçado de espanque. Os cinco pararam no meio do campo nevado.

A raiva que eu sentia de Felix, fez meus pêlos se arrepiarem. Foi ele quem me capturou. Toda a lembrança do meu tempo de prisioneira veio a tona novamente. O que fez os pêlos de Jacob se arrepiarem também, e ele deu um passo a frente.

Jake eu o alertei ele se acalmou um pouco.

– Bella, – Edward chamou. – Traga Renesmee… e alguns amigos.

– Jacob? Emmett? – Bella perguntou tranquilamente.

Eu gemi baixinho.

Jacob me olhou nos olhos Já volto

Um bolo enorme formou em meu estomago ao ver Jacob se afastar. Nesse momento senti meu bebê se mexer pela primeira vez. Jacob falhou um passo, mas logo continuou seguindo ao lado de Bella.

Bella cruzou o campo com os dois a flanqueando. Eu ouvi outro estrondo da guarda quando eles viram a escolha dela , claramente, eles não confiaram em Jacob. Aro ergueu a mão dele, renunciando novamente o protesto deles.

– Aliança interessante a que você mantém, – Felix murmurou a Edward.

Você vai ver o que eu vou fazer com você. Seu sanguessuga desgraçado Jacob pensou claramente colocando Felix como seu primeiro alvo. Ele tremia de raiva.

Eles pararam a algumas jardas de Aro. Edward saiu de debaixo do braço de Aro e depressa se uniu a eles, pegando a mão de Bella.

Fizeram um momento de silêncio. Então Felix cumprimentou Bella.

– Oi novamente, Bella –. Ele sorriu ainda localizando cada tremor de Jacob com sua visão periférica.

– Hey, Felix.

Felix riu. – Você parece bem. Imortalidade cai bem em você.

– Muito obrigada.

– De nada. É uma pena. . .

Ele deixou o comentário dele se arrastar no silêncio, mas não foi preciso o dom de Edward para imaginar o fim. É uma pena que nós vamos te matar em um segundo.

– Sim, muito ruim, não é?- ela murmurou.

Felix piscou.

Aro virou a cabeça dele para o lado, fascinado. – Eu ouço seu coração estranho, – ele murmurou com uma canção alegre quase musical às palavras dele. – Eu sinto o cheiro estranho dela.- Então os olhos nebulosos dele se viraram para Bella. – Em verdade, jovem Bella, a imortalidade mudou você de forma extraordinária, – ele disse. – É como se você fosse projetada para esta vida.

Bella assentiu com a cabeça uma vez em reconhecimento da lisonja dele.

– Você gostou de meu presente?- ele perguntou, olhando o pingente que ela usava.

―É lindo, e muito, muito generoso de sua parte. Obrigado. Eu provavelmente deveria ter enviado uma carta.

Aro riu deliciado. – Apenas é uma coisa que eu tinha guardada. Eu pensei que poderia complementar sua face nova, e assim faz. Eu posso conhecer sua filha, adorável Bella?- ele perguntou docemente.

Bella deu dois passos lentos em direção a Aro.

– Mas ela é primorosa, – ele murmurou. – Assim como você e Edward –. E então mais alto, – Oi, Renesmee.

–Oi, Aro, –ela respondeu formalmente com sua alta, tocante voz.

Os olhos de Aro estavam pensativos.

–O que é isto?-Caius assobiou por detrás. Ele parecia enfurecido pela necessidade de perguntar.

–Meio mortal, meio imortal, –Aro anunciou a ele e o resto da guarda sem virar o olhar escravizado dele de Renesmee. –Concebida assim, e carregada por esta recém-nascida enquanto ela ainda era humana.

– Impossível, – Caius ridicularizou.

–Você pensa que eles me esganaram, então, irmão?- a expressão de Aro estava grandemente divertida, mas Caius vacilou.-A batida do coração, você ouve como um artifício também?

Caius fez carranca, parecendo desapontado como se as perguntas suaves de Aro tivessem sido sopros.

– Calmamente e cuidadosamente, irmão, – Aro acautelou, ainda sorrindo para Renesmee. – Eu sei bem como você ama sua justiça, mas não há nenhuma justiça para agir contra esta pequena sem igual pela ascendência dela. E tanto a aprender, tanto a aprender! Eu sei que você não compartilha de meu entusiasmo por colecionar histórias, mas seja tolerante comigo, irmão, enquanto eu adiciono um capitulo com esta improbabilidade. Nós viemos, esperando só justiça e a tristeza de falsos amigos, mas olhe o que nós ganhamos ao invés! Um conhecimento novo, luminoso de nós mesmos, nossas possibilidades.

Eu bufei. Como pode ser tão cara–de–pau.?

Ele ofereceu a mão dele a Renesmee em convite. Ela se apoiou em Bella, estirando para cima, para encostar as pontas dos dedos dela na face de Aro. Aro não reagiu com choque como quase todo mundo tinha reagido a este dom de Renesmee; ele tinha usado o fluir de pensamentos e memórias dos outros como tinha feito com Edward.

O sorriso dele alargou, e ele suspirou em satisfação. – Brilhante, – ele sussurrou.

Renesmee voltou aos braços de Bella, a pequena face dela muita séria.

– Por favor ?-ela lhe perguntou.

O sorriso dele ficou suave. – Claro que eu não tenho desejo nenhum de prejudicar seus familiares, preciosa Renesmee.

A minha indignação era palpável, mesmo com a afetuosa voz de Aro ele não me enganava. E então eu ouvi os dentes de Edward rangerem e, pelos ouvidos de Jacob e confirmei minhas suspeitas. A vampira aliada Maggie assobiou furiosamente à mentira, ela tinha o dom de perceber quando falavam a verdade ou não.

– Eu me pergunto, – Aro disse pensativamente, parecendo não notar a reação para as palavras prévias dele. Os olhos dele se voltaram para Jacob inesperadamente, os olhos de Aro estavam cheios de desejo.

– Não funciona desse jeito, – Edward disse, a neutralidade cuidadosa sumiu e o tom repentinamente severo.

– Apenas um pensamento errado, – Aro disse, avaliando Jacob abertamente, e então os olhos dele moveram para mim e depois lentamente pelas duas linhas de lobisomens atrás de nós.

– Eles não pertencem a nós, Aro. Eles não seguem nossos comandos desse jeito. Eles estão aqui porque eles querem estar .

Jacob rosnou ameaçadoramente. E eu fiz coro com ele.


– Eles parecem bastante ligados a você, entretanto, – Aro disse.- Leal ―. a voz dele acariciou a palavra suavemente.

– Eles são comprometidos a proteger vida humana, Aro. Isso os faz capaz coexistir conosco, mas não com você. A menos que você esteja repensando seu estilo de vida.

Aro riu divertido. – Apenas um pensamento errado, – ele repetiu. – Você sabe bem como isso é. Nenhum de nós pode controlar completamente nossos desejos subconscientes ― seus olhos pousaram em mim novamente.

Eu vou matar esse desgraçado

Jake, não.
Eu o alertei

Edward colocou a mão em cima do dorso de Jacob refreando uma reação que ele também via em sua mente.

– E eu também sei a diferença entre este tipo de pensamento e o tipo com um propósito por trás dele. Nunca poderia dar certo, Aro. – Edward falou.

A vasta cabeça de Jacob virou na direção de Edward.

O que ele está pensando?

– Ele está intrigado com a idéia de… uma criação de cães de guarda, – Edward murmurou de volta.

Houve um segundo de silêncio morto, e então o som dos rosnados furiosos que saiu rasgando do bando, encheu a clareira inteira.

Silêncio Sam ladrou.

Nós nos calamos.

– Eu suponho isso responda a aquela questão, – Aro disse, rindo novamente. – Este bando escolheu seu lado.

Edward assobiou e inclinou para frente. Bella o segurou pelo braço dele, enquanto Felix e Demetri agacharam em sincronia. Aro renunciou a eles novamente. Todos eles voltaram à postura anterior , Edward inclusive.

– Tanto para discutir, – disse Aro, o tom dele de repente o de um homem de negócios. – Tanto a decidir. Se vocês e seus protetores peludos me dão licença, meus queridos Cullens, eu tenho que conferir com meus irmãos.



Capítulo 61



Aro não retornou para os seus guardas ansiosos que esperavam na parte norte da clareira; ao contrário, os chamou para frente. Edward começou a voltar imediatamente, pegando o braço de Bella e o de Emmett. Eles voltaram correndo, mantendo os olhos na ameaça que avançava. Jacob voltou devagar, o pêlo nos seus ombros levantados enquanto ele mostrava as suas presas para Aro.

Jake, JAKE! Por favor, Jake implorei. Dei um passo a frente ameaçando me juntar a ele. Ele recuou e eu respirei aliviada.

Jake chegou até nós no mesmo tempo que as capas escuras chegaram até Aro. Agora tinha apenas quarenta metros entre eles e nós - uma distância que qualquer um de nós poderia cobrir em apenas uma fração de segundo.
Caius começou a discutir com Aro de uma vez.

-Como você pode permitir essa infâmia? Por que nós nos mantemos aqui impotentes diante a um crime como esse, encoberto por essa ridícula recepção?- Ele segurou os seus braços de lado, suas mãos como garras. Mas para mim aquilo não passava de teatro.

Sam concordou mentalmente comigo.

–Porque é tudo verdade,– Aro disse a ele calmamente. –Toda palavra dita. Veja quantas testemunhas estão prontas para dar a evidencia de que essa miraculosa criança cresce e amadurece no tão pouco tempo em que eles a conhecem. Que eles sentiram o calor do sangue que pulsa nas suas veias.- O gesto de Aro foi de Amun de um lado, para Siobhan do outro.

Caius deu uma olhada para as testemunhas dos Volturi com uma expressão que parecia vagamente… nervosa.

Os argumentos deles não são mais validos. Mas eles vão achar outra coisa. Pensei.

Pelo canto dos olhos vi Edward assentir devagar, claramente concordando comigo. Jacob se aproximou mais de mim. A lateral dos nossos corpos se tocando.

Conversas baixas se espalharam pelas testemunhas dos Volturis enquanto tentavam trazer sentido para o que estava acontecendo.

– E essas criaturas? Os lobisomens seja lá o que forem?– Caius murmurou por fim.

– Ah, irmão …,– Aro respondeu a Caius com uma declaração de dor no olhar.

–Vai defender a aliança, também, Aro?- Caius exigiu. – Carlisle incentiva uma relação familiar com esta enorme infestação - sem dúvida, numa tentativa de derrubar-nos. O melhor para proteger o seu deformado estilo de vida.

Edward apurou sua garganta ruidosamente e Caius olhou raivosamente para ele. Aro colocou sua magra mão, delicadamente sobre sua face, entregando que estava envergonhado pelos seus ancestrais.

Eu ri mentalmente.

–Caius, já é meio dia,– assinalou Edward. Ele gesticulou para Jacob. –Estas não são Crianças da Lua, de forma clara. Eles não têm relação a seus inimigos do outro lado do mundo.

Isso mesmo. Confirmei a afirmação de Edward.

Jacob me olhou com o canto dos olhos.

Do que vocês estão falando, ?

Aro mantinha um lobisomem, onde eu estava aprisionada. O nome dele era Lucian. Ele não tinha nada a ver conosco.

Porque você nunca falou sobre isso?
Perguntou Sam

Eu não achei que era tão importante. Dei de ombros.

–Você tem uma raça de mutantes aqui,– Caius cuspiu, voltando a ele.

Edward apertou sua mandíbula e depois desapertou, em seguida, ele respondeu uniformemente, –Eles não são sequer lobisomens. Aro pode lhe dizer tudo sobre eles se você não acreditar em mim.

– Querido Caius, eu teria avisado para que você não pressionasse este ponto se você me tivesse dito a sua opinião,– Aro murmurou.

–Embora as criaturas pensem em si próprias como lobos, eles não são. O nome mais preciso para eles seria transmorfos. A escolha de uma forma lobo foi puramente lhes dada, assim como poderiam ter sido um urso, ou um falcão, ou uma pantera quando a primeira mudança foi feita. Essas criaturas verdadeiramente nada têm a ver com as Crianças da Lua. Eles têm apenas herdado essa habilidade de seus pais. É genético - eles não perpetuam a espécie infectando, do jeito que verdadeiros lobisomens fazem.

Caius encarou Aro com uma irritação e mais alguma coisa - uma acusação de traição, talvez.

–Eles sabem o nosso segredo. – ele afirmou categoricamente.

Edward analisou a possibilidade de responder essa acusação, mas Aro falou mais rápido. – Eles são criaturas do nosso mundo sobrenatural, irmão. Talvez ainda mais dependentes de sigilo do que nós estamos, mas dificilmente poderão expor-nos. Cuidado, Caius. Especialmente, essas alegações não irão levar a lugar nenhum.

Caius tomou uma respiração profunda e balançou a cabeça. Eles trocaram um longo e significativo olhar.

Eu sacudi de leve minha cabeça.

Que palhaçada

Porque eles não atacam de uma vez?
Perguntou Jared

Porque eles precisam de um motivo valido para justificar essa ação respondeu Jacob.

– Eu quero conversar com o informante,– Caius anunciou abruptamente, e direcionou seu olhar fuzilador para Irina. –Irina,– Caius gritou, infeliz por ter de se dirigir a ela.

Ela olhou pra cima, assustada e instantaneamente apreensiva.

Caius estalou os dedos.

Hesitantemente, ela se moveu na orla da formação dos Volturi para se posicionar na frente de Caius de novo.

-Então, parece que você estava bem enganada sobre suas alegações,– Caius começou.

Tanya e Kate se inclinaram pra frente ansiosamente.

-Me desculpe,– Irina suspirou. –Eu devia ter me certificado do que estava vendo. Mas eu não tinha idéia…–, ela gesticulou desamparada na nossa direção.

- Caro Caius, você não podia esperar que ela adivinhasse em um instante algo tão estranho e impossível?- Aro perguntou. –Qualquer um de nós faria a mesma suposição.

Caius ergueu os dedos para Aro para silenciá-lo.

-Todos nós sabemos que você cometeu um erro,– ele falou bruscamente. –Eu me refiro as suas motivações.

Irina esperou nervosa ele continuar, e então repetiu. –Minhas motivações?

–Sim, para vir espiá-los em primeiro lugar. - Irina se retesou ao ouvir a palavra espiar.-Você estava insatisfeita com os Cullens, não estava?

Ela moveu os olhos miseráveis para a face de Carlisle. –Estava– ela admitiu.

–Por que…?- Caius solicitou.

–Porque os lobisomens mataram meu amigo,– ela suspirou. –E os Cullens não me deixariam vingá-lo.

–Os transmorfos,– Aro corrigiu baixo.

–Então, os Cullens estão ao lado dos transmorfos contra nossa própria espécie , contra o amigo de uma amiga, até,– Caius resumiu.

Jacob inflou o peito.

Eles vão usar esse argumento? Pensei.

Edward soprou enojado debaixo do fôlego. Caius estava passando sua lista, atrás de uma acusação que serviria.

Os ombros de Irina se levantaram. –É assim que eu vejo.

Caius esperou de novo e então solicitou, –Se você quiser fazer uma queixa formal contra os transmorfos - e os Cullens por apoiar suas ações - agora seria a hora.- Ele sorriu um pequeno e cruel sorriso, esperando Irina lhe dar a próxima desculpa.

O queixo de Irina se moveu, seus ombros se aprumaram.

–Não, eu não tenho nenhuma reclamação contra os lobos, ou contra os Cullens. Você veio aqui hoje pra destruir uma criança imortal. Nenhuma criança imortal existe. Foi um erro meu, e eu assumo total responsabilidade por isso. Mas os Cullens são inocentes, e você não tem razão pra continuar aqui. Eu sinto muito,– ela disse para nós, e então virou o rosto na direção das testemunhas dos Volturi. –Não houve crime. Não há razão válida para vocês continuarem aqui.

Caius ergueu a mão enquanto ela falava, e havia um objeto estranho de metal lá, esculpido e ornamentado.

Era um sinal. A resposta foi tão rápida que nós todos encaramos em uma descrença impressionada enquanto acontecia. Antes que pudéssemos reagir, estava acabado.

Três dos soldados dos Volturi pularam pra frente, e Irina estava completamente oculta pelos seus casacos cinzas. No mesmo instante, um horrível som metálico de um guincho dilacerou a clareira. Caius irrompeu no centro da aglomeração cinza, e o chiado chocante explodiu em um estarrecedor jato de faíscas e línguas de fogo. Os soldados saltaram para trás saindo do inferno súbito, retomando imediatamente seus lugares na linha perfeitamente formada da guarda.

Caius estava só ao lado dos restos ardentes de Irina, o objeto de metal na mão dele ainda lançando um jato grosso de chama na pira. Com um pequeno clique, o jato de fogo saído da mão de Caius cessou. Um suspiro ondulou através da massa de testemunhas atrás dos Volturi.

Nós estávamos muito espantados para fazer qualquer barulho mínimo. Era uma coisa saber que a morte estava vindo com uma feroz, impossível de ser parada, velocidade; era outra coisa assistir isto acontecer.

Caius sorriu friamente. –Agora ela assumiu responsabilidade completa por suas ações.

Os olhos dele flamejaram em direção a nossa linha dianteira, tocando as formas congeladas de Tanya e Kate rapidamente.

Esta era a estratégia. Ele não queria queixa por Irina; ele quis o desafio por ela. A desculpa dele para destruí-la, acender a violência que encheu o ar como uma névoa grossa, combustível. Ele tinha iniciado a partida. Uma vez que a briga começasse, não haveria jeito nenhum de para pará-la. Só haveria uma escalada até que um dos lados fosse completamente extinto. Nosso lado. Caius sabia disto.

Edward também.

–Pare elas.- Edward clamou, saltando para agarrar o braço de Tanya quando ela se jogou para cima de um Caius sorridente com um grito enlouquecido de pura raiva. Ela não pôde se livrar de Edward antes que Carlisle tivesse os braços dele fechados ao redor da cintura dela.

–É muito tarde para salvá-la– ele argumentou urgentemente quando lutou com ela. –Não lhe dê o que ele quer!

Kate era mais difícil de conter, ela tinha o poder de dar choques em quem a tocasse. Gritando sem palavras como Tanya, ela deu o primeiro passo largo de ataque que terminaria com a morte de todo o mundo. Rosalie estava mais perto dela, mas antes que Rose pudesse a segurar em uma chave de braço, Kate deu um choque tão violento, que a derrubou no chão. Emmett pegou o braço de Kate e a jogou no chão, então cambaleou para trás, os joelhos dele falhando. Kate rolou aos pés dela, e parecia que ninguém poderia a fazer parar.

Garrett se arremessou a ela, jogando-a novamente ao chão. Ele laçou seus braços ao redor dos dela, travando suas mãos em seus punhos. Eu vi o espasmo do corpo dele quando ela deu choque nele. Os olhos dele rolaram para trás da cabeça , mas o abraço dele não quebrou.

–Zafrina,– Edward gritou. Zafrina tinha o poder de bloquear a visão.

Os olhos de Kate ficaram brancos e os gritos dela viraram gemidos. Tanya deixou de lutar.

–Me devolva minha visão,– Tanya assobiou.

E então Garrett parou de se contorcer de repente, segurando Kate na neve.

–Se eu te levantar, você me derrubará novamente, Katie?- ele sussurrou.

Ela rosnou em resposta, ainda se movendo cegamente.

–Me escute, Tanya, Kate,– Carlisle disse em um baixo mas intenso sussurro, ―Vingança não a ajudará agora. Irina não iria querer que vocês desperdiçassem suas vidas deste modo. Pense no que você está fazendo. Se você os ataca, nós todos morremos.

Os ombros de Tanya arquearam com aflição, e ela se segurou em Carlisle para ter apoio. Kate estava finalmente imóvel. Carlisle e Garrett continuaram consolando as irmãs com palavras muito urgentes para parecer conforto.

Eu desviei os olhos e tentei acalmar minha respiração. Meu bebê se mexeu novamente e Jacob me olhou.

? Jacob perguntou.

Está tudo bem respondi ele só está se movimentando.

Olhei novamente para frente. Dos cantos de meus olhos, eu pude ver que Edward e todo mundo, menos Carlisle e Garrett, estavam em guarda também.

O olhar penetrante mais pesado veio de Caius, encarando com descrença enfurecida, Kate e Garrett na neve. Aro estava assistindo também, incredulidade era a emoção mais forte na face dele.

A guarda dos Volturi já não se manteve em atenção disciplinada - eles estavam agachados, esperando para começar o contra-ataque no momento que nós atacássemos.

Atrás deles, quarenta e três testemunhas assistiam com expressões muito diferentes das que eles entraram na clareira. Confusão tinha virado suspeita. A destruição rápida como um raio de Irina tinha os balançado. Qual foi o crime dela?

Sem o ataque imediato que Caius tinha contado para distrair do ato apressado dele, as testemunhas dos Volturi estavam se perguntando o que exatamente estava acontecendo aqui. Aro olhou para trás rapidamente enquanto eu assistia, a face dele o traindo com um flash de aflição. A necessidade dele por uma audiência, tinha saído mal.

Mas eu não acreditei que os Volturi nos deixariam em paz para salvar a reputação deles. Depois que eles terminassem conosco, seguramente eles matariam as testemunhas deles. Eu sentia uma piedade estranha, súbita, pela massa dos sanguessugas que os Volturi tinham trazido para nos assistir morrer. Demetri os caçaria até que eles estivessem extintos, também. Demetri tinha que morrer.

Ele será minha prioridade Sam respondeu ao meu pensamento.

Aro tocou o ombro de Caius ligeiramente. –Irina foi castigada por trazer falso testemunho contra esta criança.- Então esta era a desculpa deles. Ele continuou. –Talvez nós devêssemos voltar ao assunto?

Caius se endireitou, e a expressão dele endureceu de forma ilegível. Ele fitou adiante, não vendo nada. A face dele, de forma esquisita, me lembrou a de uma pessoa que acabou de perceber que tinha sido rebaixado de cargo.

Aro deslizou adiante, Renata, Felix, e Demetri se moveram automaticamente com ele.

–Só para complementar,– ele disse , –eu gostaria de falar com algumas de suas testemunhas. Procedimento, você sabe–. Ele balançou uma mão com indiferença.

Duas coisas aconteceram imediatamente. Os olhos de Caius se focalizaram em Aro, e o sorriso cruel minúsculo voltou. E Edward silvou, suas mãos se apertando em punhos tão forte que parecia que os ossos de seus nós dos dedos iriam pular pra fora de sua pele dura de diamante.

Eu vi Carlisle encarar ansioso o rosto de Edward, e o seu próprio rosto endureceu.

Enquanto Caius tinha fracassado com acusações inúteis e motivos insensatos pra forçar a luta, Aro devia ter saído com alguma estratégia mais eficiente.

Aro caminho pela neve até o fim oeste da nossa linha, parando umas três jardas distantes de Amun e Kebi. Collin e Embry que estavam próximos se eriçaram.

Foco, garotos Jacob instruiu

Eles mantiveram as posições.

–Ah, Amun meu vizinho sulista!- Aro falou calorosamente. –Faz tanto tempo que você não me visita.

O casal de vampiros, Amun e Kebi estavam estáticos de ansiedade, –Tempo pouco significa; nunca o vejo passar,– Amun falou sem mover os lábios.

–Bem verdade,– Aro concordou. –Mas talvez você tenha tido outra razão pra se afastar?

Amun não disse nada.

–Pode demandar um tempo incrível organizar recém chegados em um grupo. Eu sei muito bem disso! Eu sou agradecido por ter outros pra lidar com o tédio. Fico feliz que suas novas adições tenham se ajustado tão bem. Eu teria adorado ser apresentado. Eu tenho certeza que você planeja vir me ver logo.

–Claro,– Amun disse, seu tom tão vazio de emoção que era impossível dizer se havia qualquer medo ou sarcasmo em seu consentimento.

–Oh bem, estamos todos juntos agora! Não é adorável?

Amun concordou, sua face pálida.

–Mas o motivo da sua presença aqui não é agradável, infelizmente. Carlisle chamou vocês para serem testemunhas?

–Sim.

–E o que você testemunha pra ele?

Amun falou com a mesma falta fria de emoção. –Eu observei a criança em questão. Era evidente de modo quase imediato que ela não era uma criança imortal.

–Porém devíamos definir nossa termologia,– Aro interrompeu, –Agora que parecem haver novas classificações. Como criança imortal você se refere a uma criança humana que tenha sido mordida e então se transformou em vampiro.

–Sim, era a isso que me referia.

–O que mais você observou na criança?

–As mesmas coisas que você com certeza viu na mente de Edward. Que a criança é biologicamente dele. Que ela cresce. Que ela aprende.

–Sim, sim,– Aro disse, um pouco de impaciência no outro lado de seu tom ameno. –Mas especificamente nas suas poucas semanas aqui, o que você viu?

Amun ergueu uma sobrancelha. –Que ela cresce… rápido.

Aro sorriu. –E você acha que devíamos permitir que ela vivesse?

Eu me assombrei com as últimas palavras de Aro. Os vampiros nossos aliados sibilaram em protesto. O som era um alto crepitar de fúria se movendo no ar. Através da clareira, algumas das testemunhas dos Volturi fizeram o mesmo barulho.

Aro não se virou para o barulho, mas Amun olhou em volta incomodado.

―Eu não vim julgar ninguém,– ele falou, ambíguo.

Aro riu levemente. –É só sua opinião.

O queixo de Amun se ergueu. –Eu não vejo perigo algum na criança. Ela aprende ainda mais depressa do que cresce.

Aro balançou a cabeça, considerando. Depois de um momento, ele se virou para longe.

–Aro?- Amun chamou.

Aro virou-se. –Sim, amigo?

–Eu dei meu testemunho. Não tenho mais assuntos aqui. Minha companheira e eu gostaríamos de ir agora.

Aro sorriu docemente. –Claro. Eu estou feliz que nós fomos capazes de conversar um pouco. E eu tenho certeza que nós veremos um ao outro em breve.

Os lábios de Amun formavam uma linha apertada enquanto ele inclinou a cabeça uma vez, tomando conhecimento da ameaça por detrás das palavras. Ele tocou o braço de Kebi, e então os dois correram rapidamente para a extremidade sul da campina e desapareceram por dentre as árvores.

Aro deslizava ao longo da nossa linha ao Leste, seus guardas rondavam de forma tensa. Ele parou quando estava na frente da sólida forma de Siobhan.

–Olá, querida Siobhan. Você está bela como sempre.

Siobhan inclinou sua cabeça, esperando.

–E você?- ele perguntou –Você responderia minhas perguntas da mesma forma que Amun fez?

–Eu responderia,– Siobhan respondeu. –Mas eu gostaria de talvez adicionar um pouco mais. Renesmee entende as limitações. Ela não é um perigo aos humanos - ela se mistura melhor do que nós. Ela não aparenta nenhum perigo de se expor.

–Você pode pensar em ninguém?- Aro perguntou sobriamente.

Edward rosnou, um baixo e ruidoso som fundo em sua garganta.

Os olhos rubros e nublados de Caius clarearam. Renata estendeu suas mãos de forma protetora em direção ao seu mestre. E Garrett libertou Kate para dar um passo a frente, ignorando a mão de Kate enquanto ela tentou protegê-lo dessa vez.

Siobhan respondeu lentamente, –Eu não acho que entendi.

O Aro deslizou ligeiramente para trás, casualmente, mas em direção ao resto de sua guarda. Renata, Felix e Demetri estavam mais perto do que sua sombra.

–Não há nenhuma lei violada,– Aro disse em uma voz apaziguadora, mas todos nós pudemos sentir que uma qualificação estava vindo. –Nenhuma lei violada– Aro repetiu. –No entanto, isso irá ser seguido quando não houver nenhum perigo? Não.- Ele balançou a sua cabeça gentilmente, –Essa é uma questão a parte.

A única reação foi o aperto dos já distendidos nervos, e Maggie, na extremidade de nosso bando de lutadores, sacudindo sua cabeça lentamente com raiva.

Aro andou ponderadamente, parecendo como se ele flutuasse e não tocasse a terra com os seus pés. Eu percebi cada passo que ele dava perto da proteção de sua guarda.

–Ela é única… completamente, impossivelmente única. É tanto desperdício isso, destruir algo tão belo. Especialmente quando nós poderíamos aprender tanto…– Ele suspirou, como se não tivesse vontade de continuar. –Mas há um perigo, e perigos não podem ser simplesmente ignorados.

Ninguém respondeu a sua afirmação. Estava morbidamente silencioso enquanto ele continuava em seu monólogo, parecendo como se ele estivesse falando para ele mesmo.

–Que irônico é que com o avanço humano, com a fé na ciência crescendo e controlando o mundo deles, estamos mais livres para descoberta. Ainda, como nós estamos cada vez mais desinibidos pela sua descrença no sobrenatural, eles tornaram-se fortes o suficiente em suas tecnologias e se eles quisessem, eles poderiam nos ameaçar, e chegar a destruir alguns de nós.

–Por milhares e milhares de anos, nosso segredo passou a ser muito mais do que conveniência, por facilidade, e pela nossa segurança atual. Esse último bruto, zangado século tem gerado o nascimento de armas cujo poder põem em risco até mesmo os imortais. Agora o nosso status como simples mitos na verdade nos protege das criaturas fracas que caçamos.

–Essa criança incrível…–, ele levantou suas mãos com a palma virada pra baixo, como se fosse descansar em Renesmee, embora ele estivesse a 40 jardas de distância dela, quase na formação dos Volturi novamente. - –Se nós pudéssemos saber seu potencial, com absoluta certeza que ela poderia permanecer escondida sob a obscuridade que nos protege. Mas nós não sabemos nada do que ela vai se tornar! Seus próprios pais estão atormentados pelos medos de seu futuro. Nós não podemos saber do que ela vai ser capaz.- Ele pausou, olhando primeiramente para as nossas testemunhas e então, mecanicamente, para as dele próprio. Sua voz teve a perfeita imitação de um som de rasgão com as próprias palavras.

Ainda olhando para suas testemunhas ele disse, –Apenas o que sabemos é seguro. Apenas o que sabemos é tolerável. O desconhecido é… vulnerável.

Carlisle deu um sorriso largo, vicioso.

–Você está chegando lá, Aro.- Carlisle disse com a voz desanimada.


–Paz, amigo.- Aro sorriu, seu rosto estava calmo e sua voz gentil como nunca. –Não nos deixe ser apressados. Nos deixe olhar isso por todos os lados.

–Talvez eu possa mostrar um lado que pode ser considerado?- Garrett pediu em um tom plano, pegando um novo caminho.

–Nômade.- Aro falou, acenando em permissão.

O queixo de Garrett levantou-se. Seus olhos focaram na massa que estava acomodada no fim da campina, e falou diretamente para as testemunhas dos Volturi.

–Eu vim aqui a pedido de Carlisle, como os outros, para testemunhar.- Ele disse, –Isso certamente não é mais necessário, no que diz respeito a criança. Todos nós vemos o que ela é.

–Eu fiquei para testemunhar mais uma coisa. Vocês.- Ele apontou em direção aos vampiros cautelosos. –Eu conheço dois de vocês - Makenna, Charles - e eu posso ver vários outros que são vagabundos e viajantes como eu. Respondendo por ninguém. Pensem cuidadosamente no que eu vou lhes falar.

–Esses anciãos não vieram aqui pra fazer justiça, como falaram a vocês. Nós suspeitamos muito e agora foi provado. Eles vieram, enganados, mas com uma desculpa válida para agirem. Testemunhem agora como eles buscam desculpas contestáveis para continuarem a sua verdadeira missão. Testemunhem eles lutando para achar uma justificativa para o verdadeiro propósito - destruir essa família aqui.

Ele fez um gesto em direção a Carlisle e Tanya.

–Os Volturi vieram apagar o que eles perceberam como uma competição. Talvez, como eu, você olha para esse clã de olhos dourados e maravilhosos. Eles são difíceis de entender, é verdade. Mas os velhos olham e vêem algo atrás de sua escolha estranha. Eles vêem poder.

–Eu tenho testemunhado a ligação dentro dessa família - eu disse família e não clã. Esses estranhos de olhos dourados negaram as suas próprias naturezas. Mas em retorno eles acharam algo mais importante, talvez, até mais gratificante do que o desejo? Eu fiz um pequeno estudo deles no tempo em que estive aqui e parece para mim, que é intrínseco a este intenso laço de família - isso que os fazem capazes no fim de tudo - o caráter pacífico dessa vida de sacrifícios. Não há agressão aqui como todos nós vemos nos grandes clãs do Sul que cresceram e diminuíram tão rapidamente em suas rixas selvagens. Não há nenhum pensamento de dominação. E Aro sabe disso melhor do que eu.

O rosto de Aro estava polidamente divertido, como se estivesse esperando uma criança que faz birra percebesse que ninguém estava lhe dando atenção. Garrett continuou:

– Carlisle nos assegurou, quando ele nos disse o que estava por vir, que ele não havia nos chamado para a luta. Essas testemunhas - Garrett apontou para Siobhan e Liam - concordaram em dar as evidencias, para refrear os avanços dos Volturi com sua presença para que Carlisle possa apresentar seus argumentos.

–Mas alguns de nós nos perguntamos - seus olhos queimaram no rosto de Eleazar - Se Carlisle tem a verdade ao seu lado seria o bastante para a assim chamada justiça. Os estão aqui para nos dar segurança e proteger nosso segredo, ou para proteger seu próprio poder? Eles vieram para destruir uma criação ilegal, ou um estilo de vida? Eles ficaram satisfeitos quando o perigo se revelou nada mais que um equívoco? Ou eles podem empurrar a situação sem a desculpa da justiça?

– Nós temos a resposta pra todas essas perguntas. Nós ouvimos isso nas palavras mentirosas de Aro. Nós temos alguns com dom de saber qual é a real verdade, e nos vemos isso agora no sorriso ansioso de Caius. A sua guarda é somente uma arma irracional, um instrumento na busca do seu mestre por dominação.

– Então agora há mais perguntas, perguntas que vocês precisam responder. Quem governa vocês nômades? Respondem a alguém a não ser a sua própria vontade? São livres para escolher seu caminho, ou os Volturi vão decidir como vocês iram viver?

– Eu vim para testemunhar. Eu fico para lutar. Os Volturi não se importam em nada com a morte da criança. Eles buscam a morte da nossa vontade própria.

Ele se virou, então, para enfrentar os anciões.

– Então venham, eu digo! Não vamos mais ouvir nenhuma racionalizações mentirosas. Sejam honestos em suas intenções como somos nas nossas. Defenderemos nossa liberdade. Vocês a atacarão ou não. Escolha agora e deixe que as testemunhas vejam a questão verdadeira discutida aqui.

Mais uma vez ele olhou para as testemunhas Volturi, seus olhos passaram por cada rosto. O poder das suas palavras estava evidente na expressão deles.

–Vocês poderiam considerar se juntar a nós. Se vocês pensam que os Volturi vão deixá-los vivos para contar essa historia, vocês estão enganados. Podemos ser todos destruídos - ele encolheu os ombros – ou talvez não. Talvez os Volturi finalmente acharam alguém a sua altura. Eu prometo a vocês isto, se nos cairmos, vocês também irão.

Ele terminou seu discurso caloroso, dando um passo para trás para o lado de Kate se agachando, preparado para o ataque.

O Aro sorriu. –Um belo discurso, meu amigo revolucionário.

Garrett ficou na posição de ataque. –Revolucionário?- ele rosnou. –Contra quem estou me rebelando, posso perguntar? Você é meu rei? Você espera que eu te chame de mestre também, como a sua guarda bajuladora?

–Paz, Garrett,– Aro disse calmamente. –Eu só pretendia me referir ao tempo que você nasceu. Continua um patriota, eu posso ver.

Garret olhou de volta, furioso.

–Deixe-nos perguntar a nossas testemunhas,– Aro sugeriu. –Deixe-nos ouvir seus pensamentos antes de tomarmos nossa decisão. Diga-nos, amigos. - e ele virou-se casualmente para nós, movendo-se alguns metros, ciente de sua massa de inquietos observadores pairando muito perto agora da borda da floresta - o que você pensa de tudo isso? Eu posso assegurar que a criança não é o que nós tememos. Nós devemos nos arriscar e deixar a criança viver? Nós devemos colocar nosso mundo em risco para preservar intacta a família deles? Ou o sincero Garrett tem razão sobre isso? Você se juntaria a eles numa luta contra nossa repentina procura por soberania?

As testemunhas encontraram seu olhar pasmado com rostos cuidadosos. Uma, a pequena mulher de cabelos pretos, olhou brevemente para o macho loiro ao seu lado.

–São essas nossas únicas escolhas?- ela perguntou de repente, seu olhar virando-se para Aro. –Ir com você, ou lutar contra você?

–Claro que não, encantadora Makenna–, Aro falou, aparentemente horrorizado que alguém tivesse chegado a essa conclusão. –Você pode ir em paz, claro, como Amun fez, mesmo que você não concorde com a decisão do conselho.

Makenna olhou para o seu par novamente, e ele oscilou minuciosamente.

–Nós não viemos aqui pra a lutar– Ela pausou, então falou –Nós viemos aqui para testemunhar. E nosso testemunho é que essa família já condenada, é inocente. Tudo que Garrett reivindicou é a verdade.

–Ah– Aro falou chateado –Me desculpe se você nós vê dessa forma. Mas isso é a natureza do nosso trabalho.

–Não é isso que eu vejo, mas o que eu sinto– o par de cabelos claros de Makenna falou em uma alta e nervosa voz. Ele olhou para Garrett –Garrett disse que eles tinham maneiras de saber sobre mentiras. Eu, também, sei quando estou ouvindo a verdade, e quando não estou.- Com olhos assustados ele moveu-se mais perto de seu par, esperando pela reação de Aro.

–Não nos tema, amigo Charles. Sem dúvidas o patriota verdadeiramente acredita no que ele diz– Aro soltou um riso abafado, delicadamente, e os olhos de Charles apertaram-se.

–Aqui está nosso testemunho– Makenna falou –Estamos indo agora.

Ela e Charles viraram-se lentamente, sem olhar para trás antes que estivessem sido perdidos de vista por entre as árvores. Um outro estranho começou a bater em retirada da mesma forma, então três mais se precipitaram como ele.

Muitas testemunhas aparentavam a mesma certeza e começaram a se retirar devagar.

Aro virou-se, andando em direção a seus guardas com passos quilometrados. Ele parou em frente deles e dirigiu a palavra a eles em uma voz clara.

–Somos em numero menor, meus mais queridos.- ele disse –Nós não podemos esperar ajuda externa. Deveríamos deixar essa questão sem decisão para nos salvarmos?

–Não, mestre– eles sussurraram em união

–A proteção do nosso mundo vale talvez a perda de alguns de nós?

–Sim– eles aspiraram ―Nós não temos medo.

Aro sorriu e virou-se para seus companheiros vestidos de preto.

–Irmãos– Aro falou de modo sombrio ―há muito o que ser considerado aqui.

–Façamos um conselho,– Caius disse impaciente.

–Façamos fazer um conselho,– Marcus repetiu num tom desinteressado.

Aro nos deu as costas novamente, encarando os outros anciãos. Eles deram as mãos formando um triângulo de mortalhas negras.

Assim que a atenção de Aro estava voltada para o silencioso conselho, mais duas de suas testemunhas desapareceram silenciosamente na floresta. Eu desejei, para o bem deles, que eles fossem rápidos.

–Você se lembra do que eu lhe disse?- Bella falou para Renesmee a segurando nos braços. Eu as olhei pelo canto dos olhos.

Jacob me chamou você me faria um grande favor?

Eu me virei para ele com os olhos arregalados.

Sim

– Bella se virou para mim. – Por favor, salve Renesmee!- ela disse implorando. –Espere até que eles estejam totalmente distraídos, depois corra com ela. Fique longe desse lugar tanto quanto você puder. Quando você estiver o mais longe que puder a pé, ela tem o que você precisa para voar.

Você tem algo a ver com isso, Jacob?

, por favor? Renesmee é o que a Bella tem de mais valioso e você é tudo pra mim.

Mas Jake, você é a minha vida!

Eu sei disso, só que agora você tem outra vida pra cuidar.


Lágrimas se acumularam nos meus olhos.

–Você é a única que pode bloquear Félix. – Bella me disse.

Não Jake. Por favor. Eu não posso

Pense no nosso filho

Não Jake, não me peça para te deixar

Só você pode salvar nosso bebê.

Eu sei, mas eu não posso.

Escute! Você vai bloquear todos os nossos pensamentos e vai correr para o mais longe que você conseguir. Você é rápida e você pode. Não olhe para trás, se concentre em manter nosso filho seguro. Eu vou te encontrar assim que eu puder.


Eu sabia que ele tinha razão, mas eu não sabia se teria forças para fazê-lo.

Você me promete?- perguntei

Ele assentiu.

Eu te amo Jake

Não mais do que eu amo você


–Foi isso que você escondeu de mim? – Edward falou para Bella.

–De Aro,– ela respondeu.

–Alice?

Ela assentiu.

Edward beijou a testa de Renesmee e suas bochechas, depois ele a ergueu para coloca-la em meus ombros. Ela se mexeu agilmente para minhas costas, se posicionando com as mãos cheias dos meus pêlos.

Jacob se virou para mim, seus olhos expressivos cheios de agonia, um remoto rosnar ainda grave em seu peito.

Eu gemi e ele mergulhou sua cabeça na minha. Uma lágrima do tamanho de uma bola de baseball rolou em seu ruivo pêlo abaixo do seu olho.

Os outros não estavam inconscientes da cena de adeus. Seus olhos estavam presos no triângulo negro, mas eu poderia dizer que eles estavam escutando.

–Então não há esperança?- Carlisle sussurrou. Não havia nenhum sentimento em sua voz. Apenas determinação e aceitação.

Repentinamente, nós estávamos cercados por murmúrios de adeus e eu te amo.

–Se sobrevivermos,– Garrett sussurrou para Kate, –eu a seguirei em todo lugar, mulher.

–Agora que ele diz isso – ela murmurou.

Rosalie e Emmett se beijaram rapidamente, mas com paixão.

–Se preparem – Bella murmurou para nós. ―Está começando.


Capítulo 62


Jacob foi para minha frente me obrigando a caminhar para trás. Arrisquei uma olhada para os meus irmãos.

Nós vamos lhe dar cobertura, . Embry disse.

Assenti. Passei os olhos por cada um deles, tentando passar todo o amor que eu sentia por eles. Mas minha tristeza era imensa.

Nós apoiamos a decisão do Jacob, . disse Sam. Não veja isso como se você estivesse virando as costas para nós.

Eu sei Sam. respondi, mas meu sentimento era exatamente esse.

– Chelsea está tentando quebrar o nossos elos de afeto– sussurrou Edward. –Mas ela não pode encontrá-los. Ela não pode nos sentir aqui….- Os seus olhos encontraram os de Bella –Você está fazendo isto?

–Eu estou fazendo TUDO isso. – Bella respondeu

Edward se recuou para longe repentinamente, a sua mão estendida em direção a Carlisle.

–Carlisle? Você está bem?- Edward respirou freneticamente.

–Sim. Por que?

–Jane,– Edward respondeu.

Nesse momento eu olhei para Jane. O seu rosto contraído como se estivesse fazendo um grande esforço.

Bella está protegendo todos nós?

Sim
Jacob respondeu animado.

–Incrível,– Edward disse.

–Por que eles não estão esperando pela decisão?- Tanya assobiou.

–Procedimento normal,– respondeu Edward bruscamente. –Eles normalmente incapacitam aqueles no julgamento portanto eles não podem escapar.

Jane grunhiu alto. Ela estava furiosa. Todo o mundo pulou, até a guarda disciplinada. Todos menos os anciões, que não fizeram muito além de velar de sua conferência. Seu gêmeo pegou o seu braço enquanto ela se agachava para saltar.

Alec acariciou o ombro de sua irmã de maneira calma, então ele a pegou pelo braço. Ele virou o rosto para nós perfeitamente calmo, completamente angelical.

Uma fina neblina começou a ondular por cima da neve.

–Alec está atacando? – Bella perguntou a Edward.

Edward acenou com cabeça. –O seu dom é mais lento do que Jane. Ele arrasta-se. Ele nos tocará em alguns segundos.

Um baixo estrondo murmurou-se pela terra embaixo dos nossos pés, e uma rajada do vento levou a neve em lufadas súbitas entre a nossa posição e Volturi. Benjamin tinha visto a ameaça que se arrastava, também, e agora ele tentou levar a névoa para longe de nós. A neve permitiu ver claramente onde ele lançou o vento, mas a névoa não reagiu de nenhum modo. Pareceu com o ar que sopra inofensivamente contra uma sombra; a sombra era imune.

A formação triangular dos anciões finalmente se quebrou quando, com um violento gemido, um forte, a fissura de uma flecha abriu em um longo zig-zag através do meio da clareira. A terra tremeu debaixo dos meus pés por um momento. Os movimentos da neve cobriram o buraco, mas a névoa escapou logo através, como se não fosse tocada pela gravidade assim como o vento. Aro e Caius assistiram a abertura da terra com olhares ressabiados. Marcus olhou na mesma direção sem nenhuma emoção.

Eles não falaram; esperaram, também, enquanto o nevoeiro se aproximava de nós. O vento gritava alto, mas não mudava o seu curso. Jane estava rindo agora. E então, o nevoeiro bateu em uma parede. Dando forma ao enorme escudo que nos cercava. Olhei para Bella animada. O nevoeiro ia para cima e em forma de espiral, procurando uma brecha, uma fraqueza. Não foi achada. Os dedos de neblina minuciosa torceram para cima e ao redor, tentando encontrar uma forma de entrar, e no processo ilustrando o surpreendente tamanho da proteção de tela que Bella havia projetado. Houveram sobressaltos nos dois lados.

Eu já estava me sentindo um pouco mais confiante. Confiante que quando eu voltasse, não estaria sozinha como em meus sonhos.

–Parabéns, Bella!- Benjamin saudou numa voz baixa

Eu pude ver os olhos flecheiros de Alec, a duvida em seu rosto pela primeira vez que seu nevoeiro rodopiou de modo inofensivo ao redor da borda do escudo. Todos começaram a dividir oponentes, mas eles foram rapidamente interrompidos. Aro, encarando calmamente a névoa ineficiente de Alec, finalmente falou.

–Antes de nós votarmos – ele começou – Deixe-me lembrá-los, seja lá o que o conselho decidir, não será preciso violência aqui.

Aro nos encarou tristemente. –Será um lamentável desperdício pra com nossa raça perder qualquer um de vocês. Mas você especialmente, Edward, e seu recém-nascido par. Os Volturi estariam contentes em receber muitos de vocês em nosso grupo. Bella, Benjamin, Zafrina, Kate. Os transmorfos também serão bem–vindos. Existem muitas escolhas depois de vocês. Considerem-nas.

Eu e Jacob rosnamos. O bando fez coro conosco.

O olhar de Aro varreu nossos olhos rígidos, procurando por alguma indicação de hesitação. Pela sua expressão, ele não encontrou nada.

– Nos deixe votar, então.- ele disse com evidente relutância.

Caius falou com uma pressa ansiosa. –A criança é algo desconhecido. Não existe nenhuma razão para permitir tal risco de existir. Isso deve ser destruído, junto com quem a protege.- Ele sorriu com expectativa.

Marcus levantou seus olhos indiferentes, parecendo olhar através de nós enquanto votava.

–Eu não vejo nenhum perigo imediato. A criança está segura o bastante por agora. Nós podemos sempre reavaliar mais tarde. Nos deixe partir em paz.- Sua voz era ainda mais fraca do que os suspiros leves de seus irmãos.

Ninguém da guarda relaxou de suas posições preparadas com as palavras de discordância. O sorriso antecipado de Caius não diminuiu. Era como se Marcus não tivesse falado em nenhum momento.

–Eu devo fazer o voto decisivo, pelo que parece.- Aro meditou.

–Isso!- Edward gritou. –Aro?- Edward chamou, quase gritando, um tom vitorioso sem disfarce em sua voz.

Aro hesitou por um segundo, avaliando esse novo humor cuidadosamente antes de responder. –Sim, Edward? Você tem algo a adicionar…?

–Talvez. – Edward disse confortavelmente, controlando sua animação inexplicável. –Primeiro, eu poderia esclarecer um ponto?

–Certamente.-Aro disse, levantando as sobrancelhas, nada além de um interesse polido em seu tom.

–O perigo que você prevê da minha filha - isso é derivado totalmente da nossa incapacidade de prever como ela vai se desenvolver? Esse é o ponto central do problema?

–Sim, amigo Edward.– Aro concordou. ―Se nós pudéssemos além de ter clareza… ter certeza de que, quando ela crescer, ela vai ser capaz de continuar escondida do mundo dos humanos - não colocando a segurança da nossa anonimidade em risco…– Ele cortou, encolhendo os ombros.

–Então, se nós pudéssemos apenas saber com certeza.- Edward sugeriu, –exatamente o que ela vai se tornar… então não teria nenhuma necessidade de um conselho?

–Se houvesse alguma maneira de estarmos absolutamente certos..- Aro concordou, sua voz fraca levemente mais aguda. Ele não podia ver para onde Edward o estava guiando. Ninguém de nós via. –Então, sim, não haveria nenhuma questão a debater.

–E nós partiríamos em paz, bons amigos novamente?- Edward perguntou com um traço de ironia.

Cada vez mais agudo. –Claro, meu jovem amigo. Nada iria me dar mais prazer.

Edward gargalhou de forma exultante. –Então eu tenho uma coisa a mais para ofertar.

Os olhos de Aro se estreitaram. –Ela é absolutamente única. O futuro dela só pode ser suposto quando acontecer.

–Não absolutamente única.- Edward discordou. –Rara, certamente, mas não uma de uma espécie.

Eu não conseguia entender o que Edward dizia. Mas o seu tom nos trazia esperanças novamente.

–Aro, você pediria Jane para parar de atacar minha esposa?- Edward perguntou com cortesia. –Nós ainda estamos discutindo evidências.

Aro levantou uma mão. –Paz, queridos. Vamos ouvi-lo.

–Por que você não de junta a nós, Alice?- Edward chamou alto.

Alice! Exclamei.

Alice, Alice, Alice!

–Alice! –Alice!- outras vozes e pensamentos murmuraram a minha volta.

–Alice– Aro respirou.

O barulho de vento cortando correndo através da floresta.

Ambos os lados estavam imóveis de expectativa. As testemunhas dos Volturi olharam com raiva em recente confusão.

Então Alice dançou para dentro da clareira pelo sudoeste. O alivio que senti quando vi o rosto de fada de Alice, era imenso. Jasper estava apenas centímetros atrás dela, seus olhos atentos ferozes. Não longe depois deles corriam três estranhos; a primeira era uma vampira alta, muscular com cabelo escuro selvagem. Ela tinha os mesmos membros longos e os traços que as outras vampiras Amazonas, ainda mais evidentes no caso dela.

A próxima era uma vampira pequena e de pele cor de oliva com uma longa trança de cabelos escuros batendo contra suas costas. Seus profundos olhos cor de vinho voavam nervosamente pelo confronto a sua frente.

E o último era um jovem homem… não tão rápido ou tão fluido enquanto corria. Sua pele era um marrom impossivelmente rico e escuro. Seus olhos cuidadosos passavam rapidamente pela reunião, e eles tinham uma cor marrom-amarelada morna. Seu cabelo era escuro e trançado, também, como os da mulher, apesar de não tão longo. Ele era lindo.

Enquanto ele se aproximava de nós, um novo som mandou ondas através da multidão que observava - o som de outra batida de coração, acelerado com o esforço.

Alice pulou suavemente por cima das bordas da névoa dissipada enrolada ao meu escudo e parou sinuosamente ao lado de Edward. Jasper e os outros a seguiram através do escudo.

–Alice tem procurado por suas próprias testemunhas nessas últimas semanas. – Edward disse para o ancião. –E ela não voltou de mãos vazias. Alice, porque você não nos apresenta as testemunhas que trouxe?

Caius bufou. –O tempo para testemunhas passou! Dê seu voto, Aro!

Aro ergueu um dedo pra silenciar o irmão, seus olhos grudados na face de Alice,

Alice andou pra frente levemente e introduziu os estranhos. –Essa é Huilen e seu sobrinho, Nahuel.- ela disse com a sua voz de sino.

Os olhos de Caius se estreitaram quando Alice explicou o relacionamento dos dois recém chegados.

–Fale, Huilen.- Aro comandou. –Nos dê o testemunho que você veio dar.

A pequena mulher olhou nervosa pra Alice. Alice acenou encorajando-a.

–Eu sou Huilen. Um século e meio atrás, eu vivi com meu povo, os Mapuche. Minha irmã era Pire. Nossos pais deram um nome a ela depois da neve nas montanhas por causa de sua pele clara. E ela era muito bonita - bonita demais. Ela veio até mim um dia e me falou em segredo sobre o anjo que a achou nos bosques, que a visitava de noite. Eu a alertei.- Huilen balançou a cabeça tristemente. –Como se os hematomas em sua pele não fossem avisos suficientes. Eu sabia que era o Libishomem de nossas lendas, mas ela não ouvia. Ela estava enfeitiçada. Ela me contou quando tinha certeza que a criança de seu anjo negro estava crescendo dentro dela. Eu não tentei dissuadi-la de seu plano de fugir - eu sabia até que nossa mãe e pai iriam concordar que a criança precisava ser destruída, Pire com ela. Eu fui com ela até as partes mais profundas da floresta. Ela procurou por seu anjo demoníaco, mas não achou nada. Eu cuidava dela, caçava por ela quando perdia as forças. Ela comia os animais crus, bebia seu sangue. Eu não precisava de confirmação sobre o que ela carregava em seu ventre. Eu esperava poder salvar sua vida antes de matar o monstro. Mas ela amava a criança dentro dela. Ela o chamou Nahuel, atrás do gato selvagem, quando ele quebrou seus ossos - e ela o amava mesmo assim. Eu não podia salva-la. A criança rasgou seu caminho pra fora dela, e ela morreu rápido, implorando todo o tempo que eu cuidaria de seu Nahuel. Seu desejo final - e eu concordei. Ele me mordeu, entretanto, quando eu tentei tira-lo de seu corpo. Eu me arrastei para a selva para morrer. Eu não fui muito longe - a dor era muita. Mas ele me encontrou; a criança recém-nascida lutou através dos arbustos até o meu lado e esperou por mim. Quando a dor acabou, ele estava curvado do meu lado, dormindo. Eu tomei conta dele até ele ser capaz de caçar por si mesmo. Caçávamos nas vilas dentro da floresta, ficando sozinhos. Nós nunca fomos muito longe da nossa casa, mas Nahuel queria ver a criança aqui.

Huilen balançou a sua cabeça quando ela terminou e moveu para trás até estar parcialmente escondida atrás Kachiri.

Os lábios de Aro estavam apertados. Ele olhou para o jovem de pele escura.

–Nahuel, você tem cento e cinqüenta anos de idade?- ele perguntou.

–Dê ou tire uma década,– ele respondeu em uma voz clara, bonita e quente. O seu sotaque mal notado. –Nós não contamos.

–E você chegou à maturidade a que idade?

–Aproximadamente sete anos depois do meu nascimento, mais ou menos, eu era completamente crescido.

–Você não mudou desde então?

Nahuel deu de ombros. –Não que tenha percebido.

–E a sua dieta?- Aro pressionou, parecendo interessado apesar de si mesmo.

–Principalmente sangue, mas alguma comida humana também. Posso sobreviver com as duas.

–Você foi capaz de criar uma imortal?- Enquanto Aro fez um gesto para Huilen, a sua voz era abruptamente intensa. Eu foquei novamente no escudo; talvez ele estivesse procurando uma nova desculpa.

–Sim, mas nenhuma das outras pode.

Um rumor de choque correu por todos os três grupos.

Os olhos de Aro se abriram. –Outras?

–Minhas irmãs.- Nahuel deu de ombros de novo.

Aro encarou selvagemente por um estante antes de compor o seu rosto.

–Talvez você pudesse nos contar o resto da sua história, já que parece ter mais.

Nahuel assentiu.

–Meu pai veio procurar por mim alguns anos depois da morte da minha mãe.- O seu rosto distorceu levemente. –Ele estava feliz em me encontrar.- O tom de Nahuel sugeriu que não era mutuo. –Ele tinha duas filhas, mas nenhum filho. Ele esperava que eu me juntasse a ele, como minhas irmãs o fizeram. Ele estava surpreso que eu não estava sozinho. Minhas irmãs não tinham veneno, mas talvez isso seja por gênero ou por uma chance qualquer… quem sabe? Eu já tinha a minha família com Huilen e não estava interessado - ele torceu a palavra - ―em mudar. Eu o vejo de tempos em tempos. Eu tenho uma nova irmã; ela alcançou a maturidade há dez anos trás.

–O nome do seu pai?- Caius perguntou através dos dentes.

–Joham,– Nahuel respondeu. –Ele se considera um cientista. Ele pensa que está criando uma nova super-raça.- Ele não fez uma tentativa de esconder o desgosto na sua voz.

Caius olhou para mim.-Sua filha, ela é venenosa?- ele perguntou grosseiramente.

–Não,– Bella respondeu.

Caius olhou para Aro para poder confirmar, mas Aro estava absorto em seus próprios pensamentos.

Caius rosnou. –Nós vamos cuidar da aberração aqui, e depois vamos seguir para o sul,– ele instigou Aro.

Aro ficou olhando fixamente nos olhos de Bella por um tempo, um momento tenso. Eu não tinha idéia do que podia estar passando por sua cabeça. Depois ele correu os olhos para mim e me mediu por um momento, algo em sua face mudou, uma luta mexeu no endurecimento da sua boca e olhos, e eu sabia que Aro tinha feito sua decisão.

–Irmão,– ele disse suavemente para Caius. –Isso não aparenta perigo. Essa é uma rara notícia, mas eu não vejo ameaça. Essa criança meio-vampira é mais parecida conosco, do que aparenta.

–Esse é o seu voto?- Caius exigindo.

–Sim.

Caius olhando com uma cara amarrada. –E esse Joham? Esse imortal é tão obcecado para a experimentação?

–Talvez nós devêssemos falar com ele,– Aro adicionou.

–Pare Joham se você for,– Nahuel disse negando. –Mas tire minhas irmãs disso. Elas são inocentes.

Aro afirmou assentindo a cabeça, com sua expressão solene. E depois que ele voltou-se para o guarda com um sorriso caloroso.

–Meus caros,– ele disse. –Nós não vamos lutar hoje.

A guarda assentiu com a cabeça, e se preparou para se arrumar em sua posição. Eu analisei que as expressões de Aro voltaram-se para nós. Seu rosto estava mais bondoso do que nunca, mas primeiramente não gostei, eu tive uma sensação estranha, algo inexpressivo atrás da sua fachada. Como se estivesse planejando como acabaria. Caius estava claramente furioso, mas seu alcance tornou-se intimo agora; ele estava se conformando. Marcus olhou…entediado; não havia outra palavra para descrever. O guarda estava indiferente e disciplinado de novo; não tinha ninguém entre eles, apenas o nada. Eles estavam em formação, prontos para partir. Os Volturi continuaram com cuidado; pouco depois, eles partiram, dispersando entre o bosque. O numero deles havia diminuído, o restante foi acelerando. Logo todos foram embora.

Aro estendeu suas mãos para nós, quase se desculpando. Atrás dele, grande parte dos guardas, junto com Caius, Marcus as silenciosas e misteriosas esposas, estavam movendo-se depressa, com sua formação precisa de novo. Apenas a terceira que pareceu ser sua guardiã pessoal demorou-se com ele.

–Eu estou tão satisfeito que isso possa ser resolvido sem violência,– ele disse gentilmente. –Meu amigo, Carlisle - como estou contente de poder lhe chamar de amigo de novo! Eu espero não estar forçando nada. Eu sei que você entende a carga pesada que o nosso dever coloca em nossos ombros.

–Vá em paz, Aro– Carlisle disse duramente. –Por favor lembre-se que nós ainda temos que proteger o anonimato, e impeça seu guarda de caçar nessa região.

–Claro, Carlisle,–Aro garantiu a ele. –Me desculpe por ganhar sua desaprovação, meu querido amigo. Talvez, com um tempo, você vá me perdoar.

–Talvez, com um tempo, se você provar que é um amigo para nós de novo.

Aro balançou a sua cabeça, a figura do remorso e foi levado pela corrente pouco depois que se voltou. Nós assistimos em silêncio quando os últimos quatro Volturi desaparecem pelas árvores.

Acabou realmente? –eu pensei para Edward.

O seu sorriso era grande. ―Sim. Eles desistiram. Como todos os ameaçadores, eles são covardes debaixo do orgulho.- Ele deu uma risada.

Alice riu com eles. –Sério, pessoal. Eles não vão voltar. Todos podem relaxar agora.

Teve mais um momento de silêncio.

E então chegou.

As vivas irromperam. Uivos ensurdecedores encheram a clareira.

Bella praticamente escalou minhas costas pra retirar Renesmee.


Eu e Jacob nos encaramos.

Vocês estão dispensados ele pensou somente isso para o bando. Seu tom um misto de alegria e alivio. O bando todo relaxou e se pôs a correr para La Push.

Eu e Jacob corremos para a floresta o mais rápido possível. Eu não conseguia me conter de felicidade. Quando estávamos escondidos o bastante nos transformamos.

Jake se aproximou devagar, parando em minha frente. Ele pousou as mãos de leve no meu rosto, me olhando intensamente. Sua boca pousou em minha testa, passou pelas minhas pálpebras, o canto dos meus lábios, desceu pelo meu queixo. Ele esfregava o rosto no meu. Notei que suas mãos tremiam e sua respiração estava acelerada.

- Jake?- chamei, mas ele continuava com o rosto contorcido e os olhos fechados. Coloquei as minhas duas mãos no seu rosto, o forçando a me encarar. – Shhhh! Terminou! – Sussurrei.

Ele respirou fundo, se acalmando e aliviando os tremores. – Eu sei. – disse e depois sorriu.

Suas mãos se entrelaçaram em minha cintura me puxando mais para perto.

- Nós estamos juntos e estamos bem! – falei.

- Nós três! Para sempre! – Jacob respondeu.



EPÍLOGO



Eu caminhava pela praia, sentindo a areia molhada em meus pés. Meu vestido longo tinha a barra úmida, e grudava em meu corpo conforme a brisa leve do verão batia em mim. Já faziam cinco anos desde o embate com os Volturi. Cinco anos de felicidade ao lado de Jake. Nós nos mudamos para o Brasil logo após terminar os estudos. No inicio foi difícil juntar as funções de mãe com os estudos, mas Jake se mostrou um paizão, encarando todas as responsabilidades junto comigo. Fora que havia muitas candidatas a babá em La Push, Seth era o mais cuidadoso, mas claro que ele tinha as razões dele. Agora nós morávamos, no extremo sul de Porto Alegre, assim Jake poderia se transformar e se comunicar com o bando, tendo sempre noticias de La Push.




Morando em Porto Alegre eu pude terminar a faculdade de Veterinária e Jake de Engenharia Automobilística. Ele se deu bem com a língua, já que eu era uma boa professora, segundo ele. Fiz a alegria da minha mãe com uma festa de casamento na igreja

Uma risada estridente me trouxe de volta dos meus devaneios. Minha filha correu e pegou uma concha colorida, vindo correndo em minha direção. Ela tinha herdado os cabelos lisos e escuros de Jake, sua pele tinha um tom dourado lindo e o mesmo sorriso do pai. A única coisa que ela tinha pego de mim, eram os olhos claros.

- Olha que eu achei mamy! – ela levantou a mãozinha, mostrando seu novo tesouro.

- Que lindo, meu amor!

Ela olhou para a linha das árvores ao mesmo tempo que eu. O barulho de folhas sendo amassadas havia nos chamado atenção. Senti a ondulação que a transformação formava no ar.

- Pai! - ela gritou antes de correr para abraçar Jake que saia do meio das árvores.

Jake a puxou pra cima a jogando no ar, para logo depois abraçar a filha. – Como vai minha princesa? – ele disse sorrindo. Seus olhos brilhavam enquanto encaravam o rosto da nossa menina.

Eu não tinha idéia que podia amar mais do que eu já amava. Parecia que meu coração tinha inflado para receber os novos membros da minha família.

Nossa filha conversava com Jake contando o seu dia, quando Seth apareceu, logo ela começou a espernear para que o pai a colocasse no chão. Jake revirou os olhos enquanto ela corria para os braços de Seth. Mesmo depois desse tempo todo ele ainda não tina se acostumado com o Imprinting dos dois. Mas eu relacionava tudo ao ciúmes de pai.

Jake caminhou até mim, jogando a camiseta no ombro, enquanto Seth corria brincando com a ela. – Oi meu amor! – disse me puxando para um beijo, depois se ajoelhou e beijou minha barriga de seis meses de gravidez , que esperávamos nosso menino.

- Então? – perguntei passando a mão pelos seus cabelos, enquanto ele enchia minha barriga de beijos. Jake se levantou e me olhou sério. Um frio correu pela minha espinha. – Algum problema em La Push?

- Os Cullens voltaram para Forks. – ele disse.

- Mas já? – perguntei. Na mesma época em que saímos de lá os Cullens saíram também.

Jake assentiu. – Eles estão com problemas e estão pedindo nossa ajuda. – respirei fundo, meus olhos correndo para onde minha filha estava. – Então Dra. Black, pronta para voltar para La Push? – ele perguntou.

Assenti.

- Acho que La Push está precisando de uma veterinária. – Seth disse trazendo minha garotinha pela mão.

- Sim. - respondi, sabendo que onde minha família estivesse eu estaria bem.


FIM

5 comentários:

Isabella disse...

AAAAH, amo essa fic s2
Muito perfeita :D

Prii disse...

Essaaa fic é muito muito muito boaa. parabens

Gabriela disse...

AAAAAAAAAHHHHHH!!!!!ADOREI ADOREI...vai ter continuação? Estou ansiosa , quero muito saber que problema é esse que os cullen tem que precisam da "nossa" ajuda...

bjos e parabéns pela fic

Mel disse...

Adorei... indo ler s&c 2.....

Estela disse...

PQP Q HISTORIA MARAVILHOSAAAAAAAAAAAAA, Mano, eu n consegui parar de ler nenhum dia, até meio dormindo eu lia kkklkkk garota tu me cativou tanto mais tanto q nem tenho palavras, simplesmente apaixonada por essa história, se quiser fazer outra com Jacob é óbvio, te dou 100% apoio, encantada com tudo, parabéns