quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bizarre Love Triangle capitulo 10


Bizzare Love Triangle
Capítulo 10
ainda ria da minha cara pelo mico que eu paguei. – Ta bom, ta bom, eu admito. Tenho que prestar mais atenção nas coisas. Mas agora dá pra parar de rir de mim? – eu já estava ficando irritada com aquilo. Até a garçonete arriscou uma risadinha de leve e eu levantei minha xícara em brinde para ela e revirei os olhos com uma careta. – Me deixa muito feliz saber que alegro vocês. – eu disse à elas com todo meu sarcasmo.
- Ah amiga, mas vamos combinar, né? Perguntar quem era Robert Pattison e ainda por cima fazendo um musical na Broadway da história que o cara estrela nos cinemas, é um pouco sem noção. – ela disse e começou a rir de novo. Revirei os olhos e continuei tomando meu cappuccino.
- Ta bom, . Eu não gravei o nome dele, só isso. Eu sei quem ele é. – nós ainda ríamos quando percebi a aproximação de uma pessoa em nossa mesa.
- Oh, que pena. E eu vim me apresentar. – virei o rosto para ver quem estava falando e quase desmaiei ali mesmo. – Posso me sentar um minuto com vocês? – eu ainda estava muda e sem reação. , então, nem se fala. ROBERT PATTISON estava ao meu lado na cafeteria pedindo para sentar na minha mesa?? Eu só podia estar delirando.

- C-C-Claro. – falei puxando a cadeira pra ele – Desculpe o mau jeito, é que não estávamos esperando. – eu disse tentando amenizar os minutos de silêncio em que ele ficou em pé.
Ao redor da mesa foi feito um cordão de isolamento para que a multidão de curiosos (curiosas, né?) não avançasse. Aquilo tudo ainda me parecia muito surreal. Robert Pattison sentado em minha mesa? Ele fez um gesto com a mão em direção ao balcão e pediu um café para ele.
- Então... – ele disse olhando para mim e para , que ainda estava muda e de boca aberta, um milagre. – Você é , não é? , a atriz que está aparecendo na Broadway. Já ouvi falarem muito bem de você. – meu coração parou duas batidas. Ele me conhecia?!
Nessa hora acordou do transe, infelizmente, e quase cuspiu na nossa cara o gole que estava bebendo. - Você não lembrava dele, mas ele sabe quem você é? Hilário... - e despencou numa gargalhada.
Eu revirei os olhos - Não repara, ela está a base de remédios e ... - ele me fez parar de falar quando deu um leve sorriso com o canto dos lábios, como fazia no filme. Nossa! Ele é um charme... pensei enquanto tentava me concentrar de novo. Não sei, mas acho que cheguei a suspirar nessa hora.
Começamos a conversar sobre a peça enquanto tomávamos nossos cafés. Nessa hora já estava mais controlada e já havia se desculpado pelo incidente. É claro que ela teve que contar como foi a cena desde a hora em que entramos na cafeteria.
- Então você foi lá pra ver quem eu era? - ele disse sorrindo e se divertindo com a situação.
- Eu não sou muito boa para nomes, desculpa. - eu falei ainda sem graça querendo matar .
O tempo passou na cafeteria e nós engatamos em uma conversa muito agradável. Falamos sobre muitas coisas, teatro, cinema, fama, Brasil, Inglaterra, NY.... Ele contou sobre o novo filme que estava filmando e que já estava em fase final das filmagens do último livro da saga. Percebi seu leve sotaque britânico e vi o quanto ele se tornava sexy por causa dele. Durante a conversa, percebi que Robert se perdia em meus olhos por alguns segundos, olhando-os intensamente. Nessa hora meu coração acelerou e eu quase perdi a respiração.
- Pattinson, temos que ir. - uma voz chamou do meio do grupo de pessoas que organizavam as coisas da filmagem.
- Meu recreio terminou - ele disse rindo, porém um tanto decepcionado. - Foi um prazer conhecê-las senhoritas. Vocês costumam frequentar muito esse lugar?
- Bom, nas segundas-feiras não tem espetáculo, nem ensaio. Então aproveito pra caminhar e tomar um cappuccino com minha amiga. É quando posso fazer alguma coisa, porque nos outros dias me dedico ao espetáculo.
- Então devo imaginar que você estará aqui na próxima segunda-feira? - ele disse olhando bem fundo em meus olhos e ficou em pé esperando uma resposta.
- Er... talvez, é possível. - eu disse, ainda meio sem jeito.
- Ok, contarei com a sorte então. Até mais ver, senhoritas. - ele nos cumprimentou segurando nossas mãos e se afastou. Percebi que ele demorou-se um pouco mais segurando a minha e novamente olhou bem fundo em meus olhos.
Eu e permanecemos ali, sentadas e mudas por um bom tempo. Nenhuma das duas estava em condições de falar nada naquela hora. Robert Pattison, o vampiro mais cobiçado do Show Biss havia sentado na nossa mesa e ficado conversando durante algumas horas conosco. E pra deixar tudo ainda mais louco, ele me conhecia e sabia quem eu era. Nossas caras de espanto e animação não poderiam ser mais patéticas.
- Oi meninas. - o clima se quebrou quando Tomaz entrou e sentou-se conosco. Tinha me esquecido que ele ficou de passar lá na cafeteria para nos encontrar. - O que houve? Que caras são essas? - ele disse enquanto erguia o braço e pedia um cappuccino para ele.
- Amor!! Você não vai acreditar quem acabou de sair daqui de nossa mesa? - falou com a cara mais engraçada que eu já vi. Ela estava pra lá de animada. - ROBERT PATTINSON!!!!!! Ele estava aqui filmando e veio sentar-se conosco. Ahhhhhhhhhhhhh..... - ela ficava mais engraçada ainda quando parecia descontrolada.
Tomaz olhou para a gente com cara confusa e perguntou - Quem? - dando um gole descontraído em seu cappuccino.
- Ah não! Você também não! Será que isso é burrice de artista de teatro que só tem tempo de trabalhar? Robert Pattinson, o cara que interpreta o vampiro Edward nos cinemas. Hello???? - ela disse gesticulando feito doida e fazendo todo mundo rir.
- Ah, esse Robert. E ai? O cara é legal? - Tomaz disse sem emoção nenhuma na voz e sem se emocionar muito com tudo isso.
- Ah! Eu desisto! - ela disse. - Vocês dois vivem em um mundo a parte.
- Calma, . É que o tempo no teatro exige total atenção, por isso a gente se desliga de muita coisa. - falei pra ela tentando aliviar o lado de Tomaz e o meu também.
- Ai amorzinho, desculpa. Ta bom, olha só... UHHHH Robert Pattinson. O que ele fazia perdido por aqui? - falou Tomaz tentando entrar no nível de emoção de  <script>document.write(Luana)</script>  por causa do cara.
Ela fez uma cara feia de desdém para ele, mas mesmo assim contou. Falou cada momento que passamos juntos e de como ele foi muito simpático e amigável. Ai ela soltou a pérola final:
- Ele ficou afim da . E vai voltar pra encontrá-la, pode esperar.
- O que?! - eu falei alterada. - O que é que tinha em seu cappuccino? Pirou? - tentei me controlar, mas ela insistia na ideia. Na verdade me senti um pouco invadida.
- Ah, qualé, ? Vai dizer que você não reparou ele olhando em seus olhos e de como ele quis saber se você vinha aqui sempre? - ela disse tentando explicar seu raciocínio.
- , essa foi a maior bobagem que você já disse. E esse assunto morre aqui. Vou para casa encontrar com Gill. Tchau. Tchau Tomaz. - e eu sai da cafeteria correndo. Estava tão irritada com o que dissera que precisava me acalmar antes de chegar em casa. Quem ela pensava que era, a rainha da verdade? Que direito ela tinha de se meter em tudo? E se Tomaz soltasse isso perto de Gill, como eu ficaria?
Resolvi dar uma volta no Central Park aproveitando o dia que ainda estava claro e não estava tanto frio. Foi ai que pude vê-lo novamente, sentado na estátua de Alice, bem no meio do parque. Ele estava fumando e no exato momento em que eu cheguei, ele abriu um lindo sorriso.





- Ora, ora, ora, duas vezes em um mesmo dia. Posso me considerar um homem de sorte? - ele disse enquanto descia e vinha a meu encontro. Eu estava parada e, sem saber por que, também tinha um sorriso nos lábios. Começamos a caminhar juntos, lado a lado.
- Então - ele disse - O que te trouxe até mim de novo? Brincadeirinha.... - ele falou levantando os braços como se rendesse e iniciando a conversa.
- Sai da cafeteria e resolvi dar uma volta antes de ir pra casa - disse a ele mentindo sobre o que realmente aconteceu.
- Mas e sua amiga? - ele quis saber. Percebi que ele estava especulando, mas deixei passar. Eu queria que ele perguntasse mais.
- O namorado dela chegou e está com ela. Mas e você? Veio aqui para... fumar? - eu disse fazendo uma careta. Detestava cigarros.
- Um velho hábito que não consigo largar. Por favor, reconsidere por mim. - ele fez cara de piedade e uniu as mãos num gesto de clemência. Depois começou a rir e eu ri com ele.
- Por mim, tudo bem. A saúde é sua mesmo. - eu disse levantando os ombros. - Falando nisso, você não tem medo de caminhar sozinho? Aqui, no Central Park? - eu estava curiosa. Já se sabe que qualquer artista famoso assim sozinho, seria atacado na hora.
- Se tem uma coisa que eu aprendi aqui em Nova Iorque é que quanto mais normal você parece, menos as pessoas acham que você é o tal famoso. As pessoas acham que os famosos fazem coisas extravagantes, diferentes. Caminhar no Central Park é muito normal. E, na verdade, eu não estou sozinho. Estou com você. - ele disse olhando para mim e sorrindo.
- Ah ta! Não conte comigo para segurar essas adolescentes alucinadas que te perseguem. - falei para ele e rimos muito junto.
- Mas fique calma. Eu estou com seguranças a paisana. - e ele apontou alguns homens que andavam próximos a nós, mas que pareciam estar passeando no parque.
Continuamos andando e conversando. Era muito fácil conversar com ele, Robert gostava de muitas coisas que eu também gostava. Ficamos assim por um tempo até que eu percebi o quanto já estaria atrasada. Tinha combinado de jantar com Gill e ele já deveria estar me esperando.
- Desculpe Robert, mas eu tenho que ir. Estão me esperando para jantar. - eu disse a ele, já saindo em direção ao prédio. Não tive coragem de contar a ele que tinha namorado. Ta, fiquei louca?
- Tão cedo? Ok, então. Posso pelo menos ficar com seu telefone, para o caso de precisar de segurança contra adolescentes? Ou quem sabe para tomar um cappuccino? - ele disse sorrindo meio de lado, coisa que o deixava muito charmoso como no filme. Eu me perdi nesse sorriso e fiquei com cara de boba. Ele queria meu telefone? E agora? - Posso? - ele disse de novo e eu acordei.
- Hum... é.... claro, anota ai. - passei o número de meu celular e ele anotou no seu aparelho de celular dele. Não poderia dar o número de casa. Gill poderia atender... - Mas eu realmente estou atrasada. Foi um prazer. Até mais ver. - e o abracei dando-lhe dois beijinhos em seu rosto, como fazemos no Brasil. Ele ficou estático, sorrindo, mas ainda assustado com meu gesto. - Ai desculpa. É que no Brasil nos despedimos assim e .... - ele me interrompeu fazendo igual em mim, me assustando, e nós rimos.
- Vou adorar conhecer mais coisas sobre o Brasil com você, . - ele falou e eu fui para casa. Robert ainda ficou parado no meio do parque me vendo partir. Eu me virei uma última vez e acenei para ele antes de entrar na portaria. Ele retribuiu o aceno e depois eu já estava parada esperando o elevador.
Quando o elevador se abriu, tomei até um susto. Dei de cara com , emburrada e com as mãos na cintura. - Onde você estava, posso saber? - ela disse saindo do elevador e me segurando na portaria - Gill esta te esperando há horas. Eu ia começar a te procurar pelo parque. Qual foi aquela de sair daquele jeito hoje de tarde?
- . Tem vezes que você se perde no que fala. Pra que dizer que o Robert ficou interessado em mim? E ainda por cima na frente de Tomaz? Eu não gostei. Verdade ou não... - disse a ela enquanto subíamos para casa de elevador.
- Ah . Desculpa, mas ele deu em cima de você o tempo todo. Não pensei que você iria ficar assim. Me perdoa, vai... - ela disse fazendo biquinho.
- Ah, como é que eu fico braba com você, hein? Mas pense antes de falar, ok? - dei um abraço nela e nós rimos na hora que a porta se abriu. Parado na porta aberta do apartamento, encontrei um Gill muito irritado com minha demora.
- O que houve? Eu estou te esperando há horas! Pensei que tivesse acontecido alguma coisa. Estava preocupado. - ele disse enquanto eu entrava em casa. O clima já tinha se quebrado. Gill estava muito irritado, nunca o tinha visto assim, e já não estava mais com vontade de sair. Eu estava cansada e ainda estava pensando na tarde que havia passado com Robert, mas não poderia magoar Gill mais ainda.


Para não brigar, respirei fundo e perguntei - O que você quer fazer? Ainda quer sair? Eu me arrumo em 5 minutos... - tive que dizer isso já que não estava em situação de contar o que havia acontecido.
- É melhor deixarmos para amanhã, já está tarde e a reserva já se perdeu. Eu vou pra casa. Procure descansar, amanhã nos falamos. - Gill disse muito chateado. Era nossa primeira discussão. Desde que ficamos juntos eu e Gill nunca havíamos brigado. Não gostei da sensação dele saindo de casa assim.
-Gill, me perdoa. - fui atrás dele e o segurei. - Eu perdi o horário caminhando. Fica comigo, vai. A gente não precisa sair pra jantar. Ficamos em casa, eu faço alguma coisa pra gente comer. - eu disse a ele tentando melhorar a situação. Olhei para ele e fiquei esperando, enquanto segurava em sua mão. Eu não queria brigar com Gill, estava me sentindo culpada. Precisava concertar o que tinha feito.
Gill veio até mim e me abraçou. - Desculpa linda. Eu fiquei nervoso. Te liguei um milhão de vezes e estava fora de área. - ele disse já mais calmo. - Então vamos ficar aqui. Só ficar agarradinho com você já ta bom. Ele me beijou com ternura.
Ficamos assistindo TV juntinhos, no sofá da sala, e Gill pegou no sono. Eu me levantei com cuidado para não acordá-lo. Fui até a varanda do apartamento e fiquei olhando a vista que dava para o Central Park. Lembrei de Robert e um arrepio me correu a espinha. Eu estava com saudade dele...

Cap11

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