sábado, 27 de agosto de 2011

Consequências Capítulo 2





Consequências









Por: Ane Halfen | Beta: Raphinha Cullen





Capítulo 2






Existe uma regra no mundo dos vampiros: Todo o criador é responsável pela sua criação. Isso não chegava a ser uma lei, mas era quase comos e fosse.



- Calma , você pode estar enganada. Edward é vegetariano como nós! – Stefan me disse tentando me aclamar.



Nada iria me convencer de que não era ele, a única coisa que diferenciava eram os olhos que ao inves de vermelhos vividos, eram dourados intensos.



- Eu tenho toda a certeza que foi ele pai!- falei entre dentes tentando me concentrar para não projetar a energia que se acumulava em meu corpo. Não agora! Teria que esperar a hora certa.



Derepente toda a raiva se foi e meu corpo amoleceu. Eu sabia que aquela calma não era minha e sim fruto da manipulação de Jasper. Todos os Cullens relaxaram e eu me deixei cair no sentada no sofá. A minha frustração evidente.



- Edward explique a ela que é um engano! – disse Esme.



Todos se viraram para encara-lo, inclusive eu que por mais que tentasse não conseguia fazer minha raiva voltar.



- Ela está certa, Esme! – Edward falou pela primeira vez desviando os olhos angustiados de mim. A voz dele causou uma sensação estranha em mim, como se algo se debatesse em meu estômago. Se tivesse como, meu coração teria acelerado.



- Edward!- Esme exclamou colocando uma mão sobre a boca.



Eu tinha que sair dali, era impossivel manter a sanidade se não podia expressar o que sentia. Corri. Corri o mais rapido que pude, transformando as árvores em apenas um borrão. Logo os outros já me alcançavam, já que a velocidade não era uma das minhas habilidades, mas eu tinha outras.



Braços grandes seguraram minha cintura, me fazendo parar.



- Calma garota! Vamos conversar! – disse Emmet me prendendo com força. Os outros já estavam em minha volta.



- Cuidado Emmet! – gritou Stefan.



Me concentrei deixando o formigamento das minhas mãos, se expalharem pelo meu corpo, e eu liberei. Deixei toda a energia que acumulava em meu corpo projetar. O grandão foi arremeçado a distância, batendo as costas em uma árvore que partiu com o impacto.



Todos olharam com os olhos arregalados.



- Uhu! – gritou o Vampiro grandão. – Mas o que foi isso? – ele perguntou com um sorriso enorme no rosto sacudindo a cabeça para se livrar das folhas e pedaços de madeira dos seus cabelos, como se o que tinha acontecido, fosse a coisa mais divertida no mundo. Sorte que eu não tinha tido tempo para me concentrar de verdade e acumular mais energia.



- tem o poder de projetar grande concentração de energia. – Stefan falou sem desviar os olhos de mim.



Olhei para ele alarmada, até onde ele estava disposto a compartilhar sobre mim com os Cullens. Me senti traida na mesma hora.



- , nós não somos seus inimigos! – Carlisle disse, se aproximando com a mão extendida e a palma virada em minha direção, como se lesse meus pensamentos.



A calma forçada novamente tomando conta do meu corpo.



- Vocês são o que, então? Meus amigos?- perguntei ironica.E me virando para Stefan completei. – Acho que está na hora de nos separarmos. – Stefan arregalou os olhos surpresos.



- Não ! – Edward disse se aproximando. Institivamente dei um passo para trás. – Não vou permitir isso! Eu não tive intenção nenhuma, se nós voltarmos para casa eu posso me explicar. – Fiz uma negativa com a cabeça, atordoada demais para falar. A presença dele, a voz , o cheiro, tudo me afetava de uma forma que eu não conseguia entender. Todos esses anos alimentando uma raiva sobre humana desse ser demoniaco, e agora quando tinha a oportunidade de coloca-la pra fora, todo aquele sentimento apesar de continuar enorme, parecia ter mudado.



- , é melhor a gente conversar com calma. Mas depois disso podemos ir embora se você quiser. – Stefan disse colocando a mão no meu ombro, ignorando o fato de que também poderia ser atingindo pelo meu poder. – Eu estou te pedindo.



Eu não poderia negar um pedido de Stefan depois de tudo que ele fez por mim, mas só pensar em voltar para aquela casa me fazia mal.



Concordei mesmo contra todos os meus instintos de defesa.



Corremos de volta, eu sendo seguida de perto por Stefan.



- Por favor, sente-se. – Carlise disse apontando o sofá, logo que chegamos na casa.



- Não obrigado, prefiro ficar em pé! – respondi ficando parada perto da porta, caso aquilo fosse uma armadilha.



- Isso não é uma armadilha! – Edward respondeu os meus pensamentos. – Eu quero mesmo me explicar. eu não tive a intenção. Eu não sabia que você havia se transformado. Foi em uma época em que eu contestei as ideologias de Carlisle.



- Você está se desculpando por ter me transformado dizendo que a sua intenção era só me matar? – perguntei.



Ele torceu os lábios enrugando o cenho. – Sim.- respondeu timidamente.



-Puxa Edward, acho que esse não foi o seu melhor pedido de desculpas. – disse Emmet.



- Só um pouco Emmet. – disse Carlisle. – Acho melhor nós deixarmos eles conversarem com mais privacidade.



Eu olhei assustada para Stefan. Ele não me deixaria sozinha com Edward, deixaria?



- Stefan pode ficar! – Edward disse.



Os outros Culens se retiraram.



- Você não imagina o que causou. – fale.



Comecei a repassar os acontecimentos da minha vida. Chegar em casa e ver minha mãe morta ao lado do corpo do meu irmãozinho recem nascido. Meus outros irmãos quase em último grau de desnutrição. A força que tive que fazer para não matá-los. Ter consiencia do monstro que havia me formado. Eu observei as feições de Edward mudarem para uma careta dolorida, enquanto relembrava dos primeiros acontecimentos da minha nova vida. A lembrança vivida em minha memoria perfeita.



- Eu sinto muito! – ele disse em um tom sofrido.



- Isso não muda nada Edward!



-Eu gostaria de me redimir. – ele disse.



- Não é necessario. – falei e depois me virei para Stefan que havia ficado em silencio durante toda a conversa. – Vamos pai.



- Claro. – Stefan respondeu prontamente. – Carlisle! – ele chamou em um tom baixo.



Logo Carlisle estava ao nosso lado.



-Sinto por tudo isso. – Carlisle disse olhando pra mim. – Minha filha Alice vai acompanha-los até sua nova casa.



Alice dançou até o meu lado com um sorriso timido no rosto. Sorri em resposta, mesmo não tendo vontade.



Saimos de carro em silêncio.



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