domingo, 28 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 9

<span class="goog-spellcheck-word" style="background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; ">Consequências</span>










Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen





Capítulo 9



POV Edward

Corri para casa parando na sala, onde meus irmãos e Esme me olhavam curiosos.

- E aí? – perguntou Emmet. – O que aconteceu?

Depois eu que era o curioso. Pensei. Ignorei Emmet. Alice que depois contasse para ele, agora eu não tinha tempo, nem cabeça para isso. – Alice?

- Não consigo ver nada direito Edward. fica mudando de idéia o tempo todo. – Alice disse cabisbaixa.

- E ele? – perguntei.

- Não consigo vê-lo muito bem. É tudo muito nebuloso.

- Isso não ajuda Alice. – reclamei.

- Edward! – Esme me recriminou. – Alice já faz muito.

- Me desculpa Edward, mas eu não vejo nada concreto. – Alice disse.

- Tudo bem Alice. – me desculpei. – Eu também não consigo ver a mente dele direito, é como se me bloqueasse. – Me atirei no sofá enterrando o rosto nas mãos.

- Mas por enquanto ela está em segurança, Edward.

- Por enquanto, Alice? Eu preciso ter certeza. Se pelo menos eu soubesse onde ela foi. – resmunguei.

De repente uma visão de Alice. Um bar. Mas sem mais descrições, só um bar escuro e esfumaçado, como deveriam existir vários pela redondeza. Gemi frustrado atirando a cabeça para trás.

- Alice, me mantenha informado. Vou falar com Stefan, e ver se ele sabe de alguma coisa.

Alice assentiu e eu corri para a garagem para pegar o Volvo.

Desci do carro na frente da casa dos Salvatores. A noite já havia caído há algum tempo.

- Entre Edward. – ouvi a voz de Stefan.

- A ? – perguntei. Sabia que ela não estava em casa, a pergunta certa era onde ela estava.

- Ela não está Edward. Ela veio em casa mais cedo trocou de roupa e saiu. Mas pediu para que confiássemos nela. – ele disse meio contrariado.

- Você se importa que eu a espere aqui? – perguntei.

Ele pesou as possíveis reações da . Parecia mesmo que Stefan tinha medo de que ela se aborrecesse um dia e fosse embora. Mas por fim assentiu.

- Você acha que ela pode ir embora com ele? – perguntei sentindo um nó se formando em meu estômago. Eu não tinha consciência de como havia acontecido, só sabia que desde que voltou para minha vida, ela tinha se tornado a pessoa mais importante da minha existência. No inicio achei que fosse pela responsabilidade ou remorso, mas cada vez mais eu tinha certeza que o que eu sentia por ela era muito mais complexo.

Ele me observou por alguns instantes. Sua mente revendo toda a sua vida ao lado de . – Uma coisa eu sempre soube, Edward, ela pode ir embora a qualquer momento.

Caminhei até a vidraça que dava para a imensa varanda remoendo aquelas palavras de Stefan. Eu não estava preparado para vê-la partir.

Olhei novamente para Stefan, ele olhava para baixo, pensando em . Podia sentir todo o amor que ele sentia por ela.

- Eu ainda não te agradeci pelo que você fez a . – falei.

- Você não precisa agradecer Edward. é realmente como se fosse uma filha para mim. Só que tem uma coisa que nós dois temos que colocar na cabeça, apesar da aparência frágil, ela não é.

Suspirei fundo. – Você tem razão, mas eu não consigo deixar de me preocupar com ela.

Stefan se aproximou colocando a mão em meu ombro. – Eu sei como é. – ele disse solidário.

Passei a noite parado em frente à vidraça onde tinha uma visão da entrada da casa. Não saber onde ela andava era angustiante. Ouvia Stefan falando ao telefone em várias línguas diferentes, tratando de negócios no escritório. Mas seus pensamentos também estavam na falta de notícia de .

Quando o dia clareou apesar das nuvens cinzas que cobriam o céu, senti meu celular vibrando. Olhei o visor.

- Fala Alice!

- Ela está indo para a escola! A visão está clara como o dia.

- Obrigada Alice!- agradeci, antes de desligar o aparelho. – Stefan, está indo para aula. Vou encontrá-la lá. – Informei.

- Obrigado Edward! – ele agradeceu e eu já estava entrando no volvo. Só ia passar em casa, para trocar de roupa rapidamente antes. Não poderia ser visto com a mesma roupa do dia anterior.

Entrei em casa ignorando a cara emburrada de Rosalie. Já contei a eles. E também disse que iríamos com o carro de Rose. Alice me informou pelo pensamento. Assenti antes de subir para me arrumar.

Joguei meus livros no banco do passageiro entrando no volvo. Acelerei fazendo os pneus derraparem na estrada, antes do carro pegar velocidade. Sabia que estava cedo para a aula, mas queria encontrá-la o mais rápido possível. Quando cheguei no estacionamento da escola, o estacionamento estava praticamente vazio. Só uma BMW preta, conversível, que faria inveja a de Rosalie se apoiava no capo do carro com os braços cruzados.



Tranquei a respiração quando a vi. usava roupas que eu nunca havia a visto usar. Seus longos cabelos castanhos, que ela usava quase sempre preso em um rabo de cavalo, agora estavam soltos e balançavam rebeldes com o vento. Eu não sabia se gostava daquilo. Porque apesar dela estar linda, essa não era a minha . E ela não estava vestida daquela maneira para mim.



Está tudo certo, Edward. Ela pensou ainda me encarando por trás dos óculos escuros. Eu não disse nada, só sai do carro, tentando manter minha velocidade humana. Não precisa fazer essa cara, ninguém me mordeu. - ela pensou e depois levantou os cantos dos lábios em um sorriso.

- Você vai à aula? – perguntei, juntando as sobrancelhas enquanto via novamente o tipo de roupa que ela estava usando.

Não posso! Ela pensou tristemente.

- O que você tem a haver com isso, Edward? – disse me surpreendendo com seu tom de voz arrogante. Ele está ouvindo! Ela pensou novamente. Estou tentando mante-lo sobre controle.

- E o que você está fazendo aqui então? – não pude evitar que a pergunta saísse ríspida, mas eu estava mesmo irritado por não saber a história toda.

Ele veio pedir demissão. - Já disse que você não tem nada haver comigo! Me deixe em paz! – ela disse furiosa, mas seus olhos eram tristes.

Eu não queria que ela fizesse isso. Me aproximei mais. – , não! Existem outras maneiras...

- Algum problema aqui? – Damon perguntou aparecendo ao nosso lado.

- Não, nenhum! – ela respondeu sem desviar os olhos de mim. – Tudo certo? – perguntou a ele.

- Sim! Vamos?

Edward, é melhor assim. Siga a sua vida. Nós dois nunca daríamos certo juntos. Ela pensou. -Vamos! – ela respondeu a ele.

Damon entrou na BMW e quando ia entrar também, eu segurei seu braço. – Você escolheu ele? – perguntei.

- Sim! – ela respondeu. Por Stefan sim. ela pensou antes de entrar no carro. Ainda vi Damon a puxar pelos ombros e lhe dar um beijo na boca antes de acelerar o carro.

Mas se ela achava que eu desistiria tão fácil, que pensasse novamente.


POV


Entrei em casa indo direto para o meu quarto trocar de roupa.

-? – Stefan perguntou como se ele não soubesse quem era.

- Sim.

- Como você está? – perguntou preocupado.

- Estou bem,pai. – respondi saindo vestida de dentro do meu closet. – Já conversei com Edward e... – levantei o olhar dando de cara com meu pai de olhos arregalados.

- Vai sair? – ele apontou para minhas roupas.

- Sim, estive pensando, se é por mim que Damon anda rodeando, então sou eu que vai arrancar a verdade dele.

-, não! – Stefan disse sacudindo de leve a cabeça.

- Pai, confie em mim, é o único jeito.

- Eu posso falar com ele.

- E você acha que ele vai te dizer a verdade? – retruquei. Stefan respirou fundo. – O que ele pode fazer contra mim, pai? Afinal quão poderoso Damon é?

- Ele pode manipular mentes. – Stefan respondeu.

- Então deixe ele pensar que está manipulando a minha. Calma pai, tudo vai dar certo. – lhe dei um beijo no rosto antes de sair. Dispensei o Porshe porque correndo eu chegaria mais rápido.

O Boo´s era um bar na periferia de Port Angels. Sua atmosfera era enfumaçada e escura. Vários homens de chapéus de cowboy estavam espalhados pelo balcão com sua caneca de chop em frente. No fundo algumas mesas de sinuca faziam parte da decoração. Quando entrei o murmúrio das conversas cessou. Somente a música antiga era ouvida. Não havia muitas mulheres no Boo´s, muito menos com a minha aparência. Logo pude perceber a silhueta mal iluminada de Damon, junto a uma mesa de sinuca. Ele jogava com mais três homens de aparência suja.

Entrei ignorando os olhares e as cantadas dos outros homens do local. Parei ao lado da mesa de sinuca, pegando a bola branca com a mão, estragando o seu jogo, e comecei a brincar com ela atirando para cima e pegando de volta sem olhá-la. Damon levantou da posição que estava, segurando o taco na mesa, sorrindo malicioso.

- Achei que não teria coragem de aparecer. – ele disse com um tom provocativo na voz, apoiando o taco no chão ao lado do corpo.

- Eu disse que viria, não disse?



Ele desceu os olhos pelo meu corpo, parando em alguns lugares. Sua mão deslizou pela barra da minha blusa, enganchando um dedo no passador de minha saia e me puxando mais para ele.

- Valeu à pena esperar. – Damon sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar.

- Eu sempre faço valer à pena. – provoquei. Já que isso era um jogo, dois poderiam jogar.

Ele sorriu mais malicioso ainda, seus olhos violetas brilhando, me encarando a centímetros de distância.

- E aí cara, vai jogar ou não? – um dos homens perguntou. Damon pegou minha mão com a bola, beijando de leve e a tirou de mim, largando na mesa. Com um movimento rápido ele deu uma tacada e todas as bolas entraram nas caçapas.
- Uau! – os dois homens falaram juntos. – Damon piscou um olho para mim, passando a mão no dinheiro apostado que ficava dentro de uma cestinha e o colocando no bolso da camisa. Largou o taco e me conduziu até uma mesa afastada

Nenhum comentário: